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Índice

1.0.Introdução..................................................................................................................................2

1.1.Objectivos..................................................................................................................................2

1.2.Geral:.........................................................................................................................................2

1.3.Específicos.................................................................................................................................2

1.4.Metodologia...............................................................................................................................2

1.5.Conceitos básicos.......................................................................................................................3

1.6.As sociedades e suas contradições (Karl Marx)........................................................................4

1.7.Contextualização do Karl Marx e o princípio da contradição social.........................................4

1.8A sociedade como produção em karl marx.................................................................................5

1.9.Formas de propriedade e produção............................................................................................7

2.0.Modo de produção capitalista....................................................................................................9

2.1.Organização capitalista do processo de trabalho.....................................................................12

2.2.A contradição capital trabalho e acumulação capitalista.........................................................14

2.3.A sociedade de classes Sociais................................................................................................15

2.4.A teoria marxista das classes sociais.......................................................................................15

2.5.Relações de classes..................................................................................................................16

2.6.Classe dominante e classe dominada e suas relações de classe...............................................16

2.7.Classe dominante e relações de dominação.............................................................................17

2.8.As relações de dominação e o papel do Estado.......................................................................17

2.9.Lutas, conflitos e interesses de classes....................................................................................18

3.0.Conclusão................................................................................................................................19

3.1.Bibliografia..............................................................................................................................20
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1.0.Introdução
A contradição fundamental da sociedade do capital é, por um lado, a contradição constitutiva da
categoria mercadoria, a contradição entre valor de uso e valor. E por outro o tempo histórico
(concreto) e abstracto, específico da sociedade do capital e resultado da dinâmica contraditória
da produção de valor e valor de uso.
A mercadoria traz em si esse duplo factor que, enquanto contradição real, implica o
deslocamento para seu exterior da própria contradição. De tal maneira que, na primeira forma em
que se apresenta o valor de troca (forma simples, singular ou acidental do valor), a contradição se
exterioriza e se apresenta como antítese externa envolvendo duas mercadorias distintas. De um
lado a mercadoria cujo valor de uso deve se expressar, aparece como simples valor de uso, essa é
a mercadoria que se encontra na forma relativa do valor. De outro, a mercadoria na qual o valor
de uso se expressará, essa se encontra na forma equivalente do valor e opera como espelho do
valor da primeira. Enquanto contradição real não há supra-sunção, o que ocorre é o deslocamento
permanente da contradição fundamental pelas várias formas do valor de troca até a forma
dinheiro, da forma dinheiro para o dinheiro enquanto capital e, intensificando ontologicamente a
exposição e o conjunto categorial, as várias contradições que se manifestam na acumulação
capitalista.
1.1.Objectivos
1.2.Geral:
 Compreender as sociedades e suas contradições segundo Karl Mark

1.3.Específicos
 Contextualizar o princípio da contradição social
 Explicar Formas de propriedade e produção
 Explicar A teoria marxista das classes sociais

1.4.Metodologia

Para a realização e materialização do presente trabalho recorreu-se a vários procedimentos que


combinados permitiram a coerência da pesquisa desde a selecção de documentos e análise das
variadas bibliográficas e por fim a sistematização e compilação do trabalho final.
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1.5.Conceitos básicos
Sociedade

Segundo Chauí, (2002) A sociedade pode ser definida como um complexo de relações sociais
que estão condicionadas ao que e como essa sociedade produz os meios materiais necessários à
sua existência. É a produção dos seres sociais que delimita o que a consciência desses seres vai
idealizar, As ideias tornar-se-ão concretas expressando intrinsecamente o que o ser produz.
Dessa produção surgem as contradições entre as diferentes formas de propriedade (tribal,
comunal, feudal, capitalista) e as técnicas necessárias para essa produção. A luta de classes
exprime essas contradições e é o motor da história.

Para Marx (2001) A sociedade compõe-se de um sistema complexo de relações sociais. Estas
são organizadas de acordo com a produção económica (agricultura, indústria, comércio) e
realizam-se através de instituições (família, igreja, escolas, meios de comunicação etc.). A
sociedade é pensada como um espaço onde as relações sociais acontecem, e onde repousam as
condições materiais de existência desta mesma sociedade. O conjunto de ideias morais,
religiosas, jurídicas, artísticas, políticas etc., reflectem o modo como a sociedade produz os
meios necessários para sua sobrevivência.

De acordo com o materialismo histórico, a sociedade se realiza como luta de classes, tendo as
formas de propriedade variado ao longo de todo o processo histórico. Senhores e escravos na
antiguidade, nobreza fundiária e servos na sociedade feudal, burgueses e proletários na
contemporaneidade: a luta de classes move a história através do antagonismo entre os
proprietários dos meios de produção e os não-proprietários.

Trabalho

Segundo Marx (1999) o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em


que o homem, por sua própria acção, medeia, regula e controla seu metabolismo com a Natureza.

O trabalho é compreendido como toda actividade produtiva humana de transformação dos


recursos disponíveis na natureza em bens úteis para a existência social.
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1.6.As sociedades e suas contradições (Karl Marx)


1.7.Contextualização do Karl Marx e o princípio da contradição social
No quadro da sociedade capitalista moderna de meados do século XIX, a obra filosófico política
de Marx apresenta várias dimensões e a Sociologia, desde o início do século XX, acercou-se
desse conhecimento, incorporando ao seu referencial teórico um conjunto de concepções
explicativas da realidade social.
A referência a conjunto diz respeito às teorias serem conceitos inter-relacionados, conjugados, de
mútua explicação que, ao fornecer explicações sobre a realidade, trazem a marca da metodologia
que os inspira.
Nesse caso, a contribuição de Marx, ainda hoje valiosa, refere-se ao fato da Sociologia adoptar a
metodologia dialéctica do materialismo histórico, aceitando sua interpretação da formação,
composição e dinâmica da sociedade capitalista exposta na extensa obra O capital (1885-1905),
publicada após sua morte.
Transposta para a análise do processo histórico, a dialéctica materialista utilizada por Marx, que
recebeu influência do filósofo alemão Hegel (1770-1831) e parceria do teórico socialista alemão
Engels (1820-1895) que procura a partir da crítica da sociedade da época, explicar a história das
sociedades com base na produção económico material. O real é considerado uma totalidade
concreta na abordagem metodológica do materialismo histórico, cujo emprego do termo não
partiu de Marx.
Nesse esforço dialéctico de apreensão dos contrários, Marx reconhece a presença da ideologia no
processo de investigação e faz da teoria uma construção de categorias conceituais que possam
conter a manifestação mais simples.
No capítulo “Método da economia política” do livro Contribuição à crítica da economia
política (1859), Marx (1977) demonstra que a categoria população, como empregada na obra do
filósofo escocês Adam Smith (1723-1790), para chegar à riqueza das nações, esconde trabalho
humano, a mais simples das categorias. Além de sua teoria sobre o processo de acumulação,
Marx desenvolve a teoria do valor trabalho (1975).
Para ele, o trabalho humano é o único meio de produção capaz de agregar valor aos bens
produzidos, uma vez que os outros são meios materiais de produção – a terra, o ar, as
ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os equipamentos, a infra-estrutura física dos galpões,
fábricas, escritórios etc. Os quais só se multiplicam se a eles for incorporado trabalho. Por isso, a
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força de trabalho é dispêndio físico e mental de energia humana que cria valor, ou seja,
transforma a terra em plantações, o couro em sapatos, as ideias em livros, apenas para
exemplificar.
Ocorre que os meios de produção, materiais ou não, apresentam-se na forma de propriedade
privada dos homens, com excepção do ar. Assim, Marx demonstra que as relações de produção
são relações de propriedade estabelecidas entre os proprietários dos meios materiais de produção
(os capitalistas) e os proprietários da força de trabalho (os trabalhadores).
1.8A sociedade como produção em karl marx
Para podermos analisar a sociedade segundo a perspectiva marxista, temos que partir do exame
empírico dos processos concretos da vida social. A realidade do mundo não deve ser explicada
tendo como base acepções idealistas, mas partir da experiência prática, do estudo in loco de
como os homens adquirem o essencial para a sua sobrevivência. Antes que a consciência
explique o que é real por si só, é o real que imprime na consciência o que ela definirá a posteriori
como realidade. Todas as relações humanas manifestam essa realidade concreta, mesmo que por
vezes esteja ela ideologicamente dissimulada.

A sociedade humana, porém, não se constitui de uma consciência comum. Antes, há, na verdade,
o trabalho comum, o qual condiciona esta consciência. As relações económicas que surgem e as
forças produtivas a elas atreladas são o alicerce de sua existência. Os modos de consciência se
desenvolvem na medida em que essas relações económicas se modificam. Os modos de
consciência constituem a chamada super estrutura ideológica, da qual fazem parte o Estado, as
leis, a moral, as artes, as religiões etc. Essas relações económicas realizam-se de modo dialéctico
através do conflito de classes.

Para Marx, Engels, (2001) “A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta de
classes.”

Determinados segmentos sociais, reunidos em torno de interesses comuns estão em conflito com
outros segmentos e, durante todo o processo histórico, esse conflito caracteriza-se pela
dominação de um grupo pelo outro. Essa luta incessante provoca as transformações porque passa
a humanidade, num movimento dialéctico que se realiza diante de nós, travestido pela alienação
resultante do determinismo ideológico que uma classe impõe à outra.
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A sociedade não pode ser analisada pelo estudo de grupos humanos isolados, mas interligados
numa evolução concreta que está submetida a determinadas condições. A sociedade então:

Pode ser comparada a um edifício, no qual as fundações ou a infra-estrutura seriam representadas


pelas forças económicas, enquanto o edifício em si, ou a super estrutura, representaria as ideias,
os costumes, e as instituições (políticas, jurídicas etc.) (GOMES, 2006)

O que realmente caracteriza o ser humano não é a sua consciência e sim a forma como ele
produz as suas condições de existência. Estas não são livremente escolhidas, mas previamente
determinadas de acordo com os meios de produção disponíveis numa determinada época e lugar.
Desse modo, A moral, a religião, a metafísica e qualquer outra ideologia, assim como as formas
de consciência, que a elas correspondem, perdem toda a aparência de autonomia. Não tem
história nem desenvolvimento; mas os homens, ao desenvolverem sua produção material e
relações materiais, transformam, a partir da sua realidade, também o seu pensar e os produtos do
seu pensar. (Marx, Engels, 2008).

Para Marx a sociedade deve ser analisada segundo determinados critérios, os quais ultrapassam a
mera especulação filosófica.

Os pressupostos dos quais partimos não são arbitrários nem dogmas. São bases reais das quais
não é possível abstracção a não ser na imaginação. Esses pressupostos são os indivíduos reais,
sua acção e suas condições materiais de vida, tanto aquelas que eles já encontraram elaboradas
quanto aquelas que são o resultado de sua própria acção. Esses pressupostos são, pois,
verificados empiricamente. (Marx, Engels, 2008)

A sociedade então pode ser definida como um complexo de relações sociais que estão
condicionadas ao que e como essa sociedade produz os meios materiais necessários à sua
existência. É a produção dos seres sociais que delimita o que a consciência desses seres vai
idealizar. As ideias tornar-se-ão concretas expressando intrinsecamente o que o ser produz.
Dessa produção surgem as contradições entre as diferentes formas de propriedade (tribal,
comunal, feudal, capitalista) e as técnicas necessárias para essa produção. A luta de classes
exprime essas contradições e é o motor da história. (Chauí, 2002)
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Para Marx as classes sociais são desiguais socialmente, evidenciando uma falsa igualdade
política e jurídica, dada e proclamada pelos liberais. Para ele, os inalienáveis direitos de
liberdade e justiça, não resistem às evidências das desigualdades promovidas pelas relações de
produção.

Dessa divisão se originam as classes: os “proletários” trabalhadores despossuídos dos “meios de


produção”, que vendem sua força de trabalho em troca de salários. E os “capitalistas”, que
possuindo meios de produção sob forma legal da propriedade privada, “apropriam-se” do
produto do trabalho de seus operários em troca do salário do qual eles precisam para sobreviver.
(COSTA, 2005).

1.9.Formas de propriedade e produção


Pretendendo caracterizar não apenas uma visão económica da história, mas também uma visão
histórica da economia, a teoria marxista também procura explicar a evolução das relações
económicas nas sociedades humanas ao longo do processo histórico.

Segundo Chauí, (2002) Os homens são essencialmente produtores. Aquilo que produz delimita
as relações entre os mesmos. Essa produção depende tanto de factores naturais (meio ambiente)
como da procriação. Assim, “a produção e a reprodução das condições da existência realizam-se
pelo trabalho, por sua divisão social e pela procriação (sexualidade e instituição da família), bem
como pelo modo de apropriação da natureza.”.

É na família que temos a primeira forma de divisão do trabalho, basicamente através das
diferenças sexuais. Essas diferenças tornam-se tanto mais profundas quanto mais os diferentes
modos de produção vão surgindo e peculiarizando determinadas tarefas.

A divisão social do trabalho também faz surgir a figura da propriedade, a qual expõe claramente
a separação entre os instrumentos necessários para produzir algo (os meios de produção) e o
próprio trabalho (a força produtiva). Os grupos daí resultantes, os quais detêm de um lado, os
meios de produção e de outro, a força produtiva, formarão as classes que protagonizarão o
combate social.

Segundo Marx (2008), Os diferentes estágios de desenvolvimento da divisão do trabalho


representam outras tantas formas diversas de propriedade; ou, dito de outro modo, cada nova fase
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de divisão do trabalho determina igualmente as relações entre os indivíduos no que diz respeito
ao material, ao instrumento e ao produto do trabalho.

A propriedade tribal foi a primeira forma de propriedade. Nesta, o trabalho comum, baseado na
família, assumia destaque. A família foi a primeira forma de organização criada para atender as
necessidades básicas de alimentação, procriação e defesa do indivíduo. A hierarquia das tarefas
definia a divisão social do trabalho. A sociedade era notadamente patriarcal, com uma
agricultura rudimentar, vivendo da caça, da pesca, da colecta de alimentos vegetais etc. Podemos
afirmar que a divisão do trabalho nesta forma de propriedade foi relativamente natural, dadas as
diferenças sexuais existentes bem como outros factores, como, por exemplo, a velhice.

Na propriedade comunal estatal vários tribos aglomeram-se e formam cidades. A escravidão,


oriunda principalmente das guerras, surge com mais ênfase, embora os escravos sejam da
propriedade comunal. Nota-se o aparecimento da oposição entre cidade e campo e a divisão do
trabalho está mais desenvolvida.

Já na propriedade feudal, os senhores assumem o controlo das terras. Estas são trabalhadas pelos
servos. Ainda há as corporações de ofício, como os artesãos, os quais trabalham nas cidades
(burgos). A sociedade se estrutura a partir de uma nobreza possuidora de terras, de servos que
cuidam destas terras e de artesãos e outros comerciantes livres. O artesanato se desenvolve, o
comércio aparece nos burgos, daí fazendo surgir uma nova forma de propriedade, a capitalista, e
com ela o antagonismo entre a nobreza fundiária e os burgueses.

Essa nova forma de propriedade possui características inéditas e é uma verdadeira revolução
económica, porque realiza a separação integral entre proprietários dos meios de produção e
forças produtivas, isto é, entre as condições e os instrumentos de trabalho e o próprio trabalho.
(CHAUÍ, 2002)

Segundo Marx, Engels, (2001) A propriedade capitalista inova as relações económicas e com
elas as relações sociais. Há agora a nítida divisão entre proprietários e não-proprietários; entre os
que possuem os meios materiais disponíveis para a produção e os que apenas possuem a própria
força de trabalho. Nesse contexto se destaca uma nova classe que se opõe à nobreza feudal, não
obstante tenha surgido desta: a burguesia. Esta, contudo, “..Oriunda do esfacelamento da
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sociedade feudal, não suprimiu a oposição de classes. Limitou-se a substituir as antigas classes
por novas condições de opressão, por novas formas de luta.”.

A burguesia surge na ascendência de um novo mundo. O capital, aliado à revolução tecnológica,


às novas descobertas geográficas, inicia seu crescimento vertiginoso, não respeitando fronteiras,
suprimindo nacionalismos. Os governos modernos assumem o carácter burguês e todas as
políticas governamentais visam aos interesses desta classe. Idem.

A burguesia transforma a relações sociais de tal maneira que os laços familiares, religiosos etc.
São reduzidos a mera especulação financeira. O homem agora é tratado como uma mercadoria,
numa desproporcionalidade entre o que este homem realmente é e o que ele economicamente
vale: “Tudo que era estável e sólido desmancha no ar; tudo que era sagrado é profanado, e os
homens são obrigados a encarar com olhos desiludidos seu lugar no mundo e suas relações
recíprocas.” (Marx, Engels, 2001)

As maneiras diferentes que o homem utilizou para organizar a produção de seus bens atenderam
e atendem às suas necessidades. Efectivamente, o homem trava uma luta com a natureza para
produzir os bens que vão atender a estas necessidades. Na sociedade capitalista actual essa luta
se acentua, na medida em que as divergências entre a burguesia e a sua criação, o proletariado,
aumentam e vão aos poucos transformando as relações sociais.

A oposição de classes torna-se evidente. Tendo suprimido a nobreza de forma revolucionária, a


burguesia agora se depara com a oposição de uma classe que nasce de seu bojo: o proletariado.
Esta classe, possuidora apenas da força de trabalho, foi utilizada pela burguesia para a derrocada
da nobreza, e tornou-se escrava dos interesses econômico-burgueses. Contudo, é somente no
modo de produção capitalista que essa situação torna-se clara e passível de transformação.

2.0.Modo de produção capitalista


Como forma de propriedade o capitalismo surge da dissolução da propriedade feudal, quando
então a burguesia ascende como nova classe hegemónica. Os chamados burgueses livres
(proprietários) assumem o poder político e o controle do Estado, fazendo sua ideologia
prevalecer no restante da sociedade.
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São os trabalhadores (proletários), vendendo a única coisa que possuem, a força de trabalho, que
produzem as mercadorias. É através do contrato de trabalho, o qual pressupõe que as partes são
livres e iguais, que a relação entre proprietário e não-proprietário se estabelece. Essa suposta
“liberdade” que o não proprietário possui decorre do aparato ideológico de que se utiliza o
proprietário para satisfazer seus objectivos.

Marx observa a dinâmica da luta de classes, incluindo aí a estrutura de estratificação de


diferentes segmentos sociais, dando ênfase às relações entre proletariado, vendedores da sua
própria força de trabalho, e a burguesia, detentora dos meios de produção. A diferença de poder
económico entre as classes é um pressuposto do sistema, ou seja, a classe dominante acumulará
riquezas por meio da exploração do trabalho das classes operárias. Em seu sentido mais restrito,
o capitalismo corresponde à acumulação de recursos financeiros e materiais que tem sua origem
e destinação na produção económica.
O capitalista compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens, que, após serem
vendidos lhe permitem recuperar o capital investido. Porém se os capitalistas pagam baixos
salários, que não reflectem o trabalho desprendido, ele obterá o capital excedente. Isso pode ser
visto como exploração, o que consequentemente poderá gerar conflitos de classe.
Os produtos do trabalho humano só se transformavam em mercadorias quando eram produzidos
apenas com o fito de serem trocados por dinheiro no mercado e não para uso ou gozo imediato
pelos produtores ou por outras pessoas directamente associadas a eles.

Segundo Marx (2000) A produção da mercadoria era sempre dominada pela busca do valor de
troca. Para que uma sociedade fosse dominada, em sua extensão e profundidade, pelo valor de
troca, quer dizer, para que fosse basicamente uma sociedade produtora de mercadorias, eram
necessários três pré-requisitos históricos:

 Primeiramente, tinha que haver um grau tão grande de especialização, que cada produtor,
individualmente, produzisse’ sempre o mesmo produto;
 Em segundo lugar, esta especialização exigia, necessariamente, a completa separação do
valor de uso do valor de troca. Como a vida era impossível sem o consumo de muitos
valores de uso, ou seja, a utilidade da mercadoria, um produtor poderia relacionar-se com
seu próprio produto apenas como valor de troca e não poderia adquirir seus valores de
uso necessários dos produtos de outros produtores e;
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 Em terceiro lugar, uma sociedade produtora de mercadorias exigia um mercado amplo,


bem desenvolvido, que precisava do uso generalizado da moeda, como equivalente de
valor universal, mediando todas as trocas.

No modo de produção capitalista o valor dos produtos não é determinado pelo seu uso, mas pelo
valor de troca. Este é determinado pelo custo total para produzir uma mercadoria.

Só o capitalismo dá lucro, diferentemente dos outros sistemas. O lucro não vem das relações
comerciais, mas da produção. O lucro resulta da divisão do trabalho e do tempo socialmente
necessário para se produzir uma mercadoria.

Por meio da constatação de que os trabalhadores recebem apenas o necessário para que o status
quo em que se encontram permaneça, Marx cria o conceito da Mais-Valia, que é a diferença
entre o valor dado a uma mercadoria e a remuneração do trabalho necessário para produzir essa
mercadoria.

A Mais-Valia é constituída pela diferença entre o preço que o empresário paga pela força de
trabalho que produz um determinado bem, pelo preço que o mesmo vende o resultado do tempo
a mais que a força de trabalho fica à sua disposição. A Mais-Valia, em resumo, seria um tempo a
mais do que realmente foi preciso para se produzir algo.

Assim, O valor de qualquer mercadoria é determinado pelo tempo social necessário para a sua
produção. Se for despendido mais tempo ou usado meios mais caros de produção, o capitalista
que comprou a força de trabalho por um valor (que supostamente deveria permitir a subsistência
do trabalhador, sua reprodução, instrução e manutenção, independentemente da sociedade que
ele vive), tende a perder dinheiro. (GOMES, 2006)

A força de trabalho não paga, oriunda do tempo excedente que o trabalhador fica à disposição do
proprietário, é apropriada por este. Esse período que pode ser denominado de “sobre trabalho”
não é notado pelo trabalhador, haja vista ele não se reconhecer no produto que fabrica, e é
essencial para o acúmulo de capital do proprietário. Assim, o lucro provém da produção e é a
essência do capitalismo.

A Mais-Valia definida desta maneira é em tudo semelhante ao trabalho gratuito que escravos ou
servos entregavam a seus senhores. É uma forma disfarçada de transferência de um excedente
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para a classe economicamente dominante. A Mais-Valia é a base para os lucros, os juros das
aplicações financeiras e para todas as formas de rendimentos vinculados à propriedade. A
apropriação da Mais-Valia é o fundamento da divisão das classes sociais no capitalismo.

A Mais-Valia teria duas formas de extracção: uma absoluta, sendo o aumento da jornada de
trabalho, e outra relativa, que é o aumento da intensidade do trabalho. O valor da força de
trabalho e a Mais-Valia variam em direcções opostas.

Para Marx, o capitalismo não é o fim da história. Este faz parte de um processo historicamente
passageiro, como os sistemas anteriores que o precederam. As próprias contradições internas do
capitalismo o levariam à queda e à ascensão de um novo sistema: o comunismo.

O comunismo socializaria os meios de produção e aboliria a propriedade privada. Para chegar a


esse sistema, os proletários deveriam tomar o poder político das mãos da burguesia por meio de
uma revolução. Seria a partir desse momento que os homens deixariam a pré-história e passariam
a escrever a história propriamente dita da humanidade.

2.1.Organização capitalista do processo de trabalho


A categoria “trabalho” tem uma importância central no tratamento dessa temática.
Fundamentando-se no materialismo histórico, segundo o qual a base material da vida e da
história é a produção humana (RANIERI, 2001),
Marx procura entender como esta se efectiva no capitalismo e o papel que o trabalho dos
indivíduos assume nas relações capitalistas de produção.
A concepção marxista atribui à categoria trabalho uma relevância para a compreensão da
produção e reprodução das condições materiais da vida humana.
O trabalho é compreendido como toda actividade produtiva humana de transformação dos
recursos disponíveis na natureza em bens úteis para a existência social.
Segundo Marx (2001) o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em
que o homem, por sua própria acção, medeia, regula e controla seu metabolismo com a Natureza.
Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as
forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de
apropriar-se da matéria natural numa forma útil para a sua própria vida. Ao actuar, por meio
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desse movimento, sobre a Natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo
tempo, sua própria natureza.
De acordo com essa perspectiva, o homem diferencia-se dos animais por meio do seu trabalho,
pois ao produzir os seus meios de subsistência, ele não só transforma a natureza ou os recursos
disponíveis, mas transforma a si mesmo no decorrer do seu processo de trabalho. O ser humano
é, nesse sentido, um “agente activo” em relação ao meio que o circunda (HARVEY, 2013).

Marx, ao apontar a transformação dialéctica implícita na concepção de trabalho e a criatividade


como um elemento do processo de trabalho humano, diz, segundo a interpretação de David
Harvey (2013):
Que os seres humanos podem transformar radicalmente o mundo, de
acordo com a sua imaginação e com determinado propósito, e ter
consciência do que estão fazendo. E que, com isso têm o poder de
transformar a si mesmos.
O trabalho se efectiva, então, por meio de um processo que envolve além da actividade produtiva
do homem, o seu “objecto” e seus “meios” (MARX, 1988).
o objecto de trabalho se refere à natureza bruta e às matérias-primas, os meios de trabalho dizem
respeito aos instrumentos de trabalho (como ferramentas, máquinas etc.), bem como às
condições físicas de infra-estrutura (HARVEY, 2013).
Os Objectos e meios de trabalho correspondem, nesse sentido, aos “meios de produção”,
expressão utilizada para designar os recursos que possibilitam a concretização do trabalho.
Dessa forma, “[...] o processo de trabalho, enquanto condição universal de possibilidade da
existência humana” caracteriza-se por esses três elementos fundamentais: “
 A actividade orientada a um fim” ou o trabalho propriamente dito,
 Seu “objecto” e
 Seus “meios” (MARX, 1988, p. 143).

No capitalismo, as operações de cada etapa do processo produtivo são separadas e atribuídas a


diferentes trabalhadores, que não tendo mais a posse dos meios de produção e contando apenas
com a sua força de trabalho, a vendem ao capitalista (proprietário desses meios). O trabalhador,
que antes possuía o conhecimento e o domínio do processo produtivo, passa a realizar funções
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específicas e a estar submetido a um processo de barateamento e desqualificação da sua força de


trabalho. Afinal, o capitalista não necessita mais de um operário com um conhecimento integral
do processo produtivo; ao parcelar as tarefas produtivas, primeiro na manufactura e, depois, na
grande indústria, ele pode atribuir cada uma delas para diferentes trabalhadores, barateando,
desse modo, o custo da força de trabalho (BRAVERMAN, 1977).

2.2.A contradição capital trabalho e acumulação capitalista


O Capital
A teoria da mais-valia e a acumulação capitalista
Em O Capital: para uma crítica da economia política, Marx toma como objecto de análise
exclusivamente o modo de produção capitalista e, segundo alguns autores, procura responder a
seguinte questão: “[...] o que faz com que o capitalismo seja o capitalismo?”
(BRUSCHI, 2016, p. 26).
No entanto, observe-se que essa obra é intitulada pelo substantivo “capital” e não “capitalismo”.
O ponto de partida de Marx é a mercadoria, algo que tem uma “presença universal” no interior
do capitalismo, devido ao fato dela estar presente no quotidiano de qualquer pessoa e ser
essencial para a nossa existência, pois necessitamos comprá-la para viver.
Marx (1988) diz que: “A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista
aparece como uma 'imensa colecção de mercadorias', e a mercadoria individual como sua forma
Marx analisa os dois factores das mercadorias, ou seja, o seu “valor de uso” e o seu “valor de
troca”. O que significam esses conceitos?

Marx (1988, p. 45) diz que: “A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso” Em outras
palavras: “o valor de uso é o conjunto das propriedades materiais e da utilidade subjectiva de um
produto”. “O valor de uso realiza-se somente no uso ou no consumo".

Nesse caso, quando Marx afirma que no processo de trabalho o homem produz um produto que
tem um valor de uso, ele se refere a essas diferentes qualidades relacionadas à utilidade de um
determinado produto ou bem.
No capitalismo os valores de uso assumem a forma de mercadoria.
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Em contrapartida, os produtos ou bens produzidos têm também um “valor de troca”, relacionado


à “[...] proporção na qual valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra
espécie, uma relação que muda constantemente no tempo e no espaço”
(MARX, 1988, p. 46).
O valor das mercadorias é determinado, portanto, pela “quantidade de trabalho socialmente
necessário para produzi-las” (MANDEL, 1982, p. 29).
Desse modo, a grandeza de valor de uma mercadoria permaneceria constante se não variasse o
tempo de trabalho necessário para a sua produção, no entanto, este se modifica com cada
mudança ocorrida na força produtiva do trabalho (o que engloba o grau médio de habilidade dos
trabalhadores, o nível de desenvolvimento da ciência e da tecnologia, entre outros aspectos).
2.3.A sociedade de classes Sociais
2.4.A teoria marxista das classes sociais
O conceito de classes sociais tem uma importância crucial no interior do pensamento marxista e,
em certa medida, pode ser considerado o ponto de partida de toda a teoria elaborada por Marx,
pois foi a descoberta do proletariado como uma nova força política que levou esse autor a
analisar a estrutura económica das sociedades modernas. A análise da estrutura de classes
existente na fase inicial do capitalismo e as lutas de classes desencadeadas nesse momento
históricos constituíram o principal ponto de referência da teoria marxista da história
(BOTTOMORE, 2012).
A discussão das classes sociais se relaciona, na teoria marxista, não só com as divisões sociais e
económicas, mas também com os conflitos existentes na sociedade, justamente porque as
mudanças históricas são concebidas como produto da acção política das classes.
Segundo Bensaïd (2013), o contrato de trabalho moderno ocultou a violência e a coação
exercidas sobre o trabalhador; a apropriação do excedente passou a se dar por meio da extracção
da mais-valia, ocultada pelo salário pago em troca do uso da força de trabalho.
O capitalismo introduziu, assim, novas formas de divisão do trabalho, porque além de manter a
extorsão, por um não trabalhador, do sobre trabalho realizado pelo produtor directo, ele pôs fim à
“unidade” que havia entre este último e os meios de produção, separando cada um deles e
convertendo o trabalho em trabalho assalariado e os meios de produção em capital HIRANO,
2002).
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De acordo com Hirano (2002, p. 130), a classe social tem, para Marx, um “significado
historicamente determinado”, pois é um “produto da sociedade burguesa moderna”, assim como
o proletariado pertence também a uma “determinada fase de desenvolvimento do capitalismo
moderno” .
No entender de Marx, conforme explica Hirano (2002, p. 148):
É somente com o pleno desenvolvimento do modo de produção capitalista que os
contornos das classes sociais fundamentais em oposição começam a transparecer
no cenário da sociedade moderna, como grupos de oposição política, económica
e social

2.5.Relações de classes
2.6.Classe dominante e classe dominada e suas relações de classe
Relações de exploração e classe dominada
A exploração não é algo exclusiva da sociedade capitalista, mas pode ocorrer em qualquer
sociedade na qual as forças produtivas permitam uma produção excedente, isto é, que exceda o
necessário para a sobrevivência da população, e seja apropriada não por aqueles que a
produziram, mas por um grupo social que a controla.
A origem da exploração e da classe dominante está relacionada com o controle e a apropriação
privada desse excedente: enquanto a classe dominante surge a partir da apropriação ou do
controle por parte de uma fracção da sociedade, do produto social excedente produzido por outra
parcela da população, a exploração concretiza-se no próprio ato de apropriação dessa produção
por aquela fracção em prejuízo de quem a produziu.
Segundo Bottomore (2012) A exploração é um conceito fundamental da análise materialista da
história desenvolvida por Marx. Ela ocorre, no capitalismo, por meio da extracção da mais-valia
da classe operária pela classe dos capitalistas industriais, embora outras classes ou frações de
classe também participem da distribuição da mais-valia.
Ao contrário de outros modos de produção, no capitalismo a exploração ocorre normalmente sem
a intervenção directa da força física, uma vez que os trabalhadores, por não disporem e terem
sido separados dos meios de produção, vendem a sua força de trabalho em troca de um salário; o
capitalista, ao comprá-la, a utiliza no processo de produção, extraindo dos trabalhadores um
valor superior ao que lhes paga pela jornada de trabalho.
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As relações de produção capitalista caracterizam-se, desse modo, pelas relações de propriedade


estabelecidas entre o produtor directo (o trabalhador) proprietários dos meios de produção (não
trabalhador) que extorque sobre trabalho do primeiro, mas também pela separação entre os meios
de produção e o produtor directo.

2.7.Classe dominante e relações de dominação


De acordo com Marx e Engels, a classe dominante pode ser entendida a partir de duas noções.
Uma delas se refere a uma classe economicamente dominante, a qual, em decorrência da sua
posição económica, exerce um domínio e controle sobre o conjunto da vida social.
A classe dominante dispõe não apenas dos meios de produção necessários para o processo
produtivo da vida material, mas também dos “meios de produção espiritual” que dizem respeito à
elaboração não só das ideias difundidas em uma sociedade, mas das representações, valores e
ideologias. Isso quer dizer que a classe dominante controla também as instâncias não econômicas
relacionadas ao âmbito da arte, da política, do direito, entre outras e que correspondem à esfera
super estrutural.
2.8.As relações de dominação e o papel do Estado
Refere-se à classe dominante aquela que domina politicamente por meio do exercício do poder
de Estado. Ao exercer esse poder, essa classe assegura a manutenção e a reprodução da
exploração e da sua dominação que, no modo de produção capitalista, corresponde à dominação
de classe burguesa.
Na óptica de Marx; engels (1999) Estado é a forma na qual os indivíduos de uma classe
dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma
época segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e adquirem através
dele uma forma política.
O Estado é, nesse sentido, concebido pela teoria marxista como instrumento da classe dominante
(BOTTOMORE, 2012).
Uma vez que as contradições de classe provocam conflitos caracterizados pelo seu carácter
inconciliável, a existência do Estado torna-se uma exigência, uma necessidade, pois ele actua
procurando conter os antagonismos de classe e a conservação da dominação de classe da
burguesia (NAVES, 2000).
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O Estado, para conter esses conflitos e preservar o modo de produção, actua não apenas pelo uso
da força e dos aparatos repressivos, mas também por meio da difusão de ideologias. Em uma
sociedade de classes, a ideologia dominante corresponde à ideologia da classe dominante, que
por meio do Estado tem assegurada uma dominação ideológica.
Nas palavras de Mandel (1982) Para consolidar a dominação de uma classe sobre outra, é
portanto indispensável que os produtores, membros da classe explorada, sejam levados a aceitar
como inevitável, permanente e justa a apropriação por uma minoria do sobre produto social.
2.9.Lutas, conflitos e interesses de classes
Para a perspectiva marxista o conflito de classes tem uma origem estrutural decorrente do modo
pelo qual a sociedade está organizada, ou seja, da sua divisão social em classes.
Estas se diferenciam fundamentalmente entre os donos dos meios de produção e os produtores
directos que, por ocuparem posições antagónicas nas relações sociais de produção, defendem
interesses irreconciliáveis que as levam a entrar em conflito.
A contradição é o conceito que qualifica esse conflito de classe, pois há uma tensão permanente
entre proprietários dos meios de produção e trabalhadores, já que estes são submetidos à
exploração do trabalho assalariado e às relações de dominação exercidas pelos primeiros.
Trata-se, nesse sentido, de um conflito caracterizado por uma contradição estrutural (e não
ocasional ou momentânea) que para ser suprimida implica a eliminação das próprias classes
sociais. (GALVÃO, 2003)
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3.0.Conclusão
Terminado trabalho conclui-se que A sociedade para Marx é um fenómeno material e a produção
é seu elemento fundamental, é o que a define.

A humanidade passou por diversas fases em suas formas de propriedade e estas condicionaram
as relações sociais. A propriedade tribal deu lugar à propriedade comunal; esta, à feudal e, por
fim, temos a propriedade capitalista. Essa suposta “evolução” das formas de propriedade não
correspondem necessariamente a desenvolvimento. Ainda hoje temos sociedades tribais. No
entanto, para o filósofo alemão, o capitalismo teria de dar lugar ao comunismo. Seria o fim da
história ou o começo de uma nova era.

O que a história recente mostrou foi que o materialismo histórico não se sustentou e que as
utopias revolucionárias deram lugar, na verdade, a totalitarismos. A humanidade ainda não está
preparada para uma sociedade comunal, apesar de que a teoria marxista sempre estará presente
em qualquer sociedade humana, actual ou futura. Contudo, determinados eventos “naturais”
estão ocorrendo (a questão ambiental, por exemplo) e com certeza nos levarão a repensar nossas
individualidades em prol da perpetuação da espécie. Para Marx, o capitalismo não é o fim da
história. Este faz parte de um processo historicamente passageiro, como os sistemas anteriores
que o precederam. As próprias contradições internas do capitalismo o levariam à queda e à
ascensão de um novo sistema: o comunismo.

O comunismo socializaria os meios de produção e aboliria a propriedade privada. Para chegar a


esse sistema, os proletários deveriam tomar o poder político das mãos da burguesia por meio de
uma revolução. Seria a partir desse momento que os homens deixariam a pré-história e passariam
a escrever a história propriamente dita da humanidade.
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3.1.Bibliografia
I. BENSAÏD, Daniel. Marx: manual de instruções. São Paulo: Editora Boitempo, 2013. 192
II. BRUSCHI, A, O papel histórico do socialismo no século XX. São Paulo.2016,
III. BRAVERMAN, O manifesto comunista. Rio de Janeiro: 1977
IV. BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2012.
V. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo, Ed. Ática, 2002.
VI. COSTA C. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2005
VII. GALVÃO, Andréia. Marxismo e movimentos sociais. Crítica marxista. São Paulo:
Editora da Unesp, 2011
VIII. GOMES, Ideologias e ciência social: elementos para uma análise marxista. 15. ed. São
Paulo: Cortez, 2002
IX. HARVEY, David. Para entender O Capital (Livro I). São Paulo, 2013.
X. HIRANO O. Karl Marx: sociologia. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 2002
XI. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Rio Grande do Sul,
Ed. L&PM Pocket, 2001.
XII. MARX, Karl. Teses sobre Feuerbah. In: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Ideologia
alemã. São Paulo: Hucitec, 1999. p. 11 -14.
XIII. MARX, Karl. Prefácio. In: MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política.
São Paulo, 2008.
XIV. MANDEL, Ernest. Introdução ao marxismo. Porto Alegre: Editora Movimento, 1982.
125 p
XV. NAVES, Márcio Bilharinho. Marx: ciência e revolução. São Paulo/Campinas: Editora
Moderna/Editora da Unicamp, 2000. 144 p.
XVI. RANIERI, O que é o marxismo. São Paulo: Editora Brasiliense 2001

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