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Objectivo Geral

1. Analise da contratação Pública em torno da relação jurídico-procedimental


administrativa.

Objectivo específico

1. Aborda as diferentes temáticas conexas das organização Pública e das


actividades administrativas.
2. Conhecer o regime jurídico da formação e execução dos contratos públicos.
Delimitação

1. O presente Estudo compreende o período de 2010 a 2021.

Metodologia

1. Para o alcance dos resultados pretendidos, o Estudo foi desenvolvido com base
numa pesquisa de livros e sites.
INTRODUÇÃO

A contratação pública resume-se num dos atos mais importantes da


administração pública, sendo que é pois, ela realiza a satisfação do interesse geral
através do provimento de bens e serviços públicos. Importa assegurar que o regime da
contratação pública subordine-se, por um lado, aos princípios legais da igualdade, da
concorrência, da transparência e, por outro lado, simplificar os procedimentos de
aquisição de bens e serviços públicos.

Deve-se ainda ter-se em conta que a aquisição de bens e serviços por parte da
administração, exige dela capacidade económica, eficiência e eficácia na gestão dos
investimentos públicos. Decorre disto, os ensaios das parcerias público-privadas
enquanto garantes de uma gestão mais parcimoniosa, mais eficaz e mais eficiente dos
interesses públicos em tempos de crises económicas e de limitações orçamentais.
CONTRATAÇÃO PÚBLICA EM ANGOLA NO ORDENAMENTO JURÍDICO

Com a aprovação da Lei n.º 20/10, de 7 de Setembro, que estabelecia as bases


gerais e o regime jurídico relativos à contratação pública, foi possível unificar, no
mesmo Diploma, o regime da contratação de empreitadas de obras públicas, de
aquisição de bens e serviços, e ainda de concessões de obras públicas ou de serviços
públicos, permitindo salvaguardar os princípios estabelecidos pela Constituição da
República de Angola para o funcionamento da administração do Estado.

Entretanto, em Abril de 2013, foi aprovada a Lei n.º 3/13, de 17 de Abril, que
veio proceder a alteração pontual à Lei n.º 20/10, de 7 de Setembro, nomeadamente ao
n. º 2 do artigo 41.º com o objectivo de alinhar a competência para autorizar a despesa
com a competência para a nomeação da Comissão de Avaliação, bem como aditando
um novo número ao mesmo artigo, permitindo ao Titular do Poder Executivo criar um
modelo administrativo de constituição e designação de serviços técnicos e
especializados em procedimentos de contratação pública, cuja competência para
autorizar a despesa esteja sob a sua égide; Decorridos mais de cinco anos desde a
publicação da Lei n.º 20/10, de 7 de Setembro, justifica-se agora uma revisão mais
abrangente, com o propósito de colmatar lacunas detectadas e de introduzir
aperfeiçoamentos que a experiência da aplicação da lei revelou serem necessários;

Passados cerca de seis anos desde a publicação da Lei n.º 20/10, de 7 de


Setembro, que almejava unificar, num único diploma, o regime da contratação de
empreitadas de obras públicas, de aquisição de bens e serviços, e ainda de concessões de
obras públicas ou de serviços públicos, alterado posteriormente pela Lei n.º 3/13, de 17
de Abril, o regime da contratação pública sofre, agora, uma revisão mais abrangente e
ambiciosa.

A nova Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, adiante “Lei dos Contratos Públicos” ou
LCP, visa ir além da mera unificação, alcançando uma verdadeira uniformização do
regime de formação e de execução de contratos públicos em Angola. Contudo, quanto a
nós, para se compreender a real extensão da reforma na contratação pública angolana é
necessário trazer à colação as regras sobre as operações de contrapartidas no âmbito da
contratação pública aprovadas pela Lei n.º 20/16, de 29 de Dezembro (adiante “Lei das
Contrapartidas. LC) e pelo Decreto Presidencial n.º 4/17, de 26 de Janeiro (adiante
“Política Nacional das Contrapartidas” ou PNC).

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Na abertura de qualquer procedimento de contratação pública é imprescindível


que todos os interessados directos tenham conhecimento da legislação, em especial a
Lei dos Contratos Públicos (LCP) – Lei n.º 9/16, de 16 de Junho e a Lei do Orçamento
Geral do Estado – Lei n.º 15/10, de 14 de Julho. Na LCP, que estabelece o regime
jurídico dos contratos públicos, estão definidas as regras referentes à formação e
execução dos contratos públicos, ou seja, as aquisições sujeitas às formalidades da lei e
o regime da relação jurídico-contratual pública a que deve obedecer os contratos
celebrados.

A Lei Orçamento Geral do Estado é o principal mecanismo de definição das


regras respeitantes à preparação, elaboração, aprovação, execução e o respectivo
controlo do Orçamento Geral do Estado (OGE), bem como a Lei que Aprova o OGE
para cada ano económico, sendo diplomas importantes que permitem ter conhecimento
do orçamento disponível, das respectivas limitações impostas e da despesa sujeita a
determinadas aprovações ou vistos de conformidade.

A utilização dos diplomas anteriormente mencionados deve ainda ser


complementado com outros abaixo indicadas:

Diploma que aprova as Regras Anuais de Execução do OGE (Decreto


Presidencial n.º 1/15, de 2 de Janeiro);

Diploma que aprova as Regras sobre os Procedimentos e Critérios de


Confirmação de Contratos pelo Ministro das Finanças (Decreto Presidencial n.º 155/14,
de 27 de Maio);

Lei do Património Público (Lei n.º 18/10, de 6 de Agosto);

Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas (Lei n.º 13/10, de 9 de Julho);


Diploma que aprova as Normas do Procedimento e da Actividade Administrativa
(Decreto-Lei n.º 16-A/95, de 15 de Dezembro).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AOS CONTRATOS PÚBLICOS

No que respeita aos princípios, importa, antes de mais, referir que a actual
versão da LCP introduz um artigo especialmente dedicado aos princípios aplicáveis à
formação e execução dos contratos públicos. A anterior Lei n.º 20/10 não referia no seu
corpo, de forma expressa, esses princípios, embora se pudesse invocar a sua aplicação
de forma indirecta através do recurso às regras constitucionais7 . Porém, presentemente,
o art.º 3.º dispõe que se aplicam à contratação pública “especialmente” os princípios da
prossecução do interesse público, da justiça, da igualdade, da concorrência, da
imparcialidade, da transparência, da probidade, da economia, da eficiência e da eficácia
e do respeito pelo património público.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O termo administrar vem do latim administrare que, conjugando ad e minister,


significa, servir alguma coisa ou ir numa direcção subordinado a algo , ou seja é o acto
de gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objectivo de alcançar metas
definidas. Sendo que, no latim clássico, ministrare significa servir uma incumbência.

A palavra administrar significa não só prestar serviços, executá-lo, como


também, dirigir, governar, exercer a vontade, com o objectivo de obter um resultado
útil. Até no sentido vulgar, administrar quer dizer traçar um programa de acção e
executá-lo. Administrar pressupõe gerir sempre qualquer coisa: património individual
ou familiar, uma casa ou empresa, um concelho ou Estado.

A ideia de administrar implica manejo de recursos: dinheiro, bens ou serviços no


fito de lograr certas utilidades, quer actuais ou futuras. A administração compreenderá o
conjunto de decisões e operações mediante as quais, alguém procure prover a satisfação
regular das necessidades humanas, obtendo e empregando racionalmente para esse
efeito os recursos adequados.

O Direito Administrativo Na actualidade, a administração pública está


subordinada à lei e também à justiça, aos tribunais. Certamente, coloca-se a questão de
saber como se relacionam estes conceitos de Administração Pública e direito.
Entretanto, nenhum país pode deixar de ter Administração Pública, ou deixar de
desenvolver actividade administrativa. Portanto, para haver Direito Administrativo é
necessário que se verifiquem duas condições: a) Que a Administração Pública e a
actividade administrativa sejam reguladas por normas jurídicas propriamente ditas, ou
seja por normas de carácter obrigatório .

SISTEMA DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA ANGOLANA

As práticas internacionais, defendidas por organismos como o Fundo Monetário


Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), sugerem que um sistema de
contratação pública deve assentar em quatro pilares: Legal e regulatório; Institucional;
Contratação e práticas de mercado; Integridade e transparência.

O pilar legal e regulatório, que através da definição de um quadro normativo


sólido favorece o desenvolvimento económico e social do país, melhor desenvolvido no
capítulo seguinte, assenta numa Lei que unifica, no mesmo diploma, o regime de
formação e execução dos contratos de empreitadas de obras públicas, de aquisição de
bens e serviços, e ainda de concessões de obras públicas ou de serviços públicos,
permitindo salvaguardar os princípios estabelecidos pela Constituição da República de
Angola para o funcionamento da administração do Estado.

No pilar institucional, o sistema angolano conta com um conjunto de entidades


que desempenham diferentes papéis na contratação pública, designadamente o Titular
do Poder Executivo (TPE), que através da Casa Civil tutela a Secretaria para os
Assuntos da Contratação Pública (SACP) e, do Ministério da Finanças (MINFIN)
através do Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP), constituindo este a
vertente de orientação, cuja função é propor políticas e estratégias relacionadas com a
matéria.

Numa vertente de conformidade, o Tribunal de Contas (TC), os diferentes


órgãos inspectivos, com especial destaque para a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) e a
Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE) e o próprio SNCP, enquanto
órgão responsável pela regulação e supervisão da contratação pública exercem, de igual
modo, o seu papel de fiscalização e auditoria. Finalmente, completam o sistema as
diferentes EPC, que representam os compradores do mercado, a Unidade Técnica de
Negociação (UTN), responsável pela condução de procedimentos de contratação
pública, cuja autorização de despesa compete ao TPE, bem como a Direcção Nacional
do Património do Estado através do Departamento de Aprovisionamento Público
(DNPE-DAP), que assume um papel especialmente relevante na centralização de
compras e ainda os Fornecedores, que representam a contraparte do processo, isto é, os
vendedores do mercado.

OBJECTIVO DA LEI DOS CONTRATOS PÚBLICOS

A actividade contratual do Estado e das demais pessoas colectivas públicas é no


actual contexto, cada vez mais dinâmica e exige novas formas de concretização, em
função dos objectivos que se pretendem atingir na senda da satisfação das necessidades
colectivas. Para a LCP existe uma delimitação das entidades e dos contratos a que se
deve aplicar, quer na fase da formação como na da execução.

Apesar desta delimitação objectiva e subjectiva, deve-se entender que a LCP


constitui o regime geral para a formação e execução de todo e qualquer contrato a ser
celebrado pelo Estado e demais pessoas colectivas públicas ou privadas, quando em
causa estiver o exercício de funções materialmente administrativas. Adicionalmente, a
LCP apresenta um conjunto de contratos que em função da sua natureza específica,
ficam excluídos da aplicação do seu regime. Porem, esta exclusão não inibe da
aplicação dos princípios gerais que alicerçam a actividade de contratação na
Administração Pública.
CONCLUSÃO

Depois de longas pesquisas conclui que A formação e execução dos contratos


públicos são especialmente aplicáveis os princípios da prossecução do interesse público,
da justiça, da igualdade, da concorrência, da imparcialidade, da transparência, da
probidade, da economia, da eficiência e da eficácia e do respeito pelo património
público.

Os operadores económicos que participam no processo de formação e ou


execução dos contratos sujeitos à presente Lei, devem observar os princípios e regras de
governo societário designadamente, a prestação regular de informação, contabilidade
organizada, sistemas de controlo interno e a responsabilização social e ambiental.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NOVO REGIME DOS CONTRATOS PÚBLICOS E CONTRAPARTIDAS EM ANGOLA

https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/1851/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Jos
%C3%A9%20M%20Andr%C3%A9.pdf

https://www.mlgts.pt/xms/files/COVID-19/Contratacao_publica.pdf

https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43588/1/Li%C3%A7%C3%B5es%20de
%20Direito%20Administrativo-5a.pdf

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