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Karl von Rokitansky realizou 30.000 autopsias, cerca de 1500 a 1800 por
ano, e supervisionou em torno de 70.000. Foi o patologista macroscópico
mais competente em toda história da medicina. Como é compreensivo
diante dos novos métodos de estudo que surgem, foi um retardatário em
aceitar o microscópio, tendo publicado alguns estudos histopatológicos.
Sua obra principal: Handbuch der patologischen Anatomie, vol. 1 (1842),
vol.2 (1844), vol. 3 (1846). Ele estabeleceu o seu protocolo e a técnica de
necropsia com o exame dos órgãos in situ, onde são cortados e
posteriormente retirados. Rokitansky foi sistemático e completo ao
descrever várias novas condições patológicas e fornecer critérios seguros
para muitas outras. Ele pesava e media os órgãos, e cuidadosamente
procurava por sinais de inflamação, abscessos ou crescimento de tumores,
além de notar anormalidades congênitas, procurando tudo correlacionar
com as informações clínicas.
Rudolf Ludwig Karl Virchow, 17 anos mais jovem do que Rokitansky,
cresceu com o microscópio e contribuiu muito para o seu
desenvolvimento como instrumento de estudo em Patologia. Karl von
Rokitansky, habilidoso como era na Patologia macroscópica, falhou em
suas interpretações teóricas fundamentadas na macroscopia apenas.
Rudolf L. K. Virchow, por seu lado, contribuiu notavelmente para as
teorias básicas em Patologia, graças aos estudos histopatológicos,
afirmando que a origem das doenças está nas células, sendo as suas
teorias sobre o câncer e as células publicadas, respectivamente em: Zur
Entwickelungsgeschichte des Krebses, Archiv pathol Anat Physiol klin Med,
1 (1): 94-204, 1847, & Die Cellularpathologie in ihrer Begründung auf
physiologische und pathologische Gewebelehre, Berlin, 1858.