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ÍNDICE

I Introdução ..................................................................................................................................... 2

Objectivos ....................................................................................................................................... 2

1.1.1 Geral ...................................................................................................................................... 2

1.1.2 Específicos ............................................................................................................................. 2

1.2.2 Metodologia ........................................................................................................................... 2

2 A busca de leis invariáveis de August Comte .............................................................................. 3

2.1 A busca de leis invariáveis ........................................................................................................ 4

2.1.1 A explicação dialéctica de Karl Marx .................................................................................... 4

2.1.2 A explicação dialéctica de Karl Marx .................................................................................... 5

III Conclusão ................................................................................................................................... 7

IV Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 8


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I Introdução

Auguste Comte e Karl Marx são dois dos pensadores mais influentes da história, cada um
contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento do pensamento filosófico e
sociológico. Comte, reconhecido como o fundador da sociologia, dedicou-se à busca das leis
invariáveis que regem a sociedade, enquanto Marx, conhecido por sua teoria crítica do
capitalismo, desenvolveu sua dialéctica como uma forma de compreender o mundo em constante
mudança. Neste trabalho, analisaremos a busca das leis invariáveis de Comte e a explicação da
dialéctica de Marx, explorando as semelhanças e diferenças entre as abordagens dos dois
pensadores.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

➢ Compreender a busca das leis invariáveis de Comte e a dialéctica de Karl Marx.

1.1.2 Específicos

➢ Comparar as abordagens de Comte e Marx em relação a busca das leis invariáveis e a


explicação da Dialéctica;
➢ Explorar a concepção da Dialéctica de Marx e sua aplicação na transformações
socioeconómica;
➢ Analisar a relevância das teorias de Comte e Marx para a compreensão da dinâmica
social e das lutas de classes na sociedade contemporânea.

1.2.2 Metodologia

Para a realização deste trabalho, não distantes daquilo que as directrizes para a
abordagem científica, baseou-se nos métodos bibliográficos, focado na pesquisa de informações
relacionados a Psicologia Geral de seguida usar-se-ia o método hermenêuticos e heurísticos,
focado na interpretação das obras consultadas para posteriormente a compilação de informações
patentes no trabalho.
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2 A busca de leis invariáveis de August Comte

Contexto histórico do autor

Segundo Tacussel (1999, p.16), Comte, nascido em 1798 em Montpellier, França, foi um
filósofo e sociólogo que é considerado o fundador da sociologia e do positivismo. Ele viveu em
um período de profunda instabilidade política e social na Europa, com a Revolução Francesa e
suas consequências ainda marcando a sociedade francesa.

Comte foi influenciado pelas ideias dos filósofos iluministas, como Voltaire e Rousseau,
que pregavam a razão, a ciência e a liberdade. No entanto, ele também estava preocupado com os
problemas sociais e políticos provocados pelas mudanças trazidas pela Revolução Industrial e
pela ascensão da burguesia como classe dominante.

Comte acreditava que a sociedade estava passando por uma transição da idade teológica,
baseada na religião e na autoridade divina, para a idade positiva, baseada na ciência, na razão e
no progresso humano. Ele argumentava que a sociedade deveria ser guiada por leis científicas e
não mais por crenças religiosas ou tradições.

Para Comte, a sociologia era a ciência que estudava as leis do desenvolvimento social e
poderia ajudar a resolver os problemas da sociedade contemporânea. Ele propôs a aplicação do
método científico à observação e análise dos fenómenos sociais, buscando encontrar leis gerais
que pudessem explicar o funcionamento da sociedade.

Apesar de suas ideias revolucionárias, Comte também foi criticado por seu autoritarismo
e por sua visão utópica de uma sociedade controlada por uma elite de cientistas e filósofos. No
entanto, seu trabalho influenciou o surgimento da sociologia como disciplina académica e teve
um impacto duradouro na teoria social.

Auguste Comte faleceu em 1857, deixando um legado que continua a ser estudado e
debatido até os dias de hoje.
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2.1 A busca de leis invariáveis

Comte, nas suas obras “Curso de filosofia positiva “e “Discurso sobre o espírito positivo”,
não reconhece a necessidade de variação entre as Ciências Naturais e Sociais, para além de
defender um absolutismo na explicação científica, ao considerar que o verdadeiro conhecimento
é proporcionado pelas ciências.

Para Comte (1983, p.93), todas as ciências devem usar o mesmo método para explicar os
fenómenos que estudam, o método das ciências exactas físico-matemáticas, fórmula uma série de
leis invariáveis baseadas em meras especulações, entre elas a lei dos três estágios, para a qual o
desenvolvimento da mente, o conhecimento e a história passavam pelos estágios teológico,
metafísico e positivo, neste os investigadores buscam leis invariáveis em todos os ramos da
ciência, obtidas mediante a teorização abstracta, que irão progressivamente ser substituídas por
leis mais concretas. Considera uma concepção unificada das ciências, todas provendo de um
tronco comum, a saber: 1º Matemática, como a mais geral; 2º Astronomia; 3º Física; 4º Química,
5º Biologia e, por fim, a Sociologia ou Física Social.

2.1.1 A explicação dialéctica de Karl Marx

Contexto histórico do autor

Karl Marx, nascido em 1818, foi um filósofo e activista político alemão cujas ideias
tiveram um impacto profundo na história e na política mundial. O contexto histórico em que
Marx desenvolveu sua teoria foi marcado por grandes transformações sociais e económicas,
especialmente a Revolução Industrial1. Esta época foi caracterizada por uma divisão de classes
acentuada e uma crescente desigualdade económica, que influenciou profundamente o
pensamento de Marx.

Marx estudou inicialmente Direito na Universidade de Bonn e depois na Universidade de


Berlim, mas logo se voltou para a Filosofia e se envolveu com os Jovens Hegelianos. Em 1842,
enquanto trabalhava no jornal “Gazeta Renana”, conheceu Friedrich Engels, com quem mais
tarde escreveria o “Manifesto Comunista” e outras obras significativas.
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Após ser expulso da França e da Bélgica, Marx se estabeleceu em Londres, onde


continuou suas investigações sobre a sociedade industrial. Suas obras, como “O Capital”,
criticavam o capitalismo e propunham uma sociedade sem classes, alcançada através da união e
revolução do proletariado.

Marx acreditava que as condições económicas e a luta de classes eram os agentes


transformadores da sociedade. Para ele, a classe dominante resistiria a mudanças, enquanto os
desfavorecidos deveriam lutar pelos seus direitos, sendo essa luta o motor da história.

Sua morte ocorreu em Londres, em 1883, após uma série de problemas de saúde. No
entanto, seu legado continua a ser debatido e estudado até hoje, influenciando diversas áreas do
conhecimento, como Sociologia, Economia e História.

2.1.2 A explicação dialéctica de Karl Marx

Karl Marx (1818-1882), no prólogo da obra “Contribuição à crítica da economia política”


apresenta o método da explicação dialéctica; na obra “Elementos fundamentais da crítica à
economia política”, estuda o método da economia política; na obra “O capital” estuda a essência
da exploração capitalista e na obra “Miséria da filosofia e ideologia alemã” apresenta diversas
considerações metodológicas.

A explicação, em Marx, distingue a realidade concreta do pensamento que se projecta


sobre essa realidade, ela está compreendida dentro do método, no qual reconhece a primazia do
real sobre o pensamento: o concreto não é produto do pensamento, mas o objecto real que
aparece na mente é produto do pensamento que é a única maneira de apropriar-se a realidade
concreta. Na explicação marxista não é possível separar os valores do investigador dos assuntos
ou fenómenos sociais que ele estuda.

Toda a realidade social está submetida no movimento dialéctico, que significa um


processo permanente de contradições (por exemplo: entre as forças produtivas e as relações de
produção; entre a burguesia e proletariado), esse processo é, considerando as circunstâncias
históricas concertas, oque deveria formar o objecto geral a ser explicado pelas Ciências Sociais
descobrir a lei que preside o movimento da sociedade. Sobre as relações entre a realidade
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concreta e a consciência e sobre as contradições que se dão no desenvolvimento da História


Social.

Segundo Marx (2008, p.23), na produção social da sua vida, os homens contraem
determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que
correspondem a uma determinada fase do desenvolvimento de suas forças produtivas materiais.
O conjunto destas relações forma a estrutura económica da sociedade, a base real sobre a que se
levanta superestrutura jurídica e política e que corresponde determinadas formas de consciência
social. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política,
espiritual, em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, senão, pelo
contrário, o ser social é que determina sua consciência.

Ao chegar a uma determinada fase de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da


sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, com as relações de
propriedade e se abre assim uma época de revolução social. Ao mudar a base económica se
revoluciona, mais ou menos, rapidamente toda a imensa superstrutura erguida sobre ela. No
processo dialéctico de acções e contradições, os fenómenos sociais estão relacionados entre si
numa causalidade dialéctica, segundo a qual um dos elos pode ser a causa do outro e, por sua vez
este pode actuar sobre a sua causa (causalidade recíproca).
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III Conclusão

É com grande prazer e aprendizado que damos por concluído o presente trabalho, pois ao
compararmos as ideias de Auguste Comte e Karl Marx, percebemos que ambos os pensadores
buscavam compreender as leis que regem a sociedade e a história, embora de maneiras distintas.
Enquanto Comte acreditava em leis invariáveis e universais que poderiam ser descobertas por
meio da observação e da análise científica, Marx via a sociedade como um sistema em constante
mudança, caracterizado por contradições e conflitos de classe. A dialéctica marxiana, baseada na
luta de classes e na transformação social, representa uma abordagem crítica e revolucionária, que
busca não apenas compreender a realidade, mas também transformá-la. Ambos os pensadores
deixaram um legado duradouro no campo da filosofia e da sociologia, continuando a influenciar
o pensamento contemporâneo sobre a sociedade e o poder.
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IV Referências Bibliográficas

Collingwood, R. G. (1981). A ideia de História. Lisboa: Presença.

Comte, A. (1983). Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: Abril Cultural.

Marx, k. (2008). Contribuição à Crítica da Economia Política. Tradução e introdução de


Florestan Fernandes. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular.

Tacussel, P. (1999). Augusto Comte: a obra vivida. Revista Logos, Rio de Janeiro, v. 6, n.
2, p. 16-21, nov.

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