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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO II


Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz

Manaus – AM
Abril de 2023
REBECA MIRANDA MACEDO - 03329137
MATHEUS BERNARDO DA SILVA – 03102450
ANDERSON SILVA OLIVEIRA – 03325813
ROSINALDO RODRIGUES JÚNIOR - 03104338
ANDRÉ FIGUEIRA NEVES - 03107799
FRANK LINDOSO DA SILVA- 03171031

ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO II


Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz

Relatório Parcial apresentado como requisito para


obtenção de nota parcial 1º ARE em Estágio
Supervisionado Específico II do Centro
Universitário do Norte (UNINORTE/Ser
Educacional). Turmas: UNN0120109NNB, 9º
Período.

Orientadora: Profa Janete Silva de Souza

Manaus – AM
Abril de 2023
Introdução

O estágio supervisionado faz parte do pré-requisito mais cobrado dentro da


formação acadêmica dos alunos pertencentes aos cursos voltados a área da saúde, sendo
essencial para a construção da carreira destes futuros profissionais. Segundo a Lei Nº
11.788/08, o estágio é um ato educativo supervisionado que visa a preparação do
educando para sua respectiva área de atuação específica tornando-se indispensável a
todos os estudantes do ensino regular.

Tendo isso em vista, o estágio é um instrumento que alcança a experiência


prévia dos discentes em seu campo de atuação. Decerto proporcionando treino de
habilidades, identificação por campo escolhido, prioridade ao ensino e sua qualidade.
Dessa forma, a prática nos traz a observação dos fenômenos psicológicos atrelados a
fatores biológicos, sociais, econômicos e políticos, proporcionando a construção de
pensamento crítico e humanizado.

Portanto, visando tais resultados, o grupo escolheu o Centro de Reabilitação em


Dependência Química Ismael Abdel Aziz (CRDQ), disponibilizando aos estudantes do
Centro Universitário do Norte (UNINORTE) uma oportunidade de fazer parte da equipe
no período do estágio supervisionado obrigatório. Atualmente, o local recebe públicos
de ambos os sexos e faixas etárias acessíveis, cobrindo demandas de toda Rede de
Saúde Pública do Amazonas, intitulada como unidade básica de saúde pública também.

A dependência química é considerada uma doença crônica, possuindo critérios


diagnósticos e tratamento biopsicossocial. Segundo o DSM V, dependência química é
definida como o uso de substâncias que levam ao prejuízo ou sofrimento psíquico
significativo, que em geral leva a tolerância, abstinência, abandono ou redução de
importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas em razão do uso da
substância. Tendo isso em mente, os profissionais do CRDQ trazem uma bagagem de
experiência no ramo e qualidade ao tratamento dos residentes do instituto, contando
com uma equipe plantonista e multiprofissional.
Contexto Institucional

Em 28 de março de 2014 foi inaugurado o Centro de Reabilitação em


Dependência Química Ismael Abdel Aziz, localizado no endereço AM 010, Km 53
Manaus-AM (Estrada para Rio Preto da Eva). Possui como Diretora Fábia Ileanna
Gondim Rosa desde 2018.

Esta unidade é a primeira da Rede Estadual de Saúde do Amazonas a


proporcionar tratamento reabilitador de dependentes químicos de drogas em geral,
utilizando a internação como parte deste tratamento.

A partir do mês de setembro do ano de 2016, a secretaria do Estado de Saúde


passou a gerir, coordenar e administrar o CRDQ, serviço esse que tem funcionamento
durante 24 horas. Para tanto, é oferecido plano terapêutico em diversas etapas com
equipe disciplinar, dentre psicólogos, assistentes sociais, médicos clínicos e psiquiatras,
enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Dentre os objetivos do CRDQ está a oferta de tratamento especializado aos


dependentes químicos com apoio às famílias, contribuir com a promoção da qualidade
de vida da comunidade em geral, juntamente com a reinserção do indivíduo reabilitado
à sociedade.

O tratamento para dependência química na modalidade de internação só deve ser


acionado após o esgotamento dos recursos extra hospitalares ou quando estes forem
insuficientes. As internações podem ser voluntárias ou involuntárias, o paciente será
avaliado por médico clínico, psiquiatra ou ainda por psicólogo, através de
encaminhamento das unidades de atendimento da rede pública e privada de saúde
mental obedecendo à Lei n° 13.840/19.

O CRDQ também recebe pacientes adultos encaminhados pelo Poder Judicial.


Esses casos são avaliados conforme os critérios e precedidos por laudo médico
circunstanciado. As internações involuntárias poderão ser solicitadas pelos responsáveis
legais ou quando na total ausência destes, pela equipe interdisciplinar que o assiste.

As internações para crianças e/ou adolescente ocorrem apenas por determinação


judicial. O tempo de espera para admissão é de até quinze dias, conforme os critérios
descritos para internação; O tempo de internação é no máximo de noventa dias. A alta
terapêutica será mediante evolução do paciente, conforme Plano Terapêutico Singular.

O paciente em processo de acolhimento, quando chega na Enfermaria, recebe


atendimento clínico e psiquiátrico, para avaliação com os exames trazidos no dia. Além
disso, devido ao período de pandemia, regras de higienização prévia foram tomadas
para evitar contaminação de ambos. Confere-se os documentos e exames, enquanto isso,
encaminha os pacientes para a revista pessoal e conferência dos itens do enxoval, sob
responsabilidade dos cuidadores. Caso seja constatado que o paciente não tenha
condições clínicas para ficar na instituição, o mesmo será encaminhado para a
instituição que seja devido para seu tratamento prioritário. Ex: cardiopatas, grávidas de
alto risco, ou qualquer outro caso similar, que representam riscos ao paciente, pois a
estrutura é limitada para atendimento básico.
Percepção do estagiário sobre o campo

1. Rebeca Miranda Macedo

A equipe foi acolhedora nos permitindo fazer parte de todos os espaços


disponíveis na instituição. A estrutura do local é bem conservada e respeitada por todos,
que se desdobram para cuidar do que lhes foi proporcionado. Há uma preocupação em
desenvolver novos projetos para o tratamento dos residentes, o qual nos deixou livre
para que trouxéssemos ideias.

A facilitação em nossa jornada de estágio é de suma importância para nosso


desenvolvimento profissional e a instituição nos clarificou esse caminho, despertando
novas ideias e projetos que podemos realizar.

O campo possui um rigoroso protocolo de entrada dos residentes, desde o


acolhimento até o momento que eles recebem alta, podendo ser satisfatório,
insatisfatória e pedida. Este protocolo começa com os encaminhamentos de internação
recebidos mediante ao Sistema Único de Saúde e outros meios, os mesmos passam pelo
médico da área para validar tão laudo e configurar como dependente químico. Após esta
avaliação, é feito o acolhimento com o futuro residente e sua família, o mesmo trás
pertences pessoais que precisará durante o tratamento bem como se desfaz de outros
itens que não serão necessários.

A equipe de cuidadores é muito rigorosa quanto a fiscalização desta chegada e


sua instalação no alojamento, enquanto isso a equipe de enfermeiros e médicos
prescreve e monta o plano de medicamentos para que o mesmo passe pelo processo de
desintoxicação de forma saudável. A equipe psicossocial é responsável pelo plano
terapêutico do indivíduo bem como o contato com a família.

Nós fomos instruídos a participar de todas as atividades que forem possíveis a


fim de trabalhar as áreas competentes a função dentro do centro. Pudemos participar em
invenções com a família, em grupo e individual. Sendo proveitoso o tempo que
passamos no local.

Nossas habilidades de escuta foram aprimoradas ainda mais após nossa chegada
no local, pois os residentes trazem demandas a todo momento e somos liberados pela
equipe para atuar com eles. Tudo sendo supervisionado e corrigido quando houve
necessidade.
2. Matheus Bernardo da Silva

O local possui uma estrutura qualificada para atender as demandas essenciais no


âmbito psicossocial, com um ambiente disciplinado, regido por normas e organizado
pelos próprios residentes com a supervisão dos cuidadores.

O espaço possibilita o desenvolvimento de ações psicoeducativas que visem


promover a qualidade na saúde mental, física e social. Em vista disso, há uma grande
oportunidade de crescimento acadêmico, na busca por aplicar a teoria em prática, e
conceder ao local contribuições significativas. Portanto, há pretensão em oferecer o
melhor em relação à produtividade, dentro das condições existentes, considerando as
demandas e necessidades do local.

Os residentes são participativos nas atividades e demonstram interesse em


aprender, colaborando assim com o processo de reabilitação. É notável a evolução de
alguns que se dispõem verdadeiramente a modificar sua maneira de pensar e agir, se
adequando à um novo estilo de vida e buscando ser melhor a cada dia.

A atuação do psicólogo é de extrema importância no âmbito psicossocial e se dá


em conjunto com a equipe, servindo como um apoio essencial na promoção da saúde
mental. É possível observar a dedicação e o compromisso dos profissionais de
psicologia para com os residentes, oferecendo o devido cuidado e atenção.

3. Anderson Silva Oliveira

No dia 11/03/2023 ocorreu a integração de novos estagiários, sendo o campo de


estágio o centro de reabilitação em dependência química (CRDQ) onde pude participar,
de início fui atendido pela diretora Fábia Ileana e a coordenadora Izabel Hernandes,
ambas responsáveis diretas da instituição, fui muito bem recebido pelos profissionais,
ficamos alocados na recepção que situa se junto com os setores de atendimento e
acolhimento, conhecemos o corpo multidisciplinar daquela escala, conheci os
assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e assistente administrativos que ajudam na
operação do abrigo para o seu funcionamento.

De imediato após o café da manhã, foi realizado a integração com a diretora


Fábia e Izabel onde elas se apresentaram, relataram sobre suas experiências e o'que as
levou a assumirem a instituição, falou sobre a arquitetura do campo, quais setores
existiam, quais atividades eram realizadas no instituto, pudemos conhecer a missão,
visão e valores da instituição e qual o motivo em ela existir, além de normas e regras
que regem o local.

Foi uma troca bem legal, continha muita informação, no entanto fomos
absorvendo e entendendo a setorização a partir do momento que iniciamos o tour pelo
crqd, conhecemos os setores de enfermaria, auditório, refeitório, dormitórios, área de
lazer, horta, quadra entre outros. fiquei surpreso com a estrutura pois é bem ampla e
atende bastante pessoas, estava em ótimo estado de conservação, além de que os
inquilinos são bem disciplinados no local tanto com seu compromisso, quanto com as
atividades que eram impostas.

No primeiro momento após a integração na sala fizemos somente o tour


conhecendo as unidades que integravam o local, conhecemos os responsáveis por cada
unidade que são os cuidadores, os mesmos são responsáveis por uma equipe de
pacientes onde tem como objetivo inspecionar e dar suporte nas demandas internas e
externas sendo elas atividades rotineiras dos pacientes ou acolhimento, de qualquer
forma ajudando a administrar o instituto. a partir daí pude perceber que são bem
respeitados pelos pacientes e são bastantes acolhedores, isso conta bastante para a
reabilitação das pessoas.

No final da tarde participamos de uma dinâmica em grupo onde pacientes e


estagiários puderam interagir e se conhecerem, participamos de um jogo onde trocamos
experiências com pacientes, os mesmos respondiam perguntas específicas sobre o
motivo de eles estarem ali e que custou entrar nessa situação, teve alguns depoimentos
bem profundos, no entanto o mediado sempre quebrava o gelo para que a interação não
ficasse tão pesada.

Do mais percebi que é muito importante termos um centro de reabilitação, pois


ali se concentra seres humanos que urgentemente precisam de todo apoio possível para
poderem seguir suas vidas, o apoio psicológico e social se faz muito presente é crucial
para tratar as demandas vindas dos pacientes, é um povo muito negligenciado pela
sociedade, e ter um abrigo que acolhe e os ajudava a superarem os seus momentos de
crises é muito importante para inserção desses indivíduos a sociedade.
4. Rosinaldo Rodrigues Júnior

Quando tratamos de dependência química, um campo novo de estágio,


excepcional e muito desafiador, é papel do estagiário está preparado para novos
desafios, e buscar alinhar seus conhecimentos teóricos, e colocá-los em prática, com
novas técnicas e mecanismos, que aprenderemos na clínica.

Desde o primeiro dia no (CRDQ), com a integração feita pela diretora Fábia
Ileana, nos apresentando o Campos, e com participação da coordenadora Izabel
Hernandes, nos informando sobre as leis, regras que a clínica rege e segue, para um bom
desenvolvimento. Apresentaram a equipe, e as funções de cada setor, e funcionários.

Tenho a plena percepção que será um estágio onde realmente nos permite como
futuros profissionais docente a capacidade de analisar a atuação, conhecer a realidade
do psicólogo em seus ambientes de trabalho e a realidade dos internos, e toda sua
recuperação no seu dia a dia na clínica. A plena certeza, que vai ser de muita
aprendizagem cada dia passado na clínica, com toda a equipe composta, que nos ajudam
da melhor forma, ensinando passo a passo de como atuar da melhor forma, sendo muito
acolhedora, sempre dando conselhos do que fazer, de como se comportar na clínica, e
diante os internos, nos dando permissão para analisar todo o espaço que iremos atuar.

5. André Figueira Neves

O campo de estágio CRDQ - Centro de Reabilitação Ismael Abdel Aziz


proporciona a experiência do trabalho na perspectiva clínica de cunho social que muito
se lê na literatura, ainda mais quando se aproxima de contextos que são muito presentes
em nosso dia a dia, como os usuários de substâncias, que por muitas vezes se tornam
dependentes e necessitados do trabalho realizado no CRDQ.

Segundo Silveira (1995), o dependente é uma pessoa que se encontra diante de


uma realidade objetiva ou subjetiva insuportável, e não a conseguindo modificar ou se
esquivar, resta-lhe como única alternativa a alteração da percepção dessa realidade, que
é feita pelo dependente através de substâncias psicoativas.
O CRDQ tem capacidade para atender no máximo 100 residentes em tratamento,
hoje 76 residentes estão sob tratamento. O processo de tratamento consiste em um
atendimento multidisciplinar realizado por uma equipe de psicólogos, assistentes
sociais, psiquiatras e outros. O tratamento é realizado durante o período de 90 dias e
após esse período o residente recebe a alta e começa o processo de acompanhamento em
grupos de NA - Narcóticos Anônimos e são acompanhados durante seu processo de
reinserção social.

De acordo com o Observatório Brasileiro de Informações sobre drogas (OBID),


a reinserção social está atrelada ao conceito de exclusão que, por sua vez, está
relacionado ao ato de privar alguém de determinadas funções. Nesse sentido, a exclusão
se caracteriza pela falta de acesso a sistemas sociais básicos, tais como família, moradia,
trabalho, saúde etc., sendo necessário o processo de reinserção social com a finalidade
de reconstrução das perdas e capacitação para exercer o direito à cidadania (Ministério
da Justiça, 2012).

O CRDQ tem uma estrutura muito boa comparada a outras instituições de


tratamento de adictos, pois o CRDQ é um centro de saúde pertencente ao SUS, e todos
os recursos para manter seu funcionamento vem de verbas públicas.

A equipe que compõe o corpo técnico é formada por diversos profissionais:


psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, nutricionistas, educador físico e
outros. Vendo os profissionais discutindo questões sobre os residentes, quais manejos
são mais adequados, que intervenções fazem mais sentido com base no acontecimento
atual e histórico do residente, pôde-se ver como de fato funciona o trabalho da equipe
multidisciplinar.

Diferente de outras áreas da psicologia, a abordagem utilizada no CRDQ se


diferencia muito da que se é utilizada no consultório clínico voltado ao processo
terapêutico, a linguagem é outra, os métodos de abordar as questões do paciente é outro,
mas tudo tem seu motivo e razão, o fato de ser mais direto e assertivo é necessário, pois
muito residentes são manipuladores.

Entretanto, utiliza-se uma abordagem terapêutica para basear o trabalho


realizado pelos psicólogos do CRDQ, a terapia cognitivo comportamental é utilizada
devido aos seus métodos e por uma abordagem que trabalha com o comportamento,
com questões mais profundas de crenças, pensamentos distorcidos e por ser uma
abordagem pedagógica no sentido de ter várias ferramentas que auxiliam o processo de
tratamento na clínica.

Segundo Abreu (2004) terapia cognitivo comportamental consiste em uma


abordagem que ensina o paciente a colocar em foco seus pensamentos e crenças
disfuncionais, identificando e avaliando e respondendo a cada situação disfuncional.

A terapia cognitiva comportamental é uma abordagem pedagógica, pois faz com


que o paciente perceba de forma didática os seus pensamentos disfuncionais e que são
tão recorrentes a ponto de gerar um incômodo no paciente e partir disso realizar
intervenções de reestruturação cognitiva. É uma terapia que foca especialmente no
presente, trabalhando e cuidando de situações que são mais aflitas ao paciente e volta-se
ao passado somente ou investiga-se a fundo somente quando o presente não necessita de
nenhuma ou pouca mudança cognitiva.

A realização do estágio no CRDQ é uma experiência que destrincha na prática


todo o conhecimento sobre os estudos da psicologia social e comunitária e sob o olhar
clínico em outros contextos, visto que a clínica vai muito além do consultório.

6. Frank Lindoso da Silva

A dependência química é um obscurecimento existencial na medida em que


distancia o sujeito em sofrimento por uso de substância de suas relações sociais e
afetivas. Ocorre uma despersonalização da sua identidade, uma subjetividade forjada no
vício que atravessa e devasta a condição humana noética a lugares de escuridão e dor. Já
não vai existir um reconhecimento de personalidade, ocorre uma cisão com o mundo
que se conhecia até então por uma rotina obcecada para uso de drogas e busca de suprir
prazer imediato.

A percepção no campo de estágio é o encontro das diversas teorias e técnicas


apreendidas com a experiência da prática, da aplicabilidade do fazer psicológico. É
fundamental que o estagiário esteja aberto para de encontro com o novo e inesperado, é
portanto espaço de abertura dentro de uma linha do tempo.
O CRDQ é um dispositivo de saúde que possui diversas estratégias de cuidado e
saúde com seus residentes. A internação não é compulsória, e essa informação resulta
em liberdade de escolha por parte dos pacientes sobre qual atividade terapêutica faz
mais sentido participar. Dentre as atividades desenvolvidas estão palestras, participação
em encontros de música, pintura, artesanato, horta comunitária e etc. Dessa forma é
possível desenvolver habilidades apuradas de escuta, observação e principalmente de
acolhimento com os pacientes.
Atividades Desenvolvidas

1. Atendimento Psicoterapêutico

O atendimento psicoterapêutico ocorre de diversas formas dentro do CRDQ,


sendo necessários tanto para o planejamento do plano terapêutico de cada residente bem
como as intervenções feitas em grupo entre eles ou na presença dos familiares. Eles
ocorrem durante a semana de forma grupal ou individual dependendo da demanda que
cada profissional recebe, há uma estimativa de 5 (cinco) a 10 (dez) residentes por
psicólogos plantonistas. Estes, desenvolvem suas atividades de acordo com a demanda
entre os casos.

Com a integração dos estagiários, houve a possibilidade de reforçar o


atendimento emergencial, pois alguns dos residentes sofrem com comorbidades
derivadas da dependência química ou até mesmo de doenças provindas de diagnósticos
descobertos dentro do CRDQ após período de desintoxicação.

É importante ressaltar que a maioria das intervenções é baseada na Teoria


Cognitivo Comportamental (TCC) por diversos motivos, dentre eles a facilitação do
tratamento através de exercícios que podem ser desenvolvidos ao decorrer da semana e
a abrangência em relação à dinâmica de grupo. Segundo Zaneletto e Laranjeira (2013):

“As demandas pela utilização de intervenções eficazes para


os problemas de saúde mental que incluam a redução no
tempo do tratamento e a busca de dados empíricos de
resultados têm aumentado nos sistemas de saúde em todo o
mundo. Tais demandas apontam as TCCs como o tratamento
psicológico mais adequado para problemas clínicos, como
transtornos de ansiedade, do humor e da personalidade,
assim como dor crônica, dependência e dificuldades
interpessoais.” (ZANELATTO E LARANJEIRA, 2013, cap.
6, p.95)

Segundo Zanini e Sotili (2019) a psicoterapia faz parte do processo de


intervenção necessária para o tratamento, bem como este indivíduo desenvolve uma
predisposição para desenvolver outros transtornos psiquiátricos. O atendimento
individual faz parte das atividades que competem os estagiários como forma de apoiar a
equipe do local, a escuta pode demorar entre 20 e 30 minutos dependendo da demanda
do paciente, estipulado pela equipe do local.
A maioria destes ainda está reconhecendo a doença e seus desafios, bem como a
abstinência está latente e não consegue suportar esta transição sozinhos, alguns deles
estão há anos realizando uso de substâncias sem pausa entre meses ou até mesmo dia.
Utilizando a Teoria Cognitivo Comportamental (TCC), podemos relacionar o uso de
drogas como um mecanismo aprendido de forma cognitiva e social para de solução de
problemas do paciente. A psicoterapia tem como objetivo causar um reconhecimento
sobre os fatores que levam o indivíduo ao uso de substâncias, construindo habilidade de
para evitar situações que causem a recaída. (ZANINI; SOTILI, 2019)
Segundo Zaneletto e Laranjeira (2013) a fissura é a sensação subjetiva ou a
necessidade de consumir algo, no caso deles a substância principal. Podemos observar
no cotidiano deles, que maior recorrência está relacionada à saudade de seus familiares,
arrependimento pelo uso de drogas (vergonha ou frustração), mascarando a fissura que
ocorre diariamente.
O terapeuta precisa reconhecer estes aspectos para continuar o tratamento de
forma individual, conhecendo essa história de vida e suas dicotomias. Sendo
fundamental o estudo sobre as drogas potenciais e suas características reagentes no
corpo humano.
Para Pechansky e Baldisserotto (2017) existem seis características que auxiliam
na construção do tratamento psicoterápico, começando pelo conhecimento das drogas
recorrentes ao uso, a subcultura da dependência química e os programas de autoajuda;
trabalhar o processo de aceitação dos problemas que o paciente trará, estabelecendo
uma relação positiva e de apoio com o mesmo; estabelecer objetivos claros dentro do
tratamento e estar constantemente informado sobre os processos de abstinência e o que
for pertinente ao tratamento daquele paciente, bem como reconhecer a evolução dele
dentro do processo terapêutico; submeter o paciente a outras formas de tratamento fora
da psicoterapia; envolver a família no processo e conscientizar sobre a doença; integrar
a psiquiatria ao processo de tratamento do paciente.

2. Atendimento com a família

No contexto da assistência às pessoas com problemáticas referidas ao alcoolismo


e à dependência química, recentemente, o atendimento familiar tem se destacado dentre
os modos de tratamento, pois a adicção é um fenômeno complexo multicausal, que
envolve não só aspectos biológicos, como também psicológicos e relacionais, além do
que o uso de álcool e outras drogas gera muito desconforto, sofrimento psíquico e crises
no sistema familiar. (ROMAGNOLI, 2005)

Considerando a importância da família na vida do dependente químico e ainda


das interações que se estabelecem entre família e doente faz-se necessário que o
tratamento dispensado a este seja extensivo aos familiares, além, é claro aos demais
(amigos, vizinhos, etc.) que estejam diretamente ligados a ele.

Dentro dessa perspectiva, o Centro de Reabilitação Ismael Abdel Aziz dispõe de


uma equipe multidisciplinar para realizar os atendimentos com as famílias, que ocorrem
exclusivamente nos finais de semana, conforme agendamento. Com efeito, antes de
traçar qualquer projeto terapêutico junto ao usuário de álcool e drogas é importante
atentarmos para os aspectos familiares, pois “é na família que o indivíduo aprende a se
relacionar com o mundo”. (DUARTE, 2011)

Nesse sentido, compreender a dinâmica da família do dependente químico


possibilita não apenas o entendimento que o sintoma exerce sobre seus membros, como
pode ser capaz de apontar posteriores possibilidades de intervenção. (KALINA, 2001)

Contudo, a finalidade do atendimento é discutir questões relevantes sobre o


processo de tratamento do residente, pois é de suma importância a atualização de
informações para a família, quanto à conduta e comportamento do residente, aderência
ao tratamento, participação nas atividades e sua condição psicossocial.

Em caso de alta do residente, os responsáveis são orientados a como prosseguir


fora do centro de reabilitação, sempre dando continuidade ao acompanhamento
psicológico e psiquiátrico, bem como os grupos de apoio que são fundamentais para
uma melhor compreensão sobre o curso da doença.

3. Palestras

As palestras no (CRDQ) acontecem de segunda a sexta, conforme anexo figura


1, nem sempre acontecem pela parte da manhã ou pela tarde, elas são divididas por
temas, dependo do grupo em que está a escala, no Caso o grupo 1 e 2 trabalham com o
foco principal a adesão ao tratamento, que estão no início da internação. Trabalhando
como eles possam entender qual o objetivo de eles estarem no (CRDQ),
compreenderem a doença que eles tem, e se comprometerem com o tratamento, e o
grupo 3 e 4, com o foco principal no tema de prevenção a recaída, desenvolver
habilidades sociais para lidar com a recaída, criando novos hábitos, para não se
submeterem a passar por tudo isso novamente, indicando a eles rede apoios e que eles
possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos no tratamento.

Sabemos que as palestras são muito importantes no âmbito em que se encontram


os internos. É uma estratégia que possibilita o aumento do conhecimento sobre a
condição e o autoconhecimento do próprio indivíduo abrindo caminhos para a sua maior
responsabilização e autonomia diante da experiência que vivencia (SANTANA, 2011).

Auxilia e encoraja a inclusão social, proporciona conhecimentos científicos


sobre as condições psiquiátricas e o tratamento e ainda fornece lugar para troca de
conhecimentos e vivências entre os pacientes. Além disso, auxilia no autoconhecimento
e possibilita que o paciente encontre estratégias para se reestabelecer socialmente e
desenvolver habilidades para enfrentar as recaídas (SANTANA 2011).

Durante cada palestra, colocam em prática um manejo diferente, dependendo do


grupo que participará, podemos observar que usam muitas dinâmicas, perguntas, abrem
espaço para perguntas, para que os internos possam participar, e se sentirem à vontade
de interagirem e relatarem sobre suas experiências vividas, fazendo assim essa troca de
experiências bastante emocionante e uma palestra muito informativa.

Percebemos que durante a atividade, eles prestam bastante atenção, e sempre


participam. Tem uns e outros que não participam, ou não se sentem à vontade e pedem
para se retirar. Mas é uma troca de experiências incrível, poder ouvir os relatos de vida,
que eles tiveram, chegando ao ponto sobre o que as drogas causaram na vida deles, o
que estão aprendendo no (CRDQ), que eles têm essa nova chance de recomeçar, e
frisando que o tratamento não acaba quando sair da clínica, e sim que tem de continuar
fora dela, com acompanhamento terapêutico, e participando de grupo de autoajuda.

4. Intervenções

Intervenção é uma ação cujo objetivo é influir sobre algum objeto ou indivíduo
em um ambiente específico, tem como objetivo a tentativa de influenciar uma mudança
no comportamento, pode acontecer de forma incisiva ou pacífica.
A intervenção psicossocial tem o mesmo intuito, no entanto em um viés
psicológico com caráter científico, segundo Rosane Azevedo(2021, p.146) acerca da
intervenção como ferramenta metodológica “Ela procura desvencilhar os saberes
históricos da órbita de um discurso cientificista. Trata-se, portanto, de uma insurreição
contra o modo pelo qual tradicionalmente se produz o conhecimento. Intervir,
investigar, entender e tratar e buscar meios e métodos que podem influenciar a mudança
daquele comportamento, o maior de grupo de pesquisa geralmente é o social pois é a
partir dele que o indivíduo é influenciado.

Segundo Sarriera (2000, p.34) pontua que para uma elaboração de intervenção é
necessário avaliar a realidade imposta pelo sujeito e discutir sobre os possíveis métodos
que podem ser aplicados previamente para aquela resolução de um problema específico.

No centro de reabilitação de dependência química CRDQ, semanalmente ocorre


intervenções induzidas através de alta clínica, quando o indivíduo apresenta estabilidade
e competência e evolução para seguir em frente seu tratamento fora do centro, no
entanto temos a intervenção por insatisfação onde é analisado que o Residente não
demonstro interesse, comprometimento e nem evolução no tratamento da doença, sendo
assim liberado pela instituição.

Provocar algum tipo de mudança no sentido de desenvolvimento é o objetivo


fundamental da intervenção, Psicossocial. Mas, mudança alguma pode
ocorrer sem que a necessidade de mudança seja primeiramente percebida e
sentida pelo grupo. (KATHIA MARIA, 2010, p. 17)

A dependência química de substâncias é uma doença que além de afetar a saúde


do usuário e o seu comportamento, também tem impacto no meio social onde o
indivíduo está inserido, prejudicando os relacionamentos como o grupo base que é a
família, onde a mesma é primordial para o tratamento da doença. A intervenção se faz
necessária sem quando o sujeito não tende a mudar de comportamento.

No centro de reabilitação de dependência química, semanal temos intervenções


induzidas através de alta clínica, quando o indivíduo apresenta estabilidade e
competência e evolução para seguir em frente seu tratamento fora do centro, no entanto
temos a intervenção por insatisfação onde é analisado que o Residente não demonstro
interesse, comprometimento e nem evolução no tratamento da doença, sendo assim
liberado pela instituição.
Contudo pode se dizer que a intervenção é um ação fundamental quando busca
se a modificação de um tipo de comportamento, avaliando a realidade imposta é
possível elaboração um plano de ação e trabalhar um método que possa alterar as ações
comportamentais do indivíduo para que ele entenda que para a manutenção de seu
tratamento, é preciso entender a sua realidade, o por que das motivo das atividades e
processos impostos.

5. Psicoeducação

Neste primeiro momento de contato com o campo de estágio, foi o momento de


conhecer a estrutura, as instalações dos residentes, a equipe multidisciplinar e a equipe
técnica de um modo geral.

Um dos psicólogos apresentou por meio de um tour as instalações do CRDQ e


permitiu um primeiro contato com os residentes, chamados também de adictos.

Desse modo, a adição é compreendida como uma relação de escravidão, logo, de


exclusividade entre o sujeito e o objeto, seja este uma droga ou outro objeto qualquer.
Assim, alguém que consome demasiadamente, por exemplo, comida, pode ser
considerado um adicto. (Vargas, 1993)

Foi dado uma breve explicação sobre os procedimentos a serem seguidos dentro
da instituição, também sobre o processo de internação e como é feito a captação e
recebimento de novos residentes, sobre as visitas familiares aos residentes e as
atividades realizadas em cada dia da semana e a organização destas

Foram realizados 5 acompanhamentos de intervenções e escuta, onde participou


uma equipe formada por médicos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e
cuidadores. Nesses acompanhamentos observou-se qual o tipo de linguagem é utilizado,
o posicionamento que se deve ter frente aos residentes, e quais manejos são mais
adequados para cada questão e demanda. Devido ao fato de muitos residentes estarem
no CRDQ por “obrigação” de alguém, acabam tendo comportamentos hostis e
inadequados, muitas vezes desobedecendo regras e os profissionais.
Segundo Mesquita (2014) a escuta apresenta-se como uma estratégia de
comunicação essencial para a compreensão do outro, pois é uma atitude positiva de
calor, interesse e respeito, sendo assim terapêutica. Na literatura, algumas expressões
são utilizadas para nomear a escuta enquanto processo terapêutico: escuta ativa, escuta
integral ou atenta, ouvir reflexivamente, escuta compreensiva, escutar ativamente e
escuta terapêutica, termo adotado para esta revisão. A Escuta Terapêutica pode ser
definida como um método de responder aos outros de forma a incentivar uma melhor
comunicação e compreensão mais clara das preocupações pessoais. É um evento ativo e
dinâmico, que exige esforço por parte do ouvinte a identificar os aspectos verbais e não
verbais da comunicação

Nos 5 atendimentos que se pôde acompanhar, as demandas eram todas devido ao


envolvimento de alguns residentes ao acontecimento à noite, onde um pequeno grupo
foi pego utilizando substâncias nas dependências do CRDQ. Muitos residentes estavam
agitados e apreensivos. Os envolvidos tiveram seus familiares chamados para tomarem
nota do ocorrido e ficarem cientes de que o comportamento compromete e prejudica o
trabalho da equipe do CRDQ e o tratamento de outros residentes. É extremamente
proibido adentrar o CRDQ com substância, existe um procedimento de revista, porém
os residentes acabam utilizando formas de esconder drogas em objetos e utensílios.

Foi apresentada uma ferramenta que é muito utilizada no CRDQ durantes os


atendimentos e intervenções, que é oficina das emoções, é realizado pela equipe da
enfermaria, e que tem como objetivo trabalhar o desenvolvimento da gestão das
emoções e o reconhecimento delas, esse trabalho é feito paralelo ao uso da medicação
que eles utilizam para equilibrar seu estado mental e emocional, visto que muitos ainda
estão sob o efeito das substâncias.

Segundo Bárbara Leal psicóloga e escritora do livro que apresenta e ensina como
utilizar a ferramenta, ela descreve como:

A Oficina das Emoções tem como objetivo promover o desenvolvimento da


inteligência emocional com crianças, adultos e adolescentes. Através de um
espaço interativo, lúdico e com atividades práticas o objetivo é aprender a
identificar as emoções e expressá-las de maneira assertiva. (pag. 11)
6. Oficina de Arte

Um grupo de 11 residentes se reuniu na Casa de Vidro, que é o local onde


acontece a oficina de arte, que consiste em uma atividade de criatividade, criação,
confecção e interação entre os residentes. Na sala tem a amostras diversas trabalhos de
pintura, montagem, arte feita com garrafa pet e outros materiais.

A arte é reconhecida, desde muito tempo, como a manifestação mais


autenticamente libertadora e realizadora da nossa condição humana. No que tange à
implementação de novos dispositivos assistenciais em saúde mental, a arte oferece a
possibilidade de reinvenção da existência do doente mental como potência agenciadora
de singularidades no processo de construção da cidadania.

A arte é um processo privilegiado porque possibilita ao sujeito evitar armadilhas,


como a das palavras, que são apaziguadoras das emoções, colocando-o num movimento
de inventividade no qual pode não só inventar objetos, mas também a vida, o futuro e
novas possibilidades existenciais.

No encontro do dia dos residentes não fizeram nenhuma atividade voltada para a
arte em si, foi mais um momento de conversa e escuta, onde os residentes contaram sua
percepção sobre a palestra do dia anterior, que contou com a participação de ex-
residentes, onde contaram suas experiências sobre o tratamento feito no CRDQ. Os
residentes na roda de conversa falaram sobre suas histórias, suas angústias, suas
expectativas em relação ao tratamento e sobre como estavam se sentindo no dia.

No que diz respeito à oficina de arte e a sua importância para o tratamento


oferecido no CRDQ, a oficina compõe o grupo do plano terapêutico singular.

Segundo o DAPST, o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de


propostas de condutas terapêuticas articuladas com um indivíduo, uma família ou um
grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar. Geralmente, o
PTS é dedicado a situações mais complexas, buscando a singularidade como elemento
central.

3.7 Psicoeducação
Como forma de contribuir com disseminação de conhecimento e deixar sempre a
vista as informações acerca da instituição e sobre as atividades desenvolvidas pelo
CRDQ, elaborei um folder com informações relevantes e pertinentes acerca da
instituição. A ideia surgiu após uma conversa com a Fábia Ileanna Gondim Rosa,
diretora geral do CRDQ. Ela comentou sobre a necessidade de se fazer um folder que
esteja disponível a serviço da comunidade e dos residentes.

Orientado pela diretora Fábia, sobre como fazer e quais informações deveriam
constar, e que seria uma atividade psicoeducação, o projeto semifinal do folder ficou
conforme apresentado abaixo:

Segundo Authier (1977) A psicoeducação é uma intervenção psicoterapêutica a


qual tem como objetivo enfocar mais as satisfações e ambições relacionadas aos
objetivos almejados pelo paciente do que uma técnica voltada para curar determinada
doença.

O modelo psicoeducacional envolve diferentes teorias psicológicas e educativas,


além disso, utiliza dados teóricos de outras disciplinas como a educação, a filosofia, a
medicina e entre outras com intuito de ampliar o fornecimento de informações ao
paciente para que obtenha um entendimento não fragmentado acerca de seu diagnóstico.
Sendo assim, as informações teóricas de distintas disciplinas são fornecidas no sentido
de que o paciente possa obter um entendimento holístico de seu padecimento. Também
não há apenas um ambiente em que a psicoeducação possa ser empregada, ela pode ser
utilizada em instituições hospitalares, ambulatoriais, militares, industriais e
educacionais.

8. Observação

A observação é uma ferramenta fundamental para o psicólogo. Na clínica,


enquanto espaço de compartilhamento entre o profissional e o seu paciente ou cliente é
necessário uma observação apurada da reação das emoções, sentimentos, medos,
angústias e etc.
O aprimoramento da observação é uma construção dentro das habilidades e
competências que todo o estudante de psicologia vai adquirindo ao longo do percurso
do curso. Não basta apenas descrever um atendimento psicológico literalmente, é
preciso observar, de modo técnico-científico para que os sentidos e significados sobre o
sofrimento de quem busca atendimento seja elaborado. (CARRASCO, 2015, p.234)
Outra forma de se utilizar da observação em ambiente clínico é a análise exterior
do observado. Manifestações de comportamentos que demonstrem patologias como a
forma de se vestir, questões de saúde, sinais ou sintomas visíveis, postura corporal,
gesticulação e movimentação. A observação também se relaciona muito com a escuta
com a escuta, uma vez que a verificação do tom de voz empregado durante a conversa e
a linguagem são fatores importantes de análise (ZIMMERMAN,2009 pág.124).
É fundamental que a observação seja uma ferramenta de trabalho do psicólogo
dentre os mais diversos contextos de atuação. A singularidade na reação e
comportamento de quem busca um atendimento psicológico deve está ancorada através
de uma observação apurada , com senso crítico através de uma ciência psicológica com
sua epistemologia definida.

ESTUDO DE CASO

Estudo de Caso 01. Rosinaldo Rodrigues Júnior

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nome: F.M.S.D.M

Idade: 49 Gênero: Masculino Orientação Sexual:

Estado Civil: Solteiro Escolaridade/Profissão: Religião:

Fundamental Católico

Já fez acompanhamento Faz uso de medicamentos? Doenças e/ou transtornos


Psicológico antes? Se sim, quais? Sim, está mentais identificados
fazendo atualmente. anteriormente? Casos de
Sim. Mais de cinco anos internação?

Neste momento não.

História Social (vida social, hábitos de lazer, relações interpessoais):

F.M.S.D.M é mototaxista, atualmente morando sozinho, não trabalha atualmente, cursou


até o ensino fundamental e deixou a escola para ir morar na capital, para trabalhar.Tem 1 filho de
23 anos, teve um parto normal, não houve histórico de violência, usuário de álcool desde os 15
anos, seguido de uso de outras drogas, e quando tinha 12 anos, já fazia uso da maconha. O que
mais preocupa sua família, quando ele usava a substância e se isolava de todos, fazendo ele
buscar tratamento.

Está em sua primeira internação no CRDQ, chegou acompanhado de sua mãe e da


assistente social, que representa o município que ele morava. Se mostrou empolgado com o
tratamento, e foi informado das normas e regras que a clínica de reabilitação abrange. Ele é
paciente do alojamento açaí, e o paciente tem um psicólogo e um terapeuta de referência, e ele
está atualmente na atividade da horta.

Histórico de doença mental na família?

F.M.S.D.M narra que sua relação com pai é conflituosa, pela ausência paterna. O pai
usuário de álcool, o mesmo interrompe a narrativa sobre sua relação com o pai. Deixou claro que
não é um assunto agradável até o momento. Portanto, já traz o histórico de álcool na família.

Traz a informação que a mãe estudou muito para passar no concurso para sustentar ele e o
irmão. Ela não apresenta nenhuma doença mental ou problemas com dependência química. Ele
reconhece que mesmo aos 49 anos a mãe ainda é presente na vida dele, busca meios para mudar
seus atos, ou seja, deixar de consumir álcool e outras drogas.

DESCRIÇÃO BREVE DO CASO

F.M.S.D.M é interno do CRDQ, sendo sua primeira internação, na minha quinzena, já passou pelo
atendimento psicológico tendo como sua principal queixa que isola da família após o uso das
drogas. Em seus pensamentos se sente culpado por não conseguir se controlar, com isso causando
conflitos familiares. O fato de não trabalhar de acordo com ele o conduz para as drogas. Ele afirma
que fez acompanhamento psicoterápico há cerca de 5 anos.

Em sua fala fica claro que a infância do paciente ganha um caráter de destaque mediante toda sua
história de vida, em relação a ausência do pai. Outro fato marcante é a mudança do interior para a
capital. Este fato ocasionou o abandono da escola e o afastamento da mãe. Iniciou trabalho e
começou a usar as drogas.

EXAME DO ESTADO MENTAL:

Apresentação: Vestimentas adequadas ao ambiente clínico, cabelos penteados


e limpos. Atitude cooperativa, entretanto resistente em alguns
momentos, um pouco inseguro.

Afetividade: Humor: O paciente apresenta em vários momentos reações


emocionais em relação a familia.

Pensamento: Sintetiza, organiza e julga com clareza os eventos cotidianos,


utiliza várias falas que evocam o estado emocional. Sua fala é
coesa e coerente, apresentando logicidade. Seu fluxo de
pensamento expressa de forma calma e objetiva.

Sensopercepção: Aparentemente sem qualquer tipo de disfunção relacionada a


sua sensopercepção.

Orientação: Orientação autopsíquica: estável, pois reconhece seus


familiares e faz menção a eles em vários momentos.
Principalmente de sua mãe e seu filho. Já em relação a
orientação alopsíquica, a paciente traça linhas do tempo bem
desenvolvidas.

Atenção: Vigilância: a paciente mantém uma atenção concentrada, é


focado no tratamento. Quando percebe …

É capaz de realizar mais de uma tarefa simultaneamente em seu


ambiente do CRDQ. Quanto à tenacidade: não apresenta queixas
a respeito de foco em tarefas específicas

Memória: O paciente não possui dificuldade em rememorar situações a


longo prazo, principalmente tratando-se de sua infância. Não
apresentando queixa em relação à memória de curto e médio
prazo.

Motricidade: Não apresenta nenhuma alteração significativa nesse aspecto,


anda em uma velocidade adequada para sua idade, gesticulando
sem rigidez enquanto fala.

Entrevista inicial e triagem (fundamentar)

No CRDQ ocorre o acolhimento com o paciente e um responsável que o acompanha,


nesse caso estava presente sua mãe e a assistente social, acontecendo a entrevista inicial.
De acordo com Ocampo e Arzeno (2001), a entrevista inicial é um instrumento
fundamental no processo de psicodiagnóstico, pois o psicólogo colherá informações
sobre o motivo da procura pelo atendimento, fará observações, estabelecerá o rapport
com o cliente e colherá informações importantes sobre sua história de vida. A partir
desta coleta de dados é que o profissional é capaz de levantar hipóteses iniciais e traçar
os objetivos da avaliação clínica, o que é decisivo para o planejamento do plano de
avaliação, com definição dos instrumentos a serem utilizados.
Para sabermos se realmente é o paciente que buscou ajuda, ou foi uma decisão tomada
em família, contra sua vontade. No primeiro momento foi coletada a assinatura da
paciente e do seu responsável autorizando a utilização de seus dados,para fins
educativos, de maneira sigilosa, foi possível dar início à triagem. Triagem psicológica
tem os objetivos de coletar dados, levantar hipóteses diagnósticas e verificar qual tipo
de atendimento a pessoa necessita, a fim de encaminhá-la ao tratamento adequado
possível (Herzberg & Chammas, 2009). Outros estudos propõem a triagem interventiva,
ampliando a ideia de triagem tradicional (Perfeito & Mello, 2004; Herzberg &
Chammas, 2009). A triagem interventiva envolve um processo dinâmico, um encontro
entre duas pessoas com papéis distintos e integrados. Neste modo de intervenção:

O encontro entre terapeuta e cliente é muito valorizado e o foco principal passa a ser o
acolhimento das pessoas e a elaboração das questões que mobilizaram a busca de ajuda
psicológica. O profissional, nessa perspectiva, não realiza uma sessão devolutiva como
acontece nas triagens tradicionais, mas comunica sua compreensão, compartilha suas
impressões a partir do que está ouvindo e vendo (Rocha, 2011, p. 127).

Para sabermos o motivo de ele está ali nesse momento crucial de sua vida, como anda
sua relação com sua família, há quanto tempo ele usa, ou está limpo, diante o uso de
substâncias.

Qual o principal objetivo do seu tratamento, buscamos saber um pouco do início da sua
vida, como foi a gestação do paciente, se foi parto normal, se teve complicações na
gestação, sua infância,sua adolescência e sua vida adulta, informações relevantes sobre
a escolaridade, se passou por traumas, ou qualquer dificuldade. Sua relação com sua
mãe, seu filho, com o pai. Durante o acolhimento, ele é informado sobre as normas e
regras do CRDQ, que ele tem que cumprir e seguir, durante todo o tratamento, sobre o
atendimento o paciente ficou bem lúcido, aflito, e empolgado para o início do
tratamento.

Após esse trâmite, ele é indicado para um alojamento, tendo um psicólogo de referência
e um terapeuta, e também uma atividade inicial, há qual ele fará parte.u
Psicoterapia breve na abordagem psicanalítica

No processo de reabilitação do indivíduo usuário de substância ilícita não há


soluções imediatas, deve-se aprender ou ajudá-los a recuperar sua capacidade de viver
sem drogas. Nos dias de hoje, existem associações formadas por pessoas unidas com o
propósito primordial de ajudar na prevenção, intervenção e tratamento da dependência
química e co-dependência, sempre buscando a ética, transparência, verdade,
honestidade e idoneidade; perseguindo continuamente uma postura socialmente
responsável (CARDOSO, 2009).

Segundo Fonseca et al. (2009) o trabalho é um dos pilares, além da disciplina e


espiritualidade, que fundamenta a proposta terapêutica. A laborterapia assim como é
chamada as atividades realizadas pelos residentes durante o período de tratamento, pode
ser compreendida como propósito de resgatar a responsabilidade, boa vontade e
dignidade do indivíduo, através de atividades de manutenção e melhorias como
jardinagem, mecânica, marcenaria e cozinha em busca do bem estar comum entre os
residentes.

Estudo de Caso 02 – Rebeca Miranda Macedo

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nome: W. S. E.

Orientação Sexual:
Idade: 18 Gênero: Masculino
Hétero.

Escolaridade/Profissão:
Estado Civil: Solteira Ensino Médio Religião: Adventista
Incompleto/Desempregado
Doenças e/ou
Já fez Faz uso de medicamentos? Se sim, transtornos mentais
acompanhamento quais? identificados
Psicológico antes? Somente de uso período para alívio anteriormente? Casos
Não da abstinência. de internação?
Não
História Social (vida social, hábitos de lazer, relações interpessoais):
W., nascido no município de Prainha - PA, morava na cidade de Barcelos - AM, irmão caçula
de uma família de 4 irmãos, pais separados na infância, motivo da separação atrelado a
dependência química do pai. O mesmo parou na 1º ano do Ensino Médio, levava uma vida
de pescador, viajando para interiores para trabalhar e retornar a sua cidade de moradia.
Atualmente sua mãe está casada com outro homem e os irmãos já constituíram família. O
mesmo é dependente químico e encontra-se em estado de internação no CRDQ. Sua história
de vida foram cheias de rejeições causadas pelo descaso familiar e influência paterna a
drogas, bem como o paciente tem baixa tolerância a frustração.

Histórico de doença mental na família? Não

DESCRIÇÃO BREVE DO CASO

W., é um jovem cheio de expectativas quanto as pessoas e seus papéis em sua vida, a
procura por atendimento veio primeiramente por chacotas feitas a respeito da sua estatura.
O mesmo convive no CRDQ no alojamento Tucumã, destinados aos adultos, porém ele foi
resistente quanto ao convívio justamente pelas brincadeiras destinadas a sua aparência
física. Após este episódio, o paciente procurou mais vezes o atendimento psicoterapêutico
afim de trabalhar questões voltadas a família, a maior questão era referente a atenção que a
mãe não prestava ao mesmo, bem como sentia saudades de conviver com o pai. Existia uma
frustração que ia de encontro com os relacionamentos anteriores, aos quais ele destinava
suas expectativas futuras, bem como o paciente transferiu sentimentos à equipe do local,
após as intervenções feitas e atendimentos individuais. Vale ressaltar que o mesmo praticou
automutilação dentro do CRDQ 3 (três) vezes em 3 (três) finais de semana seguidos.

EXAME DO ESTADO MENTAL:

Aparência: Cabelos cortados e sempre limpos, higiene pessoal


preservada, utiliza roupas adequadas ao ambiente de tratamento.
Apresentação:
Posturas e atitudes na situação do exame: cooperante, agressivo,
petulante, inseguro.

Afetividade:

Coerência, logicidade, cirscunstancialidade, fuga de ideias.


Fluxo: adequado
Pensamento: Conteúdo: relacionamento parental, rejeição, figura do sexo
feminino, atenção, ideação suicida presente em alguns
momentos.
Sensopercepção: Não há alteração

estável, consegue distinguir os pensamentos e realizar as


Orientação:
correlações.

Vigilância: equilibrada, consegue manter o foco, bem como


Atenção: consegue realizar multitarefas.
Tenacidade: existe uma dificuldade, porém relacionada ao tédio.

Memória: imediata, recente e remota preservadas.

Agitação: está acontece principalmente quando está no dia da


Motricidade:
visitação dos residentes.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

Sinais e Sintomas

Hipótese Diagnóstica

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

MANEJO CLÍNICO

INTERVENÇÕES PARA O CASO


Problema

Meta

2.1.1. Estratégias Interventivas


Atendimento Psicoterapêutico - foi realizada sessões terapia para trabalhar as
habilidades do paciente relacionadas à família e seus relacionamentos, uma das
estratégias foi investir no aspecto frustração que recorrente mesmo no âmbito do
CRDQ, o paciente é acometido em vários momentos pelo sentimento de rejeição, ao
qual conviveu sua vida inteira.
Segundo Reboredo (2019) a ausência da figura materna inibi o comportamento
exploratório da criança, gerando consequências negativas a mesma. Considerando esta
afirmativa, o paciente teve esse prejuízo na infância que refletiu até hoje em todos os
seus relacionamentos, principalmente com figuras femininas.
Palestras - são feitas palestras destinadas ao conhecimento sobre a dependência
química. O mesmo não gostava de participar no início do tratamento, após os
atendimentos individuais mostrou mais interesse e participou mais.
2.1.1.1. Entrevista inicial e triagem

2.1.1.2. Entrevistas de anamnese


.
2.1.1.3. Psicoterapia breve na abordagem ....

2.1.2. Resultados

Estudo de Caso 03 – Matheus Bernardo da Silva

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nome: B.M.S

Orientação Sexual:
Idade: 29 Gênero: Masculino
Hétero.

Escolaridade/Profissão: Ensino
Estado Civil: Casado Religião: Católica
Fundamental Incompleto

Doenças e/ou
Já fez transtornos mentais
Faz uso de medicamentos? Se sim,
acompanhamento identificados
quais?
Psicológico antes? anteriormente? Casos
Não
Não de internação?
Não
História Social (vida social, hábitos de lazer, relações interpessoais):
O paciente considera que a infância e adolescência foram fases boas, onde aproveitou e
aprendeu bastante. Uma das coisas que mais gostava de fazer era ir ao igarapé para tomar
banho e pescar. Na escola sempre teve boa relação com os colegas e professores, porém
não tinha interesse em estudar, quase sempre fugia, e após repetir o 3° ano do ensino
fundamental, desistiu de vez dos estudos. Suas amizades tiveram influência negativa em sua
vida e colaboraram para o seu envolvimento com substâncias. Atualmente mora com sua
esposa, estuda o 8° ano (EJA) e de vez em quando realiza alguns serviços voltados para a
agricultura. É sua primeira internação em um centro de reabilitação, e o mesmo demonstra
estar disposto ao tratamento.
Histórico de doença mental na família? O paciente relata que não há histórico de doença
mental na família.
Sua relação com os familiares sempre foi estável, sem grandes problemas.

DESCRIÇÃO BREVE DO CASO

Sendo essa sua primeira internação no CRDQ, o paciente se mostra interessado em seu
tratamento. Tendo em vista o sofrimento gerado por conta do vício, o mesmo busca um
controle maior sobre si mesmo e acredita que através de seu empenho alcançará esse
objetivo.

EXAME DO ESTADO MENTAL:

O paciente se apresentou com vestimenta decente, e higiene


Apresentação: pessoal adequada. Durante o atendimento manteve-se em uma
postura ajustada, atento à tudo que estava sendo dito.
Se manteve calmo durante todo o processo, demonstrando
Afetividade: sentimento de culpa e vergonha, porém tentando não transparecer
suas emoções.

Fala coerente, conteúdo condizente com a realidade, porém com o


Pensamento:
fluxo de ideias lentificado.

Relato harmônico com a realidade e em concordância com a fala da


Sensopercepção:
esposa.

Orientação: Orientado auto e alo psiquicamente.

Se manteve atento e concentrado nas orientações, e colaborativo


Atenção:
quanto aos questionamentos feitos.

De curto prazo preservada; de longo prazo parcialmente


Memória:
comprometida.

Motricidade: Movimentos lentos, com um certo retardo, porém nada crítico.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

Sinais e Sintomas

Hipótese Diagnóstica

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
MANEJO CLÍNICO

INTERVENÇÕES PARA O CASO


Problema

Meta

2.1.1. Estratégias Interventivas

2.1.1.2. Entrevistas de anamnese


.
2.1.1.3. Psicoterapia breve na abordagem ....

2.1.2. Resultados

Considerações Finais

Conclui-se que por meio das práticas que estão sendo realizadas no local de
estágio, estamos evoluindo como profissionais em um local rico em conhecimento
prático, contribuindo de forma positiva na rotina do CRDQ tanto dos internos quanto da
equipe em particular. Acreditamos que desenvolvemos um trabalho proveitoso que
refletirá em nossas carreiras.

Encontramos desafios que trouxeram novas experiências para a vida acadêmica


de cada uma, bem como utilizamos conceitos aprendidos de forma teórica, sendo
necessário nossa sensibilidade para adaptar para cada paciente que fez parte dos
atendimentos que oferecemos. Reconhecemos que rotina em uma clínica de reabilitação
é desgastante para a equipe em geral, tendo em vista que a doença está em constante
atualização, bem como as pessoas e seus comportamentos.

Nossas práticas foram adaptadas para os dias que havia disponíveis para nós,
bem como a facilitação de construir novas alternativas de proporcionar o melhor
tratamento para todos os residentes. Podemos clarificar que todos os passos que demos
foram cuidadosamente supervisionados e avaliados pelos responsáveis, bem como
corrigidos quando era necessária.

Jamais fomos impedidos de participar de qualquer atividade, bem como fomos


associados a praticamente todas elas, sendo sempre integrados ao ambiente de forma
saudável e prática. Entendemos que a prática dentro do CRDQ foi indipensável para
nossas carreiras de forma clínica e social, pois aprendemos que cada caso gira entorno
de problemas relacionados aos dois vieses.

A união da equipe multiprofissional provou que este método de trabalho dá


certo, mesmo com as limitações que o espaço possui. Tendo em mente sempre as
melhores estratégias para o tratamento de cada residente e suas demandas.

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ANEXOS

Figura 1. Palestra

Figura 2. Roda de conversa


Figura 3. Psicossocial e Auditório

Figura 4. Vista dos alojamentos

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