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Componentes e

Dinâmica do SUS:
Parte III
2023
Bloco de Manutenção das Ações e Serviços
Públicos de Saúde no SUS
Parte I: Atenção Primária
Parte II: Atenção Especializada (Média e Alta
Complexidade Ambulatorial e Hospitalar)

PARTE III

- Assistência Farmacêutica;
- Vigilância em Saúde;
- Gestão do SUS.
Assistência farmacêutica
• A estruturação da Assistência Farmacêutica é um dos
grandes desafios que se apresenta aos gestores e
profissionais do SUS, quer pelos recursos financeiros
envolvidos como pela necessidade de aperfeiçoamento
contínuo com busca de novas estratégias no seu
gerenciamento.
• As ações desenvolvidas nessa área não devem se limitar
apenas à aquisição e distribuição de medicamentos
exigindo, para a sua implementação, a elaboração de
planos, programas e atividades específicas, de acordo
com as competências estabelecidas para cada esfera de
governo.
Assistência farmacêutica no SUS
• É necessário que os gestores aperfeiçoem e
busquem novas estratégias, com propostas
estruturantes, que garantam a eficiência de
suas ações, consolidando os vínculos entre os
serviços e a população, promovendo, além do
acesso, o uso racional dos medicamentos e a
inserção efetiva da assistência farmacêutica
como uma ação de saúde.
Assistência farmacêutica no SUS
• A Assistência Farmacêutica tem caráter
sistêmico, multidisciplinar e envolve o
acesso a todos os medicamentos
considerados essenciais.
• Na PNM é definida como: Grupo de
atividades relacionadas com o
medicamento, destinadas a apoiar as
ações de saúde demandadas por uma
comunidade.
Assistência farmacêutica no SUS
• Para a efetiva implementação
da Assistência Farmacêutica é
fundamental ter como princípio básico
norteador o CICLO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA, que é um sistema
constituído pelas etapas de seleção,
programação, aquisição, armazenamento,
distribuição e dispensação, com suas
interfaces nas ações da atenção a saúde.
Quais são os componentes da Assistência
Farmacêutica no SUS?

• A oferta de medicamentos no Sistema


Único de Saúde (SUS) é organizada em
componentes que compõem o Bloco de
Financiamento da Assistência
Farmacêutica : Básico, Estratégico e
Especializado, Insumos, Medicamentos de
Uso Hospitalar, além do Programa
Farmácia Popular.
Assistência farmacêutica no SUS
• Para saber quais medicamentos estão
disponíveis, é necessário consultar a Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename).
• A Rename é uma lista orientadora e cabe a cada
município estabelecer sua própria relação de
medicamentos de acordo com suas
características epidemiológicas (Remume).

• As DRS podem orientar de forma regional a lista.


Assistência farmacêutica no SUS
• Assistência Farmacêutica na Atenção Básica

• A aquisição de medicamentos do Componente


Básico da Assistência Farmacêutica presentes
na RENAME ( Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais ) deve ser feita com
recurso tripartite e pactuada em CIB, ou seja,
com os valores referentes à União, Estados,
Distrito Federal e Municípios definidos na
Portaria MS nº 1.555/2013.
Assistência farmacêutica no SUS
• Portaria GM/MS n.º 3.435, de 8 de dezembro de 2021

• Atualização: Estabelece a Relação


Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename) no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), por meio da atualização do
elenco de medicamentos e insumos da
Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (Rename 2022).
Assistência farmacêutica
no SUS

• A RENAME é revisada e atualizada a cada 2 anos pela


Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
Sistema Único de Saúde (CONITEC).

• https://www.gov.br/conitec/pt-br/centrais-de-
conteudo/biblioteca-virtual/rename-2022
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
BÁSICOS - Rename 2022
• ANEXO I – Relação Nacional de Medicamentos do
Componente Básico da Assistência Farmacêutica
• Descrição por fármaco:
• Denominação genérica
• Concentração/Composição
• Forma Farmacêutica

• Exemplos:
• Omeprazol 10mg e 20mg; Paracetamol 500mg;
• Prednisona 5mg e 20mg; Sinvastatina 10mg/20mg/40mg
• Valproato de sódio 250mg/500mg e em outras diversas
apresentações
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - Rename 2022
• ANEXO II – Relação Nacional de Medicamentos do
Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica

• Os medicamentos fazem parte de Programas Nacionais

• Itens da descrição no RENAME:

• Descrição por fármaco:


• Denominação genérica
• Concentração/Composição
• Forma Farmacêutica
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - RENAME 2022
• ANEXO II – Relação Nacional de Medicamentos do
Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica

• Exemplos de Medicamentos Estratégicos

• Programa Nacional de Controle da Tuberculose


• Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase
• Programa de Controle das Endemias Focais
• Programa Nacional de DST e Aids
• Programa de Coagulopatias Hereditárias
• Programa Nacional de Imunizações ( vacinas e soros )
• Programa Nacional Antitabagismo
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - RENAME 2022

• ANEXO III – Relação Nacional de Medicamentos do


Componente Especializado da Assistência Farmacêutica

• Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

• Descrição por fármaco:

• Denominação genérica
• Concentração/ Composição Forma farmacêutica
• Grupo financiamento
• Documento norteador ( patologias indicadas )
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - RENAME 2022
• ANEXO III – Relação Nacional de Medicamentos do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica

Exemplos de Medicamentos para patologias:


- Artrites; Psoríase;
- Endometriose; Asma; Esquizofrenia;
- Diabetes insípidus;
- Insuficiência Adrenal ; Distonias e Espasmos hemifaciais;
- Puberdade Precoce; Deficit de Crescimento;
- Anemia na Doença Crônica Renal e outros.
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - RENAME 2022
• ANEXO IV – Relação Nacional de Insumos

• Insumos para Diabetes Mellitus: lancetas, agulhas, canetas,


seringas, tiras reagentes de medida de glicemia capilar e
outros

• Insumos para planejamento familiar: diafragma feminino;


DIU plástico com cobre; preservativo feminino e preservativo
masculino.
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS - RENAME 2022
• ANEXO V – Relação Nacional de Medicamentos de Uso
Hospitalar

• Exemplos:

• Albumina humana 0,2 g/mL (20%) solução injetável ;

• Alfaporactanto (surfactante pulmonar) 25mg/ml - injetável

• Clopidogrel 75mg comprimidos e outros.


Programa Farmácia Popular do
Brasil
O Programa Farmácia Popular do Brasil é criado em 13 de abril
de 2004, pela Lei nº 10.858, e regulamentado pelo
Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004.
O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado com o
objetivo de oferecer à população mais uma alternativa de
acesso aos medicamentos considerados essenciais.
Programa Farmácia Popular do
Brasil
• O Programa “Aqui tem Farmácia Popular" funciona por
meio do credenciamento de farmácias e drogarias
comerciais, aproveitando a dinâmica da cadeia
farmacêutica (produção x distribuição x varejo).

• São oferecidos medicamentos gratuitos para hipertensão


arterial, diabetes mellitus e asma, além de
medicamentos com até 90% de desconto indicados para
dislipidemia (colesterol alto), rinite, doença de Parkinson,
osteoporose e glaucoma. Ainda pelo sistema de
copagamento, o Programa oferece anticoncepcionais e
fraldas geriátricas.
Assistência farmacêutica
• Demandas Judiciais na Assistência Farmacêutica

• A judicialização da assistência farmacêutica vem crescendo


no Brasil, baseado no direito à saúde, estabelecido na
Constituição Federal de 1988 e pela insuficiência
da assistência farmacêutica no país, principalmente em
tratamentos de alto custo como os de oncologia.
• As demandas judiciais por medicamentos não têm levado ao
aumento da destinação de recursos para sua aquisição, mas à
concorrência por recursos originalmente destinados à política
de assistência farmacêutica, com redução da participação
percentual dos medicamentos das listas oficiais do Sistema
Único de Saúde.
Vigilância em Saúde no SUS

• A vigilância em saúde tem por objetivo a


observação e análise permanentes da situação
de saúde da população, articulando-se em um
conjunto de ações destinadas a controlar
determinantes, riscos e danos à saúde de
populações que vivem em determinados
territórios, garantindo-se a integralidade da
atenção.
Vigilância em Saúde no SUS
• Os componentes são:

• I – Vigilância Epidemiológica: Vigilância e controle das


doenças transmissíveis; Vigilância das doenças e agravos não
transmissíveis; Vigilância da situação de saúde; Vacinação.

• II - Vigilância Sanitária .

• III - Vigilância em saúde do trabalhador .

• IV - Vigilância ambiental em saúde.


Vigilância em Saúde no SUS
• I - Vigilância Epidemiológica:
• A Vigilância Epidemiológica reconhece as principais
doenças de notificação compulsória e investiga
epidemias e endemias que ocorrem em territórios
específicos, entre outras.
• As ações de vigilância epidemiológica executadas pelo
SNVE, nas três esferas de gestão do SUS, são
desenvolvidas de modo ininterrupto e consistem em
coletar, processar, analisar e interpretar dados; propor
medidas de prevenção e de controle;
avaliar a eficácia e a efetividade de medidas adotadas;
e divulgar informações .
Vigilância em Saúde no SUS
• II - Vigilância Sanitária é o conjunto de ações que visa
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir
nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente,
da produção e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde, abrangendo o controle de
bens de consumo e o controle da saúde da população.
• A Vigilância Sanitária, também conhecida como VISA,
tem como principal papel o de atuar em prol da saúde da
população. Para isso, fiscaliza, autua, intervém e aplica
alvarás em estabelecimentos de diversos setores.
Vigilância em Saúde no SUS
• III - Vigilância em Saúde do Trabalhador compreende
um conjunto de ações e práticas que envolvem desde a
vigilância sobre os agravos relacionados ao trabalho,
tradicionalmente reconhecida como vigilância
epidemiológica; intervenções sobre fatores de risco,
ambientes e processos de trabalho, compreendendo
ações de vigilância sanitária, até as ações relativas ao
acompanhamento de indicadores para fins de avaliação
da situação de saúde e
articulação de ações de
promoção da saúde e de
prevenção de riscos.
Vigilância em Saúde no SUS
• IV - Vigilância ambiental em saúde é apoiada no
reconhecimento da relação entre riscos e seus
efeitos adversos sobre a saúde. Uma das tarefas
primordiais para o estudo da relação entre
ambiente e saúde é a seleção de indicadores
para esses níveis de manifestação dos
problemas ambientais. A Zoonoses também está
incluída na vigilância ambiental.
Referências
• https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progesto
res_livro7.pdf

• https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/u/us
o-racional-de-medicamentos-1

• https://www.conass.org.br/wp-content/uploads/2022/01/R
ENAME-2022.pdf

• http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_
saude_3ed.pdf
Referências
• https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/assistencia-farmace
utica-no-sus/farmacia-popular-1/sobre-o-programa

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