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INDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................2
CONCEITO DE  INFECÇÃO URINÁRIA.......................................................2
TIPOS DE INFECÇÃO URINÁRIA.................................................................3
INFECÇÃO URINÁRIA - CAUSAS................................................................4
INFECÇÃO URINÁRIA NA MULHER...........................................................4
INFECÇÃO URINÁRIA NO HOMEM............................................................5
INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA..........................................................6
INFECÇÃO URINÁRIA - SINTOMAS............................................................6
INFECÇÃO URINÁRIA É TRANSMISSÍVEL...............................................7
DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO URINÁRIA................................................8
COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO URINÁRIA.............................................8
INFECÇÃO URINÁRIA TEM CURA..............................................................8
INFECÇÃO URINÁRIA - TRATAMENTO.....................................................9
COMO PREVENIR A INFECÇÃO URINÁRIA............................................10
CONCLUSAO.................................................................................................12
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.................................................................13

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INTRODUÇÃO

A infecção urinário está entre as doenças infecciosas mais comuns na


prática clínica, particularmente em crianças, adultos jovens e mulheres, sendo
apenas menos freqüentes que as do trato respiratório. A prevalência das infecções
das vias urinárias varia com o sexo e a idade do paciente. De acordo com Dias
Neto et al. (2003), as ITUs são mais freqüentes nas mulheres. No entanto, os
homens são mais prevalentes após os 60 anos de idade. Infecção do trato urinário
é um termo geral que indica a invasão do sistema urinário, previamente estéril,
por bactérias. O termo foi criado após a introdução do conceito de bacteriúria
significativa ou cultura de urina quantitativa positiva, por Kass, em 1956 (CRUZ,
2006).

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CONCEITO DE  INFECÇÃO URINÁRIA

A infecção urinária é a infecção que afeta os órgãos do trato urinário. Pode


ser dividida em infecções da uretra (uretrite), da bexiga (cistite) ou do rim
(pielonefrite). No homem podemos, ainda, englobar as infecções associadas à
próstata (prostatite) ou aos testículos (orquite e orqui-epididimite).

A maioria das infecções do trato urinário responde a tratamento simples


com antibióticos, hidratação e analgésicos/anti-inflamatórios e podem ser
tratadas em casa. Nalguns casos graves, por exemplo, quando a infecção já está
disseminada, é necessário o internamento hospitalar (e eventualmente
intervenção cirúrgica) para tratamento e vigilância. Veja mais informação em
tratamento das infeções urinárias.

Algumas doenças do trato urinário podem ser semelhantes a infeções


urinárias por originarem queixas parecidas, no entanto, nesses casos, geralmente
não se encontra nenhum microorganismo responsável.

TIPOS DE INFECÇÃO URINÁRIA

A infecção urinária mais comum é a infecção na bexiga (cistite), sendo


também a que mais facilmente é tratada. Normalmente o organismo infecioso
ascende do exterior pela uretra e infeta a bexiga. Em algumas situações a
infecção pode propagar-se até ao rim originando a infecção renal (pielonefrite).

A infecção localizada nos rins geralmente necessita de tratamento mais


prolongado e maior vigilância dado o seu potencial para se disseminar para o
resto do organismo (sépsis).

As infeções localizadas apenas à uretra (uretrite) são provocadas


geralmente por agentes transmitidos por via sexual e são mais típicas do sexo
masculino (a mulher possui a uretra muito curta e a infecção transmite-se
diretamente à bexiga). Geralmente a infecção da uretra caracteriza-se pelo

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aparecimento de um corrimento (“escorrência”) uretral, límpido ou
esbranquiçado (“leitoso”) consoante o tipo de infecção.

Algumas pessoas são afetadas por várias infeções urinárias ao longo da


vida: a presença de 2 infeções urinárias em 6 meses ou 3 infeções urinárias num
ano é considerado infecção urinária de repetição e deverá ser investigado mais
aprofundadamente.

Nalguns casos, o tratamento inicial pode não ser eficaz: o microorganismo


pode ser resistente ou o tratamento não ter a duração ideal. Nestas situações é
frequente as pessoas melhorarem inicialmente mas recidivarem em pouco tempo.

INFECÇÃO URINÁRIA - CAUSAS

A maioria das infeções urinárias é provocada por bactérias. Em alguns


casos, podemos encontrar também infeções por fungos, geralmente em doentes
diabéticos ou quando o sistema imunológico (sistema de defesa) está deficitário.
As infeções do trato urinário por vírus ou parazitas são raras.

Entre 70 a 80% das infeções urinárias são provocadas por Escherichia coli.


Outras bactérias comuns são o Enterococcus, o Proteus e a Klebsiella. Em 10 a
15% dos doentes com sintomas não conseguimos identificar o agente envolvido.

INFECÇÃO URINÁRIA NA MULHER

As mulheres apresentam um maior risco de desenvolverem infeções


urinárias pelo facto de possuírem uma uretra mais curta e próxima da vagina e do
ânus. Geralmente, a infecção urinária feminina (na mulher) ocorre por
contaminação de microorganismos da região vaginal ou peri-anal e associa-se
com frequência a condições que alterem o pH da vagina como, por exemplo, a
menstruação, utilização de produtos de limpeza vaginais, infeções fúngicas
vaginais (candidíase) ou mesmo o envelhecimento (diminui a eficácia dos
mecanismos protetores contra as infeções urinárias).

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A atividade sexual também constitui um mecanismo frequente para o
desenvolvimento de infeções urinárias de repetição: a relação sexual potencia a
introdução de bactérias para o interior da vagina (introito vaginal) e a subida
destas bactérias pela uretra até a bexiga.

Algumas infeções urinarias, quando não tratadas devidamente, podem


transmitir-se aos órgãos ginecológicos (útero, tubas uterinas e ovários) e
dificultar posteriormente a capacidade de engravidar.

A infecção urinária na gravidez é relativamente comum e deve ser objeto


de tratamento, mesmo que as mulheres não tenham sintomas (denominadas
bacteriúrias assintomáticas). As infeções urinárias constituem riscos
consideráveis para a saúde da gestante (mãe) e do feto, como tal devem ser
avaliadas cuidadosamente.

INFECÇÃO URINÁRIA NO HOMEM

A infecção urinária masculina (no homem) é mais rara e surge,


normalmente, quando este não consegue esvaziar totalmente a bexiga (resíduo
pós-miccinonal). Esta situação pode acontecer em condições como o aumento
benigno da próstata ou em estenoses (apertos) da uretra.

A infecção urinária nos homens pode transmitir-se à próstata (prostatite),


epidídimo (epididimite) e testículo (orquite/orquiepididimite), sendo que, nestes
casos, o tratamento é mais prolongado que aquele preconizado para as infeções
simples da bexiga (cistite).

Dado o maior comprimento da uretra, o homem pode também desenvolver


infeções localizadas apenas à uretra (uretrites). A maior parte das vezes estas
infeções são sexualmente transmissíveis, provocadas por microorganismos como
Neiseria gonorrhoeae ou Clamydia trachomatis e cursam com corrimento
(líquido a sair pelo pénis sem relação com urinar), dor e comichão (prurido).
Nestes casos é importante tratar o próprio e o parceiro sexual simultaneamente

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(que pode até não demonstrar sintomas) e evitar as relações sexuais
desprotegidas enquanto tiver a infecção.

INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA

A infecção urinária infantil (infecção urinária em crianças) é uma das


infeções bacterianas mais comuns nestas idades. A presença de infeções urinárias
nesta fase precoce da vida pode ser uma manifestação de malformações do trato
urinário ou de defeitos funcionais (bexiga neurogénica, refluxo vesico-
ureteral,...) e devem ser estudadas cuidadosamente.

No bebé, como eles ainda não conseguem falar ou expressar o que sentem,
temos de equacionar a possibilidade de uma infecção urinária no caso de febre
sem causa aparente, dificuldade em se alimentar, perda de peso, mau estar geral,
irritabilidade, urina com mau cheiro, etc.

Tal como nos adultos, as infeções são mais comuns em raparigas do que
em rapazes. No entanto, curiosamente, nos primeiros meses de vida, são os
rapazes a serem mais afetados por esta doença.

INFECÇÃO URINÁRIA - SINTOMAS

Assim, nos casos mais comuns de infeções da bexiga (cistite) as queixas


mais frequentes são dor, ardor ou desconforto ao urinar, necessidade de urinar
muitas vezes e geralmente em pequenas quantidades, sensação imperiosa para
urinar (urgência miccional) presença de urina turva (piúria) e/ou com mau cheiro.
Ocasionalmente pode surgir sangue na urina, mais comum nas pessoas que fazem
medicamentos para as plaquetas ou para a coagulação do sangue.

As infeções localizadas ao rim costumam ser mais graves e necessitar de


tratamento mais prolongado. O doente com infecção do rim costuma apresentar
febre, mau estar, náuseas ou vómitos e dor lombar (“dor ao fundo das costas”) do
lado do rim afetado. Podem também estar presentes as mesmas queixas descritas
para as infeções da bexiga.

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As infeções da próstata são menos específicas: é comum surgirem queixas
de febre, dor ou ardor a urinar, diminuição do jacto da urina ou mesmo
incapacidade para urinar, dor na região entre o escroto e o ânus (dor perineal).

As infeções da uretra costumam causar ardor ao urinar (mais comum no


início e ao final da micção) e podem provocar corrimento (escorrência) pela
uretra, esbranquiçada, amarelada ou transparente.

A presença de mal-estar geral, dores musculares generalizadas, perda de


apetite, náuseas e vómitos pressupõem a existência de uma infecção grave,
disseminada pelo corpo e geralmente determinam a necessidade de internamento
hospitalar para tratamento.

Os sintomas costumam durar 2 a 3 dias após iniciar o tratamento, sendo


mais rápido para as cistites e mais lento para as prostatites e pielonefrites. No
caso de febre persistente é necessário uma investigação mais pormenorizada, pois
a terapêutica instituída poderá não estar a ser eficaz ou ser necessário outro tipo
de tratamento.

Em alguns casos podem não existir sintomas, sendo assim chamadas


de infecção urinária assintomática: estes casos são mais comuns nos doentes
idosos ou em algaliados há longa data, e na maioria dos casos não necessitam de
tratamento. As grávidas são um grupo de exceção, para o qual é recomendado
tratar todas as infeções urinárias, mesmo que não originem sintomas.

INFECÇÃO URINÁRIA É TRANSMISSÍVEL

A generalidade das infeções urinárias não são sexualmente transmissíveis.


No entanto, a relação sexual propicia o desenvolvimento destas ao fomentar a
introdução de bactérias externas no tracto urinário, tanto no homem como na
mulher.

Alguns tipos de uretrite são sexualmente transmissíveis, ocorrendo


contágio para os diversos parceiros sexuais nas relações sexuais não protegidas,

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ou seja, a infecção “pega-se” ou “passa de uma pessoa para outra”. Neste caso é
importante o tratamento do próprio e do(s) parceiro(s) sexual(ais) que até podem
não ter sintomas.

DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO URINÁRIA

O diagnóstico da infecção urinária é feito pelos sintomas do doente e pelo


exame da urina (análises de sumária de urina tipo 2 e cultura da urina). Em
alguns casos pode ser necessário realizar um estudo imagiológico complementar
para adquirir mais informações como a Ecografia ou a Tomografia
computorizada (TC ou TAC).

COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO URINÁRIA

A infecção do rim pode causar cicatrizes renais e a longo prazo contribuir


para o declínio da função renal.

INFECÇÃO URINÁRIA TEM CURA

A infecção urinária tem cura, desde que seja corretamente diagnosticada e


tratada de forma atempada e adequada. Em alguns casos a infecção pode tornar-
se crónica quando o tratamento não tem a duração correta ou não consegue
eliminar todos os gérmenes. Nestas situações pode ser necessário um segundo
tratamento com antibiótico, de maior duração.

ALGUNS FATORES DE RISCO

 Ser do sexo feminino;


 Mulheres na Menopausa;
 Higienização íntima inadequada antes e após o ato sexual;
 Cálculo renal;
 Alterações na próstata;
 Histórico de procedimentos urológicos, e de uso recente de sonda vesical.

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INFECÇÃO URINÁRIA - TRATAMENTO

A infecção urinária normalmente tem origem em bactérias e


o tratamento baseia-se nos antibióticos.

Outros medicamentos que se associam frequentemente aos antibióticos são


os anti-inflamatórios (ex. ibuprofeno) ou os analgésicos para aliviar a dor e
desconforto

Em relação a tratamento ou remédio caseiro o melhor complemento


natural à medicação prescrita pelo médico é a ingestão abundante de água,
contribuindo tanto para a cura como para a prevenção (profilaxia).

É importante o doente fazer a medicação da forma como foi prescrita,


durante o tempo recomendado pelo médico, sob o risco de falhar o tratamento e a
infecção se tornar crónica e mais difícil de debelar.

Não existem alimentos a evitar nas infeções urinárias pois estes não
interferem na duração da infecção ou no tratamento. No entanto, alguns doentes
referem que os alimentos ácidos, os picantes ou as bebidas gaseificadas podem
agravar as queixas e como tal, para estes doentes, será preferível evitar este tipo
de alimentos.

Na infecção urinária persistente ou recorrente é importante, além do


tratamento agudo, determinar os factores de risco presentes e corrigir estes de
modo o prevenir o reaparecimento da infecção.

A duração do tratamento vai variar com o tipo de infecção e com o tipo de


antibiótico indicado: algumas infeções da bexiga ou da uretra (uretrites e cistite)
necessitam apenas de uma dose única (fosfomicina) ou até 5 dias de antibiótico
(amoxicilina), enquanto que nas infeções do rim ou da próstata pode ser
necessário tomar os comprimidos durante duas ou mais semanas.

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Nas infeções sexualmente transmitidas deverá ser sempre tratado o
casal em conjunto e evitar relações sexuais desprotegidas enquanto não acabar o
tratamento.

É previsível que a recuperação ou melhoria clinica surja nos primeiros


dias após iniciar o tratamento e, se tal não acontecer, deverá ser reavaliado pelo
seu médico.

O doente nunca deve em caso algum automedicar-se, devendo sempre realizar o


tratamento de acordo com a prescrição médica.

COMO PREVENIR A INFECÇÃO URINÁRIA

A ingestão abundante de água demonstrou ser uma mais-valia para a


prevenção e para o tratamento das infeções urinárias. Alguns estudos apontam
também para a utilidade do arando vermelho e de alguns chás, sendo que, nestes
casos, a eficácia é mais controversa.

O tabaco (fumar ou mascar), uma alimentação à base de picantes, o café,


as bebidas gaseificadas ou os alimentos ácidos podem, em alguns doentes,
contribuir para as queixas, e nesses casos, devem ser evitadas.

Outras medidas recomendadas para a prevenção de infeções urinárias:

 utilizar sabões neutros para higiene local;


 limpar após urinar ou após a relação sexual evita o acumulo de bactérias e
deve ser realizada sempre da frente para trás;
 utilizar roupa interior de algodão permite que a pele e as mucosas
“respirem” e diminui a concentração local de microorganismos;
 trocar regularmente e preferir os absorventes externos (pensos higiénicos)
em detrimentos dos internos (tampões).

Nos casos em que estas medidas não sejam eficazes o seu médico pode
propor-lhe outras opções como:

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 Estimular o sistema imunológico (responsável pela defesa do organismo)
ao tomar diariamente um lisado de bactérias (sem capacidade para
infectar);
 Esquemas de antibiótico em doses muito baixas, como por exemplo 1
comprimido após as relações sexuais ou um comprimido diariamente ou
até 10 em 10 dias consoante os casos.

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CONCLUSAO

Depois de longas pesquisas sobre o tema em causa concluimos que


infecção urinária é a presença anormal de patogênicos (que causam doença) em
alguma região do trato urinário. Algumas pessoas, especialmente mulheres,
podem apresentar bactérias no trato urinário e não desenvolverem infecção
urinária, chamadas de bacteriúria assintomática.
  
A incidência de infecção urinária é de 80% a 90% em mulheres, é mais
prevalente na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à
queda do estrogênio e de alterações no tipo e quantidade de micro-organismos
que protegem a vagina.

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

https://www.drakeillafreitas.com.br/infeccao-urinaria-o-que-
voce-precisa-saber/
https://www.grupoghanem.com.br/infeccoes-urinarias/
https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/
infeccao-urinaria
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/infeccao-urinaria

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