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1. Revolução Científica.
3. Revolução Industrial
1959
Revolução Científica: a partir do século XVI e XVII, com Copérnico, Galileu, Descartes e Newton.
Estabelece a autonomia do intelecto humano como fonte de interpretação do universo. As
explicações divinas ou meramente naturalistas presentes na Escolástica (a ciência medieval da
Igreja) são substituídas por medidas humanas alcançadas a partir de métodos científicos e
experimentais.
FILOSOFIA
(tendências de explicações naturais e
análise do ser)
SOCIOLOGIA
(análise de regras sociais,
comportamentos coletivos que são
amplamente difundidos no interior
de grupos sociais ou de uma
sociedade como um todo; observa
HISTÓRIA
(tendência no estudo de um
que a origem desses
momento específico da história
comportamentos derivam da própria
humana e suas características)
sociedade e não de elementos
divinos ou naturais; busca
compreender a morfologia social, ou
seja, o processo de transformação ou
desenvolvimento das sociedades)
PSICOLOGIA
(foco em casos patológicos
individuais)
Quem é o pai da sociologia?
Augusto Comte (1798-1857), Émile Durkheim (1858-1917) foi Karl Marx (1818-1883) embora
fundador do “positivismo” e influenciado pelo “positivismo” de não tenha empregado o termo
inventor do termo sociologia. Afirma Comte e criou a primeira cátedra “sociologia” procurou fazer o
a necessidade de uma nova ciência universitária intitulada Sociologia em estudo da morfologia social;
que fosse responsável por estudar a Bordeaux. O pensador julgava ser o analisou a passagem do feudalismo
morfologia social, ou seja, o primeiro cientista a desenvolver um em direção ao capitalismo antes
processo de transformação das método sociológico, negando o mesmo de Durkheim.
sociedades pensamento marxista.
O positivismo de Comte.
- Comte também foi influenciado pelos filósofos alemães do século XIX Kant e Hegel.
estado metafísico
• Para Comte, a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história
da nossa espécie, ela é também para o desenvolvimento de cada indivíduo:
A criança dá explicações teológicas-fictícias ao mundo, o juvenil é
metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção positivista das
coisas.
• As ideias são baseadas na observação, exatidão, deixando de lado teorias e especulações
da Teologia e Metafísica. Segundo Comte, as ciências que são positivistas são a
matemática, biologia Astronomia, física, química e a recém criada sociologia, que se
baseia em dados estatísticos.
• A frase na bandeira brasileira é baseada no lema de Comte sobre o positivismo. Ele dizia
“amor como princípio e ordem como base; progresso como objetivo”, e o criador de
nossa bandeira simplificou para “Ordem e Progresso”. Isto aconteceu no período quando
a monarquia foi derrubada, e instalou-se uma república pelas pessoas que seguiam os
pensamentos de Auguste Comte.
• Comte propôs uma nova religião à humanidade em seu “Catecismo
Positivista”. A ideia era substituir os santos e os templos religiosos cristãos por
filósofos, cientistas e templos da racionalidade.
• O positivismo foi empregado como álibi pelos europeus durante o século XIX e
XX para exercer o Imperialismo e Neocolonialismo na Ásia, África e Américas
do Sul e Central.
• A ideia era levar ordem e progresso às sociedades ditas primitivas, pois estas
se encontravam no estágio fictício e são atrasadas.
• O positivismo é visto hoje como uma teoria eurocêntrica que flerta com o
racismo.
A Sociologia de Durkheim.
• Sua teoria também denominada como funcionalismo. Autores funcionalistas trabalham com
determinismos sociais.
• A principal preocupação de Comte é responder: a) como surgiu o capitalismo? e b) como ele funciona?
• Por ser funcionalista, dirá que o capitalismo surgiu em função do progresso técnico, científico e
industrial, dando origem a uma sociedade pacífica, harmônica e solidária.
• Durkheim é acusado de observar o capitalismo segundo o ponto de vista dos dominadores, ou seja, da
burguesia e será criticado pelos pensadores marxistas.
TEORIA FUNCIONALISTA TEORIA DO CONFLITO OU
(Durkheim e os positivistas) DIALÉTICA
(Marxismo)
A história da A história da
humanidade está humanidade está
fundada na fundada na luta de
solidariedade. classes.
• Segundo Durkheim, o pensamento de Marx não é uma ciência e muito menos sociologia. Trata-se de uma
Anomia (patologia) social.
• Na obra “As regras do método sociológico” (menção explícita ao “Discurso do Método” de Descartes),
Durkheim define qual é exatamente o objeto de estudo da sociologia. Afirma que este objeto ou fenômeno
social deve ser estudado como “coisa” e, enquanto tal, permite a definição do que designa como FATO SOCIAL.
1 – Geral – pois é recorrente, amplamente realizado por um grupo ou sociedade, é uma regra ou norma social.
2 – Exterior – o meio social é superior ao indivíduo e o obriga a pensar, agir e a se comportar segundo regras
sociais exteriores, de modo que ele é determinado pela sociedade e não exerce influência sobre ela (afirmação
do funcionalismo e negação da dialética).
3 – Coercitivo – o fato social é punitivo, de modo que o indivíduo que não segue as regras sociais e não obedece
as pressões exercidas pela sociedade passa por alguma forma de sanção.
• Para Durkheim, as lutas de classes anunciadas por Marx não são fatos sociais,
pois não “gerais” ou recorrentes (e sim exceções na história da humanidade).
• As lutas de classes são patologias (Anomias sociais), isto é, doenças sociais, não
são regras ou normas, senão desvios que prejudicam o progresso da humanidade.
• Na visão de Durkheim, o que rege as sociedade não são as lutas de classes, mas
sim relações de solidariedade e harmonia.
a) Suicídio altruísta – ocorre quando o indivíduo tem fortes vínculos com o meio social
em que vive e introjeta a moralidade desse grupo. O indivíduo é tomado por uma
força coercitiva que o impele a realizar de forma obediente os anseios do grupo.
Temos como exemplos os “Kamikazes” ou mesmo terroristas fundamentalistas.
b) Suicídio egoísta – ocorre quando o indivíduo possui baixa integração social com o
grupo social ou a sociedade, não se sente pertencente ao meio social (Durkheim
chega a se referir a solteiros, viúvos, divorciados). A falta dessa integração exerce
coerção sobre o sujeito. É típico de sociedades modernas e é fruto do isolamento
social.
c) Suicídio Fatalista - ocorre devido à extrema regulação e coerção da
sociedade para com o indivíduo. Exemplos: escravos que se suicidam por não
verem possibilidade de liberdade; atualmente há casos vinculados aos baixos
desempenhos escolares, profissionais ou mesmo quando gêneros não
correspondem aos padrões sexuais determinados por um grupo religioso.