Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I Introdução ..................................................................................................................................... 2
2 Realismo ...................................................................................................................................... 3
I Introdução
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
1.2.2 Metodologia
Para a realização deste trabalho, não distantes daquilo que as directrizes para a
abordagem científica, baseou-se nos métodos bibliográficos, focado na pesquisa de informações
relacionados a Psicologia Geral de seguida usar-se-ia o método hermenêuticos e heurísticos,
focado na interpretação das obras consultadas para posteriormente a compilação de informações
patentes no trabalho.
3
2 Realismo
Segundo May (2004. p. 58), o Realismo foi um movimento artístico e literário que se
desenvolveu na Europa no século XIX, como uma reacção ao Romantismo, que valorizava a
subjectividade, o individualismo e a idealização da realidade. O Realismo buscava retractar a
realidade de forma objectiva, crua e sem idealizações, utilizando a observação directa da
sociedade e das pessoas como base para suas obras.
Os principais autores do Realismo foram Gustave Flaubert, com sua obra "Madame
Bovary" (1857), Émile Zola, com suas descrições naturalistas da vida nas cidades e nas fábricas
em obras como "Germinal" (1885), e Fiódor Dostoiévski, com seus romances psicológicos e
filosóficos que abordavam as questões morais e existenciais da sociedade russa.
O Realismo também teve um impacto significativo nas artes plásticas, com artistas como
Gustave Courbet e Jean-François Millet retratando a vida rural e a classe trabalhadora de forma
realista em suas obras. O movimento influenciou ainda o teatro, com peças como "A Dama das
Camélias" de Alexandre Dumas filho, que abordavam temas polémicos e realistas.
4
Marx defendeu que os pesquisadores devem organizar seus conceitos para apreender com
sucesso os já existentes aspectos essenciais do capitalismo que o distinguem de outros sistemas
económicos e políticos, portanto os mecanismos e estruturas subjacentes que tornam relações
quotidianas inteligíveis dos chapeiros.
O conhecimento que as pessoas têm do seu mundo social afecta o seu comportamento e
tal mundo não existe independente desse conhecimento. Para o realismo ou pós-empirismo não
há um mundo social além das percepções das pessoas, ele reflecte as condições nas quais os
estados mentais das pessoas vivem, como as estruturas são reproduzidas os desejos e
necessidades das pessoas são frustrados.
Revelar as estruturas das relações dos diversos campos sociais para entender porque
temos certo tipo de políticas e práticas ou as condições que tornam possível o quotidiano,
considerando que as causas são simples tendências que produzem efeitos particulares e não
determinam necessariamente as acções. O pesquisador social volta-se para os entendimentos e as
interpretações das pessoas sobre os seus ambientes sociais: Abordagem fenomenológica da
pesquisa social.
social dos utentes ávidos em chegar ao destino, com poucas posses, e o campo social dos
chapeiros ávidos em encurtar as rotas perante uma polícia volúvel, fazer um receita adicional à
receita apertada e olham a polícia como o elemento que frustra seus desejos e necessidades.
(BRIONES, 2002).
2.2.2 Idealismo
O Idealismo é uma corrente filosófica que defende a primazia das ideias ou do espírito
como elemento fundamental da realidade. A palavra “idealismo” vem do latim idea, que por sua
vez vem do grego idein (ἰδεῖν), significando “ver”. O termo foi usado pela primeira vez pelo
filósofo alemão Christian Wolff no século XVII para descrever a crença de que a realidade é
composta de ideias.
Segundo Hegel (2016, p. 160-162), o Idealismo tem suas raízes na antiguidade, com
Platão sendo um dos primeiros a propor uma forma de idealismo através de sua teoria dos dois
mundos, onde o mundo das ideias é eterno e perfeito, e o mundo material é uma cópia imperfeita
deste. O Neoplatonismo, desenvolvido entre os séculos I e V, seguiu essa linha de pensamento,
sustentando que a verdadeira realidade está além do mundo físico1.
Cada forma de Idealismo, apesar de suas diferenças, compartilha a visão de que para
alcançar a verdade das coisas e conhecê-las adequadamente, devemos focar nas ideias e não
6
apenas nos objectos materiais sensíveis1. O Idealismo, portanto, se opõe ao materialismo, que
afirma que apenas o mundo material e tangível existe.
Segundo Hegel (2016, p. 160-162), as nossas acções não são governadas por mecanismos
de causa efeito como nas ciências naturais, mas pelas regras (escritas e não escritas; gerais e
restritas) que utilizamos para interpretar o mundo. Não é aplicável à pesquisa social falar de
causa efeito, porque as pessoas comtemplam, interpretam e agem nos seus ambientes, deste
modo. É o mundo das ideias que interessa aos pesquisadores sociais, disto se infere que a
actividade humana não é comportamento (adaptação às condições materiais), mas uma expressão
de significado que os homens dão para a sua conduta através da linguagem.
Existem regras na acção social através das quais produzimos a sociedade e nos
entendemos e reconhecemo-nos, que para além de serem frequentemente violadas e
diferentemente interpretadas, não se pode prever o comportamento humano, mas as pessoas
agem como se estivessem a seguir regras e, por isso, as suas acções são inteligíveis. A realidade
não pode ser externa ao homem porque os significados que agregamos ao mundo não são
estáticos, nem universais, logo as nossas descrições do mundo social devem resultar do contexto
das culturas que estudamos.
Concentrar-se sobre como as pessoas produzem a vida social, entendida apenas através
do exame da selecção e interpretação que as pessoas fazem dos eventos e das acções. Assim, o
objectivo da pesquisa é entender as regras que as tornam possíveis, explicar como as pessoas
interpretam o mundo e interagem umas com as outras (Intersubjectividade).
7
Exemplo: Neste paradigma vai explicar a greve dos chapeiros como um comportamento
que resulta da interacção dos vários campos sociais que intervém no sistema de transportes em
função das regras formais e informais, as interpretações s e violações que possam ajudar a
entender a greve.
8
III Conclusão
Ao final deste estudo, fica evidente que Realismo e Idealismo oferecem lentes distintas
através das quais podemos observar e interpretar o mundo. Enquanto o Realismo nos chama para
uma investigação objectiva e desapaixonada da realidade, o Idealismo nos lembra da importância
da subjectividade e da mente na formação de nosso entendimento. Ambos os campos fornecem
ferramentas valiosas para os pesquisadores, e a escolha entre essas perspectivas depende em
grande parte do contexto e dos objectivos da pesquisa. Em última análise, a interacção entre
Realismo e Idealismo pode levar a uma visão mais holística e integrada do conhecimento
humano.
9
IV Referências Bibliográficas
May, T. (2004). Pesquisa social: Questões, métodos e processos, 3ª Edição, Porto Alegre:
ARTMED. P. 58-62.