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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Prof. Paulo Arrais


Departamento de Farmácia
Universidade Federal do Ceará
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• Conferência Mundial sobre Atenção Primária em Saúde (Alma-Ata, URSS, 1978)
onde se ratificou a meta de ‘Saúde para todos’ e a atenção primária como uma
estratégia fundamental para alcançar essa meta

Com relação à Assistência Farmacêutica, os aspectos mais importantes da reunião de


Alma-Ata foram:

• Considerar o abastecimento dos medicamentos essenciais como um dos oito


elementos básicos da atenção primária em saúde.

• A recomendação para que os governos formulem políticas e normas nacionais de


importação, produção local, venda e distribuição de medicamentos e produtos
biológicos de modo a assegurar, pelo menor custo possível, a disponibilidade de
medicamentos essenciais nos diferentes níveis dos cuidados primários de saúde; que
adotem medidas específicas para prevenir a excessiva utilização de medicamentos;
que incorporem medicamentos tradicionais de eficácia comprovada e que
estabeleçam sistemas eficientes de administração e fornecimento.

Com o objetivo de apoiar os países no cumprimento dessas recomendações, foi


criado, em 1981, o Programa de Ação de medicamentos da OMS.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• Problema com relação ao acesso:

– mais de um terço da população do mundo carece de acesso regular aos


medicamentos essenciais. A situação é ainda pior nos países mais pobres da África
e da Ásia, onde mais da metade da população não tem acesso aos medicamentos
essenciais;
– 50 a 90% dos medicamentos nos países em desenvolvimento são pagos pelo
próprio usuário;
– em 1997, a OMS estimou que 50 milhões de pessoas morreriam, desse total, 40
milhões nos países em desenvolvimento, e que a maioria dessas mortes seriam
devidas a: pneumonia, malária, tuberculose e outras doenças para as quais existem
medicamentos e vacinas efetivas e de baixo custo.

• Problema com relação ao uso racional:


• até 75% dos antibióticos são prescritos inapropriadamente;
• uma média de 50% dos pacientes toma seus medicamentos corretamente;
• a resistência antimicrobiana está crescendo na maioria das doenças
infecciosas.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• Problemas quanto ao gerenciamento da Assistência Farmacêutica:

– ausência de mecanismos eficientes e eqüitativos de financiamento para


aquisição dos medicamentos;

– ausência de sistema público eficiente de suprimento de medicamentos


estratégicos;

– necessidade de ações de regulação quanto à garantia da qualidade e eficácia


dos medicamentos;

– perdas decorrentes de condições inadequadas de transporte e


armazenamento.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas


sociais e econômicas, que visem à redução dos riscos de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, 1988)

• A Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990) contempla


os preceitos constitucionais e estabelece que, entre seus campos de atuação,
está incluída a execução da “assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica” e entre as ações, “a formulação da política de medicamentos,(...)
de interesse para a saúde (...)” (BRASIL, 1990).

• De acordo com seu Artigo 18, compete à direção municipal do SUS: “dar
execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a
saúde”.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS
Portaria n.º 3.916, de 30 de outubro de 1998

A PNM fortalece os princípios e diretrizes constitucionais do SUS, tendo como


finalidade principal “garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles
considerados essenciais” (BRASIL, 1998).
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• O modelo de assistência farmacêutica será reorientado de modo que não


se restrinja à aquisição e à distribuição de medicamentos.

A assistência farmacêutica no SUS, por outro lado, englobará as atividades de


SELEÇÃO, PROGRAMAÇÃO, AQUISIÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO,
CONTROLE DA QUALIDADE E UTILIZAÇÃO – nesta compreendida a prescrição e
a dispensação – o que deverá favorecer a permanente disponibilidade dos
produtos segundo as necessidades da população, identificadas com base em
critérios epidemiológicos.
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Deverá estar fundamentada:

a) na descentralização da gestão;

b) na promoção do uso racional dos medicamentos;

c) na otimização e na eficácia do sistema de distribuição no setor público;

d) no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços


dos produtos, viabilizando, inclusive, o acesso da população aos produtos
no âmbito do setor privado.
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Deverá estar fundamentada:

a) na descentralização da gestão; Cooperação técnica e


financeira intergestores

O processo de descentralização em curso contemplará a padronização dos produtos, o


planejamento adequado e oportuno e a redefinição das atribuições das três instâncias de
gestão.

Não exime os gestores federal e estadual da responsabilidade relativa à aquisição e


distribuição de medicamentos em situações especiais.

a) doenças que configuram problemas de saúde pública, que atingem ou põem em risco
as coletividades, e cuja estratégia de controle concentra-se no tratamento de seus
portadores;
b) doenças consideradas de caráter individual que, a despeito de atingir número reduzido
de pessoas, requerem tratamento longo ou até permanente, com o uso de medicamentos
de custos elevados;
c) doenças cujo tratamento envolve o uso de medicamentos não disponíveis no mercado.
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Deverá estar fundamentada:
Identificar medidas com vistas ao
acompanhamento das variações e
índices de custo dos medicamentos
a) na descentralização da gestão; Coibir eventuais abusos econômicos
na área de medicamentos.

É importante ressaltar que, independente da decisão por centralizar ou


descentralizar a aquisição e distribuição de medicamentos, deverá ser implementada
a cooperação técnica e financeira intergestores.

Essa cooperação envolverá a aquisição direta e a transferência de recursos, bem


como a orientação e o assessoramento aos processos de aquisição – os quais
devem ser efetivados em conformidade com a realidade epidemiológica, visando
assegurar o abastecimento de forma oportuna, regular e com menor custo,
priorizando os medicamentos essenciais e os de denominação genérica.
Pactuado e submetido à Comissão intergestores Tripartite (CIT).
Acompanhado pelo Conselho Nacional de Saúde .
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Deverá estar fundamentada:

a) na descentralização da gestão;

As três esferas de Governo assegurarão, nos seus respectivos orçamentos, os


recursos para aquisição e distribuição dos medicamentos, de forma direta ou
descentralizada.

A aquisição de medicamentos será programada pelos estados e municípios de


acordo com os critérios técnicos e administrativos.

O gestor federal participa do processo de aquisição dos produtos mediante o repasse


fundo a fundo de recursos financeiros e a cooperação técnica.
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Deverá estar fundamentada:

a) na descentralização da gestão;

b) na promoção do uso racional dos medicamentos;

INTERVENÇÕES FUNDAMENTAIS PARA


PROMOVER O USO RACIONAL DE
MEDICAMENTOS
(OMS, 2002)

 Organismo nacional multidisciplinar autorizado para a coordenação de políticas de uso de medicamentos: Ministério da Saúde e regulador a ANVISA;
 Comitês para medicamentos e terapêutica em estados, municípios, hospitais: Comissão de Farmácia e Terapêutica;
 Lista de medicamentos essenciais baseada nos tratamentos selecionados: RENAME, RESME, REMUME;
 Diretrizes clínicas: Protocolos Terapêuticos;
 Curso de farmacoterapia baseada em evidências nos programas de estudos universitários;
 Educação continuada como requisito para o desempenho profissional;
 Supervisão, auditorias e opiniões/comentários;
 Informação independente sobre medicamentos: Centros de Informação sobre Medicamentos;
 Educação ao público sobre medicamentos;
 Rechaço de incentivos financeiros com efeitos negativos;
 Regulamentação adequada e sua aplicação;
 Gasto público suficiente para garantir a disponibilidade de medicamentos e recursos humanos na área de serviços.
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Deverá estar fundamentada:

a) na descentralização da gestão;

b) na promoção do uso racional dos medicamentos;

c) na otimização e na eficácia do sistema de distribuição no setor público;

d) no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços


dos produtos, viabilizando, inclusive, o acesso da população aos produtos
no âmbito do setor privado.

Identificar medidas com vistas ao acompanhamento das variações e índices de custo dos
medicamentos .
Coibir eventuais abusos econômicos na área de medicamentos.

MEDICAMENTOS GENÉRICOS FARMÁCIA


POPULAR
PRODUÇÃO POR LABORATÓRIOS OFICIAIS
REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• No tocante aos agravos e doenças cuja transcendência, magnitude e ou


vulnerabilidade tenham repercussão na saúde pública, buscar-se-á a contínua
atualização e padronização de protocolos de intervenção terapêutica e dos
respectivos esquemas de tratamento.

Medicamentos Genéricos Farmácia Popular


VIGILÂNCIA SANITÁRIA – INCQS E LACEN U
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004
PRINCÍPIOS

Art. 1o Aprovar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, estabelecida com


base nos seguintes princípios:

• I - a Política Nacional de Assistência Farmacêutica é parte integrante da Política


Nacional de Saúde, envolvendo um CONJUNTO DE AÇÕES VOLTADAS À
PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE e garantindo os
princípios da universalidade, integralidade e eqüidade;

• II - a Assistência Farmacêutica deve ser compreendida como política pública


NORTEADORA PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS SETORIAIS, entre as
quais destacam-se as POLÍTICAS DE MEDICAMENTOS, DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E DE FORMAÇÃO DE
RECURSOS HUMANOS, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente
ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor
público como privado de atenção à saúde;
PRINCÍPIOS

Art. 1o Aprovar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica,


estabelecida com base nos seguintes princípios:

• III - a Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações


voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
individual como coletivo, tendo o MEDICAMENTO COMO INSUMO
ESSENCIAL e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto
envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação,
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos
produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização,
na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da
qualidade de vida da população;
PRINCÍPIOS

Art. 1o Aprovar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica,


estabelecida com base nos seguintes princípios:

• IV - as ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à


ATENÇÃO FARMACÊUTICA, considerada como um modelo de prática
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e
compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a INTERAÇÃO
DIRETA DO FARMACÊUTICO COM O USUÁRIO, visando uma
FARMACOTERAPIA RACIONAL e a obtenção de resultados definidos e
mensuráveis, voltados para a MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA. Esta
interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas
as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das
ações de saúde.
EIXOS ESTRATÉGICAS

Art. 2o A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os


seguintes eixos estratégicos:

• I - a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui, necessariamente,


a Assistência Farmacêutica;

• II - manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de


saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação
e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do
SUS;

• III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em


articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de
atenção;
EIXOS ESTRATÉGICAS

Art. 2o A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os


seguintes eixos estratégicos:

• IV - descentralização das ações, com definição das responsabilidades das


diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação da
fragmentação em programas desarticulados;

• V - desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos


humanos;

• VI - modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos


LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS OFICIAIS, visando o suprimento do SUS e
o cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da
produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos;
EIXOS ESTRATÉGICAS
Art. 2o A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os seguintes eixos
estratégicos:

• VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada


periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência
farmacêutica;

• VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o


desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços
do SUS, nos diferentes níveis de atenção;

• IX - implementação de forma intersetorial, e em particular, com o Ministério da Ciência


e Tecnologia, de uma POLÍTICA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras,
com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os
interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS;
EIXOS ESTRATÉGICAS

Art. 2o A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os


seguintes eixos estratégicos:

• X -definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das


plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à
saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com
embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e
renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos
trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica
e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da
biodiversidade existente no País;
EIXOS ESTRATÉGICAS

Art. 2o A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os


seguintes eixos estratégicos:

• XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da


população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade;

• XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e


monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde,
incluindo os medicamentos;

• XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que


disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo.
FINANCIAMENTO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

PORTARIA Nº 204 DE 29 JANEIRO DE 2007.


Portaria GM/MS nº 204, de 29 de janeiro de 2.007

A Portaria GM/MS nº 204, de 29 de janeiro de 2.007, regulamentou o financiamento e a


TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS FEDERAIS para as ações e os serviços de saúde,
na forma de BLOCOS DE FINANCIAMENTO, com os respectivos monitoramento e
controle.

Os blocos de financiamento são os seguintes:

• Atenção Básica;
• Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;
• Vigilância em Saúde;
• Assistência Farmacêutica e
• Gestão do SUS.

O bloco de financiamento para a assistência farmacêutica é constituído por três


componentes:

I. Componente básico da assistência farmacêutica

II. Componente estratégico da assistência farmacêutica e

III. Componente de medicamentos de dispensação Especializado (antigo


excepcional), Portaria GM/MS 2981/2009.
FINANCIAMENTO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.(REVOGADA)

PORTARIA Nº 4.217, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2010


Aprova as normas de financiamento e execução do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica. (REVOGADA)
PORTARIA Nº 1.555, DE 30 DE JULHO DE 2013
Dispõe sobre as normas de financiamento e de execução
do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

No dia 01 de março de 2010, iniciou a vigência do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.


Em 31 de julho de 2013 foi publicada a Portaria GM/MS nº 1554 que definui as novas regras de financiamento
e execução do CEAF. Confira aqui a Portaria GM/MS nº 1554 de 30 de julho de 2013, alterada pela Portaria
GM/MS nº 1996 de 11 de setembro de 2013. Clique aqui e acesse os Anexos I, II, IV, V e VI da Portaria
GM/MS nº 1554/2013.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 1º Regulamentar e aprovar as normas de financiamento e de execução do


COMPONENTE BÁSICO do Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica,
como parte da Política Nacional de Assistência Farmacêutica do Sistema Único de
Saúde, e definir o ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL DE MEDICAMENTOS E
INSUMOS COMPLEMENTARES para a ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA
ATENÇÃO BÁSICA, conforme os anexos I, II, III e IV a esta Portaria.

§ 1º O financiamento desse Componente destina-se à AQUISIÇÃO dos medicamentos e


insumos complementares, descritos nos Anexos I, II e III a esta Portaria, e para
ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES da Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica, conforme o art. 4º desta Portaria.

§ 2º Os medicamentos e insumos para o Combate ao Tabagismo e para a


Alimentação e Nutrição integram o COMPONENTE ESTRATÉGICO do Bloco de
Financiamento da Assistência Farmacêutica.
ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL DO COMPONENTE BÁSICO:
MEDICAMENTOS

Responsabilidade das três esferas de gestão (TRIPARTITE)


ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL DO COMPONENTE BÁSICO:
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E HOMEOPÁTICOS

Responsabilidade das três esferas de gestão


ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL DO COMPONENTE ESPECIALIZADO

Responsabilidade das três esferas de gestão


PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 2º O financiamento dos medicamentos descritos nos Anexos I, II e III é de


responsabilidade das três esferas de gestão, devendo ser aplicados os seguintes
valores mínimos:
I - União: R$ 5,10 por habitante/ano;
II - Estados e Distrito Federal: R$ 1,86 por habitante/ano; e
III - Municípios: R$ 1,86 por habitante/ano.

§ 1º Os valores das contrapartidas estaduais e municipais definidos nesta Portaria


podem ser majorados pelas pactuações nas Comissões Intergestores Bipartite
(CIB) de cada unidade federativa.

§ 2º Os recursos financeiros do Ministério da Saúde são transferidos em parcelas


mensais, correspondendo a 1/12 (um doze avos).

§ 3º As Secretarias Estaduais de Saúde que pactuarem pela transferência fundo a


fundo com as Secretarias Municipais de Saúde deverão definir na CIB a
periodicidade e os valores das parcelas do recurso estadual.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 3º O ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL, composto por medicamentos


integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME)
vigente, de que trata o Anexo I, e por medicamentos fitoterápicos e homeopáticos, de
que trata o Anexo II, destina-se a atender aos agravos prevalentes e prioritários
da Atenção Básica.
RESME
§ 1º Ficam as Secretarias Estaduais e as Municipais de Saúde responsáveis pela
pactuação nas CIB, do Elenco de Referência Estadual, de acordo com a
necessidade local/regional, com base nos medicamentos relacionados nos anexos
I, II e III, tendo seu financiamento assegurado com os recursos definidos nesta
Portaria.

§ 2º Sem prejuízo da garantia da dispensação dos medicamentos para atendimento


dos agravos característicos da Atenção Básica, considerando o perfil
epidemiológico local/regional, não é obrigatória a disponibilização de todos os
medicamentos relacionados nos Anexos I, II e III pelos Municípios e pelo Distrito
Federal.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art.3º (CONT.) REMUME

§ 3º Desde que contemplados na RENAME vigente, os Municípios poderão definir


outros medicamentos além daqueles previstos no Elenco de Referência Nacional e
Estadual e poderão ser custeados com recursos previstos no art. 2º desta Portaria.

§ 4º Não poderão ser custeados com recursos previstos no art. 2º desta Portaria
medicamentos não-constantes da RENAME vigente e dos anexos II e III.

• Art. 4º Os medicamentos relacionados no anexo III devem ser assegurados para


garantir as linhas de cuidado das doenças contempladas no Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica, indicados nos Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de acordo com a necessidade local/regional.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 5º As Secretarias Municipais de Saúde, anualmente, poderão utilizar um


percentual de até 15% (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos
financeiros estaduais, municipais e do Distrito Federal, definidos no art. 2º desta
Portaria, para atividades destinadas a ADEQUAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO DAS
FARMÁCIAS do SUS relacionadas à Atenção Básica, à AQUISIÇÃO DE
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO destinados ao suporte das ações de
Assistência Farmacêutica, e à realização de atividades vinculadas à
EDUCAÇÃO CONTINUADA voltada à qualificação dos recursos humanos da
Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, sendo vedada a utilização dos
recursos federais para esta finalidade.

§ 1º As Secretarias Estaduais de Saúde poderão participar dos processos de


aquisição de equipamentos e mobiliário destinados ao suporte das ações de
Assistência Farmacêutica e à realização de atividades vinculadas à educação
continuada voltada à qualificação dos recursos humanos, conforme pactuação nas
CIB.

§ 2º Essas atividades e os recursos financeiros aplicados deverão constar dos


INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DO SUS (Plano de Saúde, Programação
Anual e Relatório Anual de Gestão).
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 6º O Ministério da Saúde financiará, com recursos distintos aos valores


indicados no art. 2º, a aquisição e a distribuição às Secretarias de Saúde dos
Estados dos medicamentos Insulina Humana NPH 100 UI/mL e Insulina Humana
Regular 100 UI/mL, constantes do Anexo IV a esta Portaria.

Parágrafo único. Os quantitativos desses medicamentos são adquiridos e


distribuídos pelo Ministério da Saúde conforme a programação anual
encaminhada pelas Secretarias Estaduais de Saúde, cabendo aos gestores
estaduais sua distribuição aos Municípios.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 7º O Ministério da Saúde financiará ainda, com recursos distintos aos valores
indicados no art. 2º, a aquisição e a distribuição dos medicamentos dos
contraceptivos e insumos do PROGRAMA SAÚDE DA MULHER, constantes do
Anexo IV a esta Portaria, conforme segue:

I - distribuição direta aos Municípios das capitais estaduais, ao Distrito Federal e


aos Municípios com população superior a 500.000 habitantes; ou

II - entrega às Secretarias Estaduais de Saúde para posterior distribuição pelos


governos estaduais aos demais Municípios.

Parágrafo único. Os quantitativos dos medicamentos e insumos do Programa de


Saúde da Mulher são adquiridos e distribuídos conforme os parâmetros
definidos pela respectiva área técnica deste Ministério.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 8º Os ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS são responsáveis


pelo financiamento dos insumos complementares relacionados abaixo, definidos
pela Portaria nº 2.583/GM/MS, de 10 de outubro de 2007, destinados aos
USUÁRIOS INSULINO-DEPENDENTES de que trata a Lei Federal nº 11.347/2006,
cujo valor a ser aplicado por cada esfera de gestão é de R$ 0,50 por
habitante/ano, ficando o repasse condicionado à comprovação pelos gestores da
utilização integral dos recursos:

I - tiras reagentes para medida de glicemia capilar;


II - lancetas para punção digital; e
III - seringas com agulha acoplada para aplicação de insulina.

§ 1º As responsabilidades pelo fornecimento desses insumos aos usuários e a forma de


comprovação da aplicação dos recursos de que trata o caput devem ser objeto de
pactuação nas CIB.

§ 2º Os recursos destinados ao financiamento dos insumos para o Controle do Diabetes


Mellitus deverão ser movimentados em conta distinta, à do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica, na qual são movimentados os recursos tripartite.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 9º Em 2010, o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e as Municipais de


Saúde deverão alocar os recursos para o financiamento deste Componente
utilizando como base a população definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) em 2009.

Parágrafo único. A partir de 2011, a população de cada Município e do Distrito Federal


será atualizada anualmente, em conformidade com a população identificada pelo IBGE,
e publicada, em portaria específica, pelo Ministério da Saúde.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

• Art. 10. A execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica é


DESCENTRALIZADA, sendo de responsabilidade dos Municípios, do Distrito Federal e
dos Estados, onde couber, a ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS E A EXECUÇÃO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS, entre as quais seleção, programação, aquisição,
armazenamento (incluindo controle de estoque e dos prazos de validade dos
medicamentos), distribuição e dispensação dos medicamentos e insumos de sua
responsabilidade.

§ 1º Com o objetivo de apoiar a execução do Componente Básico da Assistência


Farmacêutica, as Secretarias Estaduais e as Municipais de Saúde podem pactuar
nas CIB a AQUISIÇÃO DE FORMA CENTRALIZADA dos medicamentos e insumos
pelo gestor estadual, na forma de Atas Estaduais de Registro de Preços ou por
consórcios de saúde.

§ 2º Quando da utilização de Atas Estaduais de Registro de Preços, o edital elaborado


para o processo licitatório deve dispor sobre a possibilidade da utilização pelos
Municípios.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art.10º (CONT.)

§ 3º No sentido de fortalecer a produção pública de medicamentos, as Secretarias


Estaduais e as Municipais de Saúde poderão pactuar a aplicação dos recursos da
contrapartida estadual por meio da oferta de medicamentos produzidos em
LABORATÓRIOS PÚBLICOS OFICIAIS.

§ 4º Os medicamentos produzidos por laboratório oficial, disponibilizados pela


Secretaria Estadual de Saúde devem ter seus valores unitários informados nas CIB e
corresponder àqueles constantes do Elenco de Referência Estadual pactuado, nos
itens, quantitativos e cronograma de entrega que as Secretarias Municipais de Saúde
programarem.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 11. Nos procedimentos de aquisição, as Secretarias de Saúde devem seguir a


legislação pertinente às licitações públicas no sentido de obter a proposta mais
vantajosa para a administração.

Art. 12. As Secretarias Estaduais de Saúde devem encaminhar ao Ministério da Saúde a


Resolução/Deliberação da pactuação na CIB sobre:

I - a transferência dos recursos federais do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo


Municipal ou para o Fundo Estadual de Saúde;

II - o Elenco de Referência Estadual;

III - a forma de aplicação dos recursos estaduais e municipais destinados aos insumos
para Diabetes Mellitus; e

IV - toda e qualquer alteração referente a este Componente Básico da Assistência


Farmacêutica.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 13. O acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da aplicação dos


recursos financeiros transferidos fundo a fundo, bem como os montantes aplicados
pelas Secretarias Estaduais e pelas Municipais de Saúde dar-se-á por meio do Relatório
Anual de Gestão.

§ 1º O Relatório Anual de Gestão, incluindo as ações de Assistência Farmacêutica


Básica e sua execução orçamentária deve ser elaborado em conformidade com as
orientações previstas na Portaria nº 3.176/GM, de 24 de dezembro de 2008.

§ 2º As Secretarias Estaduais e as Municipais de Saúde devem manter em arquivo os


documentos fiscais que comprovem a aplicação dos recursos tripartite deste
Componente, pelo prazo estabelecido na legislação em vigor.

§ 3º O Relatório Anual de Gestão deve estar disponível, sempre que necessário, para o
desenvolvimento dos processos de monitoramento, avaliação e auditoria.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 14. A transferência dos recursos do Ministério da Saúde poderá ser suspensa
quando se comprovar a não-aplicação de recursos da contrapartida das Secretarias
Estaduais e das Municipais de Saúde, nos valores definidos no art. 2º, nas seguintes
situações:

I - quando constatadas, por meio de auditorias dos órgãos de controle interno e externo,
irregularidades na utilização dos recursos, assegurado o direito de defesa; e

II - não-aplicação dos valores mínimos devidos e pactuados nesta Portaria pela


Secretaria Estadual e pela Municipal de Saúde, quando denunciada formalmente por um
dos gestores ou constatada por meio de monitoramento e auditorias realizadas por
órgãos de controle interno e externo.

§ 1º O bloqueio dos recursos financeiros será realizado mediante aviso prévio de 60


(sessenta) dias ao gestor, e formalizado por meio de publicação de portaria específica,
devidamente fundamentada.

§ 2º O repasse federal dos recursos financeiros deste componente será restabelecido tão
logo seja comprovada a regularização da situação que motivou a suspensão.
PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Art. 15. As despesas orçamentárias estabelecidas nesta Portaria devem onerar as


seguintes Funcionais Programáticas:

I - 10.303.1293.20AE - Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos


na Atenção Básica em Saúde; e

II - 10.303.1293.4368 - Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos para


Programas de Saúde Estratégicos.

Art. 16. No prazo de 90 dias, após a entrada em vigor desta Portaria, a mesma será
objeto de avaliação da Câmara Técnica de Assistência Farmacêutica da CIT com vistas
a novas pactuações.
PACTO PELA SAÚDE
PACTO PELA SAÚDE
Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006

• A Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006, que trata do Pacto pela


Saúde, atribui aos três níveis de governo a responsabilidade pela
estruturação da assistência farmacêutica.

• A referida Portaria prevê como competência dos Municípios:

“Promover a estruturação da assistência farmacêutica e garantir, em


conjunto com as demais esferas de governo, o acesso da população
aos medicamentos cuja dispensação esteja sob sua responsabilidade,
promovendo seu uso racional, observadas as normas vigentes e
pactuações estabelecidas;”
VIGILÂNCIA SANITÁRIA – INCQS E LACEN U
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HOSP. O FTN
S
COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
• Patologias de controle específico do Ministério da Saúde, com protocolos e normas
estabelecidas, para atingirem as metas de controle e eliminação exigidos pela
Organização Mundial de Saúde, ou por serem medicamentos cuja aquisição depende de
processos de licitação internacional.

• Portaria 204/2007: “Art. 26. O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica


destina-se ao financiamento para custeio de ações de assistência farmacêutica nos
seguintes programas de saúde estratégicos:

I – Controle de endemias, tais como a Tuberculose, Hanseníase, Malária,


Leishmaniose, Chagas e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou
regional;
II – Anti-retrovirais do programa DST/AIDS;
III – Sangue e Hemoderivados; e
IV – Imunobiológicos;”

• Segundo o parágrafo 2º do art. 3º da Portaria 2.982/2009, os insumos para o combate


ao tabagismo e para a alimentação e nutrição passaram a integrar o componente
estratégico dos medicamentos (repassados pelo ministério aos Estados ou Municípios).
COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

DST/AIDS Hanseníase
Abacavir Blister MB ADULTO – Doação OPAS
Amprenavir Blister MB INFANTIL Doação OPAS
Atazanavir Blister PB ADULTO – Doação OPAS
Darunavir Blister PB INFANTIL– Doação OPAS
Didanosina Enterica Clofazimina– Doação OPAS
Didanosina Minociclina
Ofloxacino
Efavirenz
Pentoxifilina
Enfuvirtida Prednisona
Estavudina Rifampicina
Etravirina
Fosamprenavir
Hemoderivados
Indinavir Acetato desmopressina
Lamivudina Ácido tranexamico
Lopinavir + ritonavir (DFC) Complexo protrombinico humano
Nevirapina Complexo protrombinico parcialmente ativado
Raltegravir Concentrado Fator VII
Ritonavir Concentrado Fator VII ativado recombinante
Saquinavir Concentrado fator VIII
Tenofovir Concentrado Fator VIII para Doença de Von
Zidovudina Willebrand
Concentrado Fator IX
Zidovudina + Lamivudina (DFC)
Selante fibrina
HANSENÍASE
COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• Endemias (Doença de Chagas, peste, meningite, micoses sistêmicas,
influenza, leishmaniose, cólera, filariose, esquistossomose, tracoma,
malária)
Tuberculose
Anfotericina B
Anfotericina B lipossomal Amicacina
Anfotericina B Complexo lipídico Claritromicina
Artesunato + Mefloquina (DFC) Estreptomicina
Antimoniato de meglumina Etambutol
Artesunato Etionamida
Artemeter
Isoniazida
Artemether + Lumefantrina (DFC) (Malária)
Azitromicina Isoniazida + Rifampicina (DFC)
Benznidazol (D.Chagas) Levofloxacino
Clindamicina Moxifloxacino
Cloroquina (Malária) Ofloxacino
Di-cloridrato de quinina Pirazinamida
Dietilcarbamazina (filariose) Piridoxina
Doxicilina (Peste)
Rifampicina+Isoniazida +Pirazinamida +Etambutol
Fluconazol
Hipoclorito de sódio (DFC)
Isotionato pentamidina Terizidona
Itraconazol Multidroga-resistência (MDR)
Mefloquina Amicacina 500 mg solução injetável
Oseltamivir
Praziquantel (Esquistossomose)
Claritromicina 500 mg comprimido
Primaquina (Malária) Etambutol 400 mg comprimido
Sulfato quinina Moxifloxacino 400 mg comprimido
Sulfametoxazol +trimetoprima (DFC) Piridoxina 100 mg comprimido
zanamivir Ofloxacino 400 mg comprimido
Terizidona 250 mg cápsula
Tuberculina PPD 23 frasco-ampola
COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• ELENCO DOS INSUMOS ESTRATÉGICOS

Programa Nacional de DST/AIDS


• Alimentação/Nutrição Testes para Quantificação do RNA Viral – Carga Viral
Ácido fólico Testes para Contagem de Linfócitos T
CD3+/CD4+/CD8+CD45+
Sulfato ferroso Testes de Genotipagem
Vitamina A Testes Rápido – UNIGOLD
Testes para detecção do DNA Pró-Viral
Testes Hepatite A, B, C e D
• Tabagismo Testes Hepatite HBV DNA
Adesivo transdermico de nicotina Testes Hepatite B e C
Cloridrato de bupropiona Testes Rápido para detecção do vírus respiratório –
Influenza
Goma de mascar de nicotina
Pastilha de nicotina • Prevenção AIDS
Preservativo Feminino
Preservativo Masculino 52mm
Preservativo Masculino 49mm
Gel Lubrificante

• Programa Nacional de Imunização


Agulhas e Seringas
• Programa Nacional de Hepatites Virais
Agulhas de Biopsia Hepática
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009

• Busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível


ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados pelo Ministério da Saúde (agravos
importantes, tanto do ponto de vista epidemiológico quanto clínico.)

• Tem os recursos incluídos no FAEC (Fundo de Ações Estratégicas e


Compensação) e é atualmente co-financiado pelos Estados e Distrito Federal.

• Abordagem terapêutica na atenção básica, visto que muitas doenças contempladas


no CEAF requerem, inicialmente, uma abordagem em nível básico da assistência.

• CRITÉRIOS: de diagnóstico, indicação de tratamento, inclusão e exclusão de


pacientes, esquemas terapêuticos, monitoramento, acompanhamento e demais
parâmetros contidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)
estabelecidos pelo Ministério da Saúde, de abrangência nacional.
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009
• O Grupo 1 é aquele cujo financiamento está sob a responsabilidade exclusiva da
União. É constituído por medicamentos que representam elevado impacto
financeiro para o Componente, por aqueles indicados para doenças mais
complexas, para os casos de refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a
segunda linha de tratamento e que se incluem em ações de desenvolvimento
produtivo no complexo industrial da saúde.

• Os medicamentos do Grupo 1 devem ser dispensados somente para as doenças


(CID-10) contempladas no Componente e divide-se em:
– Grupo 1A - medicamentos com aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde;
– Grupo 1B - medicamentos adquiridos pelos estados com transferência de recursos
financeiros pelo Ministério da Saúde, na modalidade Fundo a Fundo.

• A responsabilidade pelo armazenamento, distribuição e dispensação dos


medicamentos do Grupo 1 (1A e 1B) é das secretarias estaduais de saúde.

• Este Grupo é composto por 63 fármacos em 127 apresentações farmacêuticas,


sendo que destes, 22 fármacos em 41 apresentações são adquiridos pelo
Ministério da Saúde.
Grupo 1A - medicamentos com aquisição
centralizada pelo Ministério da Saúde
(41EF)
Grupo 1B - medicamentos adquiridos pelos estados com recursos do MS (86EF)
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009

• O Grupo 2 é constituído por medicamentos, cuja responsabilidade pelo


financiamento é das Secretarias Estaduais da Saúde.

– Devem ser adquiridos, financiados e dispensados pelas


secretarias estaduais de saúde.
– Este Grupo é composto por 46 fármacos em 112 apresentações
farmacêuticas.

• O Grupo 3 é constituído por medicamentos, cuja responsabilidade pelo


financiamento é tripartite, sendo a aquisição e dispensação de
responsabilidade dos municípios sob regulamentação da Portaria GM
nº 2.982/2009 (Anexo III).
ELENCO DE REFERÊNCIA NACIONAL DO COMPONENTE ESPECIALIZADO

Responsabilidade das três esferas de gestão


COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009

Considerando os medicamentos dos Grupos 1, 2 e 3, o CEAF é composto por


147 fármacos em 314 apresentações farmacêuticas indicados para o
tratamento das diferentes fases evolutivas das doenças contempladas.
(www.portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional)
SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Para a solicitação dos medicamentos, o paciente ou seu responsável deve:

• Cadastrar os seguintes documentos em estabelecimentos de saúde vinculados às unidades


públicas designados pelos gestores estaduais:

a)Cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);


b)Cópia de documento de identidade;
c)Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do ComponenteEspecializado
da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido;
d)Prescrição Médica devidamente preenchida;
e)Documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final
pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado ;
f)Cópia do comprovante de residência.

Esta solicitação deve ser tecnicamente avaliada por um profissional da área da saúde designado
pelo gestor estadual e, quando adequada, o procedimento deve ser autorizado para posterior
dispensação.

O cadastro do paciente, avaliação, autorização, dispensação e a renovação da continuidade do


tratamento são etapas de execução do CEAF, a logística operacional destas etapas é
responsabilidade dos gestores estaduais.

Todos os medicamentos dos Grupos 1 e 2 devem ser dispensados somente de acordo com as
recomendações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e para as
doenças (definidas pelo CID-10 ) contempladas no CEAF.
PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Situação Clínica Portaria

Doença de Gaucher PT SAS/MS nº 449 –08/07/2002

Profilaxia da Reinfecção pelo Vírus da Hepatite B Pós-tr PT SAS/MS nº 469 – 23/07/2002


ansplante Hepático
Osteoporose PT SAS/MS nº 470 – 24/07/2002
Acromegalia PT SAS/MS nº 471 – 24/07/2002
Doença de Wilson PT SAS/MS nº 844 – 31/10/2002
Esquizofrenia Refratária PT SAS/MS nº 846 – 31/10/2002
Fenilcetonúria PT SAS/MS nº 847 – 31/10/2002
Doença de Crohn PT SAS/MS nº 858 – 04/11/2002
Uso de Opiáceos no Alívio da Dor Crônica PT SAS/MS nº 859 – 04/11/2002
Retocolite Ulcerativa PT SAS/MS nº 861 – 04/11/2002
Asma Grave PT SAS/MS nº 1012 – 23/12/2002

Dislipidemia em pacientes de alto risco de desenvolver PT SAS/MS nº 1015 – 23/12/2002


eventos cardiovasculares
Transplante Renal PT SAS/MS nº 1018 - 26/12/2002
PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
Situação Clínica Portaria

Artrite Reumatóide (revisão) Portaria SCTIE/MS nº 66 - 06/11/2006

Diabetes Insípido Portaria SCTIE/MS nº 68 - 06/11/2006


Hepatite Auto-imune Portaria SCTIE/MS nº 70 - 06/11/2006

Situação Clínica Portaria

Hepatite viral C PT SVS/MS nº 34 - 28/09/2007

Imunodeficiência Primária com predominância de def PT SAS/MS nº 495 - 11/09/2007


eitos de Anticorpos

Situação Clínica Portaria

Hepatite Viral Crônica B e coinfecções Portaria GM/MS nº 2561 - 28/10/2009

Distonias focais e Espasmo Hemifacial Portaria SAS/MS nº 376 - 10/11/2009


Espasticidade Portaria SAS/MS nº 377 - 10/11/2009
Esclerose Lateral Amiotrófica Portaria SAS/MS n° 496 - 23/12/2009
Síndrome de Guillain-Barré Portaria SAS/MS n° 497 - 22/12/2009
Uveítes Posteriores Não-Infecciosas Portaria SAS/MS n° 498 - 23/12/2009
PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
Situação Clínica Portaria
Ictioses Hereditárias Portaria SAS/MS nº 13 - 15/01/2010
Hipoparatireoidismo Portaria SAS/MS nº 14 - 15/01/2010
Insuficiência Adrenal Primária - Doença de Addison
Portaria SAS/MS nº 15 - 15/01/2010

Hiperplasia Adrenal Congênita Portaria SAS/MS nº 16 - 15/01/2010


Doença Falciforme Portaria SAS/MS nº 55 - 29/01/2010
Insuficiência Pancreática Exócrina Portaria SAS/MS nº 57 - 29/01/2010
Osteodistrofia Renal Portaria SAS/MS nº 69 - 11/02/2010
Acne Grave Portaria SAS/MS nº 143 - 31/03/2010
Hipotireoidismo Congênito Republicado Portaria SAS/MS nº 56 - 23/04/2010
Angioedema Republicado Portaria SAS/MS nº 109 - 23/04/2010
Puberdade Precoce Central Republicado Portaria SAS/MS nº 111 - 23/04/2010
Artrite Reativa - Doença de Reiter Portaria SAS/MS nº 207 - 23/04/2010
Hiperprolactinemia Retificado Portaria SAS/MS nº 208 - 23/04/2010
Raquitismo e Osteomalácia Portaria SAS/MS nº 209 - 23/04/2010

Anemia Aplástica, Mielodisplasia e Neutropenias Const Portaria SAS/MS nº 212 - 23/04/2010


itucionais - Uso de Fatores estimulantesde Cresciment
o de Colônias de Neutrófilos
Deficiência de Hormônio do Crescimento - Hipopituitari
smo Portaria SAS/MS nº 110 - 10/05/2010
Republicado
Síndrome de Turner Portaria SAS/MS nº 223 - 10/05/2010
Hiperfosfatemia na Insuficiência Renal Crônica Portaria SAS/MS nº 225 - 10/05/2010
Aplasia Pura Adquirida Crônica da Série Vermelha Portaria SAS/MS nº 227 - 10/05/2010
Endometriose Retificado Portaria SAS/MS nº 144 - 31/03/2010
Dermatomiosite e Polimiosite Republicado Portaria SAS/MS nº 206 - 23/04/2010
Fibrose Cística - Manifestações Pulmonares
Portaria SAS/MS nº 224 - 10/05/2010
Retificado
Fibrose Cística - Insuficiência Pancreática
Portaria SAS/MS nº 224 - 10/05/2010
Retificado
Anemia em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica
Portaria SAS/MS nº 226 - 10/05/2010
- Alfaepoetina Retificado
Anemia em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica
Portaria SAS/MS nº 226 - 10/05/2010
- Reposição de Ferro Retificado
Doença de Parkinson Republicado Portaria SAS/MS nº 228 - 10/05/2010
Miastenia Gravis Retificado Portaria SAS/MS nº 229 - 10/05/2010
Anemia Aplástica Adquirida Portaria SAS/MS nº 490 - 23/09/2010
Epilepsia Portaria SAS/MS nº 491 - 23/09/2010
Doença de Alzheimer Portaria SAS/MS nº 492 - 23/09/2010
Esclerose Múltipla Portaria SAS/MS nº 493 - 23/09/2010
Espondilose Portaria SAS/MS nº 494 - 23/09/2010
Leiomioma Portaria SAS/MS nº 495 - 23/09/2010
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

O Plano de Saúde é um importante instrumento de gestão formulado a partir de uma


análise da situação da saúde, do modelo de gestão e das prioridades e estratégias
do Município.

Capítulo específico da assistência farmacêutica:

• as prioridades, estratégias, metas, ações e recursos;


• as atividades a serem desenvolvidas para a estruturação e organização da
assistência farmacêutica;
• o elenco a ser gerenciado; e
• os recursos humanos a serem disponibilizados.

Esses são elementos essenciais para as programações anuais e para posterior


análise, por intermédio do relatório de gestão, do desenvolvimento das ações
previstas em função das metas programadas.

O Plano de Saúde deve ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e divulgado
aos setores da sociedade envolvidos com o tema, a fim de possibilitar o efetivo
controle social nesta área.
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
No Plano Municipal de Saúde as ações de assistência farmacêutica devem estar fundamentadas
na:

• Descentralização da gestão;

• No diagnóstico da situação de saúde do Município;

• Na execução das atividades de seleção, programação, aquisição, distribuição e


dispensação dos medicamentos;

• Nos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis;

• Na rede de serviços existentes, de acordo com o nível de complexidade;

• Nas condições necessárias para o cumprimento das boas práticas de


armazenagem para medicamentos;

• Na proposta de capacitação e aperfeiçoamento permanente dos recursos humanos


envolvidos com a assistência farmacêutica;

• Na permanente avaliação da assistência farmacêutica através de indicadores específicos,


que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento;

• Outros aspectos que atendam às peculiaridades locais.


PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

O Manual “Planejar é preciso”, publicado pelo Ministério da Saúde e disponibilizado na


página do Departamento de Assistência Farmacêutica do órgão, apresenta informações
sobre a organização desta área, e sugere indicadores de avaliação da qualidade da
assistência farmacêutica
no SUS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Política nacional de medicamentos. Brasília : Ministério da Saúde, 2001.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS No. 338 de 06 de maio de 2004.
Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS No. 2.981 de 26 de novembro de 2009.


Aprova o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA GM/MS Nº 2.982 de 26 de novembro de 2009.


Aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica.

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