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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ


RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE ÊNFASE EM SAÚDE
MENTAL,
SAÚDE COLETIVA E SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE.

ATIVIDADE DO MÓDULO II: COLABORAÇÃO


INTERPROFISSIONAL E PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE -
FLUXOGRAMA ANALISADOR

TAUÁ - CE

2023
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Coordenadora da Residência Integrada em Saúde – RIS-ESP/CE


Suzyane Cortês Barcelos
Coordenadora da Comissão da Residência Multiprofissional – COREMU ESP/CE
Maria Jamisse de Araújo Oliveira
Tutoria Ênfase Saúde da Família e Comunidade
Edmilsom Gomes
Tutoria Ênfase Saúde Mental Coletiva
Núbia Dias Costa Caetano
Tutoria Ênfase Saúde ColetivaTutoria
Katherine Jerônimo Lima

Supervisora Geral do Município


Bruna Kelly Alcântara Feitosa

Supervisores de campo

Antonia Mayra Martins de Sousa – Saúde Mental Coletiva


José Duanne Benevides - Saúde Coletiva
Verônica Angélica Braga Cordeiro Mota – Saúde da Família e Comunidade

Preceptores de núcleo da Ênfase Saúde da Família e Comunidade


Anna Jessyka Vieira Sousa – Psicóloga
Bruna Kelly Alcântara Feitosa – Fisioterapeuta
Juliana Belizário Fernandes – Serviço Social
Humberto Feitosa Wanderley – Odontologia
Maria Jacqueline Macêdo Cruz – Enfermagem
Máyra Rosany Feitosa Loiola - Farmácia
Antonia Mayra Martins de Sousa - Nutrição

Profissionais Residentes da Saúde da Família e Comunidade


Ana Paula Bernardo Da Silva – Fisioterapeuta;
Bárbara Andressa Da Silva Matos – Nutricionista;
Elizabete De Araújo Feitosa – Enfermeira;
Eskarlete Peres Xavier – Psicóloga;
Francisca Raquel Rodrigues Evangelista – Assistente Social;
Mário Vinicius Marques Paiva – Cirurgião Dentista;
Marisa Cavalcante Rosendo – Profissional de Educação Física;
Thiago Santos Lopes – Farmacêutico;
Tiago Ribeiro Dos Santos – Enfermeiro.

Profissionais Residentes da Saúde Coletiva


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Alessandra Mirley Sousa De Araújo – Fisioterapeuta;
Marília Gabriela Sales Carneiro – Famacêutica;
Nara Azevedo De Oliveira – Assistente Social.

Profissionais Residentes da Saúde Mental Coletiva


Francisco Marcio Almeida Maciel – Assistente Social;
Jorge Henrique Rodrigues De Macedo – Profissional de Educação Física;
Maria Victória Bezerra Nascimento – Psicóloga;
Núbia Maria De Sousa – Enfermeira.
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação das equipes e cenários de práticas.

Profissionais Residentes da Saúde da Família e Comunidade: Ana Paula Bernardo Da


Silva – Fisioterapeuta; Bárbara Andressa Da Silva Matos – Nutricionista; Elizabete De
Araújo Feitosa – Enfermeira; Eskarlete Peres Xavier – Psicologa; Francisca Raquel
Rodrigues Evangelista – Assistente Social; Mário Vinicius Marques Paiva – Cirurgião
Dentista; Marisa Cavalcante Rosendo – Profissional de Educação Física; Thiago Santos
Lopes – Farmacêutico; Tiago Ribeiro Dos Santos – Enfermeiro.

Profissionais Residentes da Saúde Coletiva: Alessandra Mirley Sousa De Araújo –


Fisioterapeuta; Marília Gabriela Sales Carneiro – Famacêutica; Nara Azevedo De Oliveira –
Assistente Social.

Profissionais Residentes da Saúde Mental Coletiva: Francisco Marcio Almeida Maciel –


Assistente Social; Jorge Henrique Rodrigues De Macedo – Profissional de Educação Física; Maria
Victória Bezerra Nascimento – Psicóloga; Núbia Maria De Sousa – Enfermeira.

1.2 Apresentação da atividade e reflexão teórica e conceitual sobre Processo de


Trabalho em Saúde e ferramenta do Fluxograma Analisador.

Os processos de análise de saúde no Brasil são amplos e ocorrem a partir de


abordagens variadas, que incluem desde as vertentes tecnicistas até, as que procuram se
articular com os saberes e práticas, oriundos dos processos de integralidade e
humanização (REIS; DAVID, 2010).
Segundo Barboza e Fracolli (2005), o fluxograma analisador é um instrumento
que captura a estrutura do processo de trabalho realizado, mostrando as lógicas, os
saberes e práticas que são utilizadas dentro dos serviços, e que também vai nortear a
visualização dos profissionais de saúde acerca de como ocorre seu próprio processo de
trabalho para assim, se houver necessidade, refazê-lo.
É considerada uma etapa importante na construção do processo de análise de
saúde no Brasil, sendo um modelo novo de produção de saúde voltado para a defesa da
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vida, entendendo que o trabalho humano não está desvinculado das reais e concretas
condições de produção e reprodução da existência (REIS; DAVID, 2010).
O processo de trabalho em saúde incorpora saberes de várias áreas e profissões.
Todos interligados para que dessa forma o paciente tenha acesso à integralidade da
saúde. Não se vê mais o indivíduo separadamente. Atualmente, a saúde é vista de forma
ampliada, sendo desenvolvida através de um trabalho coletivo, contínuo, dinâmico e
com práticas integrativas.
A ferramenta denominada Fluxograma Analisador é extremamente útil quando
se quer ampliar a compreensão das equipes gerenciais tendo como foco central o
usuário. Possui diversas funções tais como: revelar o processo de trabalho, identificar os
nós críticos do processo de trabalho, analisar o modelo assistencial praticado por uma
unidade ou equipe de saúde, etc. É através do olhar crítico e reflexivo do Fluxograma
Analisador construído que a equipe passa a perceber possíveis intervenções que podem
ser efetivadas em determinado ponto do fluxograma a fim de qualificar o processo de
trabalho. (REIS;DAVID, 2010)
A construção do fluxograma na unidade se deu através da observação dos
processos de trabalho e oficina do grupo focal, com os profissionais da unidade,
traçando assim o caminho percorrido pelo paciente na instituição.

2. CONSTRUÇÃO DO FLUXOGRAMA ANALISADOR

2.1 Estratégias utilizadas para construção do fluxograma Analisador junto ás


equipes/serviço.

O fluxograma analisador na UBS Bezerra e Sousa foi construído de forma


coletiva, em junto com os profissionais que fazem parte das Estratégias de Saúde
Família existentes na unidade, harmonizando a metodologia de autoanálise da equipe e
a gestão coletiva do processo de trabalho. Sendo respondido o “O que?”, “Para que” e
“Como”.
As táticas empregadas para construção e diagnóstico do Fluxograma Analisador
foram:

 Observação de como o serviço funciona em seu dia a dia;


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 Entrevista com profissionais da equipe de referencia, NASF e demais


profissionais do serviço (gerente do serviço, recepção, atendente de
dentista e farmácia, etc.);
 Entrevista com usuários acerca dos elementos do Fluxograma
Analisador;
 Oficina usando a técnica de Grupo focal com representantes de todos os
setores do serviço de saúde (recepção, farmácia, vacina, coordenação,
etc.) e categorias profissionais que atuam no serviço;

Figura 1 – Cartaz produzido na Oficina de construção do Fluxograma Analisador.

Fonte: próprio autor

3. APRESENTAÇÃO GRAFICA DO FLUXOGRAMA


ANALISADOR CONSTRUIDO JUNTO ÁS EQUIPES/SERVIÇO E
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DO FLUXOGRAMA.
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Figura 2 - Fluxograma Analisador da UBS Bezerra e Sousa

Fonte: próprio autor


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ENTRADA
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Bezerra e Sousa atende o território dos
bairros São Geraldo I, São Geraldo II e Bezerra e Sousa. O atendimento é destinado ao
público adulto, jovem, crianças, idosos, gestantes e adolescentes, e esses usuários na
grande maioria, residem no próprio território em que a unidade está localizada.
A entrada do usuário no serviço acontece mediante a solicitação dos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), demanda espontânea do próprio usuário, por
encaminhamento de outros serviços da rede de atenção e pela equipe Núcleo Ampliado
de Saúde da Família (NASF). As maiores demandas, atualmente surgem dos ACS.
O primeiro contato do paciente na unidade básica é através dos atendentes da
recepção (acolhimento inicial), sendo direcionados para os serviços a qual necessitam
de acordo com as demandas que os mesmos apresentam, vale ressaltar que a unidade
básica funciona como saúde na hora prestando atendimento de 7 horas a 19 horas. Os
usuários podem ser encaminhados para os serviços de: consulta médica, de
enfermagem, odontologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, farmácia e serviço social,
podendo também marcar exames, realizar procedimentos e vacinação.

RECEPÇÃO
Segundo as informações colhidas, os usuários são recepcionados pelo serviço
através da recepção, onde encontram a equipe que é responsável pelo acolhimento, pela
triagem e pelo direcionamento do paciente ao profissional adequado para atender a sua
demanda. Diversos profissionais direcionam esses pacientes, entre eles podemos citar os
atendentes que exercem o cargo de recepcionistas, o funcionários da farmácia que
atende a demanda dos usuários tanto para despacho de medicamentos quanto para
encaminha-los a recepção, uma vez que a farmácia é localizada na entrada da unidade.
Após o acolhimento, o usuário é direcionado para atendimentos que ocorrem de
maneira unificada, buscando sempre a interação de profissionais e usuários. Para fazer
uso do serviço é necessário que o paciente traga informações como endereço, agente de
saúde responsável por sua área, além de documentos de identificação como cartão do
SUS e carteira de identidade. Inicialmente é feito uma ficha de identificação do usuário,
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uma triagem para saber a demanda do paciente e em seguida o direcionamento para o


profissional adequado a demanda do paciente.
No setor de odontologia as portas de entradas são distintas, e os pacientes são
marcados de acordo com suas demandas que podem ser divididas entre urgências e
atendimentos agendados, com agendas e números de vagas estipulados para cada caso.

DECISÃO
Os critérios utilizados para a tomada de decisão do cuidado são principalmente
a estratificação de risco respeitando os princípios do SUS e a vontade do usuário e
familiares que participam parcialmente dessa escolha, pois em muitos casos, os mesmos
já chegam a unidade solicitando um serviço específico.
Atualmente esses atendimentos seguem as recomendações da secretaria de saúde
sendo priorizadas apenas demandas emergenciais, os recepcionistas da unidade ficam
encarregados de reconhecer essas demandas e direcionar para o profissional adequado,
levando em consideração a disponibilidade de vagas na agenda dos mesmos. Em caso
de dúvidas na caracterização da urgência o caso é debatido com os demais membros da
equipe, podendo também ser encaminhado para escuta inicial com a enfermeira que
realiza a triagem apropriada.

CARDÁPIO DE OFERTAS
O serviço oferece atendimentos como:consulta médica, consulta de enfermagem,
consulta odontológica, acompanhamento de gestantes e puérperas, imunização,
atendimento domiciliar, encaminhamentos a outros serviços, coleta laboratorial,
dispensação de medicamentos, acompanhamento nutricional, acompanhamento
psicológico, serviço de fisioterapia,tTriagem (aferição de pressão arterial, aferição de
glicemia pós-prandial, medição de peso, administração de medicamentos injetáveis,
retiradas de pontos, curativos e etc.). Tanto o território quanto as outras redes de atenção
(secundária e terciária) estão interligadas com a atenção primária.
As estratégias se baseiam através do mapeamento e estratificação, observando os
sinais de gravidades e necessidades do paciente, posteriormente, elabora um plano de
cuidado centrado nas demandas do paciente. Os serviços chegam ao paciente quer seja
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por demanda espontânea, busca ativa ou ainda encaminhada por outros profissionais
envolvidos na prestação do cuidado ao paciente, ou seja, agentes comunitários de saúde
e/ou outros profissionais de outras especialidades em busca do cuidado integral do
paciente. Então, após os profissionais e/ou responsáveis pelos serviços oferecidos na
unidade tomarem conhecimento daquela demanda do usuário, é realizado a escuta do
paciente pelos profissionais e dado início ao atendimento propriamente dito. Observado
pelo médico, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, odontólogo, enfermeiro,
farmacêutico e outros com intuito da resolutibilidade dos problemas do paciente de
acordo com fluxo estabelecido pela unidade. O que não é passível de resolução na
unidade então é realizado um encaminhamento para o serviço competente para tal
finalidade.
O cuidado é realizado pela equipe multiprofissional, sendo um conjunto de todos
os profissionais do serviço. Existe um acompanhamento do paciente pela equipe e esse
acontece através de serviços oferecidos pela unidade de acompanhamento domiciliar e
clínico. Ofertado pelos próprios profissionais da unidade. Esses serviços podem ser
exemplificados por: Acompanhamento gestacional, Atendimento domiciliar da
fisioterapia, nutricionista, assistente social, psicólogo, agentes comunitários de saúde -
ACS, odontólogos e outros. As estratégias são várias, dentre algumas podemos citar:
Equipe multi, busca ativa dos ACS, Programas do Ministério da Saúde tais como: Saúde
Na Hora, Brasil Sorridente e outros.

SAÍDA
A saída consiste na forma em que o usuário deixa o serviço. Dentre elas foram
citadas (abandono de tratamento, encaminhamento para serviço especializado, alta,
acompanhamento longitudinal e etc).
Após a triagem, o usuário é direcionado ao atendimento especializado conforme
necessidade após ser prestado o cuidado especifica, o mesmo pode receber alta ou
continuar com o atendimento, sendo assim agendado para consultas futuras, como
ocorre na odontologia, cujo paciente ao concluir é orientado a voltar ao serviço após 06
meses para manutenção. A equipe de enfermagem destaca o acompanhamento através
do monitoramento, onde este é realizado através de agentes comunitários de saúde,
mídias sociais e ligações. Outra forma de saída também citada pelos profissionais da
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unidade foi o abandono do tratamento por parte do paciente, onde este passa por
avaliação inicial e não retorta para atendimentos posteriores.

4. ANÁLISE E REFLEXÃO CRÍTICA DO FLUXOGRAMA


ANALISADOR CONSTRUIDO JUNTO ÁS EQUIPES/SERVIÇO.

1. O atendimento do usuário é permeado pelo acolhimento humanizado que é


realizado desde o momento que este adentra a unidade até a saída. A divisão do trabalho
perpassa pelo viés de como este usuário procura a unidade para atender as suas
demandas. Quando este usuário chega a recepção é feito um acolhimento e depois disto
é realizado o direcionamento do usuário conforme sua demanda explanada, podendo ser
para os profissionais da equipe multiprofissional ou da equipe de referência da
estratégia de saúde da família (ESF). Em alguns casos, o paciente tem um primeiro
contato com a equipe médica e a partir da necessidade e da demanda esta equipe
direciona e encaminha para os demais profissionais do serviço ou para outros setores da
saúde ou da assistência do município. Entre os profissionais há uma troca e
comunicação moderada das discussões e acompanhamento das demandas dos usuários.
2. Os profissionais de saúde atuam visando um único objetivo em comum. O
objetivo primordial é proporcionar promoção de saúde e bem-estar aos usuários que
procuram o serviço. Estes procuram alinhar estratégias de trabalho para oferecer o
melhor serviço.
3. A principal característica é que cada usuário é acolhido pelos profissionais de
sua equipe de referência, de modo que um ou mais profissionais de cada equipe
realizam a escuta inicial, negociando com os usuários as ofertas mais apropriadas para
atender às suas necessidades.
4. Fica evidente que o fluxo do usuário na unidade não deve ser burocrático,
além de que deve ampliar a resolutividade e a capacidade de cuidado da equipe.
Lembrando que, na atenção básica, os usuários geralmente são conhecidos ou estão
próximos da unidade e que o efetivo trabalho em equipe (multi e interdisciplinar)
produz relações consolidas e complementares entre os profissionais (enriquecendo-os
individualmente e em equipe), gerando, assim, mais confiança e proteção para os
usuários.
5. No momento as reuniões de equipe não estão acontecendo em virtude do atual
cenário pandêmico que estamos vivendo. Contudo o fluxograma deve ser sempre
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adequado, enriquecido e ajustado, considerando as particularidades de cada lugar, de


modo a facilitar o acesso a saúde, a escuta qualificada e o atendimento as necessidades
de saúde com equidade.
6. O modelo adotado pela UBS trata-se da clínica ampliada com foco na
compreensão do processo saúde-doença, que procura valorizar a escuta do paciente
discutindo as possibilidades de diagnóstico e tratamento envolvendo a equipe
multidisciplinar tornando o paciente protagonista da sua cura. Este compartilhamento
envolve a direção da equipe de saúde, dos serviços de saúde e de ações intersetoriais,
possibilitando a troca de saberes e de práticas em ato, gerando experiência para todos os
profissionais envolvidos.
7. No cardápio de ofertas foram identificadas práticas inovadoras dos mais
diversos tipos como: clínica ampliada, atendimentos compartilhados, participação do
usuário na tomada de decisão do cuidado, educação popular em saúde e etc.
8. As praticas destacadas no cardápio de ofertas são ofertadas de acordo com as
demandas e necessidades dos usuários. O processo deste trabalho foi realizado com base
na escuta dos profissionais do serviço, como também dos usuários atendidos na Unidade
Básica Bezerra e Sousa, a partir desta oitiva foi elencado o cardápio de ofertas.
9. A equipe consegue realizar o cuidado longitudinal através das agentes
comunitárias de saúde, onde estas são responsáveis por favorecer esse diálogo entre
profissional e usuário, também há o auxílio dos demais profissionais voltados para os
monitoramentos através mídias sociais e ligações. Embora, ainda exista uma barreira
para esse cuidado continuado aos pacientes, há uma grande atenção por parte dos
profissionais voltada para atender e esclarecer possíveis questionamentos e proporcionar
o auxílio a toda à comunidade.
10. Dentro do serviço são utilizadas tecnologias leves tais como acolhimento,
vínculo, diálogo aberto e uma escuta qualificada, são também utilizadas às tecnologias
leve-duras como os panfletos e cartazes e tecnologias duras, nesse exemplo específico,
são representadas por equipamentos, como glicosímetro, aparelho de pressão, balança,
formulários para registro de atividades da prática.
11. A rotinização dos processos de trabalho, a burocratização dos serviços, a
predominância do modelo biomédico e a própria divisão hierárquica do trabalho na
equipe multiprofissional, que limita o processo de cuidado ao usuário.
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12. Com relação ao processo de trabalho da equipe foram observados que


existem alguns nós críticos, que atrapalham o fluxo de serviço, como a grande
rotatividade no uso das salas, a superlotação de marcação de consultas para o
profissional médico.
13. Criar um novo método de organização entre as equipes flexibilizando os
fluxos para assim atenuar a superlotação das salas. Uma nova intervenção a ser
discutida é a contratação de novos profissionais médicos, para conseguir ser resolutivo
com os usuários da unidade de saúde. Diante do ultimo exposto citado acima, deveriam
adotar o matriciamento entre as equipes, para assim discutir ações de comunicação entre
as equipes.

5. CONSIDERAÇÕES IMPLICATIVAS DA EQUIPE DE


RESIDENTES/RESIDENTE.
As temáticas abordadas sobre o processo de colaboração interprofissional
direcionaram ao entendimento da articulação entre os profissionais de saúde e a linha de
cuidado ao usuário, reforçando o processo de trabalho integral e humanizado.

As dificuldades encontradas no processo de construção do fluxograma


analisador foram relacionadas a disponibilidade dos profissionais a participarem da ação
de forma conjunta. Nos direcionamos a cada grupo de profissionais em seus respectivos
postos de trabalho a fim de obter as informações necessárias, sem prejudicar o
atendimento da demanda do serviço.

Houve uma reflexão, mais o atual cenário pandêmico dificulta por em pratica o
desenvolvimento do fluxograma analisador na UBS Bezerra e Sousa. Percebemos a
importância de haver uma troca e comunicação entre os profissionais residentes e
equipe do serviço (NASF e ESF), com objetivo de melhorar o processo de cuidado
continuado e atender melhor as demandas de cada usuário.
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6. REFERENCIAS

BARBOZA, T. A. V.; FRACOLLI, L. A. A utilização do “fluxograma analisador” para


a organização da assistência à saúde no Programa Saúde da Família. Cad. Saúde
Pública, v. 21, n. 4, p. 1036-1044, 2005.

REIS, V. M.; DAVID, M. S. L. O fluxograma analisador nos estudos sobre o processo


de trabalho em saúde: uma revisão crítica. Rev. APS, v. 3, n. 1, p. 118-125, 2010.

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