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SETEMBRO DE 2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................4
1.1. Ascensão do capitalismo e as lutas
operárias............................................................4
1.2. Questão social e serviço
social...................................................................................6
1.3. Surgimento do serviço social na Europa do século
XIX............................................7
3. CONCLUSÃO................................................................................................................9
4. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
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2. DESENVOLVIMENTO
Por meio da revolução industrial, o modo de produção mudou da manufatura para a produção
industrial, mudança necessária por causa da expansão da cidade e do crescimento
demográfico, logo, com o surgimento das máquinas, a burguesia conquistava cada vez mais
poder econômico, político e social, enquanto os camponeses que abandonaram o feudo
procuravam nos centros urbanos melhor qualidade de vida, trabalhando nas fábricas recém
abertas, vendendo sua força de trabalho por salário se tornando assim a classe trabalhadora, o
proletariado.
A revolução industrial trouxe grandes avanços, mas por outro lado, a população que veio do
campo sofria com jornadas de trabalho excessivas e baixos salários. Por diversas vezes a
burguesia tentou controlar os trabalhadores que buscavam por melhorias nas suas condições
de trabalho, a partir de leis, como por exemplo, a lei francesa de Le Chapelier, que proibia
greves.
O primeiro movimento operário que surgiu foi o Ludismo, liderado por Nedd Ludd, na
Inglaterra durante o século XVIII, as máquinas reduziam as demandas por mão de obra
causando desemprego, o que fazia com que os operários que trabalhavam nos centros fabris se
submetessem a salários baixíssimos, por isso, os ludistas quebravam as máquinas e
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instalações industriais em forma de protesto, após meses de ações o movimento foi
abandonado por ineficiência, mas foi de extrema importância para que o sistema capitalista
começasse a ser questionado, pois foi a primeira vez que o proletariado conseguiu chamar
atenção da burguesia para suas reivindicações. Logo depois, surgiu o cartismo, movimento
reformista que aconteceu na Inglaterra, quando o trabalhador radical William Lovett escreveu
uma carta, chamada carta do povo e enviou para o parlamento inglês em maio de 1838,
almejando melhorias, a carta continha seis exigências, voto universal, igualdade entre os
distritos eleitorais, voto secreto por meio de cédula, eleição anual, pagamento aos membros
do parlamento e abolição da qualificação segundo as posses para a participação no
Parlamento. Os cartistas atuaram durante alguns anos realizando comícios e manifestações.
Em 1848, a causa cartista motivou cerca de 500 mil trabalhadores para uma manifestação no
dia 10 de abril, mas devido a uma tempestade a manifestação não foi como esperada.
As reivindicações da carta foram rejeitadas, mas por demonstrar uma melhor organização em
relação a outros movimentos anteriores o cartismo foi essencial para o surgimento do
sindicalismo. Nos sindicatos, o proletariado entende que é necessário se unirem para
negociarem suas condições de trabalho. O sindicalismo é a associação de trabalhadores que
visam a negociação entre o operário e o patrão. A distância entre a burguesia e proletariado
trouxe questionamentos a respeito do sistema capitalista, algumas ideologias acreditam que
existe duas principais propostas, a reforma e a revolução. A teoria reformista busca a
preservação do sistema, e a busca por modificações que o torne mais justo e eficiente, já os
revolucionários, acreditam que a solução é mudar o sistema.
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2.2. QUESTAO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL
Segundo Netto, em Cinco Notas a Propósito da "Questão Social", a expressão questão social
se origina no século XIX, na Europa, durante o processo de industrialização na Inglaterra com
o encetamento do capitalismo, que resultou no fenômeno da pauperização, agravando a
situação da população trabalhadora explorada, dessa forma, surge a discussão sobre a questão
social.
O autor aborda diferentes compreensões em relação a questão social, entretanto, Netto afirma
que a questão social é constitutiva da amplificação do capitalismo, pois, segundo a tradição
marxista é um termo que está ligado aos fundamentos da sociedade capitalista, da contradição
capital e trabalho, que segundo o texto gera as desigualdades, que se evidenciam de diversas
maneiras e em diferentes estágios, mas todas indissociáveis do capitalismo.
A negligência do Estado com a questão social e suas expressões, como a divisão desigual da
riqueza produzida socialmente, diante das formas de atuação do Estado com essas
problemáticas, os casos de política vão ser encarados como caso de polícia, em decorrência
disso há o enxugamento das políticas sociais, que ficam cada vez mais, precárias e seletivas.
As expressões da questão social, como fome, desigualdade, violência e desemprego, é vista
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como algo normal na sociedade moderna. Perspectiva ideológica funcionalista, onde estas
expressões são encaradas como anomia, exterior a qualquer relação entre o capital e o
trabalho.
Assim, como afirma José Paulo Netto não há uma nova questão social, mas sim, novas
expressões da mesma. É preciso compreender que os desafios para seu enfrentamento são os
mesmos de toda história do capitalismo, a existência desse sistema econômico. Como Netto
explica, não há como suprimir a questão social e suas expressões sem trabalharmos em sua
origem, que é a exploração e o sistema de acumulação de capital. E a sociedade burguesa, que
é detentora dos meios de produção da propriedade privada, necessita da manutenção da
questão social para a manutenção do sistema capitalista, pois, as expressões da questão social
levam ao desespero de aceitar situações degradantes como trabalhos subservientes.
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2.3. SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NA EUROPA DO SÉCULO XIX
O serviço social nas escolas da Europa data em épocas distintas do século XIX, sendo a
Inglaterra a mais antiga, concebida no ano de 1886 e posteriormente a Alemanha, no ano de
1889. Vinte anos após o surgimento das primeiras escolas, os demais países europeus
incorporaram o serviço social em suas instituições. Até a década de oitenta, 10 países se
associaram ao estudo do serviço social.
A concepção do serviço social também esteve envolvida em causas sociais, como movimentos
femininos e religiosos. Sem embargo, entre as influências citadas, apenas a relação com a
igreja mostrou-se contínua. O autor Lorenz afirma que o serviço social surgiu durante a
modernização europeia, quando a transformação nos setores sociais e os pensamentos
religiosos estavam sendo cada vez mais privatizados. As igrejas, entenderam que a resposta
para a reconstrução de sua legitimidade, seria a prestação de serviço às pessoas, não mais a
exibição de poder e privilégios. Dessa forma, achavam que a igreja poderia competir com os
movimentos sociais para a melhoria das situações precárias da sociedade através de prestação
de serviços, não apenas a pregação.
Na Inglaterra, o serviço social deixou sua herança por meio do desenvolvimento das
profissões antigas como o direito, medicina, a educação e as sociedades de serviço
humanitário. O serviço social presente na Inglaterra, também contribuiu com o protagonismo
do feminismo e destacaram a importância das relações sociais na profissão e no processo de
reabilitação social.
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Na maior parte dos países europeus como Suécia, Reino unido, Portugal e outros, o trabalho
social situou-se numa situação singular e paradoxal do sistema do ensino superior, pelo fato
de não estar presente no mesmo, mas estava se aproximando cada vez mais. Na tália, a
reforma dos estudos universitários com a instauração dos cursos de especialização e de
aperfeiçoamento ocorreu em 1982, mas apenas em 1987 que a formação dos assistentes
sociais foi introduzida na universidade.
O termo “assistente social”, surgiu no ano de 1964 pelo decreto do Ministério da Educação
Nacional e das ciências. O controle da formação pelo Estado da Espanha tomou amplitude no
ano de 1967 com a criação da única escola oficial de assistentes sociais em Madrid. Então, em
1980, por influência da Federação espanhola das associações das assistentes sociais, em razão
da apresentação de um projeto de licença, o parlamento aprovou a criação do “título de
diplomado em trabalho social” e a transformação das escolas de assistentes sociais em escolas
universitárias de trabalho social.
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2. CONCLUSÃO
Vimos que, a questão social se dá justamente por essa forma de precarização específica do
modo de produção capitalista, e tem como ferramenta de intervenção o serviço social, que em
um primeiro momento, serviu para o estado como um apaziguador das massas, servindo mais
aos burgueses do que aos proletários.
O Serviço social surgiu na Europa sendo fortemente influenciado pela igreja católica, e pelas
causas sociais, baseada na moral e assistencialismo, a igreja tentava aproxima-se dos fiéis e
estabelecer uma boa relação entre as pessoas e o estado e com as demandas do mundo
capitalista, estava também presente nas instituições.
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4. REFERÊNCIAS
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