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ROSÂNGELA TEIXEIRA
PSICOLOGIA
JUNGUIANA
Sumário
SUMÁRIO
VOCÊ CONHECE O PODER
DO SEU INCONSCIENTE?
Venha saber como a Sombra está presente em nossas escolhas amorosas, na
nossa reatividade, procrastinação, dívidas, repetições fracassadas, na velha
autosabotagem. Nossa Sombra é um tesouro escondido, mas repleto de
“ouro”, que são os nossos dons ainda inacessíveis. É o nosso “cofre” forte
onde preferimos esquecer os nossos segredos. Um “sótão”, onde velhos e
empoeirados legados esperam para serem reconhecidos. Um "baú" de
histórias não vividas. Mas é no contato com ela que encontramos respostas
para as nossas dúvidas. Ignorá-la é repetir o que todosantes de nós fizeram e,
parece, sem sucesso. E a partir da 4ª década, a metade da vida de Jung, a
nossa Sombra vem com força total invadindoa nossa consciência. Nessa
época temos um encontro marcado com ela e eis que ela escolhe humanizar-
se num relacionamento difícil; numa crise de ansiedade; nas insistentes
explosões de raiva; nas escolhas autodestrutivas; numa depressão; num
sintoma crônico e grave; na falta de coragem de correr riscos; na culpa que
a grande maioria nem sabe que tem, mas que faz com que pouca coisa "dê
certo" em suas vidas; no medo de se relacionar, uma herança que pode ter
sido passada como um legado; na solidão, na carência, na obesidade, nos
vícios, no abuso que você pratica contra si mesmo quando é "bonzinho"
demais e muito, muito mais. Pois é, nossa Sombra conta o que está
acontecendo em nossas vidas e quanto mais tentarmos nos esconder dela ou
ignorá-la pior será. O melhor que temos a fazer é conhecê-la e ter um bom
relacionamento com ela e com a vida que viemos viver.
Rosângela Teixeira
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Jung morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa à beira do lago de
Zurique, após uma longa vida produtiva que marcou para sempre a psicologia e a
vida de todos nós. Sua casa acabou se tornando uma atração turística, que ele
próprio lamentava em tom divertido em seus últimos anos de vida.
“Desde muito cedo, ele viu no pastor o homem estagnado, numa condição
medíocre, a quem faltaram forças para seguir sua linha própria de
desenvolvimento; o homem que não enfrentava as dúvidas religiosas que o
atormentavam, segundo parecia ao filho. O pastor temia as experiências
religiosas imediatas, agarrava-se à fé, amparava-se na Bíblia e nos dogmas.
Jung nunca poderia aceitar tal atitude.” SILVEIRA
Foi sua tarefa desde sempre construir uma nova teoria radicalmente diferente da de Freud, onde
sua essência seria o futuro, as potencialidades de nossa personalidade que precisariam
desabrochar e, não o passado. O mundo seria dos símbolos e não da sexualidade. O que Freud
sinalizava como reprimido, Jung interpretava como uma possibilidade de desenvolvimento
psicológico. Enquanto Freud permanecia na infância, Jung iria seguir adiante, “crescendo” e
se tornando um importante intérprete da meia idade e do seu significado, pois para ele seria
nessa fase da vida que uma personalidade revelava-se de verdade. Jung, como bom leonino e
bastante criativo usou conceitos que continham muitas ideias diferentes. Buscou na filosofia,
psicologia, biologia, antropologia, religião, mitologia, alquimia respostas para as suas angústias
sobre a Alma. Foi precisamente essa combinação de saberes tão distintos que deu a Psicologia
de Jung seu estilo, sua consistência e sua profundidade. E Jung criou a Psicologia dos
Complexos para depois batizá-la de Psicologia Analítica. Uma psicologia com inúmeros e
riquíssimos conceitos, tais como: Self, Tipos Psicológicos, Arquétipos, Inconsciente coletivo
e pessoal, Anima e animus, Sombra, Persona, Individuação, Complexos. Termos que são
constatações da abrangência e da profundidade que o impacto de sua psicologia nos causou.
1) O Inconsciente pessoal
Seria a camada mais superficial e, por isso, a de mais fácil acesso para a
consciência e o ego. É onde armazenamos nossas experiências provenientes
da nossa história pessoal, as vivências da nossa infância, as imagens que
construímos a respeito daqueles à nossa volta. Aquelas que não obtiveram
aprovação do nosso ego, por isso, foram reprimidas, esquecidas, ignoradas,
negadas. Mas que não irão desaparecer da nossa psique, porque nada do que
foi experimentado deixa de existir. O Inconsciente pessoal desempenha um
papel de fundamental importância na produção dos sonhos. Além disso, é aí
que os Complexos ficam instalados.
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Complexos Eles não são considerados uma
inferioridade, nem são patológicos,
apenas estão confirmando que existem
conteúdos não assimilados, não
E numa fração de segundo somos
unificados, não integrados, aquilo que
“tomados” pelos nossos Complexos e de
ainda permanece não resolvido. Pode até
um estado ativo passamos para um estado
ser visto como um empecilho, mas,
passivo. Ficamos sem energia e sem
também, precisamos vê-lo como uma isca
clareza do que pode estar acontecendo
para maiores esforços internos e novas
conosco, nem de onde isso vem. Nesse
possibilidades de vivermos a nossa vida.
momento nossa liberdade desaparece e a
Por isso, nossos Complexos são pontos
nossa intenção também. Os Complexos
centrais da nossa psique e da nossa
originam-se de um trauma acontecido na
história que não deveríamos prescindir,
infância ou em acontecimentos mais
pois do contrário, nossa vida psíquica
recentes onde uma parcela da psique é
acabaria estacionando, assim como a
encapsulada ou se cinde. Uma situação
nossa realidade. Para lidar com o domínio
traumática tão forte que consegue reverter
dos Complexos, é preciso reencontrar
todo o equilíbrio psíquico de uma pessoa,
seu equilíbrio, buscar a introspecção e o
forçando a totalidade deste a submeter-se
autoconhecimento para intuir o porquê
à sua influência. Mas eles nos mostram
de determinadas dores. A terapia é um
com um tom emocional vivo a mesma dor
desses caminhos de equilíbrio.
do passado, só que incompatível com a
Ocomplexo tem em seu núcleo o
situação de hoje ou com a atitude
arquétipo.
habitual. Segundo Jung, "...tudo que é
acentuadamente sentido, torna-se difícil
de ser abordado". Todos nós temos
Complexos. Eles confirmam hoje as nossas
dificuldades, conflitos, desajustes.
Precisamos ter consciência de que
quando os Complexos nos dominam,
fatores adoecedores estão se
manifestando e exigem a nossa atenção
sobre eles.
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Arquétipos
Imagens primordiais, que existem a priori, em toda parte e em todos os
indivíduos. Imagens universais que existiram desde os tempos mais remotos.
Presenças eternas. Todos nós herdamos as mesmas imagens arquetípicas.
Todos os seres humanos têm emoções análogas que não precisam ser
recordadas. Elas apenas surgem: luto numa perda; alegria quando
conseguimos algo muito desejado; raiva quando alguém invade nosso
espaço; depressão quando o sentido da vida é perdido. Eles também se
mostram em imagens como um círculo, uma espiral. Arquétipos como a
criança divina, o velho sábio, os heróis e heroínas; o embusteiro; a magia; o
poder; Deus e o demônio; morte e renascimento são presenças arquetípicas.
Objetos naturais, como árvores, sol, lua, vento, fogo. Suas imagens e vivências
que estão muito presentes em todas as religiões, apesar de teremrecebido
uma estruturação dogmática diferente, ainda hoje atuam na psique, como o
símbolo de Deus que morre e ressuscita; o mistério da concepção sem
pecado do Cristianismo. Desenhos animados e filmes da Disney trabalham
com temas míticos: A Bela e a Fera pode ser uma versão atual de Eros e
Psiquê. Os mitos heróicos hoje estão bem representados pelo Super Homem.
Em épocas de grandes ameaças e de muito medo, chefes de estados,
autoridades costumam se reunir em torno de uma mesa redonda. O círculo é
um símbolo muito antigo de totalidade, de coesão, portanto, de proteção.
Arquétipos são disposições preexistentes que estão sempre atuando na
formação de uma cultura. Jung os chama de “órgãos da alma”. O arquétipo da
mãe é um significado que permanece inalterado. O protótipo da mãe e da
“Grande Mãe” com todos os seus paradoxos são os mesmos dos tempos
míticos. São figuras com uma força igual em qualquer lugar do mundo e em
qualquer época.
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Arquétipos
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Anima e Animus
Os parceiros invisíveis. Ele e Ela não estão sozinhos no sofá da sala. O casal
tem companheiros interiores que, sem seu conhecimento, dirigem a dança
das rejeições e atrações. Trata-se do Animus e da Anima. A verdadeira cara-
metade. A nossa personalidade interior, que, como não a conhecemos,
procuramos por ela fora de nós e lá está ela, no nosso parceiro. Anima e
Animus nos convidam tanto para viver o amor, o relacionamento com um Tu,
quanto para vivermos uma relação com o nosso mundo interno ainda
desconhecido, por isso, eles criarão todo tipo de “animosidade” na relação.
Na conjugalidade, lá estão eles frustrando todas as expectativas que tínhamos
em relação ao parceiro ideal. Na primeira etapa da vida, são eles que nos tiram
do nosso ambiente familiar para vivenciarmos as nossas relações de amor e
formarmos nossa própria família. A partir da meia idade, eles convidam-nos a
um retorno a nós mesmos, a fim de conhecermos as dimensões mais
profundas do nosso inconsciente que já desejam e precisam expressar-se. A
Anima é o feminino inconsciente do homem. O Animus é o masculino
inconsciente da mulher. Quando a Anima e o Animus permanecem
inconscientes, eles vêm perturbar fortemente a relação de um casal. Sua
forma preferida de se mostrarem na relação é através do jogo de projeções e,
inevitavelmente, conteúdos inconscientes serão projetados sobre os
parceiros que se assemelham aos pais. Enquanto estiverem prisioneiros do
Complexo materno ou paterno terão grandes chances de atrair parceiros com
os quais irão reproduzir, de alguma forma, o drama da infância. Mas na
realidade, é raro encontrar alguém que esteja com seu Animus e Anima
liberados totalmente de seus Complexos parentais. O Animus representa a
coragem, a ação, a decisão, a firmeza. É um senhor que sabe tudo, cheio de
convicções e razão.
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”
Jung
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Individuação
O tornar-se Si mesmo. É o caminho de ampliação da consciência. É o vir a ser,
ao longo da vida. Quando seguimos sendo cada vez mais autênticos, pois só
assim sentiremos que a nossa vida faz sentido. Um processo de
desenvolvimento que acontece na metade vida. Para Jung, a primeira metade
da vida, nós usamos para alcançar os objetivos sociais: profissão,
relacionamento, família, conquistamos status, prestígio. Estamos vivendo para
fora, para o mundo. Na segunda metade, vivemos para dentro. É a vez do
inconsciente se tornar consciente. A individuação consiste numa
aproximação lenta dos conteúdos intrapsíquicos e no reconhecimento de sua
influência sobre o ego.
Aqueles que terão como tarefa de vida resgatar o feminino da sua Sombra,
trazendo para sua vida o sentir, a intuição, a empatia, a aceitação, a
espiritualidade, a suavidade e a vulnerabilidade que foram para a escuridão.
1) O filho do pai
2) A filha do pai
3) O filho da mãe
4) A filha da mãe
Esses filhos precisarão viver a vida não vivida de seus pais, pois na
metade da vida as qualidades do progenitor rejeitado irão exigir fazer
parte da personalidade, afinal precisamos nos tornar inteiros...
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