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Esta definição nos remete perceber que após um período de leccionação das aulas, o professor é
obrigado a submeter aos alunos um processo para ele ver se os alunos estão acompanhando os
conteúdos pré elaborados.
Ademais, o mesmo autor defende que desta definição pode-se concluir o seguinte:
a) a avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que
ponto os objectivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de
atenção individual e reformulando o trabalho com a adopção de procedimentos que
possibilitem sanar as deficiências identificadas.
b) O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o
professor deve informá-lo os objectivos da avaliação e analisar com ele os resultados
alcançados.
c) A avaliação, sendo um processo contínuo, não é algo que termine num determinado
momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realiza-lo. (Ibidem).
Estas conclusões nos remetem em linhas gerais esclarecer certas dúvidas em torno da avaliação.
Não podemos ver a avaliação como um castigo para o aluno. Não se pode elaborar uma
avaliação com o intuito de que os alunos caiam, ou seja, apanhem negativas, mas sim ele é um
meio. Na medida em que o professor avalia ao aluno, ele também se avalia. Para aprimorar os
métodos, e maneira de planejar no âmbito das aulas.
A avaliação, como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tem como
função acompanhar o progresso do aluno em relação aos objectivos e competências
básicas definidas no programa. Ela serve ainda de mecanismo de retro-alimentação, pois
fornece informação relevante aos pais, encarregados de educação, aos professores, à
direcção da escola e aos próprios alunos sobre os sucessos e fracassos. (INDE e
MINED2007:80).
1.1. A Avaliação no Ensino de Filosofia (o quê se avalia?)
Partindo da opinião segundo a qual ‘se em Filosofia há o que aprender e memorizar, então na
pratica de seu ensino há também o que avaliar’. Numa avaliação de filosofia estão implicados
pelo menos três aspectos, a saber: ‘o objecto de avaliação’, ‘os critérios da avaliação’ e ‘os
instrumentos da avaliação’. O primeiro refere-se ‘às competências’, ‘às habilidades’ (em que
medida ou grau foram alcançados).
Segundo Aranha e Martins (2000: 10) afirmam que o que importa na avaliação
do trabalho filosófico não é a concordância dos argumentos do aluno com os
do professor, mas sim, o adequado atendimento ao tema proposto, a devida
coerência e riqueza da exposição, a clareza de ideias, a capacidade e riqueza de
argumentação, enfim, a rigorosa fundamentação teórica dos conceitos
trabalhados.
É preciso desenvolver uma orientação nos processos da avaliação curricular da disciplina, mas
‘baseada nas competências ou qualidades reveladas pelo aluno ao longo da aprendizagem e não
centrada nos conteúdos’.
O professor de filosofia não pode avaliar exactamente a compreensão de uma matéria qualquer.
Outros sim, Isabel Marnoto (1989: 292) diz-nos que “não é possível a avaliar a consciência que
um aluno tem de um certo problema filosófico”, senão recorrendo a estratégias que permitam
por em evidência através de textos (escritos ou orais, por exemplo), caso não, correr-se-á o risco
de se reduzir a disciplina de filosofia a mera História da Filosofia ou ate mesmo em História das
Ideias.
A prova deve ser entendida como mais um, dentre vários instrumentos que devem compor o
processo avaliativo, não obstante que não é a única ou importante forma, mas apenas por ser
essencial na composição de uma avaliação processual a ser considerada na disciplina de
filosofia.
Quanto à construção das provas, expõe que as provas escritas são classificadas em objectivas e
dissertativas, de perguntas e respostas fechadas ou abertas. Os Sistemas de Avaliação utilizam,
em geral, provas objectivas com questões de múltipla escolha, em razão da função diagnóstica
desse instrumento e por servir a uma avaliação padronizada, além de uma proposta de redacção
(ZABALA, 2010: 87).
Assim cada professor, no contexto de seu trabalho, precisa criar os mecanismos próprios que lhe
permitam perceber o desenvolvimento dos estudantes, podendo intervir para seu
aprimoramento, uma vez que, este é o único sentido aceitável para um processo de avaliação.