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E.E.

B ROBERTO MORITZ

Doença inflamatória pélvica

-Caio Eduardo Johanson


-Kaique Vieira

ITUPORANGA-SC
2023
GERAL
A doença inflamatória pélvica é uma inflamação e infecção que atinge os órgãos
reprodutores femininos e tem origem na vagina, progredindo e afetando o útero,
trompas e ovários, se espalhando por uma grande área pélvica, e acontecendo na
maioria dos casos como consequência de uma infecção que não foi devidamente
tratada.

A doença inflamatória pélvica, também chamada de DIP, afeta principalmente


adolescentes e jovens sexualmente ativas, com vários parceiros sexuais, que não usam
camisinha e que mantém o hábito de lavar internamente a vagina, já que essas
situações podem provocar desequilíbrio da microbiota vaginal normal e aumentar o
risco de infecções, principalmente por Chlamydia trachomatis ou Neisseria
gonorrhoeae, que são as bactérias mais frequentemente associadas com a DIP.
Apesar de ser normalmente relacionada com infecções sexualmente transmissíveis, a
DIP pode estar também relacionada com outras situações como a colocação de DIU ou
endometriose, que é uma situação em que o tecido do endométrio cresce fora do
útero.

Sintomas de DIP

Os principais sintomas de DIP são:

 Febre igual ou superior a 38ºC;

 Dor no abdômen e na região pélvica, principalmente durante a sua palpação;

 Sangramento vaginal fora da menstruação ou após a relação sexual;

 Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado com mau cheiro;

 Dor durante o contato íntimo, principalmente durante a menstruação. 

Na maioria dos casos, a doença inflamatória pélvica pode ser muito sutil, e nem
sempre a mulher consegue perceber seus sinais e sintomas, favorecendo a
proliferação dos microrganismos e resultando em maiores inflamações da região
genital.

As mulheres que possuem mais chances de desenvolver esse tipo de inflamação são as
que possuem entre 15 e 25 anos de idade, não usam camisinha em todas relações
sexuais, que possuem diversos parceiros sexuais, e as que tem o hábito de usar a
ducha vaginal, o que muda a flora vaginal facilitando o desenvolvimento de doenças

Como é feito o diagnóstico


O diagnóstico da doença inflamatória pélvica é feito a partir da observação e análise
dos sintomas pelo ginecologista, além de outros exames que podem ser solicitados,
como a ultrassonografia pélvica ou transvaginal, tomografia computadorizada,
ressonância magnética ou laparoscopia, que é o exame que costuma confirmar a
doença. Além disso, o médico pode indicar a realização da análise da secreção vaginal
com o objetivo de identificar o microrganismo relacionado com a inflamação.

Estágios da DIP

A partir dos resultados dos exames de diagnóstico realizados, o médico é capaz de


verificar o estágio da doença, sendo eles:

 Estádio 1: Inflamação do endométrio e das trompas, mas sem infecção do peritôneo;


 Estádio 2: Inflamação das trompas com infecção do peritôneo;
 Estádio 3: Inflamação das trompas com oclusão tubária ou comprometimento tubo-
ovariano, e abscesso íntegro;
 Estádio 4: Abscesso tubo-ovariano roto, ou secreção purulenta na cavidade. 
Dessa forma, ao identificar a gravidade da DIP e o agente infeccioso responsável, é
possível que o tratamento mais adequado seja indicado.

Principais causas

A doença inflamatória pélvica está normalmente relacionada com a proliferação de


microrganismos e ausência de tratamento adequado. A principal causa de DIP são os
microrganismos transmitidos sexualmente, podendo, nesses casos, ser consequência
de gonorreia ou clamídia, que são infecções causadas por Neisseria
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, respectivamente.
Além disso, a DIP pode se desenvolver como consequência de infecção no momento
do parto, introdução de objetos contaminados na vagina durante a masturbação,
colocação de DIU a menos de 3 semanas, endometriose ou após a realização de
biópsia do endométrio ou curetagem uterina.
Como é o tratamento

O tratamento para doença inflamatória pélvica pode ser feito com o uso de
antibióticos por via oral ou por via intramuscular por cerca de 14 dias. Além disso, é
importante repouso, ausência de contato íntimo durante o tratamento, nem mesmo
com camisinha para dar tempo para os tecidos cicatrizarem, e a retirada do DIU, se for
o caso.

Um exemplo de antibiótico para doença inflamatória pélvica é a Azitromicina, mas


outros, como o Levofloxacino, Ceftriaxona, Clindamicina ou Ceftriaxona também
podem ser indicados. Durante o tratamento é recomendado que o parceiro sexual
também seja tratado mesmo que não tenha sintomas para evitar a recontaminação e a
cirurgia pode ser necessária para tratar a inflamação das tubas uterinas ou para
drenagem de abscessos

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