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, em 2004/2005, para
o uso exclusivo de pessoas com alguma deficiencia visual e sua
distribuição ao público em geral, bem como para fins comerciais é extritamente
proibida pela lei brasileira de direitos autorais.
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APRESENTAÇÃO
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e importantes sistemas de ajuda, mas sua pesquisa foge, no momento, ao nosso
objetivo, embora os consideremos de interesse para o Serviço Social.
Na América Latina, focalizamos a evolução do Serviço Social em suas linhas
gerais, por não dispormos de fontes suficientes a uma abordagem mais ampla e
profunda.
Como acontece no Brasil, nos países coirmãos o Serviço Social é uma
importação: européia, no Chile e no Uruguai; norte-americana, nos demais.
Em todos eles a situação política influiu e influi ainda na sua adaptação às
condições locais. Tratando-se, porém, de áreas em desenvolvimento, muito do que
dissemos a respeito da construção da Teoria do Serviço Social no Brasil terá,
possivelmente, validade para toda a América Latina.
A instigadora e "madrinha" deste trabalho é nossa amiga e colega ANA
AUGUSTA DE ALMEIDA, que o discutiu conosco, deu-lhe o título e a quem
tomamos a liberdade de dedicar este pequeno volume.
A todos os demais colegas, que nos ajudaram com sugestões, críticas e
comentários, muitos dos quais trilharam conosco os caminhos do Serviço Social
desde o seu início, nossos sinceros agradecimentos.
A AUTORA
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INTRODUÇÃO
"A História é a ciência dos homens no tempo. Tudo é história; o que foi dito
ontem, é história; o que foi dito há um minuto atrás, também, na medida em que a
História é a sombra do homem, inseparável dele, e absorvendo os múltiplos ritmos
particulares e coltivos para conservá-los, dissecando-os de uma forma simplificada,
apurada, arbitrária, imposta pelo calendário. Neste sentido, não podemos viver sem
ela. É a História que contém a maioria das explicações da gênese dos fatos
humanos. É a única ciência humana que, pela vocação e dentro do contexto das
instituições e organizações econômicas e sociais, considera o homem na sua
realidade." (PINTO R. e M. GRAWITZ Les Méthodes dês Sciences Sociales, Dalloz,
Paris, 1964 - pág. 269.)
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consciências individuais. Não atende apenas ao indivíduo, nem é
realizado por uma só pessoa; existe para uma coletividade e é
desempenhado por um corpo de agentes. Esta definição aplica-se
perfeitamente à ajuda aos outros - em qualquer de suas dimensões, seja
caracterizada como caridade, filantropia ou serviço social. É uma ação
de grupo, onde intervêm noções quantitativas: número de participantes,
freqüência, repartição eventual, etc.; como o explica MAUSS2: "qualquer
fato social é um momento da história de um grupo de homens; é começo ou
término de uma ou várias séries".
[ 2. MAUSS, H. Citado por PINTO, R. e GRAWITZ, M. Les Méthodes des
Sciences Sociales, Dalloz, Paris, 1964, p. 278. ]
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auxílio e da caridade de outrora, embora tenha as mesmas raízes.
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Teoria e teorização
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5 - formulação de hipóteses;
6 - tentativas de explicações e de compreensão dos fenômenos;
7 - formulação da teoria e das experiências;
8 - volta à formulação de novas hipóteses e assim por diante,
cada etapa aperfeiçoando a precedente.
A construção da teoria envolve um estudo do assunto desde os
seus primórdios: é a História.
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dos tempos modernos são "histórias conjunturais", principalmente-as que
tratam do desenvolvimento econômico.
3. A história "estrutural", ou de longa duração, vê os
acontecimentos dentro da estrutura geral da época. A Bíblia é o melhor
exemplo deste tipo de história: história, de um povo escolhido por Deus,
mostrando a ação divina através dos acontecimentos e, por isso, chamada
a História da Salvação.
A história estrutural é "uma visão filosófica e panorâmica do
material fornecido pelo cronista; procura o sentido profundo do passado
e dos eventos com a possibilidade de uma previsão do futuro" 13. É
também chamada a "meta-história".
[ 13 TRISTÂO DE ATHAYDE. "Como se elabora a História". Jornal do
Brasil de 3 de janeiro de 1974. ]
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PRIMEIRA PARTE
EVOLUÇÃO DA IDÉIA DE AJUDA AOS POBRES NO MUNDO OCIDENTAL
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CAPÍTULO I
A ANTIGÜIDADE
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A ERA DA CRISTANDADE
Timóteo (5, 8): "Se alguém não se preocupar com a sorte dos seus,
principalmente da sua família, é porque renegou a fé." Mostrava-se assim
a necessidade de ajudar sua família imediata, mas também os amigos,
agregados, servidores, etc., que viviam perto dos cristãos. Esta
caridade, que devia marcar e diferençar os cristãos no mundo pagão,
levou-os a organizar um tipo de comunidade descrita nos Atos dos
Apóstolos, onde tudo era posto em comum, tendo o trabalho como base.
Apesar da família continuar a cuidar de seus membros, agregados
e serviçais, muitos dos encargos de beneficência que, desde o início,
tinham sido confiados a sacerdotes aumentaram de tal modo que, já no
primeiro século, a Igreja criou os "diáconos", verdadeiros ministros de
seus bens materiais, a quem competia recolher e distribuir os auxílios.
Logo depois, aproveitando a tradicional boa vontade e a dedicação das
mulheres, instituiu as "diaconisas", que deviam ser "viúvas piedosas e
modestas", e cujas funções consistiam também em prestar socorro, visitar
os enfermos e cuidar das crianças.
Durante toda a Idade Média, a Igreja manteve o privilégio da
administração das obras de caridade. Eram nos mosteiros, ou junto a
eles, que funcionavam dispensários, hospitais, leprosários, orfanatos e
escolas.
Na Igreja, as paróquias ocupavam lugar de destaque na ajuda aos
pobres. O pároco conhecia todos os seus paroquianos; podia ajudá-los de
acordo com suas necessidades e, para este mister, as paróquias tinham
direito de angariar fundos através de taxas e impostos.
As grandes ordens religiosas que, além de se dedicarem à vida
contemplativa, se ocupavam igualmente de agricultura e subsidiariamente
do ensino e de outras obras sociais mantidas à sombra dos conventos e
mosteiros, mostravam-se insuficientes para arcar com a responsabilidade
de tão grandes tarefas. Nos séculos XIII e XIV, surgiram congregações
religiosas dedicadas especialmente à assistência social, auxílios
materiais, visitação domiciliar, assistência hospitalar. Por sua vez, as
corporações de ofícios e as confrarias leigas instituíram vários
sistemas de auxílios mútuos para seus membros. Tais confrarias ou
irmandades" floresceram também no Novo Mundo, sob a influência da
Espanha e de Portugal, e algumas perduram até nossos dias.
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VIVES possuía idéias originais para seu tempo, principalmente em
assuntos pedagógicos, o que, provavelmente, lhe valeu um convite da
rainha da Inglaterra, CATARINA DE ARAGÃO, que, aconselhada por THOMAS
MOORE, o escolheu, em 1525, para preceptor de sua filha Mary. Chamado,
no entanto, a opinar sobre o divórcio do rei, VIVES não o aprovou e se
viu obrigado a deixar a Inglaterra.
Instalou-se, em seguida, na cidade de Bruges, na Bélgica, que se
encontrava sob domínio espanhol. Ali se casou, escreveu numerosos
trabalhos e faleceu a 6 de maio de 1540, ainda jovem, consumido pelos
desgostos e preocupações.
Não obstante a amizade de altas personalidades, como CARLOS V,
os reis da Inglaterra, ERASMO e outros, VIVES não foi devidamente
apreciado em vida e, depois de sua morte, ficou esquecido por muito
tempo. Suas concepções doutrinárias, muito adiantadas para a época,
foram duramente criticadas e combatidas pelos doutores da Sorbonne. Sua
firmeza de opinião alienou-lhe a proteção de HENRIQUE VIII e até da
rainha, que não compreendeu sua maneira de defendê-la.
Examinando, hoje, as obras de VIVES, encontram-se em sua
doutrina muitas das idéias plenamente atuais, tal como a análise da
política interna no ensino da história, em vez da descrição de guerras e
batalhas. Em seu tratado "De Concórdia e Discórdia" planejou um Conselho
Geral de países, no qual podemos reconhecer muitos traços da "Sociedade
das Nações".
Em pedagogia, VIVES se pronunciava contra as punições,
principalmente as corporais; salientava a importância de observação das
crianças em seus jogos, para melhor conhecê-las; sustentava a
necessidade da instrução, não apenas para crianças inteligentes e ricas,
mas também para as física e mentalmente deficientes; insistia sobre a
importância da vida ao ar livre e dos esportes na educação da juventude.
VIVES é, talvez, mais conhecido por seu trabalho De subvencione
Pauperum ("Da Assistência aos Pobres"), que se pode considerar o
primeiro tratado de Serviço Social. Espírito tão universal e prático,
VIVES não podia deixar de interessar-se pelos problemas sociais de seu
tempo. Em 1522, impressionara-se vivamente com a fome
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CAPÍTULO II
A FAMÍLIA
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A IGREJA
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O ESTADO
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Cada país organiza seu Comitê Nacional como melhor lhe aprouver.
Alguns, como o Comité Français de Service Social, além de servir de
representante da C.I.S.S., é também órgão consultivo do governo francês
em matéria de Serviço Social e coordenador de estudos e iniciativas
sociais em nível nacional.
A C.I.S.S. motivou a criação de duas entidades internacionais
privadas, cujas reuniões coincidem com as da C.I.S.S.: a Associação
Internacional de Escolas de Serviço Social, de caráter aconfessional,
com sede em Nova York, e a Federação Internacional de Assistentes
Sociais, também aconfessional, com sede em Paris.
Cada dois anos, a C.I.S.S. promove uma conferência
internacional. Das 18 conferências, nove foram realizadas na Europa;
três na América do Norte; quatro na Ásia, uma na América Latina e uma na
África. Dizia RENÉ SAND: "A primeira Conferência Internacional de
Serviço Social, reunindo todas as tendências, apelando para a
colaboração de todas as especialidades da ação social e reunindo homens
e mulheres que se dedicam às obras sociais e que vieram de quarenta e
dois países, definiu o Serviço Social, declarando que "é o conjunto de
esforços visando a minorar sofrimentos provenientes da miséria
(assistência paliativa); recolocar indivíduos e famílias em condições
normais de existência (assistência curativa); prevenir flagelos sociais
(assistência preventiva); melhoria das condições sociais e elevação do
nível de vida (assistência constitutiva)". Esta definição foi, durante
muito tempo, a universalmente aceita para classificação dos objetivos do
Serviço Social.
As primeiras conferências focalizavam os campos do Serviço
Social (habitação, família, industrialização, comunidade). A partir de
1950, enfocam o papel do Serviço Social dentro de determinados
contextos: programas nacionais, elevação do nível de vida, novo papel
num mundo em mudança; estudam o "Desenvolvimento de Comunidade", o
"Planejamento Social", os "Direitos do Homem", o "Progresso Social" e a
"Estratégia para o Desenvolvimento Social", a "Participação". Deixaram
de se preocupar com o Serviço Social como método para olhar para o
desenvolvimento e estudar o próprio bem-estar, suas condições de
realização e meios, para alcançá-lo. Os assuntos abordados não
interessam apenas aos Assistentes Sociais.
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CAPÍTULO III
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Depois da Segunda Guerra Mundial, o trabalho de grupo foi
introduzido em dois campos: nas instituições para menores e nos
hospitais, quando a internação era de longa duração.
Em relação ao campo de menores, o livro de CECIL McGOVERN,
Services to Childrens in Institutions (Serviços para Crianças
Internadas), publicado em 1948, pela National Conference of Catholic
Charities, descreve o uso do grupo e as técnicas empregadas nos
internatos de menores. Em 1952, GISELA KONOPKA retoma o tema e publica
Group Work with Childrens in Institutions (Trabalho de Grupo em
Instituições de Menores).
O segundo - Organização de Comunidade - constituía-se numa idéia
exclusivamente americana e praticamente desconhecida na Europa, onde se
assemelhava a ação social. Apesar de considerá-lo como campo de Serviço
Social, os assistentes sociais norte-americanos pressentiam que se
tratava de um processo que consistia em ajudar grupos de indivíduos ou
de obras sociais, a estudar sua comunidade, identificar problemas, criar
serviços necessários, coordenar ou melhorar os existentes. O instrumento
era o Conselho de Obras Sociais.
Assim sendo, o que caracterizava o Serviço Social até a Segunda
Guerra Mundial era:
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feminina - não tinham horário, podiam ser procuradas a qualquer momento.
Na Europa, os Centros Sociais exigiam do seu pessoal a "residência" no
local, o que obrigava as assistentes sociais a estarem a serviço da
clientela todos os dias, muitas vezes à noite, assim como aos domingos.
5) Atividade imediata, é verdade, mas objetiva. A reflexão de
duas assistentes sociais ilustra este pensamento. Uma dizia: "O que
importa é resolver o problema, o resto é secundário"; e outra: "Uma boa
assistente social é aquela que ajuda seu cliente a resolver suas
dificuldades pelos meios a seu alcance".
Acreditava o Serviço Social que os problemas tinham "causas" e
que estas deviam ser atacadas para evitar a permanência ou
reaparecimento das dificuldades. Daí a insistência na melhoria e
renovação do ambiente. Nesta visão sociológica, no entanto, não havia
ainda idéia de realizar mudanças radicais na sociedade. Para os
assistentes sociais daquela época a sociedade apresentava um fundo de
permanência de valores e de organização e os problemas advinham da falta
de ajustamento a esses valores e tipo de sociedade. As mudanças eram
apenas "acidentes" a serem superados.
No entanto, se a ciência sociológica fizera rápidos progressos,
a psicologia e a psicanálise se desenvolviam também a ponto de
tornar-se, em breve, a influência dominante na prática do Serviço
Social.
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assistentes sociais, reunidas na cidade de Milford, nos Estados Unidos,
para estudar as técnicas usadas numa abordagem individual, chegou à
conclusão de que o que variava, de fato, eram as situações e os
problemas dos clientes e não a maneira de agir do assistente social; as
mesmas técnicas de estudo, diagnóstico e tratamento eram empregados em
todos os campos, assim como seus instrumentos: entrevistas, visitação,
encaminhamentos. A Conferência de Milford concluiu que o Serviço Social
de Casos constituía um método "genérico" de Serviço Social,
entendendo-se por isso que não havia métodos ou técnicas específicas
para cada campo, dentro de uma abordagem individual.
Depois da Conferência de Milford, VIRGINIA ROBINSON (1939),
GORDON HAMILTON (1941) e FLORENCE HOLLIS (1949) desenvolveram este
processo com base nos conceitos psicológicos, principalmente os de
FREUD, ou de seus discípulos, e forneceram assim uma base mais sólida
para as relações com os clientes. A importância que se deu a tais
conceitos influiu também sobre os demais processos que iam surgindo.
Em 1922, MARY RICHMOND definiu o Serviço Social de Casos como
"um processo de desenvolvimento de personalidade do cliente, através de
ajustamentos conscientemente efetuados do indivíduo e do homem para com
seu meio social7". Em 1941, GORDON HAMILTON o caracterizou como "a arte
de ajudar as pessoas a se ajudarem a si mesmas, cooperando com elas a
fim de beneficiá-las e, ao mesmo tempo, a sociedade em geral"8. O
objetivo do Serviço Social de Casos, segundo GORDON HAMILTON, consiste
em "fornecer serviços práticos e de aconselhamento de tal modo que seja
desenvolvida a capacidade psicológica do cliente e que seja levado com
habilidade à utilização dos serviços existentes para atender a seus
problemas"9.
[ 7. RICHMOND, Mary. O que é Serviço Social de Casos, CBCISS nº 85,
ano VII, 1974, p. 2.
8. HAMILTON, Gordon. Teoria e Prática do Serviço Social de Casos,
Liv. Agir, Ed. Rio, 1958, p. 37.
9. Ibid., p. 39. ]
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"ação social", e nos Estados Unidos, como "organização da comunidade",
para remediar as disfunções da sociedade. Ambas são vistas de um ângulo
sociológico: o ambiente do indivíduo e/ou da família ou os problemas de
determinada classe de indivíduos em relação à sociedade. Como processo
técnico e profissional é de aplicação relativamente recente. No entanto,
a preocupação com o ambiente é muito mais antiga.
As pesquisas realizadas na Europa por FREDERIC LE PLAY e seus
discípulos, de 1872 a 1879, sobre as condições dos operários europeus, e
nos Estados Unidos, na década de 1930, em comunidades americanas
(Pittsburg e Middletown) já haviam chamado a atenção para a influência
de ambiente e da cultura, "A cultura, que consiste em maneira de agir,
idéias, atitudes, hábitos, conduta, assim como os objetivos materiais de
que os homens se valem, são importantes aspectos da assistência e
determinantes da conduta humana".10
[ 10. FINCK, Arthur. Op. cit., p. 121. ]
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Os estudiosos dos assuntos sociais daquele tempo acreditavam que
para desencadear estes movimentos de ação social tornava-se necessário
conhecer em profundidade as condições sociais. Tanto para estudá-las
como para educar os moradores dos bairros deserdados, alguns
voluntários, como CANNON BARRET e ARNOLD TOYNBEE,passaram a residir
nestes bairros. Esta a origem, na Inglaterra, dos "centros sociais",
movimento que, rapidamente, se estendeu aos Estados Unidos.
Tais estudos e idéias influíram sobre o trabalho dos assistentes
sociais da época junto às famílias consideradas a célula básica da
sociedade e o mais importante dos grupos sociais. A percepção da
estrutura da personalidade dos clientes foi assim orientadapor
conhecimentos derivados da antropologia e "desta combinação nasceu uma
maior apreciação da integração recíproca da personalidade e da cultura",
11.
[ 11. FINCK. Arthur. Op. cit., p. 121. ]
p. 74
Centrais, em geral de âmbito municipal, eram muito numerosos até a
metade do século. A partir de 1955, foram extinguindo-se aos poucos,
pois os progressos alcançados nas técnicas de entrevistas levavam o
cliente a dar todas as informações necessárias.
Ainda a partir do início do século, as pessoas mais esclarecidas
procuraram pressionar o governo a fim de obter as medidas legislativas
indispensáveis ao progresso social e, assim, organizar serviços de largo
alcance. Trata-se da Ação Social, cujo com a promoção das "Caixas de
Alocações Familiares". A Ação Social era, portanto, considerada como um
"movimento".
p. 75
tem sentido na maioria dos países do Velho Mundo. Hoje é chamado de
"Trabalho Comunitário".
Com a criação da ONU e o auxílio técnico que deu aos países
subdesenvolvidos, a Organização da Comunidade tomou novo rumo e
crescente importância. Através de seus trabalhos de assistência técnica,
a ONU constatou a necessidade de auxiliar os países a desenvolverem suas
comunidades de acordo com sua própria cultura, de modo a promover os
recursos indispensáveis à vida normal, e propiciar às populações uma
educação de base que permitisse um mínimo de bem-estar e de dignidade
humana. Aplicaram-se vários processos, todos visando às comunidades,
focalizando um ou outro aspecto, empregando técnicas diversas, mas
dirigidos à mesma finalidade.
Através de todos esses estudos, verifica-se que o trabalho nas
comunidades não é apenas a promoção de recursos assistenciais ou
promulgação de medidas legislativas ou ainda um trabalho de coordenação,
mas que existem vários aspectos deste mesmo processo no próprio campo do
bem-estar e vários métodos e processos de se melhorar uma comunidade.
"Chegou-se, assim, à conclusão de que deve haver um processo de Serviço
Social objetivando o desenvolvimento da comunidade e que se pode definir
como o "processo pelo qual a comunidade identifica seus problemas e
necessidades, confere-lhe ordem de prioridade e desenvolve atitudes e
hábitos de colaboração para resolver estes problemas com recursos
próprios ou alheios"13. Este processo figura nos programas das Escolas
de Serviço Social dos Estados Unidos, desde 1922. Neste ano, wALTER
PETIT, professor da New York School of Social Work, da Columbia
University, publicou o livro Cases Studies in Community Organization
(Estudos de Casos de Organização da Comunidade), no qual apresentava
vários exemplos devidamente analisados e que já apontavam em direção a
um processo. Depois deste, foram publicados vários outros trabalhos
sobre o assunto. O livro considerado clássico é o de MURRAY Ross,
Organização da Comunidade - Teoria e Prática, publicado nos Estados
Unidos em 1952 e traduzido no Brasil em 1956.
[ 13. Ross, Murray G. Organização da Comunidade - Teoria e
Prática, tradução PUC/RGS, 1956, p. 59. ]
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A partir desta data, o processo passa a ser designado, fora dos Estados
Unidos, pelo nome de Desenvolvimento de Comunidade.
A abordagem grupal é o último processo e o mais recente do
Serviço Social. De início, os grupos não foram considerados elementos
importantes para a solução de problemas.
No fim do século passado, as obras sociais emprestavam mais
importância ao ambiente e às ocupações sadias, como preventivo contra
"influências nocivas da rua" e à delinqüência juvenil. Por isso, os
primeiros Centros Sociais se preocuparam em atrair a adolescência,
oferecendo-lhe atividades esportivas e recreativas. Até 1930, por
conseguinte, o trabalho com grupos se expressava através de programas
gerais de várias naturezas, tais como recreação, cultura física e
esportes, que favoreciam a organização de grupos e o desenvolvimento dos
indivíduos através do ensino de habilidades diversas. Movimentos de
juventude, como os Escoteiros e as Bandeirantes, as Associações Cristãs
de Moços (ACM e ACF), etc. desenvolviam uma mística e, por meio de
atividades, levavam a um código de atitudes, aproveitando os valores
positivos de cada um para o êxito do próprio grupo.
Estes programas e movimentos refletiam o pensamento dos
educadores. Considerava-se mais econômico educar em grupos do que
individualmente e as atividades educativas deviam, portanto, ter uma
estrutura que permitisse certa liberdade de expressão, decisão e
iniciativa. Era visível a influência de DEWEY.
Um terceiro tipo de programa, objetivo dos Centros Sociais,
consistia no treinamento de indivíduos em grupos para melhorar o
ambiente, obter uma legislação adequada ou recursos necessários às
comunidades ou dirigir atividades. As obras sociais não pessoal: líderes
para os movimentos de juventude, instrutores ou monitores para as
atividades esportivas ou recreativas, animadores para os grupos de ação
social.
Entre 1930 e o início da Segunda Guerra Mundial, o progresso da
sociologia, da psicologia e da psiquiatria, que influenciaram o Serviço
Social de Casos, atingiu também o trabalhe com os grupos. Os métodos de
educação
p. 77
e as técnicas de recreação levaram a considerar o grupo pequeno - o
"clube" - como ambiente propício ao desenvolvimento da personalidade. Os
assistentes sociais interessados neste tipo de trabalho procuraram
defini-lo dentro do Serviço Social: "Seria um campo de atuação ou um
processo?" As definições encontradas na literatura profissional da época
mostram a ênfase dada ao indivíduo normal e aos seus problemas e
necessidades; sente-se porém que o emocional ou psiquicamente
desajustado já preocupava os assistentes sociais. A influência de FREUD
e de seus discípulos começava a suplantar a de DEWEY.
Como numerosos voluntários, treinados "em serviço" ou em "cursos
intensivos", se ocupavam de grupos de crianças ou de adolescentes,
dedicaram-se os assistentes sociais a "grupos de tratamento",
acreditando que estes eram os que interessavam especialmente ao Serviço
Social.
Vários assistentes sociais publicaram estudos sobre o assunto:
CLARA KAISER, em 1936, com os Objetives of Group Work (Objetivos do
Serviço Social de Grupo); Grace L. COYLE, com Social Process in
Organised Groups (Processo Social em Grupos Organizados), em 1930,e
Studies in Group Behaviour (Estudos da Conduta Grupal), em 1937; J.
LIEBERMANN, em New Trends in Group Work (Novas Tendências em Trabalhos
com Grupos), em 1938. DOROTHY SULLIVAN esquematiza, em 1941, o processo
em Practice of Group Work (A Prática do Trabalho com Grupo); em 1946, a
Associação Americana para o Estudo do Serviço Social de Grupo que,
depois da Segunda Guerra Mundial se incorporaria à Associação Nacional
de Assistentes Sociais, promove um simpósio para definir o novo
processo.
Finalmente, os estudos de KURT LEWIN, R. Lippitt, MORENO e
outros, sobre a "dinâmica dos grupos" (isto é, o que se passa no
interior dos grupos, entre seus membros), constituíram um fator decisivo
no sentido de uma orientação psicológica dos grupo indivíduos na solução
de seus problemas de relacionamento e de socialização.
p. 78
para indivíduos "desajustados", confundindo-o, às vezes, com
"grupoterapia".
Depois da Segunda Guerra Mundial o processo é aceito como um
método do Serviço Social e aparece uma série de livros, hoje clássicos,
sobre o processo: Social Group Work, de HARLEIGH TRECKER, em 1949; The
Practice of Social Group Work, de WILSON e RYLAND, em 1949,traduzido
para o português em 1954; Social Group Work - a Helping Process, de
GISELA KONOPKA, em 1963, traduzido em 1968. Todos esses autores levaram,
aos poucos, aos modernos conceitos do Serviço Social de Grupo, que visa
a ajudar os indivíduos, através de grupos; a solucionar problemas
pessoais e de relacionamento ou de ajustamento social; alcançar os
objetivos do grupo e prepará-lo para participar ativa e efetivamente na
vida da comunidade.
Esta evolução processou-se nos Estados Unidos e no Canadá e, por
influência destes países, na América Latina.
"O Serviço Social de Grupo é um processo de Serviço Social que,
através de experiências propositadas, visa a capacitar os indivíduos a
melhorarem o seu relacionamento social e enfrentarem de modo mais
efetivo seus problemas pessoais de grupo e de comunidade 14.
[ 14. Documentos de Araxá, Debates Sociais, nº 4, maio de 1969, p.
12. ]
p. 79
Em todos os países surgiram novas situações problemáticas
causadas pelo desenvolvimento, urbanização, migrações, guerras, etc. Por
influência de técnicos americanos, que os ajudavam na sua reconstrução,
os países europeus adotaram aos poucos o Serviço Social de Casos para
renovar a ajuda individual, característica do seu Serviço Social e, mais
tarde, o Serviço Social de Grupo. Nos Estados Unidos da América do
Norte, nos últimos cinco anos, escreve DEA KAY : "os educadores de
Serviço Social analisaram a estrutura do currículo e a pedagogia
utilizada para o ensino do Serviço Social" l6. As obras sociais junto
com as escolas tentavam várias experiências para melhorar o atendimento
a seus clientes.
[ 16. KAY, Dea. New Ways of Teaching Social Work, Couneil of Social
Work Education, 1972 p, XI. ]
p. 80
tampouco um programa, não obstante ser um trabalho planejado e
coordenado. A medida que os estudos e as experiências se processam, o
Serviço Social se desenvolve e se aperfeiçoa; paulatinamente suas
características se definem, o que permitirá, no futuro, uma conceituação
mais acertada da sua verdadeira natureza e a procura de uma teoria do
Serviço Social.
Ora os conhecimentos se ampliam em extensão, isto é, transportam
explicações mais completas para outras vizinhas, ou por compreensão,
explicações melhoradas das que já se possuem; assim, há um progresso
gradual de melhoria e aprofundamento.
O mesmo se dá com o Serviço Social. Para a formação de uma
teoria é necessário considerar o que já sabemos, completando estes
conhecimentos por outros revelados pelo estudo e pela experiência;
devemos, portanto, examinar: 1) as experiências diversificadas para
comparar e unificar; 2) o aparecimento e definição de uma terminologia
consciente e ordenação lógica; 3) o embasamento científico e orientação
filosófica. O progresso das ciências sociais influiu decisivamente na
sua evolução, mas evolução diferente nos países europeus e do novo
continente.
Nesta evolução percebem-se vários aspectos. Não constituem
propriamente períodos, pois não podemos delimitar exatamente o início e
o fim de cada um; não são estanques, mas, pelo contrário, passa-se,
gradativamente, de um para outro e cada etapa conserva, durante um certo
tempo, aspecto interior. Nem todos os países apresentam, a um tempo, os
mesmos aspectos, nem se encontram no mesmo período. Por isso, nos
congressos internacionais tem sido difícil chegar a uma conclusão
unânime sobre a conceituação e operacionalidade do Serviço Social.
Podemos dividir a evolução da ajuda aos pobres e do Serviço
Social em aspectos mítico-intuitivo, idealista-filosófico,
empírico-positivo e científico-prático.
O período mítico-intuitivo. É mítico porque se trata de "uma
interpretação que possibilita viver os fatos numa unidade e coesão
superior" 17 baseada numa crença de
[ 17. Buzzi, Arcangelo, R. Introdução ao Pensar, Liv. Vozes
Ltda., Petrópolis., 1973, p. 82. ]
p. 81
p. 82
embora atue num contexto determinado"22. Assim, "a ciência é praxis, não
é contemplativa, seu complemento natural é a técnica"22.
Dos estudos que já fizemos verificamos que a ajuda aos pobres e
mais tarde o Serviço Social podem ser incluídos nos períodos ou aspectos
acima mencionados:
[ 22. BUZZI, Arcangelo. Op. cit., p. 93. ]
Aspectos mítico-intuitivos da ajuda
p. 83
p. 84
p. 85
p. 86
p. 87
p. 88
TOWLE denomina esta fase como de "relacionamento".
No Social Year Book de 1943, ARLIEN JOHNSON escreve que o
Serviço Social é "um serviço para ajudar os indivíduos e os grupos a
instaurar relações positivas e nível de vida de acordo com seus desejos
e capacidade e em harmonia com os da comunidade".
Na década de 40, nos Estados Unidos, a profissão enfrentou
interessante controvérsia filosófica e psicológica entre duas escolas de
pensamento: a escola "diagnóstica" e a escola "funcional".
HOWARD GOLDSTEIN27 apresenta, como segue, as concepções das duas
tendências:
[ 27. GOLDSTEIN, Howard. Op. cit., p. 20. ]
p. 89
médica. O estudo coletava dados importantes sobre a natureza do problema
e levava aos objetivos do tratamento. Estudo, diagnóstico e tratamento
eram considerados, no início, como um processo linear. O tratamento não
podia per iniciado antes que os fatos mais importantes tivessem sido
descobertos e o diagnóstico formulado. Muitos assistentes sociais
achavam que o tratamento não podia esperar em vista de situações
prementes e em que se encontrava o cliente. Ainda mais, o tratamento, em
realidade, começava com o primeiro contato com o cliente. Desta maneira,
apoiando-se sobre o significado das forças intrapsíquicas, o tratamento
focalizava a solução do conflito e correção de distorções internas. Esta
teoria não explicava, entretanto, a inter-racionalidade ou reciprocidade
da natureza humana com o meio social: o homem era compreendido como um
reator e não como alguém que influísse ou modificasse o ambiente."
"A escola funcional proclamava que o indivíduo seria melhor
compreendido pelas manifestações de sua personalidade dentro das
circunstâncias imediatas e que a pessoa, sendo única e complexa, não
poderia ser diagnosticada em relação ao passado. A prática era,
portanto, organizada de acordo com conceitos específicos que aclaravam o
caráter da pessoa dentro do campo de tratamento, isto é: 1) a função da
organização, e 2) os serviços oferecidos por esta. Acreditava-se que
estas limitações, consideradas no início do tratamento, colocavam o
cliente diante da necessidade de mudar sua "vontade" (will), motivando-o
para uma ação imediata. O conceito de "vontade" (will) suplantava o de
ego e foi usado a fim de determinar se o cliente possuía bastante
possibilidade para trabalhar seu problema. Um período de tempo era
fixado com duas implicações: 1) a compreensão e a solução deviam
acontecer dentro de determinado período de tempo; 2) a consciência, por
parte do cliente, de que as limitações temporais levaram à ansiedade e
esta a uma motivação para mudar."
"A maior contribuição da escola funcional e que permanece até
hoje, consiste na introdução e ampliação do conceito de relacionamento,
que aumentou e tornou viável uma corrente transacional do que se passa
entre o assistente social e o cliente. O modo pelo qual o cliente se
p. 90
apresenta e se conduz dentro do relacionamento proporciona a compreensão
da maneira característica de lidar com a perda de controle, ansiedade,
intimidade, etc. A diferenciação entre projeção e realidade nestes
fatores era conseguida pelo assistente social através de sua própria
experiência, calor e interesse para com o cliente. A dinâmica do
relacionamento constituía, assim, a base do crescimento e da mudança."
Aos poucos, as duas escolas se aproximaram: - "A escola
funcional reconheceu a importância do estudo e diagnóstico e a escola
diagnóstica adotou o conceito de relacionamento." 28
[ 28. GOLDSTEIN, Howard. Op. cit., p. 22. ]
p. 91
é conhecer formalizando, apoiando-se em metodologia de
pesquisa; conhecer hermeneuticamente é interpretar. "O objeto dessas
ciências é sempre cultural, é um valor29 e este objeto se constitui a
partir da ação humana ou vontade de alcançar um fim. A praxis, por sua
vez, apóia-se numa teoria, que lhe dá a explicação de fenômenos e sobre
esta explicação fundamenta-se um esquema operativo funcional-prático.
[ 29. BUZZI, Arcangelo. Op. cit., p. 12. ]
p. 92
Algumas definições 33
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p. 94
2) pela primeira vez, aparece o termo "método de intervenção" ou ajuda
processual, sistematizada, com ordenação lógica feita à base de
observações e reflexões, ou seja, atividade seguindo uma lógica não
apenas de observação e de reflexão, mas de ação.
A partir desta data - 1955 - sente-se nos estudos e trabalhos
dos assistentes sociais a preocupação com o aspecto científico do
Serviço Social. Não é apenas a observação dos fatos e a procura das
causas, mas dos mecanismos das causas para chegar aos aspectos
observados; é a análise da operacionalidade do Serviço Social: a razão,
o "porquê" de suas várias ações. Dentro desta visão, MURRAY Ross afirma,
em 1955: "A finalidade do Serviço Social é eliminar os obstáculos que se
opõem ao crescimento, favorecer o livre jogo das potencialidades e a
utilização conveniente de recursos internos, desenvolver a capacidade
para organizar a própria vida e as aptidões para funcionar com unidade
integral"34.
[ 34. ROSS, Murray, G. Op. cit., p. 73. ]
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ambos se desenvolvendo em função dos objetivos da intervenção.
O modelo desses autores compõe-se de três variáveis
inter-relacionadas: 1) a estratégia; 2) os alvos, e 3) as fases da
intervenção.
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implicações filosóficas para a formulação de uma prática eficiente.
O Serviço Social estabelece um elo com o primeiro ideal da
caridade, "ajudar os indivíduos e a sociedade a se ajudarem a si
mesmos", porém, agora, dentro da visão científica, com base em
observações, reflexões, análises e sínteses, para conhecer a razão das
causas, a personalidade do sistema-cliente e aplicar conscientemente
atividades técnicas adequadas.
p. 103
SEGUNDA PARTE
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CAPITULO I
REALIDADE E DESENVOLVIMENTO
A REALIDADE
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p.lO8
coisas e das situações como elas verdadeiramente são, suas causas e seus
efeitos e as variáveis que influem sobre ela, sem a intervenção de juízo
de valores pessoais.
A linguagem popular empresta freqüentemente aspecto científico
às prenoções e como os fatos sociais nem sempre são iguais às imagens da
nossa linguagem, levam facilmente à falta de objetividade e de percepção
verdadeira da realidade. Faz-se necessário, portanto, analise constante
e cuidadosa do que vemos.
Todos esses obstáculos contribuem para uma consciência ingênua
da realidade e do papel do Serviço Social.
A consciência ingênua é a representação da realidade baseada em
valores admitidos, que servem de critérios absolutos, imutáveis e
válidos para todas as circunstâncias. Não é, portanto, "situada", e pela
sua posição verdade absoluta - é fechada ao diálogo; parou no tempo e no
espaço; vive no passado e das experiências consumidas, que, segundo ela,
devem se repetir. Segundo MICHEL DEBRUM 3, baseia-se na história
constituída, isto é, história já realizada sem retirar-lhe os
ensinamentos para o futuro. Não é, no entanto, estática, podendo ser até
muito ativa, pois este apego ao passado e recusa das circunstâncias
presentes determina atitudes reacionárias, que combatem e militam em
favor da conservação da ordem e dos valores estabelecidos anteriormente
e que àquelas épocas eram "certos".
[ 3. DEBRUM, Michel. Ideologia e Realidade, Ed. ISBE, Rio, 1959,
tradução da PUC/RJ. ]
p. 109
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O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
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e dar-lhe, através da criatividade humana, a forma que ele, homem,
deseja. Daí a sua transcendência sobre a natureza.
Se dependesse unicamente do que é, o Homem só comunicaria aos
outros o que tem; na medida em que trabalha, possa ter algo mais a
comunicar: a natureza já transformada e a própria história.
A presença do homem no mundo se concretiza de duas maneiras
estreitamente interligadas: 1) uma presença natural, aparecimento do
homem e continuidade de sua presença como "ser biológico"; aparecimento
gradativo pelo aperfeiçoamento da espécie, constituindo o processo de
"Homonização"; 2) a presença cultural, processo de transformação que se
evidencia pela concretização de objetos e de sinais, isto é, atos e
coisas aos quais o homem dá um sentido: linguagem, costumes, etc. É a
"Humanização" do homem pelas relações com outros; é um "tornar humano".
O trabalho do homem e o reconhecimento dos homens entre si se
justapõem, se unem e se sintetizam na cultura. A cultura é assim um
universo de objeto e de sinais; é dita "objetiva", quando constituída de
objetos; é exterior. Quando se interioriza, quando o homem tem
consciência desta cultura, torna-se "subjetiva"; é necessária para a
assimilação cultural, e se isso não acontecer, o homem torna-se
marginalizado."8
[ 8. Marginalização, de "margem", ao lado, de fora. Em sociologia,
os indivíduos que não se acham inseridos na comunidade, seja em razão de
crimes que os obrigam a se esconder, ou que se acham em condições
infra-humanas de existência, sem poder participar dos valores da vida
comunitária; a marginalização é sempre relativa a alguma coisa. ]
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O subdesenvolvimento
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CAPITULO II
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ou sem meios de subsistência. Assim, crianças órfãs, velhos sem arrimo,
agregados, etc., encontravam na família proteção e sustento.
2) Economia de subsistência - a família produzia o que lhe era
necessário desde o alimento até o vestuário, móveis e apetrechos
domésticos.
3) Predominância do latifúndio e da monocultura ou de atividades
extrativas, cujos produtos se destinavam à exportação.
4) Regime de trabalho escravo, onde a mão-de-obra não era um
fator de produção, mas um mero instrumento.
5) Cidades pequenas, esparsas, centros administrativos de pouca
vida.
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Tipo de ajuda
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O SÉCULO XX
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CAPITULO III
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em 1949, Misa EDITH BAKER, para o Serviço Social Médico; em 1953, Miss
GENEVIEVE RYAN, para o Serviço Social de Casos; em 1954, a irmã AGNITA
MYRIAM, para o Serviço Social de Menores. Publicou, durante três anos,
uma Revista Cadernos de Serviço Social; tomou parte saliente nos
trabalhos para reconhecimento do ensino e para a organização da primeira
Associação Profissional de Assistentes Sociais (A.P. A.S.) , que
representou o primeiro passo para a sindicalização da classe e a
regulamentação da profissão, o que foi conseguido pela Lei nº 3.252, de
2 de agosto de 1957, e permitiu a criação do Conselho Federal de
Assistentes Sociais (C.F.A.S.).
Nos últimos anos, a falta de recursos financeiros diminuiu
bastante a atuação da A.B.A.S. e seus encargos passaram à
responsabilidade dos vários sindicatos, do C.F.A.S. e dos C.R.A.S.
O Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços
Sociais (C.B.C.I.S.S.) é uma associação cultural que tem um lugar de
destaque na evolução da teoria do Serviço Social.
Em 1948, realizou-se, em Atlantic City, nos Estados Unidos, a IV
Conferência Internacional de Serviço Social à qual compareceu pequeno
grupo de brasileiros, que, de volta, resolveu filiar-se à C.I.S.S.
fundando o Comitê Brasileiro da Conferência Internacional de Serviço
Social. Por falta de recursos financeiros e humanos, este Comitê pouco
realizou até 1956, quando, por ocasião da VIII C.I.S.S., em Munique,
Alemanha, outro grupo de brasileiros tomou contato com a cúpula
dirigente da C.I.S.S. e, com o apoio do Departamento Nacional do SESC,
instalou no Rio de Janeiro um pequeno escritório. Em 1961, em Roma,
durante a XI Conferência Internacional de Serviço Social, o Brasil se
ofereceu para sede da XII Conferência Internacional de Serviço Social,
que se realizou em Petrópolis, Estado do Rio, no Hotel Quitandinha. O
tema discutido - "Desenvolvimento de Comunidades em Áreas Urbanas e
Rurais" - despertou grande interesse entre os assistentes sociais
brasileiros e chamou a atenção dos países participantes sobre as nossas
experiências apresentadas no Relatório Brasileiro, impresso em
português, francês e inglês.
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CAPITULO IV
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TENTATIVAS DE RECONCEITUAÇÃO
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O ENFOQUE SISTÊMICO
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CAPITULO V
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uma grande distância entre uma série de idéias de cunho abstrato, que
lhes eram ensinadas nas escolas, e uma realidade prática bastante
diversa. Nos chamados países do Cone Sul, tal inquietação fez com que
alguns assistentes sociais se reunissem informalmente, ora em Porto
Alegre, Brasil, ora em Montevidéu, Uruguai, ou Buenos Aires, Argentina.
Finalmente, em 1965, várias entidades de Porto Alegre (Sindicato de
Assistentes Sociais, Conselho Regional de Assistentes Sociais, Faculdade
de Serviço Social e seu Diretório Acadêmico), contando som o apoio do
governo do Estado, realizaram, nesta mesma cidade, o "Primeiro Seminário
Latino-Americano de Serviço Social, face às mudanças sociais".
É possível que este movimento tenha sido influenciado também
pelos resultados dos Congressos Pan-Americanos, no que diz respeito à
deficiência de atenção, que eles emprestaram aos aspectos metodológicos
do Serviço Social. Concretizava, também, as reações das jovens gerações
contra as resistências de escolas profissionais em mudar programas de
formação e modos de atuação do Serviço Social. É significativa a
insistência, em artigos de revistas, sobre a necessidade de um Serviço
Social Latino-Americano e não uma adaptação de métodos e técnicas
empregadas em outros países5.
[ 5. BARRIEX, Juan. "História del Servicio Social", Hoy en EL
Servido Social, nº 21, 1972. ]
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CAPITULO VI
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sociais-problemas e o sistema-cliente. As ciências sociais também
avançam e este avanço não pode ser desconhecido pelo Serviço Social e de
influir sobre ele.
3º - Em relação à prática, o Serviço Social encaminhava para um
método genérico dentro de uma visão sistêmica ou dentro de uma visão
dialética.
A preocupação com a teoria e com a prática motiva maior número
de pesquisas, ligadas à atuação do Serviço Social e, através da
avaliação dos programas e das técnicas empregadas, levará a uma
preocupação científica do "agir" profissional.
4º - No meio social, as filosofias em que se baseia o Serviço
Social levará a maior participação, da clientela a um enfoque educativo
e não apenas curativo, preparando o Homem para as mudanças e para que
seja o próprio agente destas; no sentido da construção de uma sociedade
melhor, de um papel mais significativo, de um maior aproveitamento das
oportunidades comunitárias e experiências sociais.
5º - A tendência para uma atuação interdisciplinar, não somente
por parte do Serviço Social, como de outras disciplinas, e a preocupação
constante dos governos para alcançar um certo nível de bem-estar,
obrigam a um estudo mais profundo dos problemas sociais. Em nível
individual, grupal ou comunitário, estes problemas podem ser resolvidos
pelo emprego de vários métodos e técnicas. As várias disciplinas não
estão tão preocupadas em procurar sua especificidade na solução dos
problemas, quanto em encontrar as verdadeiras causas dos problemas e
chegar a um diagnóstico certo da situação para, depois, determinar qual
o método mais eficiente a se chegar a uma solução.
O Serviço Social não faz exceção a este movimento. É um método a
ser empregado entre muitos outros. O assistente social não poderá ser um
especialista em tratamento individual, em trabalho de grupo ou
comunitário; deve ser um generalista no emprego dos métodos, mas um
especialista no sentido de que de que uma área problemática o atrairá
mais do que as outras e esta será pesquisada, estudada, analisada para
aplicar as técnicas adequadas e utilizar acertadamente uma ação
interprofissional.
p. 198
p. 199
ANEXOS
p. 201
ANEXO I
ORGANIZAÇÕES PROFISSIONAIS
p. 202
p. 203
I - quanto á organização:
a) ensino especializado de Serviço Social, em curso de duração
mínima de 3 anos;
b) instalações e aparelhamento administrativo adequados;
c) competência técnica e idoneidade moral dos membros da
diretoria e corpo docente;
d) inclusão de um monitor diplomado por escola de Serviço Social
de padrão reconhecido pela A.B.E.S.S, na direção da escola.
p. 204
p. 206
CAPÍTULO I
p. 207
CAPÍTULO II
Do associado
p. 208
Seção I
SEÇÃO II
Das penalidades
a) advertência;
b) suspensão;
c) eliminação.
p. 209
Capítulo III
Da administração
A) Assembléia Geral;
b) Diretoria;
c) Conselho Fiscal.
Seção I
Das Assembléias
Art. 13 - A assembléia geral da A.B.A.S. nacional será
constituída pelos delegados das seções regionais.
p. 210
SEÇÃO II
Da Diretoria
p. 211
Seção III
Do Conselho Fiscal
CAPÍTULO IV
Das eleições
p. 212
eleitos por voto secreto; podendo haver votos por procuração.
§ 1º - A representação das Seções Regionais, cada representação
terá um voto.
§ 2º - Cada representação só terá direito a um voto.
Art. 25 - As Diretorias e os Conselhos Fiscais das Seções
Regionais serão eleitos por voto secreto e direto.
Art. 26 - Das eleições caberá recurso dos candidatos para a
Assembléia Geral da respectiva Seção Regional, que resolverá sobre a
procedência dos protestos recebidos e, em casos de irregularidades que
invalidem as eleições, serão elas anuladas e marcado novo pleito em dia
e hora previamente fixados pela Assembléia.
Art. 27 - Não havendo constatação que invalide o pleito, a
critério da Assembléia Geral Ordinária, esta reconhecerá as eleições e
dará posse aos eleitos.
CAPITULO V
Da perda do mandato
Art. 28 - Os membros da Diretoria e dos Conselhos Fiscais
perderão o seu mandato nos seguintes casos:
a) malversação ou dilapidação do patrimônio social;
b) grave violação destes Estatutos;
c) abandono do cargo.
§ 1º - A perda do mandato será declarada pela à Assembléia
Geral.
CAPÍTULO VI
Do patrimônio
p. 213
CAPITULO VII
Disposições gerais
p. 214
CAPÍTULO VIII
Disposições transitórias
p. 215
ANEXO II
LEGISLAÇÃO
p. 216
p. 217
p. 218
lei, desde que tenham defendido tese e contem mais de cinco (5) anos de
exercício de profissão.
Art. 13 - Poderão requerer registro de assistentes sociais os
diplomados por Escolas de Serviço Social estrangeiras, desde que tenham
seu diploma revalidado pela autoridade competente.
Art. 14 - Ficam resguardados os direitos dos atuais agentes
sociais com função de assistente social, mediante provas prestadas nas
Escolas de Serviço Social, das matérias constantes do currículo escolar
e não incluídas nos cursos que hajam freqüentado.
Parágrafo único - Aos agentes sociais, qualquer que seja sua
denominação, serão assegurados os direitos e vantagens previstos nesta
lei, desde que venham, em caráter de assistente social, exercendo a
profissão há mais de cinco anos.
Art. 15 - O Poder Executivo subvencionará as Escolas de Serviço
Social já existentes e as que forem fundadas, desde que sejam
reconhecidas pelo órgão competente.
Art. 16 - O Poder Executivo distribuirá bolsas de estudo aos
Estados que não possuam Escolas de Serviço Social, obrigando-se o
bolsista, mediante assinatura de termo de compromisso, a exercer a
profissão nos dois (2) anos após o término do curso,
Art. 17 - O Poder Executivo expedirá, dentro de 90 (noventa)
dias, a regulamentação básica desta lei.
Art. 18 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
p. 219
p. 220
III - 3ª Série
a) Administração de Obras Sociais
b) Organização Social da Comunidade
c) Pesquisa Social
§ 1º - As aulas de Serviço Social atingirão sempre um quarto no
mínimo total das aulas, devendo os programas ser organizados de forma
que na 1ª série haja preponderância da parte teórica; na segunda série,
equilíbrio entre a parte teórica e a prática; e na terceira série
preponderância da parte prática.
§ 2º - Além das disciplinas obrigatórias, o aluno da 2ª série
deverá optar por um conjunto de disciplinas que integrem um dos
seguintes setores:
I - Família
a) Serviço Social de Família;
b) Puericultura;
c) Economia Doméstica,
p. 221
II - Menores
a) Serviço Social de Menores;
b) Direito do menor;
c) Aspectos psicológicos da conduta do menor.
IV - Trabalho
a) Serviço Social do Trabalho e técnicas auxiliares;
b) Higiene e Segurança do Trabalho.
§ 3º - Ao currículo poderão ser acrescentadas novas disciplinas
mediante proposta do Conselho Técnico administrativo da Escola e
aprovação do Conselho Nacional de Educação.
§ 4° - O ensino das disciplinas poderá ser feito em período
semestral a juízo do Conselho Técnico Administrativo da escola.
§ 5° - Cada escola deverá manter, pelo menos, dois Setores da
Especialização referidos no § 2º deste artigo, sendo-lhe facultado criar
outros que correspondam às necessidades regionais, depois de aprovados
pelo Conselho Nacional de Educação.
Art. 6º - As disciplinas ensinadas no curso ordinário constituem
matérias das seguintes cadeiras:
I - Psicologia;
II - Sociologia;
III - Ética;
IV - Introdução ao Serviço Social;
V - Serviço Social de Casos;
VI - Serviço Social de Grupo;
VII - Organização Social da Comunidade.
§ 1º - A Congregação de cada escola, poderá propor a criação de
outras cadeiras, as quais constarão de seu regime depois de aprovada
pelo Conselho Nacional de Educação.
§ 2º - São privativas dos assistentes sociais as cadeiras III,
IV, V, VI e VII e as que vierem a ser criadas
p. 222
I - Diretoria
II - Conselho Técnico-Administrativo
III - Congregação.
p. 223
p. 224
p. 225
p. 226
Resolve
a) no ciclo básico:
Sociologia
Psicologia
Economia
Direito e Legislação Social
Teoria do Serviço Social
b) no ciclo profissional:
Política Social
Métodos do Serviço Social (Caso-Grupo-Comunidade)
(Ética Profissional)
p. 227
p. 228
p. 229
Art. 7° - Vetado.
Art. 8º - Dentro do prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data
da publicação da presente lei, o Poder Executivo baixará a sua
regulamentação.
Art. 9º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário
JUSCELINO KUBITSCHEK
Nereu Ramos Antônio Alves Câmara
Henrique Lott José
Carlos de Macedo Soares João de Oliveira Castro V. Jº
Lucio Meira Mario
Meneghetti Parsifal Barroso Francisco de Mello
Maurício de Medeiros
p. 230
REGULAMENTO DA LEI Nº 3.252, DE 27-8-1957
p. 231
p. 232
p. 233
p. 234
p. 235
p. 236
p. 237
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p. 238
p. 239
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EM INGLÊS
p. 241
Em Francês.
p. 242
ESTE LIVRO FOI IMPRESSO PELA (MAGO EDITORA IMP. E EXP. LTDA., À RUA
BERNARDO FIGUEIREDO, 46, RIO DE JANEIRO, RJ, PARA AGIR S.A., NO
TERCEIRO
TRIMESTRE DE 1985
EXEMPLAR
***
DA MESMA AUTORA
em edição AGIR
Serviço Social
são Internacional
BALBINA OTTONI VIEIRA
SUMÁRIO
Apresentação 11
Introdução - História do Serviço Social: Contribuição para a
Construção de sua Teoria 13
PRIMEIRA PARTE
EVOLUÇÃO DA IDEIA DE AJUDA AOS POBRES
NO MUNDO OCIDENTAL
SEGUNDA PARTE
EVOLUÇÃO DA IDÉIA DE AJUDA E DE SERVIÇO
SOCIAL NO BRASIL
Perfil Inicial do Serviço Social no Brasil - Fatores que Influíram sobre o Serviço
Social no Brasil.
ANEXOS
ANEXO II - Legislação
- Lei n.º 1.889, de 13 de junho de 1953, sobre o ensino do Serviço Social.
- Decreto n.º 35.311, de 8 de abril de 1954, regulamentando a lei acima.
- Parecer n.º 342, de 13 de março de 1970, do Conselho Federal de Educação,
determinando novo currículo mínimo.
- Lei n.O 3.252, de 27 de agosto de 1967, regulamentando a profissão de assistente
social.
- Decreto n.º 994, de 16 de maio de 1962, regulamentando a lei acima.
BIBLIOGRAFIA....................