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p.64. cm.14x21
CDD
1ª Edição/1995
Índice
Introdução
2. Obstáculos à Maturidade
3. Um Atalho Fatal
4. Frutos da Maturidade
Conclusão
Alguns minutos antes de encerrarmos a reunião de oração, fomos agraciados por Deus
com esta mensagem profética:
“... o meu povo precisa chegar à estatura de varão perfeito. Voltai-vos para mim, crescei
no poder e na graça do meu nome."
Foram estas palavras, mais do que qualquer outra coisa, que me levaram a buscar os
princípios bíblicos do crescimento espiritual. É disso que trataremos neste livro.
É chegada a hora de se dar um imperativo "basta" a essa insípida rotina cristã, tantas
vezes por nós tolerada. Já é tempo de se reativar, com atos e palavras, nossas antigas
perspectivas de crescimento em Cristo.
Vire a página.
É um prédio pequeno. Ali, por muitos anos, residiu esse homem de Deus, responsável
por um dos maiores reavivamento da história da Igreja. Logo que entramos, fiquei
fascinado com um pequeno quarto, onde nenhum centímetro era desperdiçado. Aquele
era o local, onde Wesley passava horas e horas buscando ao Senhor. Um lugar perfeito
para se estar em comunhão com Deus.
Numa outra sala, acha-se um expositor com inúmeras correspondências escritas pelo
próprio punho do evangelista inglês. E, junto à biblioteca, um farto arquivo com
sermões publicados durante os quase cinqüenta anos de seu ministério.
Tive o cuidado de transcrever algumas frases daquele material. Uma delas, trago
anotada na primeira página de minha Bíblia:
"Quanto mais alto tenha subido o homem, por mais elevado que seja o grau de sua
perfeição, ele ainda tem necessidade de crescer na graça e avançar diariamente no
conhecimento e no amor de Deus seu Salvador."
Era esse o segredo do homem que revolucionou a Inglaterra com a Palavra de Deus.
Para John Wesley, tudo o que um cristão necessita para crescer é aceitar, a cada dia, o
desafio de conhecer ao Senhor, e identificar-se com os seus atributos.
O mundo está infestado de tolas fantasias em torno de Deus. Mesmo nós, crentes
amadurecidos no evangelho, temos cometido o erro de formular conceitos
microscopicamente inaceitáveis e até comprometedores acerca da pessoa do Senhor.
São as mais distorcidas imagens insufladas por crendices e idéias materialistas, onde
tudo conspira para a violação da identidade divina. Conseqüentemente, muitas pessoas,
ao se depararem com um deus permissivo, sádico e adulador, acabam por atrofiar a
própria alma, ansiosa por conhecer o Deus único, perfeito e real.
Vê-se, pois, que um dos maiores - se não o maior! -desafios a nós, cristãos do presente
século, não poderia ser outro que uma constante busca pela reconquista do pleno
conhecimento de Deus. Não um saber apreciativo, resultado de uma ciência analítica
qualquer, mas vivencial, que possibilite uma correta compreensão do Senhor.
Suspeito que nem todos os cristãos consigam vislumbrar quer nas páginas da Bíblia,
quer na criação, ou mesmo na história, o Deus receptivo, atencioso, perdoador; o Deus
cuja justiça é imparcial; cuja santidade é imaculada; cuja compaixão foge a qualquer
medida humana; cuja realidade é inatacável. Seu amor, singelo e pessoal, excede a todo
entendimento.
E por isso que muitos assistem, passivamente, a transição dos tempos e estações, sem
um conceito teológico de Deus capaz de produzir efeitos transformadores. Precisamos
repensar nossa imagem do Criador. Uma visão correta de Deus é algo muito poderoso.
Causa profunda metamorfose interior, capaz de corrigir nossa trajetória em direção às
alturas da espiritualidade cristã.
Deve estar bem claro que a mais importante prova de amadurecimento é aquela
manifesta por uma vida que reflete fiel e insistentemente o caráter de Jesus: "Até que
todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo. Para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens
que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade,
cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo" (Ef 4.13,14).
Daí por diante, o amadurecimento vem para ficar! A egolatria é mortificada. O divino é
implantado na inabalável solidez da convicção espiritual; o senhorio de Jesus é
ampliado através do ângulo da fé. Tornamo-nos, enfim, um referencial das palavras e
promessas do Senhor.
2 Obstáculos à Maturidade
"Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de
testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e
corramos com paciência à carreira que nos está proposta" (Hb 12.1).
Você jamais crescerá sem a intervenção dos céus. É a norma divina para se manter
inviolável a dependência da criatura perante o seu Criador. Vida madura é vida
sobrenatural. A essência da verdadeira espiritualidade reside no fato de que o próprio
Deus está interessado em conceder-nos o crescimento.
Santidade Comprometida
Ao entrar numa perfumaria, surpreendeu-me o anúncio inserido no rótulo de um dos
produtos: "Tão original quanto o pecado". Era uma grotesca paródia de um postulado
teológico, camuflada sob o verniz do marketing. Embora aparentemente inofensivo,
indica a ignorância da humanidade quanto à natureza do pecado.
Todo pecado é violação à santidade divina. Isso ocorre quando nos afastamos da vereda
traçada pelo Senhor. Cruzar a fronteira, e deixar de seguir fielmente a Cristo, é fatal. Na
superfície, algumas concessões parecem insignificantes. No entanto, a complacência
para com hábitos pervertidos, penalizar-nos-á com uma vida cristã artificial, marcada
por uma sucessão de derrotas e tropeços.
Conta-se que um grupo de estudantes foi conhecer uma mina de carvão. No trajeto, a
professora, olhando para o traje de uma garota, interveio:
- Não podes descer a mina com este vestido branco. A menina não entendeu o recado, e
ao achar-se na recepção foi logo indagando:
Isto deve despertar-nos à realidade de que não podemos participar de tudo o que o
mundo nos apresenta, para não comprometermos a santidade de nossa vida. Pecar é
muito mais que paralisar o amadurecimento, congelar o avanço ou provocar desajustes
espirituais; pecar é retroceder. Eis o motivo porque tantos cristãos continuam como
crianças espirituais.
Se você está disposto a crescer no Senhor, fuja daquilo que contraria sua vontade. Não
seja um infante à mercê das trapaças do vil inimigo. Busque fazer a vontade de Deus, e
rejeite sumariamente o que Ele reprova. Mesmo vivendo em meio ao caos deste mundo
- que nada mais é que um mosaico de caricaturas polidas - firme seus valores no temor
do Eterno. Afinal, quem teme a Deus, aborrece o mal (Pv 8.13).
Uma resposta reflexiva deve ecoar no recôndito de nossas almas todos os dias: Voltar à
cruz! Ela possibilita um novo começo. Não é preciso comprometer sua vida de
santidade. Deus apenas espera que você se recuse a (içar caído, pois "os passos de um
homem bom são confirmados pelo Senhor, e Ele deleita-se no seu caminho. Ainda que
caia, não ficará prostrado pois o Senhor o sustém com a sua mão" (SI 37.23,24).
Em última análise, Deus já fez tudo para que todos cheguemos ao pleno conhecimento
da sua vontade. Se não avançamos, algo está errado. Em tudo o que se diz sobre quedas
e retrocessos, deve existir uma base de compreensão de que o ser humano, independente
de seu grau de maturidade, continua a manter sobre si o estigma do pecador necessitado.
E, como tal, necessita desesperadamente de um Salvador suficiente: Jesus.
Conta-se que Newton, um dos mais célebres cientistas, teve no crepúsculo de sua
existência freqüentes perdas de memória. Por isso, balbuciava insistentemente: "Que eu
possa ao menos conservar a recordação destas duas coisas; que sou um grande pecador,
e. que Jesus á um grande Saltador". À semelhança de Newton, todos deveríamos correr
para os braços do Mestre sempre que sentíssemos estar ameaçada a santidade de nossa
vida. Se assim o fizermos, a maturidade cristã tornar-se-á realidade em nosso ser.
Fé Secundária
A fé sintetiza a expressão de nosso amadurecimento. Nada é tão prejudicial à
maturidade como a incapacidade de crer. Somente assim, desenvolveremos com êxito o
plano divino a nosso respeito. Se a fé entrar em decadência, romperemos a ligação com
a única fonte capaz de nos fazer crescer - Deus. Se você deseja cursar a escola da
maturidade, esteja pronto a submeter-se ao teste da confiança.
É decisivo que nossos intentos e ações sejam justificados pela fé. Sempre haverá algo de
surpreendente nas atitudes de quem age pela fé. Se você estiver disposto a sulcar o
coração com o arado da confiança no Senhor, os frutos serão alvissareiros. Não
precisamos de um mero sentimento religioso. É necessário possuir uma fé inabalável,
que não vacile diante das oscilações de nossos sentimentos.
Quando Deus retém-nos suas bênçãos, somos invadidos por um sentimento de dúvida
em relação às suas promessas. Eis porque não podemos ignorar que, no processo de
amadurecimento, há estádios intermediários, fases cíclicas de maior ou menor afluência
da fé. Mas isto não pode nos impelir a retroceder aos primeiros estágios da carreira
cristã. Na segurança de uma vida crescente com Cristo, não há ocasião para ter medo.
Por que retroceder? Por que ficar pasmado? Por que aceitar passivamente uma fé
secundária? O patriarca Jó deve ter sacudido as estruturas do inferno quando, em meio
às densas ruínas de sua dolorosa provação, perpetuou uma das mais convictas e solenes
declarações de fé de todos os tempos: "Ainda que Ele me mate, nele esperarei" (Jó
13.15).
A fé genuína vai além da lógica do tempo e das contingências humanas. Brota de uma
irrestrita segurança na presença de Deus; difunde-se em sinceras expressões de louvor,
antevendo o livramento divino (veja Jz 7.15). Você foi convocado, pois, a andar "em
novidade de vida" (Rm 6.4b). A fonte deste viver é a confiança sempre renovada no
Senhor.
Negligência Crônica
Há um terceiro entrave responsável por nossa lentidão espiritual. É a relutância em se
buscar "as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus" (Cl 3.1).
Maturidade não é uma virtude que surge abrupta e repentinamente. Não se pode
alcançá-la da noite para o dia. Não existe um "toque de mágica" capaz de nos
transformar de anões espirituais, em gigantes da fé.
Reconhecemos que crescer implica num esforço titânico numa escala também titânica.
Há um processo gradativo para se chegar à presença de Deus. Isto exige determinação.
E o triunfo da fé persistente sobre nossa negligente natureza. Esta tomada de posição
deixa claro que o progresso espiritual é, prioritariamente, um ato de invasão. É inútil
supor que o crescimento virá a nós subitamente. Temos de persegui-lo até conquistar o
direito de posse. Cada passo que você der neste território, trará consigo nova
oportunidade de ascendência espiritual.
Para quem faz sua opção por Cristo, mas permanece distante das verdades fundamentais
do Evangelho, sem responsabilidades definidas quanto aos ditames de se tomar a cruz,
negar-se a si mesmo e seguir a Cristo bem de perto, resta um inglório fim: seu caminho
não prosperará. Que diremos então? É mais que óbvio que Deus dará um crescimento na
proporção exata de nossa disposição de avançar.
Por que é que alguns cristãos continuam bebês espirituais, enquanto outros avançam na
direção da maturidade?
Às vezes penso que se deve à diferença de personalidade, pois alguns parecem mais
religiosos que outros, e mais propensos às coisas do Espírito. Outras vezes, acho que a
diferença reside na salvação do homem, ou em sua experiência com Cristo, pois alguns
chafurdaram-se de tal modo no pecado, e experimentaram tão grande transformação,
que agora só pensam em agradar a Deus. Penso também que a diferença reside ainda no
fato de alguns haverem sido criados num lar cristão, e terem aprendido de Cristo desde a
mais tenra infância.
Vê-se, pois, que uma das principais causas de uma vida cristã medíocre é a negligência
espiritual.
Saudosismo Espiritual
Com inquietação, ouvi certa vez alguém desabafar: "Irmão, você devia conhecer o
fervor de minha congregação quando me converti. Nossos cultos eram bem parecidos
com aqueles da Igreja Primitiva... Sabe, era uma bênção!" Certamente você já ouviu
incontáveis "testemunhos" semelhantes a este. São crentes que procuram derramar luz
sobre o presente, revivendo saudosamente às experiências do passado.
Sejam quais forem nossas experiências, não podemos atribuir consideração demasiada
ao passado. O fato de termos uma considerável soma de realizações em nossa "folha de
serviço cristão", não nos concede o direito de ser mais um no rol dos inativos
espirituais. Na constituição do Reino dos Céus, nunca houve aposentadoria por tempo
de serviço.
Refute tal idéia. Você não pode simplesmente relacionar maturidade com idade
cronológica, nem tampouco com a soma dos anos que tenha passado nos bancos da
igreja. "Deus, não o tempo, produz santos". ( A.W. Tozer - Esse Cristão Incrível - Ed.
Mundo Cristão, p. 11).
Eliú, amigo de Jó, não ousava abrir a boca: "Falem os dias e a multidão dos anos ensine
sabedoria" (Jó 32.7), pensava o jovem filósofo. Logo, porém, percebeu que a somatória
de horas, dias, meses ou anos, não torna necessariamente alguém maduro. Nesta
questão, a teologia de Eliú foi perfeita: "Na verdade, há um espírito no homem, e a
inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos" (Jó 32.8). A comunhão com o Doador
da vida é a única prova conclusiva do nosso desenvolvimento.
Liberte-se, pois, das amarras do saudosismo. Pare de narrar às vitórias do passado como
se jamais pudessem ser revividas no presente. Somente conservamos a chama da
maturidade quando aceitamos entusiasticamente os novos desafios propostos pelo
Espírito.
Dentre minhas histórias bíblicas prediletas, sempre vibro com a bravura e dinamismo de
Calebe. Certo dia, não obstante detentor de incríveis experiências, o calejado guerreiro
dirigiu-se ao seu companheiro Josué e confessou: "...eis que já sou da idade de oitenta e
cinco anos. E ainda hoje sou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a
minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair e para entrar"
(Js 14.10,11).
Calebe é a imagem fiel do cristão emancipado. Avança, a despeito da idade. Aceita nova
e ousadas metas, mesmo que se apresentem como os enaquins, os gigantes que Calebe
se dispôs a derrotar na ocasião deste seu diálogo com Josué.
Não é sem razão que, no relacionamento com Deus, nunca cresceremos o bastante, pois,
"a verdadeira maturidade espiritual leva-nos a uma simplicidade não simplista; e a
humildade da espiritualidade integral à atitude da criança, que é simples, que é humilde,
mas que não despreza e tem uma consciência total de que está crescendo. O maior sinal
de imaturidade é quando o indivíduo acha que não tem muito mais o que saber". (Caio
Fábio D'Araújo Filho - Um Projeto de Espiritualidade Integral - Ed. Sião.p.72)
Temos muita coisa a aprender com Calebe. Sua curta, mas valiosa biografia, registra
que, até ao final de seus dias, ele prosseguiu explorando situações e experiências,
mediante as quais pudesse manter-se identificado com os interesses de Deus.
Tiago adverte: "O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos”
(Tg 1.8). E o apóstolo Paulo recomenda a não sermos "meninos inconstantes levados em
roda por todo vento de doutrina" (Ef 4.14).
Você não precisa pôr limites à sua busca de novas descobertas em Cristo. Simplesmente
prossiga "para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp
3.14). A beleza da vida secreta com Deus fica expressa precisamente na aventura de
extrairmos, de cada nova experiência com Ele, graça para aprofundarmos as raízes de
nossa espiritualidade.
3 Um Atalho Fatal
"Se, pois estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos
carregam de ordenanças, como se vivêsseis no mundo" (Cl 2.20).
Não é de causar admiração que apreciável parcela desta geração de crentes esteja
apresentando visíveis sintomas de exaustão espiritual. São crentes regenerados, mas que
se debatem num relacionamento mórbido e desanimador com Deus. Suas pilastras
espirituais foram erigidas sobre o solo movediço de normas relativas e duvidosas.
A fé que muitos agasalham está direcionada a uma ortodoxia estéril; tão inútil quanto
uma nuvem sem chuva. Talvez seja esta a explicação do angustiante caos em que vivem
certos crentes. A graça de Deus é tanto a raiz quanto o alvo da experiência cristã. Se
você deseja chegar ao porto seguro da maturidade, rejeite veementemente o sinuoso
atalho dos rudimentos carnais. Trivialidades legalistas são incompatíveis com uma
crescente vida com Deus.
Nem sempre é fácil distinguir princípios salutares no legalismo carnal. Todavia, sejamos
corajosos para reconhecer: considerável parte da tradição observada em muitas igrejas
não passa de um cristianismo mal assimilado, que aflora em invencionices. Se o que
está na Palavra é o bastante para tornar-nos idoneamente crescidos, então, para que
dogmatizar um jugo espiritual incrustado de ordenanças meramente humanas? Para
preencher supostas lacunas bíblicas? Mesmo admitindo isto, não se deveria, porventura,
dar ouvidos a imutável voz divina? "Tudo o que eu te ordeno, observarás nada lhe
acrescentarás nem diminuirás" (Dt 12.32).
Escreveu Russel Champlin: "Por certo que o pior vício dos sistemas religiosos é que
transformam os preceitos humanos em leis divinas, e não reconhecem a diferença. Então
passam a forçar sobre os outros os absurdos por eles mesmos inventados". Isto é forte,
não é? Mas não expressa a verdade? Maturidade acarreta suficiente idoneidade para
discernir as observâncias que nos chegam diretamente da Palavra, e as que vêm até nós
pela formação religiosa ou cultural. Enfrentamos uma guerra espiritual. E lógico que
não será com armas moldadas nas forjas das tradições humanas que triunfaremos nesta
decisiva batalha.
Parece mais fácil e atraente, para alguns, observar regras do que permanecer sob o
controle de Cristo. Iludindo-se a si mesmo, simulam maturidade, medindo o grau de
crescimento, não pela força da vida que Jesus coloca em nosso interior, mas pela
aparência que ostentam diante dos homens. Confundem "fermento" com
desenvolvimento (leia 1 Co 5.6-8). O externalismo a ninguém faz crescer. Estes,
"procurando estabelecer a sua própria justiça" (Rm 10.3), dogmatizam esfarrapados
jugos. O resultado é uma espiritualidade desfigurada.
A propósito das leis humanas, Paulo advertiu seriamente aos Colossenses: "Se, pois,
estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda
de ordenanças, como se vivêsseis no mundo. Tais como: não toques, não proves, não
manuseies? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção
voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para
a satisfação da carne" (Cl 2.20-23).
Prescindir das amarras do legalismo não significa ter um viver libertino, pois "Deus não
nos chamou para vivermos na impureza nem cheios de imoralidade, mas para sermos
santos e puros" (1Ts 4.7).
Por mais brilhante, que pareça a discussão em torno, deste tema, é improvável que
consigamos esgotá-lo. Insistir não nos conduziria muito abaixo da superfície. Mas
podemos concluir que a maturidade não se acha em estado de submissão a qualquer
ordenança carnal. Para os maduros só há um limite: "ser exemplo na conversa, na
conduta, no amor, na fé e na pureza" (1Tm 4.12). É pui este caminho, e nunca pelo
atalho do legalismo, que lia veremos de ferir a sensibilidade do mundo atual.
- Hora da janta! - dizia mamãe assim que eu entrava na cozinha. - Depressa, vá chamar
o visitante!
Cenas como esta jamais se apagarão da minha memória. Nasci e fui criado morando em
casas pastorais anexas aos templos. Assim, todas as semanas tínhamos um novo
hóspede. Ano após ano sentava-me à mesa, na hora das refeições, olhando para rostos
desconhecidos.
Gente simples, vinda do interior para tratamento medico. Gente famosa, vinda de outros
países. Não tenho boa lembrança da fisionomia de todos aqueles visitantes, apenas que
eram membros de algumas das nossas congregações, ou então evangelistas itinerantes,
pregadores, cantores, conferencistas, escritores, missionários e, de vez enquanto, alguns
mercenários lambem.
O que nos garantia que o próximo hóspede, seria um homem de Deus? Entretanto, ao
longo do ministério pastoral de meu pai, aprendi com ele a não emitir opiniões pré-
concebidas sobre pessoas.
- Deixe que seus frutos mostrem que espécie de árvore, são eles - aconselhava papai.
De modo nenhum!
Amor à Palavra
Visitei recentemente um amigo, diretor de uma transportadora. Logo que entrei no seu
escritório, um pequeno cartaz captou-me a atenção:
1) Despache as mercadorias.
Nem poderia ser de outro modo. Não há substituto para a Palavra; ou transformamos
nossos púlpitos numa poderosa tribuna de exposição dos ensinos bíblicos, ou breve
naufragaremos no mar da ignorância e das trevas espirituais. Não podemos nos
esquecer, de igual modo, do estudo particular e devocional das Escrituras. A Palavra
comunica vida, suprindo-nos da força necessária para, em Cristo, nos aproximarmos de
Deus como seus filhos especiais.
Há, também, outra verdade a considerar. Determinadas partes das Escrituras estarão
sempre ofuscadas aos imaturos. O escritor da Epístola aos Hebreus propõe que o "o
alimento sólido é para os perfeitos, os quais em razão do costume têm os sentidos
exercitados para discernir tanto o bem como o mal" (Hb 5.16), e conclama seus leitores:
"pondo de parte os princípios elementares tia doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para
o que é perfeito" (Hb 6.1).
Você pode ter boas intenções quanto ao avanço espiritual. Porém, se não houver
aplicabilidade pessoal à Palavra, acrescida de uma revolucionária sujeição à sua
autoridade, seu relacionamento com Deus estará seriamente comprometido. Davi
admitia ter atingido um grau de maturação mais elevado que os seus próprios
professores. Não por causa de sua vocação poética, realeza ou reconhecida bravura. Sua
superioridade de espírito lhe foi conferida graças a uma incessante meditação nos
preceitos do Senhor. Confiramos o que ele próprio registrou: "Tenho mais entendimento
que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente que
os velhos, porque guardo os teus preceitos" (SI 119.98).
Sensibilidade Espiritual
Certa vez, um telegrafista desempregado foi à estação de trens responder a um anúncio
da empresa ferroviária. Encontrou a sala cheia de candidatos. De repente, em meio ao
ruído de trens e ao vozerio dos passageiros, ele ouviu uma mensagem transmitida em
código Morse: "O primeiro a entrar no escritório, conseguirá o emprego". O rapaz
estava atento. Ouviu a mensagem, entrou e foi contratado.
Você quer saber o que é maturidade? É poder ouvir a voz de Deus mesmo em meio ao
barulho e a confusão do presente século. A experiência de uma vida bem ajustada com
Cristo compreende a faculdade de ver, ouvir, entender e reagir adequadamente às
realidades espirituais.
O imaturo olha, mas não enxerga; ouve, mas não entende. Aproxima-se do
florescimento, mas não frutifica.
Poderíamos citar outros exemplos, mas estas ilustrações, embora singelas, servem para
exteriorizar a percepção de muitos cristãos em relação ao mundo espiritual.
Diante deste dilema, o apóstolo dos gentios não cessava de interceder pelos efésios
"para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu
conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do
vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos; qual a sobreexcelente grandeza do seu
poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder" (Ef 1.17-
19).
Parece-nos algo difícil uma correta avaliação desta súplica. Imagine o tipo de pessoa
que você seria se colocasse essa oração em seus lábios todas as manhãs. Faça uma
experiência! Você receberá uma inexplicável porção de luz interior e uma comunhão
cada vez mais ampla com os céus.
Se você deixar o Espírito tocá-lo, dispondo-se a viver sob seu controle, Ele exercitará
constantemente sua percepção espiritual, tornando-o apto a discernir "a boa, agradável,
e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.26).
Mente Renovada
Meu filho, de cinco anos, possui um bauzinho de plástico. Nele são colocados pequenos
objetos que o garoto acha interessante: tampas de garrafa, moedas, papéis rabiscados,
selos de carta, conchas do mar. Quando a caixa começa a transbordar é hora de ajudá-lo
a fazer a escolha: o que fica e o que vai para o lixo.
Nossa mente é também uma espécie de caixa onde colocamos nossas emoções,
relacionamentos, conquistas, traumas, sonhos e projetos. A cada novo dia, precisamos
vasculhar este complexo e minucioso laboratório, onde se processam nossas ações
imediatas ou posteriores.
Tudo principia pela mente! Ela armazena grande quantidade de experiências negativas.
Ora, não podemos esperar que Deus nos dê crescimento se, deliberadamente, nos
colocamos à sombra de pensamentos regidos por uma natureza pecaminosa e decaída.
No desenvolvimento de nossa vida com Deus, uma das mais importantes decisões a
tomar é a de seguir a recomendação do apóstolo Paulo: "Não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento" (Rm 12.2). Não há
defesa para a menoridade espiritual. Se almejarmos ter acesso a uma vida espiritual
plena e mais rica, o Senhor nos aponta um caminho certo e seguro. Existe uma opção
sublime. A dificuldade para manter a mente pura pode ser resolvida.
Jeremias estava convicto quanto à causa do colapso do Reino do Sul, cuja capital era
Jerusalém. Havia uma resposta incontestável à ruína: a complacência para com um
maldito hóspede instalado no mais íntimo da alma do povo. E, colocando seu dedo em
riste, o profeta das lamentações inquire: "Até quando permanecerão no meio de ti os
teus maus pensamentos?" (Lm 4.14).
Mas, como poderíamos condená-los se, freqüentemente, negamos nossa maturidade,
descuidando das condições ambientais de nossa mente, permitindo que pensamentos
espúrios reclamem nossa sujeição?
A aliança que Deus estabeleceu conosco reivindica que nos tornemos fiéis hospedeiros
de "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo tudo o que é puro
tudo o que é de boa fama" (Fp 4.8). Afinal, uma mente insubmissa a Cristo, e
indiferente à disciplina de sua Palavra, não consegue perseverar no caminho da
ascensão espiritual. A estabilidade de um cristão é comprovada na manifestação
contínua e transparente de uma mente renovada.
A Fragrância de Cristo
A tremenda revolução ocorrida na vida de quem está crescendo em Deus deve incluir,
necessariamente, um magnetismo espiritual irrefutável. Refiro-me à fragrância
sobrenatural que o apóstolo Paulo denominou de "o bom perfume de Cristo" (2 Co
2.15).
Era firme sua convicção de que os idôneos na fé revelam, na conduta diária, o mesmo
poder e autoridade evidenciada na vida de Jesus. A maturidade cristã preenche uma
função específica, fazendo com que o homem de Deus seja sal que provoque sede, e luz
que difunda a glória dos céus. Como o mundo necessita de homens assim!
Costumo visualizar este bom perfume de Cristo numa delicada rosa de muitas pétalas;
de agradabilíssimo aroma. Sobressaem as pétalas da alegria, do amor e do serviço
realizado para o louvor do Pai, em Cristo Jesus. As primeiras são a vitrine da
maturidade. Sim, a alegria é testemunho externo e triunfante de quão intensa é a nossa
comunhão com Deus.
Uma plaquinha afixada na porta do hospital avisava: "Se não sabes sorrir, não entres". O
homem feito à imagem do seu Criador, ao permitir seja o seu coração regado pela água
da vida, descobre razões para sorrir. Aliás, ser feliz no meio de tudo e a despeito das
piores coisas que possam nos sobrevir, é a essência dos que progrediram na fé.
Mais uma vez citamos Paulo: “... já aprendi a contentar-me com o que tenho" (Fp 4.11).
Não obstante os açoites, apedrejamentos, nudez, fome, naufrágios, calúnias e
incompreensões, o apóstolo podia alinhar seus infortúnios ao conceito de alegria. Para
ele, a felicidade não repousava nas circunstâncias. Deus era seu oásis maior.
O mundo jamais ficará indiferente ao perfume de Cristo. Mesmo exalado de um cristão,
sujeito às muitas limitações humanas, permanece firmemente enraizado na ordenança
paulina: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos" (Fp 4.4).
Outra pétala que dá aroma à vida abundante - o amor - é a mais significativa prova de
amadurecimento.
Crescer em Cristo pressupõe crescer no amor. Uma vez cessado o amor, cessará também
qualquer possibilidade de desenvolvimento. Crescer e amar são, em derradeira análise,
uma coisa só. Em conseqüência, se todo crescimento depende prioritariamente do amor,
o avanço rumo à estatura de varão perfeito apenas se concretiza quando o amor transpõe
limites e atinge novas fronteiras.
Nós, que somos de Cristo, precisamos viver sob o domínio de seu amor a fim de nos
tornarmos profetas da cruz, falando e vivendo aquilo que governa o próprio coração de
Deus. Ora, a mensagem nele contida é de compaixão pelos caídos e de refúgio aos
forasteiros que já perderam a esperança no amanhã.
A maturidade revelada requer serviço e tudo fazer como se ao Pai fizesse, procurando
realizar algo sempre além da rotina, para não se cair na inércia de um servo inútil.
Por outro lado, isto conduz a consideração de que muitos possuem uma distorcida
filosofia de vida espiritual desenvolvida. Pensam que aqueles que detêm o poder da
Palavra, dos dons, da liderança, são necessariamente os mais maduros. Cumpre lembrar,
porém, que a espiritualidade não pode ser medida pelo número de sermões que alguém
prega, nem pelo número de seus liderados, nem tampouco pela quantidade de sonhos ou
visões recebidos, mas, sim, pelos pés de discípulos de Cristo que se tenha lavado. De
fato, uma das dimensões da maturidade é a descoberta do "princípio da toalha" (veja Jo
13.5).
Obviamente, não estamos nos referindo a um mero ato ritualístico de lava-pés. O que
realmente importa é a proeminência do serviço cristão traduzido num positivo interesse
pelo bem-estar dos outros.
Se Deus é bom e justo, por que permite a dor? Se é soberano, possuidor de todo o poder,
por que não elimina a angústia e a miséria que desfilam, implacavelmente, no palco
sombrio de nosso caótico planeta?
Creio que, enquanto nos encontrarmos nos limites desta vida, dificilmente teremos uma
resposta satisfatória para o tão discutido problema do sofrimento. Teólogos, filósofos e
toda uma plêiade de eruditos, buscaram respostas, e no-las deram, as mais variadas (e
até absurdas), sem chegarem, porém a qualquer conclusão convincente.
Tudo o que se pode afirmar é que, desde o Éden, vem o sofrimento marcando presença
na história da civilização. Todavia, para os que cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus,
há uma luz a espargir-se sobre a questão. Sabemos que o sofrimento é conseqüência
imediata da rebelião do homem contra Deus. Os princípios divinos, pois, uma vez
desprezados, resultam em trágicos dissabores.
O que dizer do crente que procura agradar a Deus em todas as coisas, mas acaba por ter
a vida minada pela dor? Pode, por acaso, o mais amargo sofrimento trazer consigo a
possibilidade de crescimento com Deus? Talvez, sirva de algum proveito compartilhar a
experiência que vivi nos primeiros anos de casamento.
Na época, com pouco mais de vinte anos, considerava-me relativamente bem sucedido.
Duas faculdades concluídas; um livro publicado, e uma segunda obra em fase de
conclusão. Situação econômica razoavelmente equilibrada e inúmeros convites para
pregar em diversas cidades do país. O que mais poderia almejar um jovem? Surge,
então, cruel e repentinamente, o difícil transe.
A bela esposa que, com absoluta convicção eu sabia, me fora dada por Deus, mergulha
inexplicavelmente num estado depressivo, perdendo até a razão. O que fazer? Os dias,
multiplicados em semanas, começaram a condicionar o meu relacionamento com Deus a
uma aguda e impertinente indagação: "Por que, meu Pai?".
Os recursos da medicina tinham sido acionados sem qualquer resultado. Não menos
vigorosa era a dor provocada pela pressão psicológica de certos irmãos na fé, que sequer
admitiam a simples idéia de um crente em Jesus se defrontar com tão dramática
situação.
Para mim foi extremamente vital a orientação recebida para meditar em dois textos do
Antigo Testamento. Primeiro, na confissão do salmista: “... na angústia me deste
largueza" (SI 4.1). Depois, o Senhor despertou minha atenção para o discurso de Eliú, o
mais jovem dos conselheiros de Jó. Lá encontrei esta memorável reflexão: "Ao aflito
livra da sua aflição, e na opressão se revela aos seus ouvidos. Assim também te desviará
da angústia para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as iguarias da lua mesa
serão cheias de gordura" (Jó 36.15,16).
Foi como se uma fantástica descoberta houvesse acontecido naquele instante. Com
cristalina clareza o Espírito me confidenciava: "A dor te fará crescer!" Ressalto tão fiel
relato, porque, até então, havia encarado aqueles últimos dias como um doloroso
desperdício de recursos, energia, tempo. Essa, portanto, era uma mensagem essencial: a
dor teria a virtude de produzir o que os dias de bonança foram incapazes de realizar.
Não raro, esse modo divino de agir e proceder o conduzirá por caminhos que nunca
antes você imaginou passar (Leia Josué 3.4). Lugares tenebrosos. Desertos causticantes.
Mesmo que já não haja mais forças, descanse em suas promessas. Logo você
reconquistará novas e rijas fibras para resistir e vencer a impetuosa tempestade.
Que a cirurgia seja lenta; não importa. Deus é criativo e originalíssimo. Ele
proporciona-nos exercícios espirituais distintos. Conhece perfeitamente nossas
diferenças e limitações. Seja como for, uma coisa é absolutamente certa: o bisturi
invisível de Deus corta profundo. A notável poetisa do século dezesseis na França, Jeane
Guyon, perseguida pela igreja oficial, foi parar na prisão. De lá escreveu para uma
amiga sobre as dores e tristezas inerentes à vida terrestre, concluindo: "Remédios
amargos, é verdade; mas tomando-os honraremos a obra da cruz".
Não será exagero admitir que o Senhor chegue até mesmo a exigir que você deixe os
pastos verdejantes como nesta passagem: "Levanta-te, e vai para a banda... que está
deserta" (At 8.26). Obedeça sem temores, confiando na promessa de que Ele o fará
"cavalgar sobre as alturas da terra" (Is 58.14). Ser maduro é possuir serenidade e
convicção mesmo em meio aos vendavais. E substituir o medo pela coragem, a dúvida
pela certeza de que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus"
(Rm 8.28).
Tenha sempre em mente a noção do controle de Deus sobre todas as coisas. Não queira
questionar sua onipotência quanto às circunstâncias.
A promoção espiritual segue uma trajetória que sempre culminará num eficaz
compromisso com a glória divina. Para sermos precisos, a autêntica espiritualidade
inicia-se no Calvário, passa por uma abnegação completa e efetiva-se num estilo de vida
expresso em atos de reverência e exaltação ao Senhor. Aliás, todos os princípios e
conceitos de maturidade até aqui abordados, apenas adquirem real valor à luz destes
compromissos para com a glória de Deus.
No Gólgota, foi o homem agraciado com a chave que lhe dá acesso às planícies
espirituais. Na cruz, a vitória de Cristo promoveu uma mudança radical no caráter
humano. Uma base sólida para que os vestígios do velho homem sejam erradicados. E
ali que nos apropriamos da própria mente de Cristo e do poder do Espírito para
conquistar as alturas espirituais que nos colocarão ao alcance dos tesouros celestiais.
A expectativa de Deus é que, num ato de rendição total, nossos impulsos, sonhos e
intenções, permaneçam sob seu governo. Se desejarmos, de fato, experimentar a
liberdade e a graça operante de Cristo, teremos de nos render à sua vontade.
Depois, afastando-me discretamente do grupo, sentei-me nas escadarias que dão acesso
à Cúpula da Rocha.
Rogo a Deus que você avance e apodere-se desta vida plena que Cristo oferece. E que
este caminhar não seja uma experiência esporádica, mas algo que esteja em seu dia-a-
dia. O resultado será surpreendente. Uma nova e profunda percepção da presença divina
marcará todo o seu estilo de vida.
O momento é agora!
Por que adiar o projeto de maturação espiritual que Ele lhe reservou? Ouça o chamado
dos céus e viva diuturnamente em profundas regiões espirituais. Crescer é o desafio
supremo que o Espírito Santo lhe dá neste momento.
A Caminho da Maturidade