Você está na página 1de 12

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

AMANDA PATRÍCIA DOS SANTOS


AUXILIADORA PEREIRA FRANCO
JULIANA DE OLIVEIRA
KAMILLY EDUARDA ANDRADE
LUZINETE DA SILVA DOS SANTOS
REBECA CÂMARA PINTO
VICTÓRIA GOVONI
WALÉRIA MARTINS DE ARAÚJO

CURITIBA – PR
2023
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU): Também conhecido como

Infecção urinária.

Seminário de apresentação
como requisito parcial para
obtenção de nota referente ao
módulo de Saúde da Mulher
do segundo período do curso
Técnico de Enfermagem pela
Escola Técnica UNITEC.

Orientador: Prof. Me.


Ederlon Alfaia

CURITIBA – PR
2023

2
INTRODUÇÃO

As infecções do trato urinário (ITUs) representam um fator muito comum que leva o
individuo acometido pela patologia a procurar pela assistência médica . As ITUs são
extremamente freqüentes, ocorrendo em todas as faixas etárias, do neonato ao idoso, de
forma que no trajeto da vida 48% das mulheres apresentarão ao menos um episódio de
ITU. (GUPTA et al.,2001). As ITUs caracterizam-se pela colonização e multiplicação
de bactérias nos tecidos do sistema urinário mas também podem ser causadas por
fungos e/ou vírus, podendo ser assintomática ou sintomática, agudas ou crônicas.
(JOHNSON,1991). A infecção urinária é causada pelo crescimento bacteriano de
100.000 (UFC/ml) colhida de jato médio e de forma asséptica.

CURITIBA – PR
2023

3
O QUE É INFECÇÃO URINÁRIA

Infecção urinária é qualquer infecção por micro-organismos que acometa o trato


urinário. Dependendo da estrutura acometida, a infecção tem nomes diferentes: uretrite
(uretra), cistite (bexiga) ou pielonefrite (rins). Embora vários micro-organismos possam
causar o problema, geralmente a responsável é a bactéria Escherichia coli, presente
naturalmente no intestino e importante para a digestão, mas patogênica para o aparelho
urinário.

TIPOS DE INFECÇÃO URINÁRIA

Existem três tipos de infecção urinária, com causas diferentes entre si: cistite, uretrite e
pielonefrite. De forma resumida, a principal diferença entre elas está na região do corpo
humano que é atingida pela infecção: a cistite é ocasionada por bactérias na bexiga, a
uretrite, como o nome indica, por problemas na uretra e a pielonefrite nos rins.

Toda infecção urinária demanda cuidado e que os pacientes procurem ajuda médica ao
menor sinal de incômodo. A depender da suspeita do médico, exames laboratoriais
podem ser solicitados para confirmação do diagnóstico.

Cistite - A cistite é uma infecção na bexiga provocada por bactérias, sendo a


Escherichia coli a principal causadora. Essa infecção é mais comum nas mulheres, uma
vez que as bactérias atingem a bexiga por meio da uretra, canal em que a urina percorre
para sair do corpo. Raramente ocorre em homens, mas existem casos registrados
também.

Uretrite - Essa é uma inflamação na uretra ocasionada por diferentes bactérias, como
Nesseria gonorrheae (sim, a mesma da gonorreia) e a Chlamydia trachomatis.

Pielonefrite - Esse é um tipo de infecção urinária extremamente perigosa.


Potencialmente grave, o problema pode, caso não seja tratado de forma adequada,
evoluir para uma doença renal crônica.

O quadro da pielonefrite pode ser mais danoso, em comparação a cistite e uretrite, pois
há risco de as bactérias caírem na circulação sanguínea, causando até mesmo uma
infecção generalizada.
4
A pielonefrite possui duas formas principais: a aguda (infecção bacteriana surge e
compromete o funcionamento renal) e a crônica (os rins vão perdendo a capacidade de
funcionamento aos poucos, por culpa de uma doença subjacente, como a diabetes tipo 2,
ou por repetidas infecções agudas ou mal curadas).

Os principais sintomas dessa infecção são dores na região lombar, febre, calafrio e mal-
estar, além de dor/ardência e muita vontade de urinar.

CAUSAS

Surge quando as bactérias que estão presentes na região da vagina e o ânus se


multiplicam e acabam invadindo a uretra, um dos órgãos que são atingindo com maior
frequência é a bexiga, por isso as principais características da infecção têm haver com a
micção, que é o ato de expelir a urina.
Alguns hábitos não saudáveis podem facilitar a entrada dos patógenos, agentes
responsáveis pelo malefício, às vias que permitem a infecção.

Entre as medidas habituais prejudiciais à saúde do sistema urinário, estão:

 Baixa hidratação hídrica, sendo que o recomendado é tomar ao menos 2 L de


água por dia;
 Segurar a urina por períodos prolongados;
 Não limpar corretamente a região íntima;
 Utilizar o mesmo absorvente por períodos prolongados, sem trocar nos
momentos devidos;
 Utilizar roupas íntimas apertadas, o que provoca uma ausência de ventilação;
 Uso recorrente de substâncias nocivas que interferem na saúde do trato urinário,
como álcool e cigarro.
 Candidíase também pode causar infecção urinaria, é chamada de cândida
urinária.

5
SINTOMAS

Os sintomas de infecção urinária dependem diretamente do local da infecção. Saiba mais sobre
cada um dos tipos:
Uretrite
Os sintomas de infecção urinária na uretra são:

 dor ao urinar;
 febre;
 cheiro forte na urina;
 vontade constante de urinar e
 secreção da uretra, sendo mais comum nos homens.
Cistite
Os sintomas da infecção urinária na bexiga mais comuns são:

 necessidade frequente de urinar;


 queimação ao urinar;
 perda de urina, em alguns casos;
 febre;
 dor na parte inferior das costas;
 aumento da vontade de urinar a noite e
 urina com aparência turva.
Pielonefrite
Os sintomas de infecção urinária nos rins são:

 calafrios repentinos;
 febre;
 náuseas;
 vômitos;
 dor lombar;
 micção dolorosa e frequente;
 contração dos músculos do abdome e
 dor nos rins.
É importante frisar que esses são os sintomas principais das infecções urinárias,
mas, em muitos casos, o paciente só identifica a doença ao realizar um exame de
rotina, já que não apresenta nenhum desconforto. Isso é comum, especialmente,
em idosos, o que reforça a importância da realização de exame de urina de forma
regular nessa faixa etária. Além disso, nem sempre todos os sintomas ocorrem. Pode
haver apenar dor para urinar, febre ou dor nas costas, por exemplo. Por isso, é
indispensável procurar ajuda médica ao desconfiar desse problema, ainda que em
seu início.

6
INFECÇÃO URINÁRIA NA GESTAÇÃO

A infecção urinária durante a


gravidez é um problema muito frequente devido às alterações fisiológicas da gravidez,
que favorecem a colonização do trato urinário. Estes problemas afetam a qualidade de
vida da mulher além de aumentar o risco de morbidade materna e fetal neste período. A
infecção urinária na gravidez ocorre principalmente por bactérias que adentram em
diferentes partes do trato urinário, como bexiga, uretra e, até mesmo, rins. Embora seja
uma condição que pessoas de todas as idades possam desenvolver, é mais comum que
aconteça em mulheres.
Os sintomas clássicos de infecção urinária incluem dor e ardência ao urinar, aumento da
frequência, urgência e dor suprapúbica. Outros sintomas podem aparecer com a
evolução da doença, como odor desagradável, esvaziamento incompleto da bexiga,
constipação, dor lombar, sangue na urina, febre e sensação geral de mal-estar.
Gestantes com diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU) ou cistite devem ser
tratadas com antibióticos em regime ambulatorial, e a seleção deve ter como alvo
bactérias comuns.Além disso, é necessário observar se o medicamento está disponível e
pode ser modificado após a identificação. o patógeno e utilizando o espectro
antimicrobiano, após determinação de sua sensibilidade.
Normalmente, os antibióticos utilizados incluem nitrofurantoína, uma cápsula a cada 12
horas durante 5 a 7 dias (evitar após 36 semanas de gravidez devido ao risco de
hemólise em pacientes com deficiência de G6PD); cefalexina a cada Uma cápsula a
cada 6 horas por 5 a 7 dias; Amoxicilina-Cclavulanato uma cápsula a cada 8 horas por 5
a 7 dias. Repita a cultura de urina (2-7) 7 dias após o término do tratamento.
A infecção do trato urinário durante a gravidez está relacionada à ruptura prematura de
membranas, aborto espontâneo, parto prematuro, corioamnionite (fecção ovular como
um processo inflamatório agudo e às vezes difuso das membranas extraplacentárias,
placa coriônica da placenta e cordão umbilical), baixo peso ao nascer e infecção
neonatal, sendo também uma das principais causas de sepse durante a gravidez.

7
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Quando há suspeita de infecção urinária, é importante procurar um Ginecologista ou


urologista, para avaliação e tratamento adequados.

Geralmente, o diagnóstico da infecção urinária envolve a avaliação de sintomas, exames


clínicos e laboratoriais. O médico pode solicitar um exame chamado de urocultura, que
analisa uma amostra de urina e verifica se há a presença de bactérias. Além de
diagnosticar a condição, o exame também identifica qual é a bactéria causadora do
problema de saúde, ajudando a indicar qual é o melhor tratamento a ser feito.

A infecção urinária deve ser tratada com antibióticos. Após identificar qual é o agente causador
da doença, o especialista define qual é o melhor medicamento. Caso o paciente tenha cistite, é
importante que essa condição seja tratada para não evoluir para pielonefrite, ou seja, que as
bactérias subam da bexiga para os rins e cause uma situação mais grave. É indispensável que
esse medicamento seja tomado de forma rigorosamente correta para evitar infecções
recorrentes e mais fortes. Além dos medicamentos é fundamental beber bastante água.

Se não tratada, a infecção urinária pode causar outras complicações como a infecção dos
rins, chamada de pielonefrite, ou até mesmo, evoluir para casos de septicemia, a
infecção generalizada. Uma infecção grave que atinge os rins pode levar a perda aguda
da função renal ou causar cicatrizes nestes órgãos, levando futuramente a perda total da
função renal. O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento comece o
quanto antes e previna o risco de complicações.

Além do antibiótico, o especialista também poderá passar outros remédios para lidar
com as dores, com a febre, com a náusea e outros sintomas fortes, mas você também
pode mudar os hábitos para amenizar o desconforto e evitar a doença. Para isso, é
recomendado:

 Eliminar as substâncias que irritam o sistema urinário, como café e álcool;


 Aplicar uma compressa quente na lombar ou abdome;
 Urinar depois de ter relações sexuais;
 Beber bastante água e não segurar a urina

8
CUIDADOS DA ENFERMAGEM

Alguns cuidados e orientações podem ser dispensados aos pacientes idosos e acamados
que apresentam infecção urinária de repetição, dentre as quais:
• Orientar o paciente a beber bastante líquido (média de 2 litros por dia), caso não haja
nenhuma contraindicação;
• Instruir o paciente a evitar reter a urina, urinando sempre que tiver vontade;
• Procurar manter o paciente sempre com uma higiene pessoal adequada.
• Caso esteja fazendo uso de frauda o ideal é que não fique muito tempo sem realizar a
troca da mesma.
• Lavar a região perianal após as evacuações, caso não seja possível fazer limpeza
adequadamente.
• Evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sem indicação médica.
• Evitar o uso de absorventes internos caso as pacientes ainda estejam menstruando;
• O banho, sempre que possível, deve ser dado no chuveiro.
• Ter cuidado com técnicas de sondagem, caso seja necessário sondar paciente.
• Manter controle de doenças como diabetes pode ajudar no controle de ITU de
repetição.

9
PREVENÇÃO

A principal dica é beber bastante água. Isso ajuda a expelir bactérias e impurezas da
bexiga e da uretra.
Cuidado com a higiene e as roupas íntimas também são formas importantes de prevenir
a infecção urinária.
No caso das mulheres, é necessário manter a região da vulva e do ânus sempre limpa,
por meio de água e sabão.
Não usar absorventes internos por mais 4hhoras mesmo se o fluxo estiver fraco.
Beber bastante água.
Manter a higiene adequada após a evacuação e relações sexuais.
Não segurar o xixi por muito tempo.
Evitar roupas apertadas e preferir as de algodão.
Usar preservativos.
Evitar o uso excessivo de antibióticos sem necessidade.
Limpar sempre
A limpeza deve ser realizada suavemente, em movimentos que se iniciam na frente e
seguem para trás, na direção do ânus.
Além disso, o indicado é que uma ducha seja usada para limpar a região após o uso do papel.

10
CONCLUSÃO

A infecção do trato urinário constitui uma das infecções bacterianas mais frequentes na
população, acomete tanto homens como mulheres e ocorre em qualquer idade, causada
principalmente pela bactéria Escherichia coli, pode atingir todo trato urinário gerando
dor, desconforto e até problemas graves no sistema excretor (cistite e pielonefrite). O
presente estudo tem como objetivo identificar a incidência de infecção do trato urinário
de um laboratório da cidade de Monte Sião- Minas Gerais e avaliar os fatores
contribuintes para infecção, assim como demostrar suas classificações, sintomas,
diagnósticos e com base em antibiograma estabelecer quais antibióticos possuem
eficácia. A pesquisa será realizada em 300 casos fornecidos os dados laboratoriais pelo
LABMON, importante salientar a realização do antibiograma para orientação médica
com uso do fármaco adequado para cada caso. Como também fornecer informações
para população a respeito da necessidade do exame de urina I, para que em resultados
positivos seja possível o tratamento na tentativa de sessar desenvolvimento da infecção
evitando doenças graves que podem afetar o trato urinário.
Dentre os resultados preliminares há questionamento que a população ainda possui
pouca informação sobre a infecção do trato urinário e que muitas vezes desconhece as
graves consequências como a uretrite e pielonefrite onde ocorre desconforto e dor.
Também está sendo verificado que o número de casos positivos seja maior em
mulheres, devido a diversas circunstâncias como: a susceptibilidade existente,
características como anatomia da uretra feminina e a proximidade entre a vagina e o
ânus aumentando o risco de contaminação das bactérias o que pode levar a ITU.

CURITIBA – PR
2023

11
REFERÊNCIAS

LOPES HV; TAVARES W. Projeto Diretrizes - Associação Médica Brasileira (AMB) e


Conselho Federal de Medicina (CFM); Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade
Brasileira de Urologia. Infecções do Trato Urinário: Diagnóstico, 2004.
Disponível em:
< https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/infeccoes-do-trato-urinarionaocomplicadas-
tratamento.pdf>.

PIRES, M. C. S. Prevalência e suscetibilidades bacterianas das infecções comunitárias do trato


urinário, em Hospital Universitário de Brasília, no período de 2001 a 2005. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol. 40, n. 6, p. 643-647, 2007. Disponível em:
< http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v40n6/a09v40n6.pdf>

BAUMGARTEN, M. C. S.; et al. Infecção Urinária na Gestação: uma Revisão da Literatura.


Revista Unopar Cientifica,v.13,n.3,p.621-745,2011. Disponível em:< . Disponível em:
< http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/JHealthSci/article/viewFile/1083/1039

Autor: Paulo Afonso de Carvalho - médico urologista


Disponível em:
< https://dasa.com.br/blog/saude/infeccao-urinaria-causas-diagnostico-e-tratamento/

Dr. Leonardo Ortigara


Médico urologista
CRM 15149/RQE 7698
Disponível em:
<https://www.drleonardoortigara.com.br/artigos/incontinencia-urinaria/quais-sao-os-sintomas-
de-infeccao-urinaria/

CURITIBA – PR
2023

12

Você também pode gostar