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Tema: Guerra do Afeganistão (1979-1989, 2001-

2021)

Nomes:
Alcaria Chichava
Diodrexio Mabote
Elsa Mapulasse
Francelo Mondlane
Horácio Barriga
Marcia Dava
Maria wilma Sitoe
Sonia Chichongue
Stelia Da Graça Zunguene
Maria wilma Sitoe

As Guerras do Afeganistão

Primeira guerra do Afeganistão (1979-1989): invasão


soviética

A segunda guerra do Afeganistão (2001-2021): invasão


americana
Primeira guerra do Afeganistão (1979-1989): invasão
soviética
Antecedentes
Relações soviéticas-afegãs

O Afeganistão e a URSS mantiveram relações de


amizade logo quando o pais ficou independente do
Reino Unido. Com a assinatura do Tratado de
Amizade em Maio de 1921 a União Soviética
passou a investir no Estado, desde ajudas com a
infra-estrutura até treinamento militar.
Cont.

O Golpe de Estado (1973)


- 17 de Julho de 1973 com o apoio da União
Soviética as Forças Armadas sob o comando
do tenente-general Mohammed Daoud Khan
realizam um Golpe de Estado aboliu o seu
primo, o monarca Mohammad Zhahir Xá.
Revolução De Saur (1978)

Entre 1973 e 1977, inúmeras crises políticas e económicas surgiram

no país e, por ter um governo de carácter modernista, cada vez mais a

lealdade de Daoud era testada pelos soviéticos, que em uma aliança

com o PDPA tramaram o golpe de Estado e o assassinato do líder

Daoud Khan e sua família em 27 de Abril de 1978 Após o golpe, o

país é renomeado como República Democrática do Afeganistão

(RDA) e a dinastia dos Durrani de mais de duzentos e trinta anos

chega ao fim. Nur Mohammed Taraki foi alocado como líder


O governo de Taraki passou a implementar uma série de

transformações no país, como reforma agrária,

introdução de educação laica, permissão da entrada de

mulheres na política etc. Essas medidas, no entanto,

foram muito impopulares, sobretudo no interior,

influenciado fortemente pelo conservadorismo religioso.

Assim, formaram-se em diferentes partes do Afeganistão

grupos rebeldes conhecidos como mujahidin


Uma disputa interna no PDPA entre o presidente
Taraki e outro representante do partido
(chamado Hafizullah Amin) levou a um terceiro
golpe de Estado na década de 1970. Amin
assumiu a presidência do Afeganistão, mas seu
governo não agradava aos interesses da União
Soviética.
Marcia Dava
Invasão soviética

A gestão de Amin gerou a insatisfação na União Soviética por


dois motivos:
• O Governo Soviético começou a desconfiar da possibilidade
de aproximação dos afegãos com os Estados Unidos;
• Os Soviéticos estavam irritados com a incapacidade de
Amin de controlar os mujahidin, que actuavam no interior
Em 24 de dezembro de 1979, a União Soviética invadiu o
Afeganistão, sob o pretexto de defender o Tratado de Amizade
Soviético-Afegão de 1921. Com 280 aeronaves e três divisões de
quase 8.500 homens cada eles tomaram a capital afegã. Membros do
exército afegão leais ao presidente Hafizullah Amin resistiram
ferozmente, embora por pouco tempo. Como planejado, o Hafizullah
Amin foi morto durante a invasão ao Palácio de Tajberg.  No
amanhecer de 28 de dezembro de 1979 as operações já estavam
completas. Babrak Karmal, líder exilado do Partido Democrático
Popular Marxista do Afeganistão (PDPA), foi instalado pelos
soviéticos como o novo chefe de governo do país.
Causa Central da invasão Soviética
O governo de Amin havia se tornado impopular e instável depois

que ele  tentou instalar um regime comunista severo, instituindo

um governo de partido único e abolindo a constituição afegã. Os

muçulmanos do país rejeitaram seu governo e formaram uma força

rebelde, os mujahideen. Quando ficou claro que Amin não

conseguiria controlar a rebelião, as tropas soviéticas intervieram.

Para os soviéticos, a turbulência política naquela nação fronteiriça,

que era vista por alguns oficiais como um aliado útil na busca por
Resistência dos Mujahidins

Durante quase 10 anos, os mujahideen, bem


como grupos maoístas menores, travaram uma
guerra de guerrilha contra o Exército Soviético
e o governo da República Democrática do
Afeganistão, principalmente na zona rural
Horácio Barriga

Envolvimento estrangeiro

Para os EUA a "agressão soviética" não era um evento


isolado ou geograficamente menos importante, mas
era uma ameaça a influência americana no Golfo
Pérsico. Uma das preocupações era também que a
União Soviética tivesse um acesso directo ao Oceano
Indico, se fizesse um acordo com o Paquistão também.
A CIA apoiou os fundamentalistas insurgentes através dos serviços

secretos paquistaneses, inclusive para ajudar os afegãos contra os

ataques aéreos Soviéticos, os Estados Unidos ofereceram como

presente em 1986 a FIM-92 Stinger uma arma que permitia derrubar

aeronaves facilmente. Pelo menos 3 bilhões de dólares foram enviados

para o Afeganistão para treinar e equipar os militantes. A Arábia

Saudita, o Reino Unido, o Egipto, o Irã e a China também ajudaram os

mujahidins, com armas como o lançador de mísseis portátil FIM-43

Redeye, uma poderosa arma contra aeronaves pequenas, como

helicópteros. Os paquistaneses, com seu ISI, foram os principais


Sonia Chichongue
Fim do conflito
Para os soviéticos, a Guerra do Afeganistão
representou um peso gigantesco, a começar pelo
facto de que o país teve de arcar com todos os
gastos militares e ajudar o funcionamento da
economia afegã. Além disso, os mujahidins eram
grupos difíceis de se combater – assim, a guerra
se estendeu por anos. A partir de 1985/1986, os
soviéticos passaram a entregar as operações
militares para o exército afegão e iniciaram
esforços para negociar a retirada de suas tropas.
Com a ascensão de Mikhail Gorbachev ao poder.
Em 1988, o presidente soviético anunciou que as
tropas sairiam definitivamente do Afeganistão. Os
últimos soldados retiraram-se em Fevereiro de 1989,
e o governo do país ficou nas mãos de Mohammad
Najibullah. A guerra no Afeganistão prosseguiu até
1992, quando os mujahidins derrubaram o presidente
afegão do poder
Consequências
• Mortes (os soviéticos cerca de 15 mil mortes. No lado afegão foi
ainda mais dramático, já que, de 1979 a 1989, aproximadamente 1
milhão de pessoas morreram).

• O fortalecimento dos rebeldes islâmicos, sobretudo por conta do


financiamento internacional. Esses segmentos rebeldes possuíam
ideais fundamentalistas islâmicos. Além disso, dos mujahidin surgiram
dois grandes grupos terroristas da actualidade: a Al-Qaeda e o Talibã.

• a guerra trouxe impactos profundos para a economia da União


Soviética
Elsa Mapulasse

A segunda guerra do afeganistão (2001-2021):


invasão americana
A Guerra no Afeganistão foi o conflito
encabeçado pelos Estados Unidos no Oriente
Médio após os atentados do 11 de Setembro nos
Estados Unidos. Após quase duas décadas de
disputas, os EUA anunciaram a retirada das
tropas do país e o grupo extremista islâmico
Talibã retomou o poder em Cabul, capital do
país.
Antecedentes
Talibã
O Talibã é um grupo fundamentalista que actua no
Afeganistão desde os anos 1990. Com uma visão extremista
da religião islâmica, a agremiação actua tanto de forma
política quanto militar. A origem do Talibã se deu após a
Guerra Afegã-Soviética, que aconteceu de 1979 a 1989. O
Grupo subiu ao poder no Afeganistão no ano de 1996 quando
conquistou Cabul, e governou o pais até o ano de 2001.
Durante seu governo, o Talibã firmou parceria com a
Al Qaeda

Com o início da Guerra do Golfo (confronto entre Kuwait e Iraque) ocorreu

a intervenção dos Estados Unidos (apoiando o Kuwait) e a consequente

presença de soldados estadunidenses na península Arábica, berço do profeta

Maomé e sede dos principais santuários do Islã. Osama Bin Laden, não

aceitava a permanência dos soldados dos Estados Unidos na região, e

iniciou uma campanha contra aquele país, em 1989 fundou a organização

terrorista Al Qaeda. Essa posição enérgica fez com que o rei Fahd o

expulsasse da Arábia Saudita, em 1991. Após cinco anos no Sudão, local

onde comandou seus primeiros atentados contra instalações militares dos

Estados Unidos, Bin Laden voltou ao Afeganistão, e lá construiu campos de

treinamento para a Al-Qaeda, tornando-se colaborador do regime do Talibã.


Diodrexio Mabote

11 de Setembro

O ataque de 11/09 aconteceu quando dois aviões cheios de gasolina


atingiram as torres gémeas, World Trade Center, em Nova York
(símbolo do poder económico e do capitalismo), um avião foi lançado
no Pentágono (órgão responsável pela defesa americana), nas torres
morreram 3.000 pessoas, no Pentágono houve mais de 100 mortos e
milhares de feridos, além de um terceiro avião que caiu no Estado da
Virgínia. os ataques foram rapidamente ligados a Osama bin Laden e a
Al-Qaeda. Menos de uma semana após os acontecimentos de 11 de
Setembro de 2001, o presidente dos EUA George W. Bush, identificou
Após o ataque os EUA enviaram um ultimato ao
Afeganistão com exigências como:

Entregar todos os líderes da Al-Qaeda no Afeganistão


para os Estados Unidos;

Fechar acampamentos de formação de terroristas no


Afeganistão e entregar todos os terroristas às autoridades
competentes;

Garantir o livre acesso dos EUA aos acampamentos, a


fim de verificar o seu encerramento.
Francelo Mondlane
Causa Central da Guerra do Afeganistão

A causa imediata da guerra no Afeganistão foi a recusa em


entregar Osama Bin Laden, que era suspeito de organizar os
ataques ao World Trade Center e ao Pentágono em 11 de
Setembro de 2001. O ataque foi planejado e coordenado no
território do Afeganistão, cujas autoridades forneceram à
organização Bin Laden protecção e logística para suas
bases e campos de treinamento no território do Afeganistão.
Início da Invasão americana no
Afeganistão
Após a recusa do Afeganistão de entregar Bin Laden os EUA optaram

por intervir militarmente no Afeganistão para derrubar o regime Talibã,

permitindo, assim, que um regime amigável fosse estabelecido em Cabul.

A Operação Enduring Freedom foi o primeiro desdobramento após a

autorização formal do uso da força contra os envolvidos nos ataques de

11/9 pelo Congresso Americano. O objectivo inicial dos bombardeios

aéreos era auxiliar a Aliança do Norte e as forças especiais enviadas.

Entre Outubro e Novembro de 2001 foram deslocados cerca de 1.300

fuzileiros navais estadunidenses para o território afegão. Em Dezembro

de 2001 as forças Talibãs já haviam sido expulsas de Cabul.


Em 5 de Dezembro de 2001 foi firmado o
Acordo de Bonn entre as partes em conflito, à
excepção do Talibã. A partir do acordo foi
estabelecida uma administração interina liderada
por Hamid Karzai, que seria responsável por
conduzir o processo de elaboração de uma nova
constituição e o primeiro processo eleitoral.
Insurgência Talibã
Paralelamente aos esforços de estabilização do Afeganistão, o Talibã
buscava restabelecer o controlo do território. Após sua expulsão de Cabul, a
partir da fronteira entre Afeganistão e Paquistão, preparavam-se para a
retomada da Jihad. A partir de 2006, o retorno dos Talibãs já era perceptível
Em Setembro, as forças do Talibã começaram uma campanha de
recrutamento para Jihad nas áreas pastós no Afeganistão e no Paquistão.
Pequenos campos de treinamento móveis foram estabelecidos ao longo da
fronteira para treinar recrutas em guerra de guerrilha. As bases, algumas
com cerca de 200 combatentes, surgiram nas áreas tribais, no verão de
2003.
Apesar do treinamento e capacitação do Exército nacional
(ANA) e das forças policiais (ANP), quando do retorno do
Talibã tais forças ainda não estavam suficientemente preparadas
para enfrentar os desafios impostos pelos insurgentes. Em
2006, estavam em solo afegão cerca de 10 mil soldados sob o
comando da ISAF, enquanto o número de tropas americanas
flutuou entre 25 e 30 mil entre 2006 e 2007. Entre 2006 e 2009,
os confrontos entre as forças internacionais e o Talibã se
tornaram mais frequentes; apesar de vitórias tácticas, as tropas
da ISAF passaram a registrar um número elevado de baixas.
Stelia zunguene
Captura e morte de Osama Bin Laden

Osama Bin Laden, após o 11 de Setembro de 2001, tornou-se o homem mais procurado

do mundo. O governo norte-americano chegou a oferecer para quem encontrasse o

terrorista, vivo ou morto, o prémio de USD 50 milhões que correspondem a MZN

31050 milhoes . Logo após os ataques terroristas do dia 11 de Setembro de 2001,

Osama Bin Laden utilizou-se do canal de televisão árabe, Al Jazira, para fazer o

pronunciamento de que a “guerra santa muçulmana” havia começado, Osama acusou os

EUA de sempre incentivarem e terem financiado governos ditatoriais no Oriente Médio


Com todas as retaliações militares dos Estados Unidos nos

territórios do Oriente Médio, Osama Bin Laden ainda se

encontrava foragido. Entretanto, em 02 de Maio de 2011 com as

intensas investigações da Força Armada norte-americana e da CIA

(Agência Central de Inteligência), e com a colaboração do governo

do Paquistão, as Forças Especiais dos Estados Unidos (comando

especializado da Marinha norte-americana) realizaram uma

operação que tinha como principal objectivo capturar Osama Bin

Laden, o inimigo público nº 1 dos EUA. Os militares cumpriram

com o objectivo da missão e capturaram è mataram Bin Laden.


Situação após a morte de Bin Laden
Após a morte de Bin Laden, que representou uma vitória para o
governo de Obama, começou o processo de retirada das tropas
da OTAN e dos EUA, sendo que ficou um reduzido contingente
para apoiar e ajudar no treinamento das tropas afegãs no
combate ao Talibã. A 28 de Dezembro de 2014 os Estados
Unidos e a OTAN oficialmente encerraram suas operações
militares no Afeganistão, depois de treze anos Enquanto isso, a
violência pelo país se intensificava, especialmente na região de
fronteira com o Paquistão, com o Talibã e a Al-Qaeda
Alcaria Chichava
A retoma do poder pelo Talibã e Queda
Cabul
Apesar de ter gasto mais de US$ 1 trilhão somente no Afeganistão, o

governo dos Estados Unidos nunca conseguiu remover totalmente

a influência do Talibã no país. Até 2014, as tropas estadunidenses estavam

envolvidas directamente em combates com remanescentes do Talibã no

Afeganistão. Em Outubro daquele ano, porém, o papel do exército dos

Estados Unidos se tornou de treinamento e apoio logístico às forças armadas

do Afeganistão, reunidas em 2011. A partir de então, o Talibã passou a se

reorganizar para não apenas reagir em combate contra as tropas

estadunidenses, voltando a usar tácticas políticas e militares para se


Em Fevereiro de 2020, já com controle
territorial significativo no país, o Talibã e o governo dos
Estados Unidos assinaram um acordo de paz que previa
o fim da ocupação estrangeira no país. Em Maio de 2021
as últimas tropas estadunidenses começaram a retirada.
Conforme as forças armadas do Afeganistão eram
deixadas como única linha de defesa em diversas regiões
do país, o Talibã avançou na captura de mais regiões.
Com pouca resistência, o Talibã aumentou a
intensidade e a agressividade das acções, chegando
a Cabul. O presidente do Afeganistão, Ashraf
Ghani, fugiu do país algumas horas antes das tropas
do Talibã avançarem sobre Cabul. Na noite de
domingo do dia 15 de Agosto, o Talibã chegou ao
palácio presidencial, e declarou a retomada do
governo deposto em 2001.
Em 30 de agosto de 2021, o último avião de
transporte dos Estados Unidos deixou o
Afeganistão, encerrando assim vinte anos de
operações militares americanas naquele país. Como
consequência, o Talibã assumiu formalmente o
controle de todo o território afegão, a excepção de
um bolsão de resistência no Vale de Panjshir,
declarando vitória sobre os Estados Unidos e seus
aliados.
Consequências

• Protestos, manifestações e eventos

• Mortes de civis

• Refugiados

• Narcotráfico

• Altos custos

• Violação dos direitos humanos


Pela atenção dispensada, nosso
muito obrigado

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