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IsT

Infecção
Sexualmente
Transmissivél
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INTRODUÇÃO

● As IST são frequentes, têm múltiplas etiologias e apresentações clínicas e causam


impacto na qualidade de vida das pessoas, nas relações pessoais, familiares e sociais.
● As principais manifestações clínicas das IST são: corrimento vaginal, corrimento
uretral, úlceras genitais, DIP e verrugas ano genitais.
O manejo adequado de casos de IST
TRIAGEM ACONSELHAMENTO
01 02
ESPERA COMUNICAÇÃO AOS
03 04 PARCEIROS SEXUAIS

CONSULTA CLÍNICA
05 Exame fisico
Abordagem sindrômica

classificar os principais Tratamento para os


Fluxogramas agentes etiológicos
agentes etiológicos
• Incluir a atenção dos
Ajuda o profissional a parceiros
Segundo as síndromes identificar as causas de
uma determinada • Incluir a oferta da
clínicas por eles causados
síndrome; sorologia para sífilis,
hepatites e para o HIV
CLAMIDIA

● Acomete preferencialmente homens e mulheres jovens com


menos de 25 anos.
● É a infecção bacteriana sexualmente transmissível crônica mais
frequente.
● Na grande maioria dos casos a clamídia se apresenta de forma
assintomática.
● Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos
● O período de incubação dura de 6 a 14 dias.
FATORES DE RISCO
● 1. Gestantes
● 2. Mulheres sexualmente ativas com menos de 25 anos
● 3. Novo parceiro em 90 dias/ uso inadequado de preservativo/ IST pré-via
ou atual.
● 4. Ectopia hipertrófica friável/ muco endocervical turvo em primeira fase
do ciclo
● 5. História/ investigação de infertilidade
● 6. Parceiro com secreção uretral ou história de uretrite/epididimite.

● As sequelas mais importantes da clamídia nas mulheres são: esterilidade,


gravidez ectópica, dor pélvica crônica.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

● Queixa de dispareunia e dor à mobilização de colo uterino ao exame especular.

Quando sintomáticos, podem apresentar


● Cervicite em 50% das portadoras, com colo uterino friável e sangrante em coleta
endocervical e com secreção mucopurulenta.

● Uretrite, com sintomas semelhantes à infecção urinária, evidenciando-se piúria na


análise da urina.
● Doença inflamatória pélvica (DIP) e hidrossalpinge (presença de liquido no interior da
trompa, obstruído por infecção), quando a infecção ascendo o trato genital superior.

● Salpingite, em 7%, sendo que 10 a 40% das infertilidades por obstrução tubária são por
clamídia.
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO
Clínico, através das manifestações, e laboratorial,
através
da pesquisa de DNA (PCR), captura híbrida ou teste
rápido por PCR ;
Secreção uretral ou endocervical ou no exame de
urina de (primeiro jato).
GONORREIA
Agente: Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram negativo.

Ou uretrite gonocócica, Acomete mais mulheres do que homens, já que nelas geralmente ocorre de forma
assintomática, enquanto neles, por serem sintomáticos, procuram assistência médica de forma imediata.

● Mesmo não apresentando sintomas uma pessoa pode transmitir a doença

● O período de incubação da Neisseria gonorrhoeae é de até uma semana.


GONORREIA

● O primeiro sintoma é o ardor na uretra seguido de secreção purulenta; Leucorreia mucopurulenta


● Mucosa endocervical apresenta-se edemaciada, hiperemiada e sangrativa ao toque da espátula.
● DIP, disúria e dispareunia (dor genital durante a relação sexual), podem estar presentes.
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

● Clínico e laboratorial
● A cultura de secreção
endocervical em meio de
Thayner-Martin é uma alternativa ou
por biologia molecular (PCR).
TRICOMONIASE
Agente: Trichomonas vaginalis

● É a terceira causa mais comum de corrimento vaginal, correspondendo a 20% dos casos.
● Geralmente está associada a outra IST e facilita a infecção por HIV.
TRICOMONIASE

● As mulheres são em sua maioria sintomáticas, podendo, em algumas


circunstâncias, permanecerem assintomáticas, como após a menopausa.

● Pode cursar de forma assintomática nos homens.


● Os homens são geralmente portadores assintomáticos e, em linhas gerais,
comportam-se como vetores. Entretanto, algumas vezes desenvolvem um quadro
de uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite.
● As mulheres também podem ser assintomáticas e as infecções não tratadas
podem perdurar por meses ou, até mesmo, anos.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

● As características do corrimento são: amarelo ou amarelo-esverdeado,


abundante, fétido e bolhoso.
● PH vaginal normalmente é >5.
● Ardência, edema e hiperemia.
● Pode ocorrer disúria, polaciúria e dor pélvica.
● Na colposcopia, ou raramente a olho nu, é visualizada a colpite focal ou difusa
em “colo de framboesa”, característica da tricomoníase e ocorre por dilatação
capilar e hemorragias puntiformes.
DIAGNOSTICO

● Diagnóstico: Clínico.
● Pode-se realizar medida do pH vaginal
● Teste de Whiff e microscopia a fresco do fluido vaginal. O pH vaginal, normalmente, é
igual ou superior a 5.
● Pacientes que não tiveram diagnóstico confirmado por microscopia podem realizar Teste
de Amplificação do Ácido Nucleico (NAAT), o exame mais sensível e específico
disponível.
● Laboratorial, através da pesquisa de DNA (PCR), captura híbrida ou teste rápido por PCR
real time; Secreção uretral ou endocervical ou no exame de urina de (primeiro jato).
TRATAMENTO

● É feito de forma sistêmica, com Metronidazol 2g, VO, dose única e Tinidazol 2g,
VO, dose única. Como alternativa, Metronidazol 500mg, VO, 12/12h, por 7 dias.

● O tratamento do parceiro ocorre da mesma forma e abstinência sexual durante o


tratamento é obrigatório.
DOENÇA INFLAMATORIA PELVICA
● É uma síndrome clínica aguda atribuída a ascensão de microorganismos do trato genital
inferior.
● 90% das causas de DIP é secundária a agentes sexualmente transmissíveis, como
clamídia e gonorreia.

● Geralmente ocorre em duas etapas: 1° Processo inflamatorio


● 2° corresponde à ascensão desses microrganismos patogênicos.
DIAGNOSTICO

● È difícil, devido à variedade de sintomas. Deve ser tratado como diagnóstico


diferencial de mulheres com dor abdominal inferior.
● Deve-se estar presente três critérios maiores e um critério menor; ou então presença de
um critério elaborado.

● Realiza alguns exames, dependendo do quadro clínico e das suspeitas, como


hemograma completo, VHS ou PCR, bacterioscopia, cultura e antibiograma de
material cervico uterino, ecografia abdomino pélvica ou RM, radiografia simples de
abdome, laparoscopia, EAS e urocultura, teste de gravidez.
TRATAMENTO

● É feito, principalmente, com base nos estágios.


● Classificação de Monif

● Estágio I: Mulheres com endometrite e salpingite aguda sem peritonite

● Estágio II: Mulheres com salpingite (inflamação das tubas uterinas) e peritonite
● Estágio III: Mulheres com salpingite aguda com oclusão tubária ou comprometimento
tubo-ovariano. Abcesso integro.

● Estágio IV: Mulheres com abcesso tubo-ovariano roto.


TRATAMENTO

O tratamento é ambulatorial. Pode-se utilizar como primeira opção


Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por 14 dias
+ Metronidazol 250mg, VO, 2x/dia, por 14 dias.

ESTÁGIOS A SEGUIR, CONDUTA HOSPITALAR


com Cefoxitina 2g, IV, 4x/dia, por 14 dias + Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por
14 dias.
No estágio IV, há ainda associado, o tratamento é cirúrgico (videolaparoscopia ou
laparotomia)
LINFOGRAMA VENEREO
● Agente: Chlamydia trachomatis

● Também chamada linfogranuloma inguinal, doença de Nicolas-Favre ou “bubão”.


● É uma doença linfoproliferativa, que apresenta como fatores de risco: múltiplos parceiros
sexuais, a soro positividade para o HIV e sexo anal.
MANIFESTAÇÃO CLINICA
● O quadro clínico apresenta três fases:

● 1. Fase de inoculação: O período de incubação é de 3 a 12 dias.


● Inicialmente, surgimento de pápulas ou pústulas na região vulvar, evoluindo com úlcera indolor
ou reação inflamatório no local da inoculação.
● Regride espontaneamente em 3 a 5 dias.
MANIFESTAÇÃO CLINICA
● 2º Fase de disseminação linfática regional:
Ocorre em 1 a 6 semanas
após o aparecimento da primeira lesão e
corresponde a infecção dos linfonodos regionais,
com adenite inguinal, sendo 70% dos casos
unilateral.
MANIFESTAÇÃO CLINICA

● Fase de sequelas: Há drenagem do material


purulento, com formação de cicatrizes e retrações.
Podem ocorrer manifestações intestinais e sistêmicas,
como febre, mal-estar, emagrecimento, sudorese
noturna,artralgia e meningismo.
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

● Diagnóstico: Dificilmente o diagnóstico é feito apenas com base na clínica.


Laboratorialmente, realiza-se pesquisa de C.tracomatis por PCR ou captura hídriba.

1° opção: Doxiciclina 100 mg, , via oral, de 12 em 12 horas, por 21 dias.


2° opção: Azitromicina 1g, via oral, 1 vez por semana, por 3 semanas(preferencial nas
gestantes)
Ou Eritromicina 500mg, via oral, de 6 em 6 horas, por 21 dias.

Se os parceiros forem assintomáticos, recomenda-se o tratamento com Azitromicina 1g, via


oral, dose única, ou Doxiciclina 100mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 7 dias.
CHANCRO MOLE OU CANCROIDE
● Agente: Haemophilus ducreyi, cocobacilo gram negativo.
● Período de incubação de 3 a 5 dias.
● Apresenta-se com uma ou múltiplas ulceras dolorosas hiperemiadas, com
bordas irregulares e eritemato edematosas, fundo purulento ou irregular, recoberto por
exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e com tecido granulomatoso ao fundo.
● Compromete, principalmente, a genitália externa.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
● O diagnóstico é clínico.

● TRATAMENTO:
● 1a opção: Azitromicina 1g, via oral, dose única ou Ceftriaxone 250 500mg,
intramuscular, dose única.

● 2a opção – contraindicada para gestantes: Ciprofloxacina 500mg, via oral, de 12 em 12


horas, por 3 dias.

● O tratamento sistêmico deve ser acompanhado de medidas locais de higiene.

● Os parceiros devem ser tratados mesmo quando assintomáticos.


DONOVASE
● Agente: Klebisiella granulomatis
● Também chamada de granuloma inguinal.
● Lesões únicas ou múltiplas granulomatosas e
ulcerovegetantes em região genital, inguinal e
perianal, de evolução lenta, progressiva, indolor e
sem linfadenopatia regional.
● Lesões vermelhas e sangramento fácil.
Após a infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais
que lentamente se transforma em úlcera. Essa ferida
pode atingir grandes áreas, danificar a pele em volta e
facilitar a infecção por outras bactérias
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

● O diagnóstico é clínico.
● É feito por 3 semanas ou até a regressão das lesões.

● • 1a opção: Doxiciclina 100mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas.

● • 2a opção: Azitromicina 1g, via oral,1 vez por semana, por 3 semanas
Ou Ciprofloxacino 750mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas
Ou Sulfametoxazol – Trimetoprim (800/160mg), via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas

Ou associar Eritromicina 500mg, via oral, de 6 em 6 horas, por 3 semanas + Gentamicina


1mg/kg, intravenoso, a cada 8 horas, em alguns casos mais graves.

• Em gestantes: Esterato de Eritromicina ou Azitromicina


Herpes Genital

● Agente: Herpes simplex vírus (HSV--tipo 1 e HSV-tipo 2).


● A transmissão ocorre por contato sexual vaginal, oral ou anal,
pela mucosa ou lesão infectante.
Classificação

● Primo-infecção herpética: Geralmente subclínica e a


paciente torna-se portadora assintomática.
● Herpes recidivante: 90 – 60% dos pacientes tem recidiva em
1 ano por reativação dos vírus, que migram através dos nervos
periféricos e promovem erupções em pele e mucosa.
Diagnóstico

● Essencialmente clínico, por meio da história e características


da lesão.
● O diagnóstico laboratorial também pode ser feito pela coleta
de material por meio de swab, para detecção direta do HSV.
● A cito patologia (método de Tzanck) trata-se de um raspado
de vesícula integra para observação de inclusões virais.
Tratamento

Em geral, o tratamento inclui a prevenção da transmissão, a


atenuação da sintomatologia.
Tratamento
Em primo-infecção, o tratamento Em recidivante, deve-se tratar ao
pode ser feito com: aparecimento dos pródromos com:
• Aciclovir 400mg, via oral, de 8 em • Aciclovir 800 mg, via oral, de 8 em
8 horas, por 5-10 dias ou 8 horas, por 2 dias ou
• Aciclovir 200 mg, via oral, de 4 em • Aciclovir 400 mg, via oral, de 8 em
4 horas, por 5-10 dias ou 8 horas, por 3-5 dias ou
• Valaciclovir 500, via oral, de 12 em • Aciclovir 200 mg, via oral, de 4 em
12horas, por 5-10 dias ou 4 horas, por 3-5 dias ou
• Famciclovir 250 mg, via oral, de 8 • Valaciclovir 500 mg, via oral, de 12
em 8 horas, por 5-10 dias. em 12 horas, por 3-5 dias.
------------------------------------------- • Famciclovir: 1g, via oral, de 12 em
Em pacientes imunossuprimidos: 12 horas, por 1 dia ou
• Aciclovir endovenoso, 5-10 mg/ • Famciclovir 250mg, via oral, de 12
kg de peso, EV, de 8/8h, por 5 a 7 em 12 horas, por 5 dias ou
dias, ou até resolução clínica • Famciclovir 125mg, via oral, de 12
em 12 horas por 3-5 dias.
SIFILIS
Causada pelo espiroqueta “treponema pallidum”

Infecciosa bastante grave, com evolução crônica, alternando surtos agudos e de latência.

Produz lesões na área genital que podem se alastrar para várias partes do organismo.

● CLASSIFICAÇÃO:
Sífilis Adquirida Recente (até um ano após a infecção): divide-se em primária, secundária e
latente recente.
Sífilis Adquirida Tardia (com mais de um ano de evolução): divide-se em latente tardia e
terciária.
Sífilis Congênita: recente (manifestação até os dois anos de idade) ou tardia (após os dois
anos).
SIFILIS PRIMARIA
● Sífilis primária ou chancro duro:

Essa fase, que é chamada também de “chancro


duro”, caracteriza-se pela presença de lesão rosada
ou ulcerada geralmente única, pouco dolorosa, com
base endurecida, fundo liso, brilhante e secreção
serosa escassa.
SIFILIS SECUNDARIA

Caracteriza-se pela presença de lesões não ulceradas na pele e nas


mucosas, depois de seis a oito semanas do aparecimento da sífilis
primária
Latente recente e tardia.

É a forma de sífilis adquirida na qual não há sinais ou sintomas


clínicos, essa fase assintomática pode ser interrompida com
aparecimento dos sintomas das fases primária e secundaria.
SIFILIS TERCIARIA

● Sífilis Terciária
Tardia, surge após
2 - 40 anos da infecção.
Apresenta manifestações cutâneas (lesões gomosas e
nodulares), neurológicas (tabes dorsalis, parestesia
generalizada,meningite), ósseas (osteíte gomosa,periostite,
osteíte esclerosante) e cardiovascular (aortite sifílica).
Diagnóstico

• O teste sorológico não treponêmico, VDRL.

• Se o teste for positivo, realiza-se o teste treponêmico (FTA-ABS)

• TRATAMENTO
• O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, b. 2.400.000UI em 1.200.000
em cada nádega, também conhecida como Benzetacil.
HPV
● São as doenças causadas pelo Papilomavírus humano (HPV), um DNA-vírus.

● È o agente viral de IST mais prevalente.


● Os tipos são divididos em 2 grupos:
● 1º Baixo risco oncogenico: detectados em lesões anogenitais benignas e lesões
intraepiteliais de baixo grau. (principais tipos 6 e 11).
● 2° Alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de alto grau e,
especialmente nos carcinomas ( tipos 16 e 18).
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
● Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem
nenhum tipo de lesão, sendo que tal condição pode permanecer durante toda a vida.
● Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as micro lesões pelo HPV são
diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou e/ou colposcopia (lesões acetobrancas),
com ou sem biópsia.
● Apresentação clínica (macroscópica): a forma mais comum de apresentação pelo HPV
denomina-se condiloma acuminado (verruga), com lesões aparentes, vegetativas,
vascularizadas, sesseis com múltiplas projeções papilares. As lesões se assemelham-se a
“couve-flor”.
DIAGNOSTICO

● Clinico, pode ser confirmado por biopsia.

● Quando a doença se apresenta de forma clínica, como no caso do condiloma genital, o


diagnóstico pode ser feito ao olho nu.
● Na forma subclínica, o diagnóstico é feito por meio de colposcopia e/ou citologia
(método Papanicolau)
● Forma latente, somente por meio de biologia molecular.
TRATAMENTO

● o objetivo principal do tratamento não é a erradicação do vírus. O tratamento


visa estimular o sistema imunológico, melhorando os sintomas, erradicandoas lesões e
prevenir a transmissão.
● A NIC de baixo grau apresenta conduta expectante.
● o tratamento da maioria das lesões é a remoção cirúrgica, podendo ser convencional (por
bisturi) ou cirurgia de alta frequência (LEEP ou CAF).
● métodos cito destrutivos, queutilizam agentes físicos, como eletrocoagulação, crioterapia
e laserterapia.

● Quanto aos agentes químicos, utiliza-se a podofilotoxina 2x/dia, por 3 dias,


● descansando-se 4 dias, durante 4 semanas.
VIOLENCIA SEXUAL

● Prevenção das DST na violência sexual

O abuso sexual está ligado a problemas de saúde pública e reprodutiva, tais como
doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, além das disfunções
sexuais que podem produzir.
O atendimento à vítima de estupro é complexo, necessitando idealmente de cuidados
de uma equipe multidisciplinar familiarizada com casos similares. As vítimas de
estupro necessitam de diagnóstico e acompanhamento cuidadosos para uma
multiplicidade de condições clínicas, incluindo apoio psicológico, amparo forense,
prevenção da gravidez indesejada e profilaxia das DST.
● Os pacientes devem ser informados sobre os efeitos físicos e
psicológicos do abuso sexual e da necessidade de:
● profilaxia da gravidez (nos casos de coito desprotegido para mulheres
em período fértil);
● início da antibioticoprofilaxia para DST;
● coleta imediata de sangue para sorologia para sífilis, HIV, hepatite B e C
(para conhecimento do estado sorológico no momento do atendimento
para posterior comparação);
● agendamento do retorno para acompanhamento psicológico e
realização de sorologia para sífilis (após 30 dias) e para o HIV (após no
mínimo 3 meses).
● Vacina para hepatite B .
● Profilaxia do HIV.
Prevenção De Gravidez Indesejada

● Toda mulher submetida à violência sexual exposta à gravidez, por meio de


contato certo ou duvidoso com sêmen, independentemente do período do ciclo
menstrual em que se encontre;
● As pacientes deverão receber no hospital um dos seguintes esquemas:
LEVONORGESTREL: Atualmente é o esquema de escolha por apresentar maior
eficácia, menos efeitos colaterais.
(primeira escolha): 0,75 mg de levonorgestrel/por comprimido; 2 comprimidos VO
dose única ; ou 1 comprimido VO a cada 12 horas.
MÉTODO DE YUZPE (segunda escolha): Anticoncepcional com 50 mcg de
etinilestradiol e 250 mcg de levonorgestrel/por comprimido; 2 comprimidos VO a
cada 12 horas; ou 4 comprimidos VO dose única (dose total de 0,2 mg de
etinilestradiol e de 1,0 mg de levonorgestrel).
Profilaxia
● SÍFILIS Penicilina Benzatina – Em crianças 50.000 UI/kg IM dose única. Em adultos
2.400.000 UI IM.
● GONORRÉIA Ceftriaxona – 125 mg IM dose única. Doxiciclina – 100 mg VO de 12
em 12 horas durante 7 dias.
● Chlamydia trachomatis Azitromicina 20 mg/kg (máximo 1 g) VO, dose única.
Eritromicina 50 mg/kg/dia de 6 em 6 horas VO, por 10 a 14 dias.
● TRICONOMÍASE OU VAGINOSE BACTERIANA Metronidazol 15 mg/kg/dia de 8
em 8 horas VO por 7 dias. Em maiores de 45 kg: 2 g VO, dose única.
● HEPATITE B Checar esquema vacinal. Se completo: conduta encerrada.
Iniciar ou completar o esquema inicial com as doses necessárias (zero, 30 e 180 dias). Indicar
a Imunoglobulina hiperimune para hepatite B, dose única IM,
● HIV / AIDS Iniciar preferencialmente até 1 hora após a violência ou até, no máximo, 72
horas. Usar por 28 dias. O esquema: Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC) + Kaletra.

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