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1 INTRODUÇÃO:
2 CONCEITO:
A Gonorréia, também chamada de blenorragia, uretrite gonocócica,
esquentamento, pingadeira, entre outros, é uma infecção sexualmente
transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que infecta
especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo.
A bactéria também pode infectar o revestimento do colo do útero, e a
prática de sexo anal e oral pode levá-la para a região do reto e da garganta. Ás
vezes, até a córnea pode ser acometida.
Eventualmente, o micro-organismo se dissemina pela corrente
sanguínea (infecção gonocócica disseminada), mas esses são casos menos
frequentes. Quando ocorrem, a bactéria causa pequenas manchas vermelhas
doloridas na pele e agride as grandes articulações, provocando dor forte. Em casos
de disseminação, a doença também pode provocar a chamada artrite séptica
gonocócica, que provoca dor e inchaço em grandes articulações, como pulsos,
cotovelos, joelhos e tornozelos, prejudicando a mobilidade.
Ela pode também ser transmitida para a criança pela mãe no momento
do parto e provocar conjuntivite na criança (oftalmia neonatal) e também o risco de
ter um parto prematuro e muito alta.
Pessoas que possui gonorreia, pode ter outras IST, como clamídia e
sífilis, e precisam ser testadas de forma abrangente.
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3 SINTOMAS:
Inflamação no canal da uretra;
Dor ou ardor ao urinar;
Saída de secreção purulenta amarelo – esverdeada pela uretra.
Obstrução do canal anal, coceira, sangramento e secreção.
Sintomas na garganta (faringite gonocócica) incluem dor e alterações
da fala;
No caso da conjuntivite em RN, ás pálpebras ficam muito inchadas e
secretam pus.
Caso a gonorreia não seja tratada, ela pode atingir vários órgãos. Nos
homens, a infecção alcança o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade
masculina. Nas mulheres, chega ao útero, ás tubas uterinas e aos ovários e
provoca um processo inflamatório que, além da infertilidade feminina, é responsável
por uma complicação grave, ás vezes, fatal, chamada peritonite (doença
inflamatória da pélvis).
4 SINAIS:
Homem: consiste em um dos tipos mais frequentes de uretrite masculina
do qual o sintoma mais precoce é uma sensação de coceira na fossa navicular que
vai estendendo para toda a uretra. Após 1 a 3 dias, o doente já se queixa de
ardência miccional (disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucoide que,
com o tempo, vai se tornando, mais abundante e purulento. Em alguns pacientes,
pode haver febre e outras manifestações de infecção aguda sistêmica.
Se não houver tratamento, ou se esse for tardio ou inadequado, o
processo se propaga ao restante da uretra, com o aparecimento de polaciúriae
sensação de peso no períneo; raramente observa-se hematúria no final da micção.
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5 DIAGNÓSTICO:
O período de incubação que vai desde a relação desprotegida até as
primeiras manifestações da doença varia de 24 horas a até 14 dias. Por isso, uma
das maneiras de fazer o diagnóstico clínico da doença é perguntar quanto tempo
depois da relação sexual apareceu a lesão, se a secreção lembra pus e está
manchando as roupas íntimas.
O histórico do paciente acompanhado do exame clínico pode definir o
diagnóstico e a comprovação é feita através de exames laboratoriais específicos
que analisam a secreção.
Normalmente, não se colhe o pus que é eliminado, porque esse já sofreu
a ação de enzimas e nem sempre contém bactérias. Despreza-se esse primeiro
pus e colhe-se o material diretamente da uretra, normalmente solicitando
previamente que o paciente fique sem urinar por pelo menos 2 horas. É um exame
rápido em 15 minutos, está pronto o resultado, é barato e indolor, mas
importantíssimo para definir o agente etiológico da doença.
6 MODO DE TRANSMISSÃO:
Por relações sexuais desprotegidas (sexo vaginal, oral e anal).
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7 TRATAMENTO:
A penicilina benzatina foi usada no passado, mas não mata mais a
Neisseria gonorrheae, porque a automedicação foi selecionando cepas cada vez
mais resistentes. Por isso, atualmente, utiliza-se em geral uma injeção de
ceftriaxona e azitromicina em dose única assistida, ou seja, o paciente toma o
remédio na frente do médico. Outras combinações podem ser realizadas de acordo
com cada caso.
É muito importante avisar todos os parceiros sexuais que tiveram contato
com a pessoa infectada nos últimos 60 dias para que sejam testadas e, em caso
positivo, façam o tratamento. Quem teve contato sexual com pacientes nas últimas
2 semanas deve realizar tratamento mesmo sem apresentar sintomas.
O tratamento da gonorreia é simples, barato e está disponível
gratuitamente na maioria dos postos de saúde.
No caso específico da oftalmia neonatal, um medicamento em forma de
colírio deve ser aplicado em todos os recém-nascidos na primeira hora de
nascimento para prevenir o problema. Caso o recém-nascido apresente sinais da
infecção, ele deverá ser hospitalizado para receber o tratamento antibiótico
adequado, pois há risco de lesões na córnea e cegueira.
8 RECOMENDAÇÃO:
Use preservativos nas relações sexuais, inclusive para a prática de
sexo oral. Essa é a única forma de evitar o contágio com a bactéria da gonorreia.
Procure assistência médica ao primeiro sinal de corrimento ou
secreção purulenta, coceira ou ardor ao urinar.
Siga rigorosamente a prescrição médica para ter certeza de que a
bactéria foi eliminada por completo.
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9 CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: