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Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
Introdução.................................................................................................................................2
1. A Organização da Unidade Africana......................................................................................4
1.1. Origem e formação da OUA................................................................................................4
1.2. Objectivos da OUA..............................................................................................................4
1.3. Sucessos, insucessos e desafios da OUA.............................................................................5
1.4. Órgãos da OUA....................................................................................................................6
1.5. Transformação da OUA para UA........................................................................................6
2. União Africana (UA)..............................................................................................................7
3. Principais Órgãos da União Africana.....................................................................................7
3.1. Assembleia...........................................................................................................................7
3.2. Comissão..............................................................................................................................7
3.4. Parlamento Pan-Africano.....................................................................................................8
3.5. Tribunal de Justiça...............................................................................................................8
3.6. Conselho de Paz e Segurança..............................................................................................8
3.7. Conselho Económico Social e Cultural...............................................................................8
4. O Papel da Diplomacia da Frelimo.........................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................11
Referência Bibliográfica...........................................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho tem como tema a criação da OUA que teve o seu iníciona reunião da
Cúpula dos Estados Africanos Independentes, acontecida em Adis-Abeba, capital da Etiópia,
entre os dias 22 e 25 de maio de 1963, com o objetivo de eliminar a colonização, promover a
solidariedade entre os povos e discutir os problemas advindos da descolonização. A organiza-
ção também buscava a autonomia do continente para resolução dos seus próprios problemas
sem interferências externas, além de buscar uma forma de inserção internacional para África.
Objectivos Específicos
A OUA foi criada na reunião da Cúpula dos Estados Africanos Independentes, acontecida em
Adis-Abeba, capital da Etiópia, entre os dias 22 e 25 de Maio de 1963, com o objectivo de
eliminar a colonização, promover a solidariedade entre os povos e discutir os problemas
advindos da descolonização.
A Organização da Unidade Africana ratificaria a divisão nascida nos anos 50, quando os
idealizadores da organização continental se dividiram por questões ideológicas. Isso explica
porque o balanço da OUA é quase negativo em relação aos objectivos previstos, sobretudo o
Artigo 2º da Carta de fundação: o reforço da solidariedade entre os Estados e da coordenação
de suas políticas, que levou ao fracasso do Plano de Lagos (1980) e da Comunidade
Económica Africana (1991) (JACKSON, 1996).
A OUA teve um importante papel na história da descolonização de África, não só como grupo
de pressão junto da comunidade internacional, mas também fornecendo apoio directo aos
movimentos de libertação, através do seu Comité Coordenador da Libertação da África. Outro
campo em que a OUA teve sucesso foi na luta contra o apartheid, tanto ao nível da ONU onde
foram declaradas sanções contra os governos da África do Sul e da Rodésia, mas ainda
conseguindo que aquele regime fosse internacionalmente condenado como “crime contra a
Humanidade” na Conferência de Teerão de 1968. (Ki-zerbo & Dopcke, 2002).
Nos primeiros dez anos da sua existência, a OUA viu-se confrontada com uma série de
conflitos sobre a delimitação de fronteiras no norte, leste e centro da África mas, graças aos
seus esforços, estes conflitos foram resolvidos num verdadeiro espírito de unidade, sem
interferência externa.
Na perspectiva de (Ki-zerbo & Dopcke, 2002) & Picasso, Tome J.L. (2003), descrevem que:
A OUA não alcançou seus objectivos traçados em 1963 e, mais tarde, nos anos 90: objectivos
políticos, sociais e culturais, de um lado, e objectivos económicos, de outro. Os conflitos civis
e étnicos que destroem ainda alguns países ou regiões, a pauperização económica, a dívida e,
com isso, a dependência manifesta em relação às antigas metrópoles coloniais, revelaram os
limites da organização.
A União Africana (UA), é uma organização pan-africana cuja tarefa éa promoção da paz e
prosperidade num continente unido. A União Africana sucedeu a organização da Unidade
Africana (OUA), fundada em 25 de Maio de 1963, num contexto de lutas de descolonização.
Tornou-se, assim, necessário ter uma estrutura mais consentânea com a actualidade e capaz de
solucionar os problemas do continente.
O seu presidente é eleito anualmente entre seus membros. Entre as suas funções
destacam-se: determinar as políticas comuns da União; apreciar candidaturas de novos
membros; aprovar o orçamento da União;
Orientar a actividade da organização em matéria de Paz e Segurança e nomear o
presidente da Comissão.
3.2. Comissão
Composta por um presidente, um vice-presidente e oito comissários. Estes dez elementos
deverão reflectir uma representação de dois elementos por cada uma das regiões africanas,
sendo que um destes deverá ser uma mulher. O presidente e o vice-presidente são eleitos por
maioria de 2/3 pela Assembleia de chefes de Estado e de governo. na perspectiva de Ki-zerbo,
(2002, p. 342) defende que,
Os comissários encontram-se adstritos a diversas áreas temáticas entre as quais se destaca: Paz
e Segurança, Assuntos Políticos, de Infra-estruturas e Energia, Assuntos Sociais, Recursos
Humanos, Ciência e Tecnologia, Comércio e Indústria, Economia Rural e Agricultura,
Assuntos Económicos.
Entendida como mais um passo no erguer do Governo da União, na 12.ª Cimeira da União
Africana, que decorreu em Addis Abeba em Janeiro de 2009, ficou decidida a transformação
da Comissão em Autoridade Africana cujo debate sobre o seu formato e modo de
operacionalização ficou agendado para a 13.ª Cimeira, em Julho de 2009. Esta Cimeira
atribuiu à Comissão a missão de preparação da implementação desta mudança. Com um
mandato que se espera mais alargado daquele que actualmente serve de base ao
funcionamento da Comissão, espera-se que este novo órgão venha a dispor de um presidente,
um vice-presidente e vários secretários.
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Cada Estado membro da UA que tenha ratificado o Tratado Constitutivo do PAP (neste
momento 48 dos 53 Estados que integram a UA) encontra-se representado por cinco
elementos, eleitos para o efeito a nível das estruturas parlamentares nacionais. O PAP possui
um presidente que é assessorado por quatro vice-presidentes em representação de cada uma
das cinco regiões consideradas na UA, estes compõem o Bureau do PAP.
Na esteira destas e de outras acções, a Assembleia Geral das nações unidas adoptou, em 1960,
uma declaração que garante independência a países e povos colonizadoras. Picasso, (2003, p.
105) salienta que,
Este paradigma moçambicano foi assumindo um carácter exclusivo fazendo com que ao longo
do curso da história recente, o país alcançasse importantes vitórias. A união dos três
movimentos foi alcançada em Dar-Es-Salaam em 25 de Junho de 1962, os acordos de Lusaka
de 7 de Setembro de 1974 e, muito recentemente, de Roma de 4de Outubro de 1992.
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A luta do povo do Zimbabwe pela liberdade, tornou-se desde cedo para povo moçambicanos, a
sua própria luta. Em 1972, ainda durante a guerra popular de libertação nacional, entregamos
aos combatentes do Zimbabwe as nossas armas, as nossas munições. Nesse período treinamos
nas nossas bases mito combatentes, recebemos nas nossas zonas liberdades populações
Zimbabwe que fugiam a repressão. PICASSO, (2003, p. 106).
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Conclusão
Ao concluir o trabalho cheguei ao consensode que a criação da OUA representou a
concretização dos anseios de intelectuais e líderes pan-africanistas, o abandono das agendas
políticas nacionais, regionais, raciais e étnicas, assim como a sua substituição por uma
identidade continental. Entretanto, na década seguinte à sua fundação, a organização começa a
vivenciar os seus maiores desafios e provações de ordem interna e externa: neocolonialismo,
tentativas de secessão de territórios africanos, golpes de Estado, violações de seus estatutos e
dos direitos humanos e a falta de financiamento. Nessa conjuntura, na segunda metade do
século XX, quase todas as nações africanas vivenciam distintas crises cíclicas, sejam elas
alimentares, energéticas, de abastecimento, de caráter socioeconômico ou de cunho político
militar. Tais crises nos diferentes países africanos expressam--se de diferentes formas: secas e
períodos de fome prolongados; emergência de conflitos de ordem militar, étnica ou mesmo
religiosa, por conta da divisão não equitativa das riquezas nacionais; disputas territoriais,
fronteiriças e de recursos florestais, minerais e hídricos, herdadas da colonização europeia;
golpes de Estado; guerras internas e de secessão; massacres e genocídios; e desmembramento
de países. Parte desses conflitos tem causas externas, ligadas às disputas ideológicas entre as
duas maiores potências e blocos econômicos capitalista e socialista – EUA e URSS,
respectivamente – no contexto da Guerra-Fria.
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Referência Bibliográfica
DIALLO, A. Integração africana: da Organização da Unidade Africana à União Africana.
Espaço Jurídico, Joaçaba, v. 6, n. 1, p. 07 - 20, 2005.
Ki-zerbo, Joseph. (2002). História da África Negra II. 3a edição. Publicações Europa -
América, LDA.
Picasso, Tome J.L. (2003). Da Organização da Unidade Africana (OUA) à União Africana
(UA): Percurso, Lições e Desafios. Maputo: CIUA