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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Medicina Geral, 8º semestre
GINECOLOGIA E OBSTETRICA

Discentes: Docentes:
-Antonio Domingos
-Belachanda Guilherme -Dr. Matos Chimuassa
-Ernesto Nhatsave -Dr. Joel Alsina Vasquez
-Hipolito M. Quijana
-Iyara Mongo
-Joao Paulo
-Julio Genesio
-Luisa Joaquim

Nampula, Maio de 2015


É a complicação mais comum das doenças
sexualmente transmissiveis de origem
bacteriana.
 É o antecedente mais comum de gravidez
ectópica.
 É uma das maiores causas de esterilidade
 O maior grupo de risco são adolescentes
 É antecedida de infecções do trato genital
inferior (endocervix)
 Definição:
 Doença Inflamatória Pélvica(DIP)- é um

conjunto de sinais e sintomas secundarios a


ascenção e a disseminação, no trato genital
femenino superior, de microorganismos
provenientes da vagina e ou da endocervix.
 Clamidia tracomats
 Neisseria Gonorrhoeae
 Outros patogenos: mycoplasma, bacterioide

fragils, E. Coli, gardinela, clostridium e


actinomices, estafilococos e hemofilo.
 É a doença infecciosa do trato genital mais comum em mulheres não
grávidas.
 Tem alta morbilidade e baixa mortalidade.
 Leva a esterilidade tubárica (12,5-25%)
 A gravidez ectópica aumenta 6-10 vezes em relacao a populacao em geral.
 Leva a despareunia e dor pelvica cronica em 18% das pacientes.
 Cerca de 70% dos pacientes estão abaixo de 25 anos.
 27-50% dos parceiros sexuais masculinos de pacientes com DIP
apresentam sintomas de uretrite.
 Suas sequelas são menos graves em adolescentes do que em adultos.
 Os factores de risco estão relacionados com a
actividade sexual:
 Factores de risco comportamentais:
 Actividade sexual precoce
 Não utilização de preservativo.
 Dois ou mais parceiros sexuais nos últimos
dois meses.
 Factores de risco não comportamentais:
 Parceiro com DTS
 Manipulação do canal cervical e endométrio;
 História anterior de DIP;
 Baixa situação socio-económica;
 Duchas vaginais;
 Nao uso de métodos de barreira e uso ACO;
 O DIU está associado a risco de DIP nos
primeiros 4 meses;
 É uma infecção polimicrobiana que é iniciada
por bactérias sexualmente transmissíveis
apartir da infecção da vagina e do colo que
ascendem até o endométrio afectando as
trompas, dai que alguns autores designam de
salpingite aguda.
Quanto a forma de infecção pode ser:
 DIP ascendente (mais comum),
 DIP por contiguidade(peritonite, ascite)
 DIP à distancia (pneumonia).

 A DIP ascendente e facilitada em 2


periodos:

 Peri-menstrual;
 Pos-menstrual imediato;
 Maior:
 Historia ou presença de dor abdominal inferior,
 Dor a mobilização cervical,
 Dor a mobilização anexial,

 Menor:
 T> 38oC,
 Leucocitose> 10.000,
 VS elevado,
 Cultura de secreções positiva para gonococco ou clamidia.
 Historia de actividade sexual nos últimos 6 meses,
 Ecografia não sugestiva de outra patologia
 Videoscopia
 Exames de imagem

-Laparoscopia
-Histeroscopia
 Biopsia do endometrio
 Ecografia
 TIG
 Hemograma com VS e proteina C reativa
 Urinocultura
 Cultura de materiais de cervix uterino
 Estadio I: salpingite aguda sem pelviperitonite
 Estadio II: salpinginte aguda com sinais de

pelviperitonite
 Estadio III: com presença de abcesso tubo-

ovárico.
 Estadio IV: roptura do abcesso tubo- ovarico.
• Gravidez ectópica,
• Apendicite Aguda,
• Infecção do trato urinário,
• cólica renal(litiasica),
• torção de um quisto do ovário ,
• torção de um mioma uterino,
• ruptura de um quisto do ovário,
• endometriose.
Objectivos:
 Erradicar a infecção ( antibioticoterapia ou
cirurgia na fase aguda),
 Aliviar os sintomas (repouso e analgésicos),
 Prevenir complicações (anti-inflamatórios).

A maioria das doentes são tratadas em


ambulatório.
O internamento está indicado:
 Em casos de diagnostico incerto,
 Presença de massa pélvica,
 Fracasso da terapia ambulatória,
 Necessidade de atenção á fertilidade,
 Gestantes,
 Clínica aguda de irritação peritoneal,
pacientes pre-puberais
 Os parceiros de pacientes com DIP devem ser
avaliados e tratados para ITSs.
 Em caso de DIU deve ser retirado.
 Deve-se fazer terapia agressiva em

nuliparas.
:
 Medidas Gerais (repuso geral e sexual, AINEs, Analgesicos e
antipireticos)
 Ceftriaxona 250 mg(dose unica) IM+ doxiciclina 100mg VO
de 12/12h durante 2 semanas.
 ou
 Tetraciclina 500 mg/VO/6h/ + metronidazol 250
mg/VO/6h/--(10 dias).
 Cefoxitina 2g IM.

Outras alternativas:
 Kanamicina(du) + doxiciclina(10d)+ metronidazol(10d)—
clamidia e gonococo não resistente.
 Ciprofloxacina+metronidazol—clamidia e gonococo
multiresistente.
 Administrar antibióticos intravenosos
combinados durante um mínimo de 4 dias
ou até a paciente permanecer afebril
durante 48 horas.
 Ceftriaxona 2g/ev/6h + (doxiciclina 100mg
ev/12h)
 Clindamicina 900mg ev/8h + gentamicina
dose única/24h –cobre G- e anaeróbios
mas não é eficaz contra gonococo nem
anaeróbios.
Abcesso tubo-ovárico:
Clindamicina+Gentamicina+Ampicilina:
 40-50% responde bem ao tratamento
medicamentoso (+ unilateral e inferior a 6
cm). São produzidos por G- e anaeróbios.
Caso não se obtenha resultados
satisfatórios em 72 horas ou quando há
roptura do abcesso deve-se recorrer a
abordagem cirúrgica e que devera ser o
mais conservador possível em caso de
mulheres jovens.
 Agudas:
 Sindrome de Fitz-Hugh-Curts: Peri-
hepatite com inflamação da cápsula de
Glisson e do peritoneu geralmente
associada a uma dor intensa no hipocôndrio
direito.Normalmente se associa a infecção
por clamidia.
 Periapendicite ,
 Roptura do abcesso tubo-ovárico,
 Shock endotóxico
 Dor pélvica crónica(18%), Despareunia cronica.
 Esterilidade(14%-38%),
 Gravidez ectópica(7x),
 Sindrome de Reiter,
 Atipia citológica cervical
 Recidiva (5%),
 Reeinfecção(23%).
 A mortalidade está abaixo de 1 % e normalmente
deve-se a sepsis ou a DIP associada a gravidez
ectópica.
•Brek e Novak – Tratado de Ginecologia, 14ª
Edição;
•STEFANI, Stephen,et all. Clinica Medica.3ª

edição, Porto Alegre, 2008;


•Te Linde – Ginecologia Operatória, 8ª edição
•GARY, F. at all. Obstetricia de Williams. 23ª

edição. Porto Alegre. 2012.

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