• A palavra sociologia foi criada pelo filósofo francês
Augusto Comte em 1839, substituindo física social, também criada por ele em 1828. • A palavra vem do latim “socius” e do grego “logos”. Ciência da sociedade ou de humanidade, seria a tradução que mais se aproximaria da idéia do autor. • A sociologia pode ser definida portanto, como a ciência que estuda a sociedade humana em suas várias formas. SOCIO ANTROPOLOGIA • Por tratar-se de uma ciência, cujo objeto parece demasiadamente amplo, a sociologia é vista como uma ciência enciclopédica. • De fato, compreender de um modo suficientemente claro uma sociedade requer um esforço praticamente enciclopédico.Alguns autores propõem conciliar a perspectiva enciclopédica com a especialização, propondo à sociologia o papel de coordenadora das ciências sociais. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Assim, caberia à antropologia estudar as culturas e a Ciência Política estudar os fenômenos políticos sem deixar de existir um intenso intercâmbio entre essas ciências. • O objeto da sociologia seria então a sociedade humana enquanto conjunto de grupos sociais, compostos de pessoas unidas por laços de interdependência e sociabilidade, cujo comportamento predominante é regulado por uma estrutura social dinâmica, resultante das ações dos vários agrupamentos que a constituem, especialmente dos mais poderosos ou influentes. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Alguns autores preferiram definir a sociologia com objetos mais restritos do que o proposto por Comte, em função das metodologias por eles julgadas de maior validade. • Exemplo disto são as definições: estudo científico dos fatos sociais de Émile Durkheim; da ação social na perspectiva de Max Weber mas nenhuma abrange a totalidade das questões estudadas pela sociologia, no entanto é possível retirar daí algumas das noções básicas que ajudarão a compreender a sociedade humana. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Tais noções podem ser resumidas em dois grupos; • 1. ação social, comportamento social, interação social, grupos sociais; • 2. fatos sociais, estrutura social, organização social instituições sociais. • O primeiro grupo explica o social através das relações entre os homens. O segundo procura deter-se nos produtos dessas relações. Percy S.Cohen observa que não podemos estudar o social se não considerarmos tanto a interação social quanto a estrutura social. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Os três grandes clássicos das sociologia foram o alemão Max Weber, o também alemão Karl Marx e o francês Émile Durkheim. • K.Marx é o mais célebre de todos e produziu a sua obra mais ou menos na mesma época de Comte. Adotou a lógica dialética de Hegel que por sua vez estava baseada nas idéias do filósofo grego Heráclito. Sócio antropologia • Apesar de inspirar-se em Hegel que era idealista, Marx criou o chamado materialismo dialético ou materialismo histórico considerando o socialismo introduzido por ele com a ajuda de Friedrich Engels, como socialismo científico. • Max Weber, influenciado pela fenomenologia de Edmund Husserl e William Dilthey, elaborou um sistema ao qual se tem chamado de abordagem compreensiva, sociologia compreensiva, teoria da ação social ou possibilismo histórico. Suas idéias estão aparentadas , no campo de estudo da mente humana, com a chamada psicologia humanista. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Weber superou o determinismo do século XIX, no qual o homem seria movido por forças totalmente externas à sua vontade, tal como aparece até na literatura, através da escola naturalista, e concebeu a pessoa humana como um ser capaz de agir e que não é passivo frente às forças da natureza. Por isso, o ponto de partida de toda a sua análise sociológica consistiu no esforço de compreender o modo pelo qual o ator social agiu e para que fins o fez. SÓCIO ANTROPOLOGIA • Émille Durkheim destacou-se como o autor que deu à sociologia um método próprio, distinguindo-a de todas as outras ciências. Baseou-se, para isso, na idéia de que os fatos sociais têm uma realidade específica, diferente de qualquer outro tipo de fato. Por isso sua teoria foi chamada de realismo sociológico (ou sociologismo, pelo exagero de isolar a sociologia de todas as demais ciências). SÓCIO ANTROPOLOGIA • Durkheim foi considerado neopositivista, porque procurou dar à sociologia um método científico, separando-a radicalmente da filosofia. O modelo foi no entanto diferente do modelo de Comte porque baseava-se na biologia e não na física. Não mais se preocupava com leis universalmente válidas e equações matemáticas, mas com tipos de sociedades, para as quais existiriam diferentes princípios assim como ocorre com as diferentes espécies na biologia. • SÓCIO ANTROPOLOGIA • Durkheim foi o primeiro a utilizar-se da estatística (mais relativista do que as equações matemáticas), ao enfatizar a pesquisa objetiva e neutra (segundo sua proposta) dos fatos sociais. OS PRECURSORES
• Nas mais antigas civilizações, todo o
conhecimento mais complexo e profundo mantinha-se acumulado secretamente pela casta sacerdotal, que exercia ou assessorava o exercício do poder. Tais saberes eram comandados pela religiosidade e estavam a serviço da ideologia e da influência política. Os sacerdotes utilizavam-nos para impressionar o povo, de modo que esse os visse como dotados de poderes sobrenaturais. PRECURSORES
• Durante muitos séculos, todas as teorias sobre a sociedade
humana eram de origem, filosófica. • A primeira escola foi a Academia , de Platão e a segunda foi o Liceu, inaugurado por Aristóteles. • Foram esses dois filósofos os primeiros autores a escreverem sobre a sociedade humana. Platão escreveu A República e Aristóteles A Política. • Enquanto os sofistas postulavam que a única realidade existente eram os seres individuais, os três grandes clássicos (Sócrates, Platão e Aristóteles) entendiam que os seres genéricos como a humanidade, existiam efetivamente, como essência dos seres individuais. OS PRECURSORES
• Para Platão, tais essências situavam-se no
“mundo das idéias” onde existiria a essência perfeita, de cada um dos seres existentes em nosso mundo. Platão foi o primeiro dos utopistas. • Como o raciocínio utópico tem sido questionado pelos sociólogos, em sua tentativa de formular uma ciência, especialmente desde Marx e Durkheim, a influência de Platão tem sido pequena na sociologia OS PRECURSORES • Aristóteles, diferentemente do seu mestre postulou que a essência dos seres estaria contida no interior de cada um deles. Seria a forma permanente e comum a todos de um mesmo gênero, variando apenas na sua expressão material em cada indivíduo. • Desse modo, Aristóteles propôs , como método, observar empiricamente os seres para depois, através da razão, formular o seu conceito. Daí ser considerado o precursor da metodologia científica. OS PRECURSORES • A Idade Média européia, totalmente impregnada pelo notável domínio da Igreja católica reforçou o teocentrismo como inflexível controlador de qualquer variedade cultural. Quase todas as idéias originais eram consideradas heresias e seu autores terminavam na fogueira. • Os doutores da igreja limitaram-se a reinterpretar os filósofos Santo Agostinho a Platão e São Tomás de Aquino a Aristóteles. OS PRECURSORES • Foi somente com a Reforma, já na idade moderna, que surgiu a proposição da livre interpretação da Bíblia e, mais ainda, com o Renascimento, enfatizando o valor intrínseco do indivíduo que a humanidade começou a reagir ao domínio obscurantista da Igreja. Para lograr tal êxito, muitos foram sacrificados e queimados vivos. O SURGIMENTO • A mentalidade cientificista do século XIX levou Augusto Comte a pretender criar uma nova ciência para estudar a humanidade. Chamou-a de física social em 1828. No ano seguinte o belga Quetelet usou a mesma palavra para nomear outra ciência ou método, a estatística. Comte procurou um novo nome para a sua ciência e inventou a sociologia em 1839. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • A revolução industrial, além do progresso trouxe gravíssimos problemas sociais. Surgiram vários movimentos sociais: ludistas (operários que quebravam máquinas, julgando-as responsáveis por sua opressão; anarquistas, sindicalistas, trabalhistas e , finalmente, socialistas. Os primeiros socialistas foram chamados por Marx de utópicos porque, apesar de criticarem o capitalismo e promoverem vários modelos de socialismo comunitário, não indicavam caminhos de saída para o problema da exploração do homem pelo homem. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Apesar de criticar a sociologia que chamavam de burguesa, o marxismo é uma das escolas muito influentes da sociologia contemporânea. • A sociologia já nasceu dividida em duas grandes tendências , até hoje presentes, uma sociologia conservadora (a de Comte) e a revolucionária (de Marx). • No primeiro estágio dos sistemas sociológicos- como os de Comte, Marx e Spencer (evolucionismo social) a sociologia ainda estava muito próxima da filosofia. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Durkheim criou a escola francesa com base em um isolamento da sociologia em relação às demais ciências. • O terceiro estágio foi inaugurado pela obra de Weber que consolidou a percepção de um nítido corte epistemológico entre ciências naturais e humanas, com sérias implicações e problemas metodológicos. Instalou-se um claro debate entre os determinismos, possibilismos e relativismos. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Atualmente parece que a sociologia não tem saída fora do possibilismo histórico pois sabemos da nossa incapacidade de prever o futuro das formações sociais humanas. • O quarto degrau indica o confronto metodológico introduzido pela sociologia norte americana bastante pragmática vendo na pesquisa a saída para tudo, mas o tempo foi revelando que muitos problemas não podiam ser resolvidos exclusivamente pela estatística demandando profundas reflexões e debates teóricos. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Atualmente buscamos a convergência entre teoria e pesquisa. • Em torno dos anos sessenta Ralph Dahrendorf cria as categorias; Teoria do conflito (também chamada de sociologia crítica) e teoria da integração (Sociologia da cooperação). • Os principais autores da teoria da integração são funcionalistas, destacando-se Radcliffe-Brown, Talcott Parsons, Robert K. Merton e Paul Lazarsfeld, ou sistêmicos, como Huntington e Gino Germani. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Na teoria do conflito destacaram-se vários brasileiros como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni; nos Estados Unidos Wright Mills foi o grande expoente. • A sociologia atual ou “pós moderna” é chamada de “hermenêutica” porque é essencialmente crítica e pluralista no sentido de interpretativa e não militante, (como era nos anos sessenta). TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Hoje, nos meios acadêmicas, procura-se analisar criticamente todas as várias contribuições importantes para o entendimento de nossa complexa vida social. • Nas sociedade mais simples como os bandos e as sociedades tribais, não havia desigualdade de classe, estratos ou camadas sociais. Por isso, todos compartilhavam uma mesma cultura, são as chamadas sociedades monoculturais. Teorias sociológicas • Nessas sociedades simples, as práticas sociais eram, basicamente, resultantes da experiência e da tradição, e as explicações sobre os fatos sociais eram de natureza mítica e/ou sagrada. • Com o avanço da civilização surgiram as desigualdades sociais, gerando vários tipos de estratos sociais, tais como castas, estamentos e classes. Isso provocou o surgimento de formas culturais diferenciadas. Os mais poderosos passaram a criar e usufruir saberes e artefatos distintos dos usufruídos pelos pobres. Mas a cultura popular não desapareceu. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • Como os estratos dominantes dominam também os meios de difusão da cultura, é comum o fenômeno da alienação nas demais camadas sociais, traduzindo-se na incorporação de formas de pensamento contrárias aos interesses do seu próprio estrato. • Por isso Marx entendeu que somente com a tomada de consciência por parte dos dominados, seria possível ultrapassar as ideologias alienantes. TEORIAS SOCIOLÓGICAS • O que distingue as classes dominantes é a propriedade dos meios de produção. As demais classes dependem do trabalho para sobreviver. • FATO SOCIAL- é o conceito básico da sociologia, conforme o positivismo e, principalmente, segundo o neopositivismo de Durkheim. Enquanto Comte tratava-o como um conceito Durkheim tratou-o como uma realidade objetiva. Fato social • Em 1895, Durkheim afirmou que o fato social era exterior e anterior ao indivíduo, exercendo sobre ele uma coação irresistível. Poderíamos até desejar agir de forma diferente ao prescrito pela sociedade, mas essa nos pressionaria de tal maneira que acabaríamos desistindo do projeto ou seríamos marginalizados da vida social. Fato social • Os inovadores só são aceitos quando sua obra passa a ser concebida como mais um fato social. • Os fatos sociais possuem pois GENERALIDADE, o que significa que são comuns a todos os membros de um grupo social; • COERCITIVIDADE- existem grandes pressões que tornam obrigatório aos indivíduos obedecerem aos seus ditames e EXTERIORIDADE, o que significa que existem independentemente da vontade dos indvíduos. FATO SOCIAL • Daí que são marcados ainda pela ANTERIORIDADE- ou seja, quando viemos ao mundo a sociedade se impôs a nós; • POSTERIORIDADE – após a nossa morte a sociedade continua sua existência, sem ser afetada pelo nosso desaparecimento, a não ser que façamos parte da trama de um fato social relevante. • SUPERIORIDADE- os fatos sociais são superiores ao poder de um indivíduo. FATO SOCIAL • Além disso, existem duas consequências fundamentais para o método da sociologia: • ESPECIFICIDADE, o que significa dizer que os fatos sociais seguem uma lógica própria diferente da lógica de qualquer outro tipo de fato (psíquico, biológico ou geográfico por exemplo); • OBJETIVIDADE, os fatos sociais devem ser vistos como “coisas” ou seja, fenômenos exteriores à nossa consciência. FATO SOCIAL • Durkheim define o fato social como “È fato social toda maneira de agir , fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior (...) e mais ainda: “que é geral na extensão de uma sociedade dada apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter”. • A partir de tais postulados o autor propôs uma sociologia radicalmente baseada na observação, para a qual o sociólogo deve procurar libertar-se de qualquer idéia preexistente sobre o objeto a ser observado. FATO SOCIAL • Desejava libertar a sociologia de qualquer subjetividade e de conotações psicológicas. • Outro argumento usado para constatar a lógica própria dos fatos sociais foi que “ o todo é mais importante que a soma das partes” o que significa dizer que os homens relacionando-se produzem uma realidade nova e superior a eles, a qual é o objeto da sociologia, independentemente de quem a gerou. FATO SOCIAL • Durkheim rejeitou as consciências individuais como tema da sua proposta sociológica, mas considerou existente uma consciência coletiva que seria a base para a ocorrência da padronização dos fatos sociais. • O autor parece dar uma importância fundamental à sociedade isentando o indivíduo de qualquer responsabilidade. O conceito posterior introduzido por MAUSS, de fato social total, afastou as explicações baseadas num fator único como também acrescentou a noção de estrutura social.Essa é uma realidade nova que emerge dos indivíduos, grupos e fatos sociais específicos que a constituem. AÇÃO SOCIAL • As três grandes tendências clássicas da sociologia apresentaram diferentes concepções quanto à ação social: Para o positivismo, o neopositivismo e suas derivações , como o evolucionismo social e o funcionalismo, ação social confunde-se com comportamento social, ou seja, movimentos observáveis objetivamente. AÇÃO SOCIAL • Durkheim considerava a ação social como um tipo de fato social, decorrendo daí uma versão conformista. • A segunda corrente constituída da fenomenologia e do existencialismo, separou radicalmente o comportamento, externamente observável, da ação, derivada do interior do agente, orientada por uma intencionalidade e dotada, por isso, de significado. A subjetividade dos agentes, a ser interpretada pela empatia, passou a ter importante papel na teoria. AÇÃO SOCIAL • Para Max Weber a sociologia seria a ciência da ação social. Tal conceito passou a ser muito importante na análise sociológica. • Conforme Weber o estágio inicial da análise sociológica deveria ser o esforço para tentar compreender a ação ou ações dos atores envolvidos. Seria fundamental entender para que fins agiram e como agiram. AÇÃO SOCIAL • Num segundo estágio , o sociólogo poderia buscar a explicação analítica das condições objetivas onde os homens estabeleceram os seus propósitos e modo de agir, usando para isso métodos semelhantes ao das ciências naturais. • Para compreensão dos modos de agir, Weber estabeleceu quatro tipos ideais de ação. Ideais porque expressam modelos teóricos puros. As ações concretas costumam combinar mais de um modelo. AÇÃO SOCIAL • A tipologia dos modos de ação distingue: • Ações racionais com dois sub-tipos: • 1.Racionais quanto aos fins quando baseiam-se em antecipações de consequências e ações alheias de modo a garantir a maior eficácia possível dos reaultados; • 2.Racionais quanto a valores –baseadas em crenças conscientes, sem considerar os resultados que possam atingir. • 3.Ações tradicionais –determinadas por hábitos ou costumes, sem exame crítico de sua validade. AÇÃO SOCIAL • 4. Ações afetivas- baseadas num estado emocional atual. • Se os grupos sociais são polarizados pelas ações afetivas e tradicionais, eles constituem uma comunidade(equivalente aos conceitos atuais de grupo espontâneo e primário) como uma família, fazenda ou aldeia; • se prevalecem as ações racionais temos uma sociedade (correspondente aos conceitos atuais de associação voluntária e grupo secundário) como uma empresa ou organização burocrática. AÇÃO SOCIAL • É também uma derivação da tipologia dos modos de ação social a análise das formas de legitimidade, ou seja, os motivos pelos quais os indivíduos obedecem à autoridade, conceito central na análise política de Weber. • A autoridade ou liderança carismática decorre do afeto dos subordinados. A autoridade tradicional, da ação de mesmo tipo. A autoridade legal racional, típica da burocracia , resulta da racionalidade dos subordinados. AÇÃO SOCIAL • A corrente marxista do pensamento sociológico associou ação social ao conceito de práxis. A práxis relaciona-se ao modo de produção e expressa-se pelo trabalho. • A noção de trabalho , para os marxistas, vai além da simples ocupação profissional e expressa a atividade através da qual o homem transforma a natureza, definindo-se, por isso, como ser humano. AÇÃO SOCIAL • Na medida em que o modo de produção implique na desigualdade de classes e nos conflitos daí decorrentes, a práxis também se associa à ação política, capaz de transformar não somente a natureza, como também a sociedade. INTERAÇÃO SOCIAL • As pessoas agem normalmente uma em função das outras, realizando o que Weber chamou de ações sociais. • A sucessão de ações mutuamente relacionadas entre dois ou mais agentes sociais chama-se interação social. São raros os casos de influência mútuas idênticas, já que em geral, uma das partes pode estar influenciando mais a outra. Existem também as interações não recíprocas, como as ocorridas entre uma pessoa e a mídia indireta, baseada num suporte físico , tal como o livro, o rádio e a televisão. INTERAÇÃO SOCIAL • Os agentes da interação podem ser pessoas ou grupos. Daí decorre três tipos de interação social; pessoa/pessoa, pessoa/grupo, e grupo/grupo. • As sociedades se constituem porque os grupos mantêm interação. E esses se formam porque os indivíduos interagem. • A interação social observada em determinado momento é chamada de processo social. Observada no decorrer do tempo , sublinhando os processos mais comuns ou o aspecto da vida em sociedade onde ocorrem, é nomeada relação social. PROCESSOS SOCIAIS • Os processos podem ser associativos (cooperação e troca) ou dissociativos (oposição e afastamento). • Os principais processos de oposição são a competição e o conflito. • Durkheim fala de solidariedade mecânica que seria a forma de ajustamento entre pessoas muito semelhantes, como índios de uma mesma tribo. No entanto, numa sociedade onde as pessoas são diferentes prevalece a solidariedade orgânica, que permite o ajustamento a outras pessoas ou grupos apenas em determinadas áreas. FUNÇÃO, SISTEMA E ESTRUTURA SOCIAL
• Existem autores cuja visão orienta-se mais
para a impermanência e a historicidade do que para a permanência. • O mais comum é a percepção dialética do embate entre a mudança e a permanência. Tal perspectiva, geralmente concebe a resistência a mudanças através de outros critérios, como , por exemplo, a noção de reprodução. FUNÇÃO, SISTEMA E ESTRUTURA SOCIAL
• Para compreendermos o conceito, a partir de
uma sociedade permanentemente em movimento , devemos distinguir as ações reprodutoras, orientadas para a repetição e para manter o sistema imutável, das ações transformadoras. Um sistema é um conjunto integrado, interrelacionado e estável de elementos , compreendidos por sua vez como subsistemas. FUNÇÃO SISTEMAS E ESTRUTURA SOCIAL
• No funcionalismo clássico extremado não são
previstas mudanças no sistema. Esse permanece ou se desintegra. Existem, no entanto, os moderados, que admitem a existência de elementos disfuncionais. Na teoria dos sistemas admite-se a influência de novos elementos e sua incorporação dinâmica é útil, inclusive, para manter o sistema. FUNÇÃO, SISTEMAS E ESTRUTURA SOCIAL
• Não são admissíveis para a teoria dos sistemas,
mudanças bruscas e desintegradoras; por isso, essa teoria se preocupou em desenvolver técnicas de administração de conflitos. O ESTRUTURALISMO, como escola inaugurada por Ferdinand de Saussure e Claude Lévi Strauss, traz uma nova concepção de causalidade, em que todos os componentes de uma dada realidade estão interrelacionados. Ao alterar- se um único elemento de uma estrutura, todos os demais são afetados. FUNÇÃO, SISTEMAS E ESTRUTURA SOCIAL
• A escola FUNCIONALISTA da sociologia vê a
sociedade como um organismo, onde cada órgão tem a sua função. A partir dessa abordagem, torna-se impossível lidar com as constantes mudanças sociais. Os sociólogos que abraçam outras tendências que não a funcionalista ou a sistêmica discordam ser esta a natureza dos fatos sociais. INTERAÇÃO VERSUS ESTRUTURA • Os homens fazem a história ou a história faz os homens? • As ações de uma infinidade de homens produzem a realidade social ou as sociedades impõem seus ditames aos indivíduos? • Essa realidade é distinta para o humilde operário e para o grande empresário. • Uma ação, para transformar-se em mudança social, tem de expandir-se pela interação social e fundamentar-se em poder e/ou influência bastante significativa. INSTITUIÇÕES SOCIAIS • Não há convergência, entre os sociólogos, para a definição das instituições, no entanto há um elemento que parece ser aceito por todos que é o fato de tratar-se de padrões de conduta social que resistem à mudança. Há alguns, no entanto, que consideram como uma forma especial de normas de comportamento , com caráter duradouro, consagradas pela sociedade e base para a sua regularidade, estabilidade e previsibilidade. Instituições sociais • Selznick estabeleceu uma interessante distinção entre organização social e instituição. Enquanto o valor da organização está vinculado à capacidade de atingir os objetivos a que se propõe as instituições tem valor em si mesmas. As organizações são avaliadas segundo critérios objetivos enquanto que as instituições por critérios subjetivos ou psicológicos. Daí que as instituições podem ser um entrave para as mudanças sociais. INSTITUIÇÕES SOCIAIS • Emilio Willems classificou as instituições em primárias ou regulativas. Como exemplo desse tipo de instituições temos a família. • Temos ainda as instituições operativas, que podemos dar como exemplo uma associação de servidores. • As necessidades humanas são mais amplas do que as instituições criadas para atendê-las. Um dos modos de classificar as instituições diz respeito ao setor da vida social em que elas atuam. INSTITUIÇÕES SOCIAIS • Temos as instituições domésticas como a família o parentesco e o casamento. As instituições econômicas fundamentais são o trabalho a moeda e a propriedade. Culturalmente temos as bibliotecas arquivos e museus além das educacionais como as escolas e as instituições religiosas. Existem ainda as instituições de controle social que são as leis a polícia e a justiça. As instituições políticas são o governo, o Estado etc.