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PBL 01
DEFINIÇÃO
EXAMES MÍNIMOS
Hemogrma;
VHS;
EAS;
Beta HCG;
NAAT (pesquisa de gonorreia e clamídia);
USG pélvico (transvaginal se possível).
ETIOLOGIAS
GINECOLÓGICAS
GASTROINTESTINAL
Apendicite;
Diverticulite aguda;
Obstrução intestinal;
DII (doença intestinal inflamatória);
Síndrome do colón irritável.
URINÁRIO
Litíase.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
DOR PÉLVICA CÍCLICA (DISMENORREIA)
DEFINIÇÃO
DISMENORREIA PRIMÁRIA
TRATAMENTO
DISMENORREIA SECUNDÁRIA
Dor menstrual associada a doença de base, com aparecimento comum > 25 anos.
ETIOLOGIAS: ginecológicas (mioma, aborto, anomalia uterina congenital, DIU, corpo estranho,
DIP, aderências pélvicas, gravidez ectópica, carcinoma endometrial e carcinoma ovariano) e
não ginecológicas (síndrome do cólon irritável, constipação crônica, doença intestinal
inflamatória, dor musculo esquelética, ITU e cálculo renal).
DEFINIÇÃO
Dor pélvica que persiste na mesma localização >6 meses e causa incapacidade ou requer
tratamento.
ETIOLOGIA
AVALIAÇÃO
História da dor;
História ginecológica clínica e cirúrgica;
ETIOLOGIA
GINECOLÓGICAS
Endometriose/aderências;
DIP;
Congestão pélvico;
Salpingo ooforite;
Síndrome do ovário remanescente.
GASTROINTESTINAIS
UROLÓGICAS
Síndrome uretral;
Uretrite.
MUSCULOEDSQUELÉTICAS
Compressão nervosa;
Dor miofascial;
Fibromialgia.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
DEFINIÇÃO
FATORES DE RISCO
ETIOLOGIA
TODAS AS MULHERES QUE TÊM DIP AGUDA DEVEM SER
Clamydia trachomatis;
RASTREADAS PARA N. GONORRHOEAE E C.
Neisseria gonorrhoeae;
TRACHOMATIS E DEVEM SER TESTADAS PARA A
Gardnerella vaginalis; INFECÇÃO PELO HIV.
CMV.
FISIOPATOGENIA
Ascensão do microrganismos pelo canal vaginal entrada pelo orifício interno do colo do
útero (processo facilitado no período pré e menstrual pela dilatação do colo do útero, fluidez
do muco cervical e contração uterina com fluxo retrógrado) endometrite ascensão
salpingite aderência + infertilidade + abscesso ascensão e extravasamento para região
intraperitoneal peritonite e etc;
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
QUADRO CLÍNICO
O diagnóstico clínico é feito a partir de critérios maiores, critérios menores e critérios elaborados
Critérios maiores
Dor no hipogástrio
Dor à palpação dos anexos
Dor à mobilização de colo uterino
Critérios menores
Temperatura axilar > 37,5oc ou temperatura > 38,3oC
Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal
Massa pélvica
Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice
Leucocitose em sangue periférico
Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada
Comprovação laboratorial de infecção cervical pelo gonococo, clamídia ou
micoplasmas
Critérios elaborados
Evidencia histopatológica de endometrite
Presença de abcesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem
Laparoscopia com presença de evidencia de DIP
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Hemograma completo;
VHS e PCR;
Exame bacterioscópico para vaginose bacteriana;
Cultura de material de endocérvice com antibiograma ou NAAT para Neisseria
gonorrhoeae;
Pesquisa de Clamídia no material de endocérvice, da uretra, de laparoscopia ou de
punção do fundo de saco posterior;
Exame qualitativo de urina e urocultura (para afastar hipótese de ITU);
Hemocultura;
Teste de gravidez (para afastar gravidez ectópica);
USG transvaginal e pélvica;
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
TRATAMENTO
Abcesso tubo-ovariano
Gravidez
Ausência de resposta clínica após 72 de tratamento com ATB oral
Intolerância a ATB orais ou dificuldade para seguimento ambulatorial
Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre
Dificuldade em exclusão de emergência cirúrgica (apendicite, gravidez ectópica)
OBS: a melhora deve ocorrer nos primeiros 3 dias após o início do tratamento antimicrobiano.
ENDOMETRIOSE
DEFINIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
Maior escolaridade;
Solteiras;
Nuliparidade.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
FISIOPATOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO
INFERTILIDADE
DOR
AINE’S (adjuvantes);
ACO combinado;
ACO progestágeno;
Danazol (inibide a estereidogênese);
Análogos do GnRH (reduz a síntese de LH e FSH);
Inibidores da aromatase.
Ovarianos: tto cirúrgico laparoscópico (Se cistos menores 3cm e poucos sintomas,
conduta conservadora pode ser instituída, com acompanhamento).
Peritoneais: Não há evidências científicas da melhor modalidade de tto.
o Superficial: tto medicamentoso: Contracepcivos orais combinados, agonistas
de GnRH.
o Profunda (infiltração maior que 5 mm ou acometimento de algum órgão): tto
medicamentoso com métodos hormonais ou tto cirúrgico.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST’S)
1. Corrimento vaginal;
2. Corrimento uretral.
3. Úlceras genitais;
4. DIP (doença inflamatória pélvica);
5. Verrugas anogenitais.
CORRIMENTO VAGINAL
INTRODUÇÃO
Pode ser caracterizada por corrimento e/ou prurido e/ou alteração de odor da vagina.
A síndrome de corrimento vaginal é gerada por uma infecção do trato reprodutivo (ITR),
podendo ser de três tipos:
CANDIDÍASE VULVUVAGINAL
Maioria assintomática;
Prurido vulvovaginal;
Disúria;
Hiperemia;
Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leito coalhado).
VAGINOSE BACTERIANA
INTRODUÇÃO
ETIOLOGIA
Sinais e sintomas são determinados de acordo com o seu local de infecção (membranas da
mucosa da uretra, endocérvice, reto, faringe e conjuntiva);
Sinais e sintomas: corrimento mucoide discreto, com disúria leve/intermitente. Sendo que
alguns casos simulam a clínica da uretrite gonocócica.
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Frequentemente assintomático.
Exame físico: dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no orifício externo do
colo e sangramento ao toque da espátula ou swab.
As principais complicações incluem: DIP, infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.
RN: conjuntivite (pode levar a cegueira – tratar imediatamente), septicemia, artrite, abcessos
de couro cabeludo, pneumonia, meningite, endocardite e estomatite e pneumonia.
OFTALMIA NEONATAL
ÚLCERA GENITAL
INTRODUÇÃO
ETIOLOGIA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
SÍFILIS SECUNDÁRIA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
SÍFILIS TERCIÁRIA
OBS: a ordem de realização fica a critério do serviço de saúde. Quando o teste rápido for
utilizado como triagem, nos casos reagentes, uma amostra de sangue deverá ser coletada e
encaminhada para realização de teste não treponêmico. Se for gestante, o tratamento deve
ser iniciado com apenas um teste reagente, independentemente se treponêmico ou não
treponêmico, sem aguardar o resultado do segundo teste.
OBS2: as parcerias sexuais com TR positivo deverão: (1) realizar Teste Não treponêmico; (2)
tratar com esquema de sífilis latente tardia na ausência de sintomatologia ou história clínica de
úlcera genital
Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo);
HERPES GENITAL
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Surtos recidivantes: após a infecção genital primária, cujos pacientes desenvolvem novos
episódios por reativação viral, devido à queda da imunidade.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fase inoculação: inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece
sem deixar sequela. Muitas vezes não é notada pelo paciente.
o Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e prepúcio;
o na mulher, na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula e outras partes da
genitália externa.
Fase de disseminação linfática regional
o Homem: se desenvolve após 1 a 6 semanas da lesão inicial, geralmente
unilateral.
o Mulher: a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação.
Fase de sequelas: comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização
por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados
TRATAMENTO
Segunda opção: Azitromicina 500mg, 2cp, 1x por semana, por 21 dias (preferencial nas
gestantes).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
TRATAMENTO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
TRATAMENTO
Primeira opção: Doxicilina 100mg, 1cp, VO, 2x ao dia, por 21 dias ou até o
desaparecimento completo das lesões.
Segunda Opção:
Azitromicina 500mg, 2co, VO, 1x por semana, por 3 semanas ou ate resolução
da lesão OU
Ciprofloxacina 500mg, 1,5 cp, VO, 2x ao dia, por 21 dias ou ate resolução da
lesão OU
Sulfametoxazol-Trimetropim (400-800mg) 2cp, VO, 2x ao dia, por 21 dias ou
ate resolução.
Devido à baixa infectividade, não é necessário fazer o tratamento das parcerias sexuais.
CA DE COLO DE ÚTERO
CLASSIFICAÇÃO
Assintomática, com lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas por meio do teste
de Schiler (com lugol), durante a colpocitologia oncótica;
As lesões clínicas condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Como colher?
(*) 2 preventivos normais nos últimos 5 exames (sem história de lesão) = não
precisa mais coletar
Situações especiais:
AMENORREIA
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
AMENORREIA PRIMÁRIA
AMENORREIA SECUNDÁRIA
Intervalo entre menstruações ≥ 180 dias (6 meses) OU 3 ciclos consecutivos, após mulher já
ter menstruado na vida.
AMENORREIA FISIOLÓGICA
Menstruações ocorrem, mas não se exteriorizam (obstrução canalicular causada por agenesia
de porção mulleriana da vagina ou defeito do seio urogenital, como hímen imperfurado).
ETIOLOGIA
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
FSH; TSH;
Prolactina; bHCG.
TRATAMENTO
DEFINIÇÃO
Multifatorial, mas ainda não há certeza se o início é devido a uma desregulação ovariana ou
hipofisária, causando hiperandrogenismo e anovulação crônica.
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE
OBESIDADE
OBS: TEORIA DAS DUAS CÉLULAS a síntese de hormônios no ovário depende de dois
hormônios e de duas células (LH células da teca androstenediona e testosterona + FSH
células da granulosa estradiol). Na SOP, há ↑ LH e FSH, gerando uma síntese
excessiva de andrógenos nas células da teca e uma baixa conversão em estradiol nas células da
granulosa (saturação enzimática + baixo FSH). Com isso, há uma baixa síntese de estradiol
níveis excedentes de andrógeno, que geram sintomas de hiperandrogenismo, como o
hirsuirtismo, e elevação dos níveis de estrona (E1), devido a sua aromatização periférica.
SINAIS E SINTOMAS
Mulher deve ter pelo menos dois dos três critérios para intitular SOP:
Presença de dois critérios para intitular SOP, sendo que as mulheres DEVEM ter
hiperandrogenismo:
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
INTRODUÇÃO
A SPM difere do TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual) por não ser necessária a
presença de um mínimo de cinco sintomas e por não existir estipulação de sintomas afetivos
para as mulheres com a síndrome, além de ser considerada menos grave.
CLASSIFICAÇÃO
Devem ter ocorrido na maioria dos ciclos menstruais durante o último ano e ter um efeito
adverso no trabalho ou no funcionamento social.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtornos psiquiátricos
o T. bipolar;
o T. depressivo maior;
o T. depressivo persistente (distmia).
Transtornos ginecológicos
o Dismenorréia;
o Endometriose;
o SOP.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
Visa responder, de modo preliminar, a quatro questões:
1. A avaliação seminal é normal?
2. A ovulação é normal?
3. O canal reprodutor é normal?
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
1. AVALIAÇÃO SEMINAL É NORMAL? (AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE MASCULINA)
COLETA DE HISTÓRIA REPRODUTIVA;
TÉCNICAS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Mulheres solteiras;
Relacionamento homoafetivos;
DOAÇÃO DE EMBRIÕES
Faixa etária: idade limite para a doação de gametas é de 35 anos para a mulher e de 50
anos para o homem
Em situações especiais, informações sobre os doadores, por motivação médica, podem ser
fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do(a) doador(a).
Evitar multiparidade!
DESCARTE DE EMBRIÃO
Com a nova resolução, após 3 anos, embriões congelados podem também ser jogados
fora.
O destino do embrião depende do casal que o gerou, que pode renovar a manutenção
do material na clínica, se arcar com custos.
Informações disponíveis: Altura, cor dos olhos, tipo de cabelo, etnia, tipo sanguíneo,
profissão, hobbies e religião.
NÓDULOS
Critérios de benignidade
Critérios de malignidade
Lengenda
É o método principal e seguro ao exame clínico no câncer de mama. Identifica lesões muito
pequenas, com o mínimo de radiação, sem riscos aos pacientes.
Achados de benignidade
o Calcificações grosseiras;
o Nódulos com contornos regulares e nítidos.
Achados de malignidade
o Microcalcificações pleomórficas agrupadas;
o Nódulos espiculados, sem margens definidas.
BI-RADS
Categoria 0 – Incompleto
o Necessita de exames adicionais e quando possível comparar com anteriores.
Categoria 1 – Negativo (Exame normal)
o No qual não existem imagens mamográficas alteradas no presente exame
o Faz mamografia de rotina conforme a idade
Categoria 2 – Benigno
o Achados mamográficos com características de benignidade; visualizações
tipicamente benignas como: fibroadenomas calcificados em involução,
calcificações de pele, lipoma, cisto oleoso, linfonodo intramamário,
calcificação vascular, implantes, distorções pós-traumáticas,
fibroadenolipoma, galactocle, clipes pós-procedimentos, espessamento de
pele pós-radioterapia.
Categoria 3 – Provavelmente Benigno
o Seriam os achados NÃO palpáveis com baixa probabilidade de malignidade ou
provavelmente benignos como: nódulo sólido não calcificado; assimetria focal;
grupo de microcalcificações puntiformes.
o É sugerido efetuar o seguimento mamográfico semestral por dois ou três anos,
após isso, anual.
o Observa-se que 2% podem apresentar malignidade.
Categoria 4 – Suspeição de malignidade Biopsia
o 4A – baixa suspeição de malignidade (2-10%): nódulo sólido circunscrito,
palpável, sugestivo de fibroadenoma pela USG, cisto complicado palpável e
solitário; provável abscesso, ducto Isolado solitário.
o 4B – moderada suspeição de malignidade (10-50%): grupo de amorfas ou finas
microcalcificações pleomórficas; nódulo sólido com margens indistintas;
assimetria em desenvolvimento; distorção arquitetural.
o 4C – alta suspeição de malignidade (50-95%): nódulos sólido e irregular, novo
grupo de dinas calcificações lineares.
Categoria 5 – Altamente sugestivo de malignidade (>95%) Biopsia ou cirurgia
o Nódulo sólido irregular, espiculado e com alta densidade; Nódulo associado à
microcalcificações; Finas calcificações lineares e ramificadas em distribuição
segmentar.
Categoria 6 – Biopsia já realizada e malignidade comprovada
o Conduta de acordo com o tumor
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
USG
Indicação:
BIÓPSIA
Classificação radiológica
Tipo e localização da lesão
Composição e tamanho da mama
Material e equipamentos disponíveis
Tipos:
Punção por agulha grossa ou biópsia de fragmento ou biópsia percutânea com agulha
grossa;
Mamotomia (biópsia percutânea a vácuo)
Biópsia cirúrgica
o Excisional: retirada completa da lesão.
o Incisional: retirada apenas de um fragmento do tumor (lesões maiores).
ANTICONCEPÇÃO
Anexo!
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PBL 03
CLIMATÉRIO
DEFINIÇÕES
CLIMATÉRIO: período que se estende desde os primeiros indícios de falha ovariana, até a
senilidade (65 anos). Portanto, cada mulher pode iniciar o climatério de forma diferente,
sendo que este pode até mesmo ser assintomático.
PERIMENOPAUSA: período que se inicia junto ao climatério (primeiros sinais de falha ovariana)
e se estende até 12 meses após a última menstruação (menopausa).
PÓS MENOPAUSA: período que se inicia 12 meses após a menopausa e termina aos 65 anos de
idade.
PERIMENOPAUSA
Hormônios:
FSH elevado;
Inibida reduzida;
LH inalterado;
Estrógeno levemente elevado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Duração dessa fase: inicia entre os 39-51 anos (46 em média) e dura até a menopausa (média
de 2-8 anos).
ALTERAÇÕES HORMONAIS
OBS: mulheres obesas apresentam níveis excessivos de E1, sem a oposição fisiológica de
progesterona, levando a maiores chances formação de um endométrio proliferativo
hiperplasia endometrial câncer de endométrio!!!
ANDROGÊNIOS
PROGESTERONA
Não há produção de progesterona após a menopausa, já que não há a formação e corpo lúteo!
OBS: não há mais antagonização em relação aos efeitos proliferativos do estrogênio alto
risco de endométrio proliferativo CA de endométrio.
GONADOTROFINAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
OBS: teste de supressão com progestáneno por 10 dias, sem menstruação após suspensão da
droga aumenta a suspeição para déficit de estrogênio.
PÓS MENOPAUSA
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Amenorreia prolongada;
Alterações vasomotoras fogachos períodos transitórios de rubor na face,
pescoço e tórax, sudorese e sensação de calor, associado à palpitação e ansiedade;
Distúrbios do sono;
Principais etiologias
o Estrogênios exógenos;
o Endometrite/vaginite atrófica;
o Câncer de endométrio;
o Pólipos endometriais;
o Hiperplasia endometrial.
USG transvaginal auxilia a conduta e indica a histeroscopia + biópsia, se expessura
endometrial ≥ 5 mm;
Histeroscopia + biópsia exlusão de qualquer afecção endometrial.
Menores
o Artrite reumatoide; o Tabagismo;
o História clínica de o Alcoolismo;
hipertireoidismo; o Ingestão excessiva de cafeína;
o Uso de anticonvulsivantes; o Uso crônico de heparina.
o Baixa ingestão de cálcio;
OBS: perda óssea quase sempre é assintomática, no entanto, há fortes indicativos, como
fraturas no terço distal do antebraço, na coluna vertebral e no colo do fêmur.
TERAPIA DO CLIMATÉRIO
INDICAÇÕES DA TRH
OBS: a associação da TH estrogênica com progestágeno (TRC) está sempre indicada em casos
de pacientes não histerectomizadas.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ALTERAÇÕES ATRÓFICAS
OSTEOPOROSE
Cálcio: efeito benéfico na diminuição da taxa de perda óssea, mas sem efeito na prevenção de
fraturas, por isso, seu uso é mais efeito quando associado a outra drogas e feito em mulheres
sem osteoporose ainda instalada profilaxia.
Gluconato de cálcio 1.000 mg/dia (associação com TH) ou 1.500 mg/dia (sem TH).
OBS: todo pacientes deve receber vitamina D a partir dos 70 anos de idade.
OSTEOPENIA TRATA?
O regime básico mensal de TRH para pacientes com útero intacto consiste na TRC, dividida na
administração de estrógeno durante três semanas, seguida da associação de um progestágeno
na última semana. No entanto, muitos autores recomendam a administração contínua do
progestágeno no ciclo para evitar a hemorragia cíclica.
VIA PARENTERAL: DM, HAS, tabagista, doenças hepáticas e pacientes com distúrbios de
coagulação (pró-trombo).
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DEFINIÇÃO
FATORES DE RISCO
Idade (envelhecimento);
Obesidade;
ITU;
Pós-menopausa (baixos níveis de estrógeno);
Vias dos Partos;
Doenças sistêmicas: DPOC, DM, Insuficiência vascular, doenças neurológicas.
ESFÍNCTER EXTERNO
CLASSIFICAÇÃO
IU uretrais
o IU de esforço;
o IU de urgência (bexiga hiperativa);
o IU mista;
o IU por transbordamento.
IU DE ESFORÇO
DEFINIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
Hipermobilidade da uretra e do colo vesical por lesão das estruturas que mantem a
posição adequada dessas estruturas e enfraquecimento do suporte esfincteriano
externo (assoalho pélvico);
Consequentemente, pressão intravesical >>>> pressão intrauretral perda urinária.
FATORES DE RISCO
Multíparas;
Parto vaginal;
Deficiência estrogênica atrofia muscular, ligamentar e da mucosa uretral redução
da pressão de fechamento uretral e pressão de perda;
Traumas pélvicos;
Cirurgias em torno do colo vesical.
DIAGNÓSTICO
Anamnese
Exame físico: manobras de tosse e valsava
Exame ginecológico
Estudo urodinâmico (cistometria)
o A presença de deficiência esfincteriana intrínseca será reconhecida quando a
perda urinária durante a manobra de Valsalva ocorrer com pressão uretral
menor que 60 cm H2O.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
TRATAMENTO
CONSERVADOR
ISRS (duloxetina);
Agonistas alfa-adrenérgicos: Fenilpropanolamina
Reposição estrogênica: tópico, 2x semana.
CIRÚRGICO
DEFINIÇÃO
OBS: bexiga hiperativa é uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas), enquanto hiperatividade
do detrusor é um diagnóstico urodinâmico
CLASSIFICAÇÃO
Nestas situações ocorrem disfunções do arco reflexo sacral, do córtex cerebral e/ou de
outros centros neurológicos fundamentais ao controle voluntário e involuntário da
atividade vesical, e isso determina CNIs seguidas de relaxamento do esfíncter uretral,
de forma abrupta e involuntária.
DIAGNÓSTICO
Clínico;
Urodinâmico (cistometria)
o Presença de contrações não inibidas do detrusor.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
TRATAMENTO
MEDIDAS GERAIS
Redução de peso
Redução da ingesta hídrica
Redução da cafeína
Suspensão do tabagismo
Melhora da função intestinal
MEDICAMENTOSO
INCONTINÊNCIA MISTA
DEFINIÇÃO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
DEFINIÇÃO
É a perda urinária que acontece quando a pressão intravesical excede a pressão uretral.
Está associada à distensão vesical, mas em ausência de atividade do detrusor.
É mais comum em pacientes com lesões neurológicas.
Nesta condição, a perda urinária ocorre após a bexiga estar completamente repleta,
uma vez que há uma falta de capacidade de contração da musculatura lisa do detrusor.
TRATAMENTO (SUPORTE)
Cateterismo vesical.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ETIOOGIA (PALM-COEIN)
PALM: afecções estruturais que podem ser identificadas por métodos de imagem e/ou por
estudo histopatológico.
COEIN: afecções não estruturais que não podem ser identificadas por estes métodos
SUA na pós-menopausa:
OBS: sempre deve ser solicitado um teste de gravidez para todas as mulheres com SUA na
menácme.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PALM-COEIN
Pólipos endometriais;
Adenomiose;
Leiomiomas;
Maligno.
PÓLIPOS ENDOMETRIAIS
DEFINIÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
SUA: perdas sanguíneas poucos dias após o término do período menstrual, com
coloração escura e aspecto mucoide. Em pacientes na menopausa pode se manifestar
por metrorragia;
Infetilidade;
Não há achados no exame ginecológico.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Polipectomia histeroscópica.
ADENOMIOSE
DEFINIÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
Contraceptivos combinados
Análogos de GnRH
Antagonistas de GnRH
Danazol
Progestagênios
Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (Mirena)
Inibidores da Aromatase (IA)
DEFINIÇÃO
São tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero com estroma de tecido
conjuntivo em proporções e locais (camadas) variáveis
CLASSIFICAÇÃO
ETIOPATOGENIA
OBS: o tecido miomatoso apresenta maiores concentrações dessas enzimas e maior número
de receptores de estrógeno e progesterona.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
SINAIS E SINTOMAS
DIAGNÓSTICO
USG;
Histerossalpingografia: pode evidenciar falha de enchimento.
Histeroscopia: É um método importante na avaliação do SUA. Permite a identificação
de nódulos submucosos ou de nódulos intramurais (pelas deformidades que causam à
cavidade uterina). É útil no diagnóstico diferencial.
Ressonância Magnética (padrão ouro): É o melhor exame para visualização e
mensuração de leiomiomas.
TRATAMENTO
Coagulopatias;
Ovulação (anovulações crônicas);
Endométrio (disfunções endometriais);
Iatrogênica;
Não classificadas.
NÃO HORMONAL
Análogos do GnRH: são utilizados antes de cirurgias e como opção terapêutica por
pouco tempo. Induzem uma diminuição dos níveis de estrogénios e progesterona.
Antagonistas de GnRH: O uso de antagonistas da GnRh tem por base a supressão
endógena imediata da GnRh, sem elevação prévia inicial, donde resulta uma
diminuição rápida do volume uterino ou de miomas.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PBL 04
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
CORAÇÃO
A elevação do diafragma desloca o coração para cima e para a esquerda, podendo alterar o ECG:
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
HIPERCOAGULUBILIDADE
Sulfato ferroso 200 mg/dia, a partir da 20ª semana até toda a lactação ou 2-3 meses
pós parto (nas mulheres não lactantes).
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ALTERAÇÕES RESPITÓRIAS
volume corrente;
PCO2 alcalose respiratória compensada, sem alteração na FR;
PO2;
PH;
capacidade residual devido a elevação do diafragma.
ALTERAÇÕES ENDOCRINOLÓGICAS
AUMENTO DIMINUIÇÃO
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
FASE CATABÓLICA (3º tri) resistência insulínica (lipólise deixa glicose pro feto)
Hiperlordose lombar;
Hipercifose cervical;
Marcha anserina;
Maior elasticidade da articulação pélvica (sínfise púbica).
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ALTERAÇÕES RENAIS E URINÁRIAS
TFG;
Osmolaridade plasmática (hemodiluição);
reabsorção de Na+;
ureia e creatinina;
Glicosúria fisiológica.
HIPERVASCULARIZAÇÃO HIPERPIGMENTAÇÃO
VAGINA
VULVA
ALTERAÇÕES MAMÁRIAS
Rede venosa de Haller: aumento da vascularização do órgão, sendo visíveis esses vasos através
da pele
Abortamento habitual
Morte perinatal
Parto pré-termo anterior
História de RN com RCIU ou malformalçoes
Diabetes gestacional
Nuliparidade ou grande multiparidade
HAS
Endocrinopatia (DM e tireoideana)
Caridopatia
Nefronpatia
Epilepsia
Neoplasias
INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS
1º trimestre: 01 consultas
2º trimestre: 02 consultas
3º trimestre: 03 consultas
Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma:
DIAGNÓSTICO GRAVIDEZ
Início 8º a 9º dia;
Pico 20º a 60º dia.
1º TRIMESTRE
Hemograma
Tipagem ABO e Rh
Coombs indireto (se Rh negativo)
Glicemia jejum
Teste rápido para sífilis ou VDRL
Teste rápido anti-HIV
Anti-HIV
Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Urocultura + EAS
Opcionais
o USG obstétrica para confirmar IG
o Citopatológico de colo de útero (se necessário)
o Exame de secreção vaginal (se indicação clínica)
o Parasitológico de fezes (se indicação clínica)
o Eletroforese de Hb (se gestante negra, com história familiar de anemia
falciforme ou antecedente de anemia crônica)
2º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
Hemograma
Glicemia em jejum
Coombs indireto (se Rh neg)
VDRL
Anti-HIV
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente
Urocultura + urina tipo I
Bacterioscopia da secreção vaginal (> de 37ª de gestação)
OBS: coombs indireto deve ser feito caso Rh da mãe seja negativo
Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a data da última menstruação e a
data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas);
Somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que
ocorreu a última menstruação ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro
a março. Esta forma de cálculo é chamada de Regra de Näegele.
Ex:
Data da última menstruação (DUM): 13/09/04
Dada provável do parto (DPP): 20/06/05 (13 + 7 = 20/9 – 3 = 6)
INFLUENZA
HEPATITE B
dTPa
RAIVA HUMAMA
Estudos controlados em mulheres não demonstram risco para o feto durante o primeiro
trimestre de gestação e a possibilidade de dano fetal (teratogênese) é muito remota.
Estudos com animais não demonstram riscos para o feto, mas ainda não há estudos
controlados com humanos
OU
Estudos com animais mostraram efeitos adversos ao feto, mas estudos controlados em
humanos não demonstraram risco.
Acetilcisteína; Metronidazol;
AINE’s; Paracetamol;
B-lactâmicos; Salbutamol.
Macrolídeos;
Estudos em animais mostram que esses medicamentos podem exercer efeitos teratogênicos
ou efeitos tóxicos para o embrião, mas ainda não há estudos controlados em humanos.
AAS; Insulina;
Albendazol; Metildopa;
Amiodarona; Omeprazol;
Captopril; Rifampicina.
Furosemida;
Já existem evidências de risco para fetos humanos, mas os benefícios em certas situações,
como nas doenças graves que colocam em risco a vida, o uso desses medicamentos estão
justificados, apesar dos riscos.
Amitripitilina; Hidroclorotiazida;
Benzodiazepínico; Metrotrexato;
Espinorolactona; Tiopental.
61
Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
CATEGORIA X PRESCIÇÃO DE PERIGO
Ganciclovir;
Warfarina.
TORCHS
Toxoplasmose;
Outros (HIV);
Rubéola;
Citomegalovírus;
Herpes simples;
Sífilis.
62
Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
TOXOPLASMOSE
Tríade de Sabin:
Coriorretinite;
Hidrocefalia;
Calcificações cerebrais difusas.
RASTREAMENTO/DIAGNÓSTICO
OBS: a toxoplasmose quando confirmada antes de 30ª semana tem um bom prognóstico, pois
a medicação utilizada (espiramicina) não atravessa a barreira placentária, no entanto, tem o
efeito de impedir ou retardar a passagem do Toxoplasma gondii para o feto, evitando o seu
acometimento. No entanto, caso a infecção seja confirmada após a 30ª semana de gestação, as
chances de o feto já estar acometido são muito altas, devendo assim ser utilizado um esquema
medicamentoso que atravesse a barreira placentária e trata o feto (esquema tríplice).
Também, esse mesmo esquema deve ser utilizado em situações nas quais o ECO seja alterado,
o qual já é um grande preditor de acometimento fetal.
HIV/AIDS
TRANSMISSÃO: contato com fluidos (sangue, sêmens, secreções e leite), transmissão vertical
ou durante o parto.
EXAMES DIAGNÓSTICOS
TRATAMENTO/PROFILAXIA
TARV combinada
Zidovudina (AZT);
Llamivudina (3TC);
Lopinavir/Ritonavir (LPV/r).
Profilaxia: tratar as grávidas assintomáticas, com CD4 ≥ 350 células/mm3 para evitar
transmissão vertical DEVE SER REALIZADO NO 1º TRIMESTRE (14ª-28ª semana) E SUSPENSO
APÓS O PARTO!!!
Antes fazer um teste de genotipagem para verificar possível resistência a medicamentos; após
o parto mantém-se a TARV indefinidamente.
RESUMO PARTO
RUBÉOLA
Tríade clássica
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
PREVENÇÃO (vacinação)
CITOMEGALOVÍRUS
TRANSMISSÃO: vertical, por aerossol (secreções por tosse ou saliva) e aleitamento materno.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO: sintomático.
TRANSMISSÃO: contato sexual ou contato direto com lesões (vaginais – durante parto vaginal
OU mamária – durante amamentação).
QUADRO CLÍNICO
Infecção primária: Vesículas genitais, que rapidamente evoluem para úlceras bastante
dolorosas, com um período de resolução aproximado de 10 a 20 dias.
DIAGNÓSTICO: clínico
TRATAMENTO
Aciclovir 200mg, VO, 5 vezes ao dia, durante 10 dias, nos casos de primo-infecção.
SÍFILIS
QUADRO CLÍNICO
RASTREAMENTO
TESTE RÁPIDO: Por ser um teste treponêmico, ele já é confirmatório em uma única
amostra, fornece o resultado em até 20 minutos.
VDRL: Realizar conjuntamente apenas para seguimento da paciente e interpretação de
critério de cura a partir da realização de testes seriados com queda da titulação.
TRATAMENTO
HBsAg no 1º
o Se reagente HBeAg + transaminases encaminhar pré-natal de alto risco.
o Se negativo verificar vacinação e repetir sorologia no 3º trimestre.
TRATAMENTO
PREVENÇÃO RN
PREVENÇÃO GESTANTE
HEPATITE C
DIAGNÓSTICO
Teste para detecção dos anticorpos totais antivírus da hepatite C OU dois testes por Elisa.
Se a pesquisa for positiva teste confirmatório pela técnica de imuno blot ou PCR;
A sorologia de hepatite C é repetida na gestação quando há exposição a risco de
infecção.
Infelizmente não foi desenvolvida ainda uma vacina contra o vírus C, como também não existe
uma profilaxia pós-exposição disponível.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ALOIMUNIZAÇÃO
DEFINIÇÃO
SISTEMA ABO
A produção de anticorpos por um indivíduo acontecerá sempre que houver contato de seu
sangue com hemácias que possuam um ou mais antígenos não encontrados em suas células
vermelhas.
SISTEMA RH
FISIOPATOLOGIA E CLÍNICA
DIAGNÓSTICO
CONDUTA
A imunoglobulina deverá ser administrada até 72 horas após o parto ou evento obstétrico.
OBS: a profilaxia só é efetiva se o Coombs indireto for negativo (mãe ainda não sensibilizada),
pois dá feita que o teste der positivo, não adianta fazer profilaxia, a gestante ou “pré-gestante”
deve ser encaminhada ao nível especializado.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PBL 05
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIA
ESPONTÂNEA
IATROGÊNICA
Amniocentese;
Cirurgias.
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE
Exame padrão ouro para o diagnóstico, mais facilitado quando é feita a manobra de Valsalva.
Após a visualização da saída de líquido pelo orifício do colo do útero, o diagnóstico está
fechado, não sendo necessário outro exame complementar, como USG.
TESTE DE NITRAZINA
TESTE DE CRISTALIZAÇÃO
USG
CONDUTA GERAL internar + pesquisar por infecção e sofrimento fetal + profilaxia GBS
CORIOAMNIONITE
SOFRIMENTO FETAL
PROFILAXIA GBS
Segue o mesmo fluxograma do TPP (trabalho de parto prematuro), com a diferença que se
indica a manutenção do antibiótico por 48 horas, em pacientes com RPMO que não possuam
resultado de cultura.
Ampicilina 2g, EV, 6/6h + Gentamicina 5 mg/kg/dia até 48 horas após o último episódio
febril.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
OBS: se houver indicação de cesárea Esquema triplo Ampicilina + Gentamicina +
Clindamicina ou Metronidazol.
OBS: como na RPMO a gestante ainda não está em trabalho de parto, todas as vezes que
estiver indicado a interrupção da gestação, deve ser feita a indução do parto vaginal, a não ser
que haja alguma contraindicação para o mesmo.
INDICAÇÕES
≥ 42 semanas;
Corioamnionite;
RPMO > 34 semanas;
Feto morto.
DROGAS
Ocitocina
Misoprostol
CONCEITOS
ETIOLOGIAS
FATORES DE RISCO
FIBRONECTINA FETAL
USG
PREVENÇÃO
CERCLAGEM
Procedimento destinado à correção de IIC, sendo que o diagnóstico de IIC pode ser feito pela
USG (comprimento cervical < 2,5 cm entre 18 e 24 semanas) ou pela história clínica de perda
fetal no segundo trimestre, de forma indolor, com pouca ou nenhuma contração. Tende a se
repetir em gestações subsequentes.
Tal procedimento está indicado, nos casos de IIC, entre 12-24 semanas.
Contraindicações
Colo curto (visualização por USG comprimento cervical < 1,5 cm entre 20 e 24 semanas
indicação de supositório de progesterona vaginal, diariamente, até a 34ª semana de
gestação.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
INIBIÇÃO DO TRABALHO DO PARTO PREMATURO
A inibição do trabalho de parto só pode ser feita entre 24 e 33:6 SEMANAS, se não houver
contraindicações.
CORTICOTERAPIA
TOCOLÍTICO (BINA)
Devem ser iniciados assim que for feito o diagnóstico de TPP, caso não haja contraindicação à
inibição do parto. É a classe de droga que abre uma janela de oportunidade para a
administração de duas doses de corticoides (corticoterapia completa).
Medicamentos de escolha
o < 32 semanas Indometacina;
o 32 a 34 semanas Ninfedipino.
B-agonista (salbutamol) promove o relaxamento do músculo liso uterino, sendo
eficaz em prolongar a gestação por 48 horas;
Indometacina (AINE) inibe a formação de prostaglandinas, impedindo as
contrações uterinas. No entanto, está contraindicada em pacientes, com gestação >
32 semanas, pelo risco de fechamento precoce do ducto arterioso;
Ninfedipino (BCC) atuam bloqueando a liberação de cálcio, inibindo a contração do
miométrio. Podendo ser utilizado entre 32 e 34 semanas de gestação. Sendo
contraindicado em casos de hipotensão e ICC;
Atosiban (antagonista específico da ocitocina) indicado se gestante for diabética,
cardiopata e > 32 semanas substituto do ninfedipino.
OBS: o sulfato de magnésio não é mais utilizado como tocolítico, no entanto, ainda é utilizado
como neuroprotetor para qualquer criança que nasça com menos de 32 semanas.
SFA;
Corioamnionite;
Hipertireoidismo não compensado;
Anemia falciforme;
Síndromes hipertensivas;
DM insulinodependente instável;
Cardiopatias;
Maturidade pulmonar fetal comprovada;
Gestações > 34 semanas.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PARTO IMINENTE VAI ACONTECER, NÃO DEU PRA SEGURAR, NÃO DEU PRA INIBIR!!!
Via de parto;
Profilaxia para Streptococcus do Grupo B.
VIA DE PARTO
Quase sempre deve ser optado a via vaginal. Por outro lado, a via cesariana deve ser escolhida
apenas em fetos com peso entre 750 e 2000 gramas, em apresentação pélvica.
Indicações
Antibióticos de escolha
OBS: a pesquisa do GBS, por meio do teste do swab vaginal/retal, está indicada para todas as
gestantes com entre a 35ª e a 37ª semana de gestação.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
TROMBOEMBOLISMO VENOSO PROFUNDO (TVP)
DEFINIÇÃO
Formação de trombos em veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais
comum o acometimento de MMII (TVP) e vasos pulmonares (TEP).
FISIOPATOLOGIA
HIPERCOAGULUBILIDADE;
LESÃO ENDOTELIAL;
ESTASE VENOSA.
Elevação do estrógeno
o Hipercoagulibilidade (aumento de fibrinogênio e Fatores VII, VIII, IX, X, XII)
Varizes + compressão uterina sobre vasos abdominais
o Estase venosa + lesão vascular.
FATORES DE RISCO
QUADRO CLÍNICO
Dor;
Edema eritematoso unilateral;
Cianose localizada;
Dilatação do sistema venoso superficial;
Aumento da temperatura local;
Sinal de Homans: dor na panturrilha durante a dorsiflexão do pé;
Sinal de Bancroft: dor na panturrilha durante a palpação;
Sinal da Bandeira: empastamento (menor mobilidade) da panturrilha acometida.
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO!!!
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
EXAMES COMPLEMENTARES
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
As gestantes devem ser mantidas sob anticoagulação por toda a gestação até a 6ª semana de
puerpério, completando um período mínimo de 6 meses de tratamento.
Sendo que a HPBM pode ser substituída pela HNF no último mês de gestação ou durante o
parto, devido a meia vida mais curta, e maior facilidade de controle hemostático.
Após o parto, a HPBM ou a HNF devem ser mantidas por no mínimo 5 dias, em administração
conjunta com a warfarina oral. Após esse período, a warfarina oral pode ser administrada
isoladamente.
QUIMIOPROFILAXIA
Indicações
DEFINIÇÃO
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
COMPLICAÇÕES
Abscesso pélvico;
Peritonite;
Tromboflebite pélvica.
TRATAMENTO
Clindamicina 900 mg, EV, 8/8h + Gentamicina 1,5 mg/kg, EV, 8/8h.
OBS: pode ser associado a Ampicilina ou o Metronidazol, para cobertura contra anaeróbios,
principalmente se a via de parto for cesariana.
ÓBITO FETAL
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
Ausência de BCF.
CONDUTA
ITU NA GESTANTE
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
Urocultura: 100.000 UFC na cultura urinária deve ser solicitada na 1ª consulta pré-
natal.
Sem sintomas
TTO:
o Nitrofurantoína 100 mg, via oral (VO), 6/6h, 7 dias, ou
o Cefuroxima 250 mg, VO, 8/8h, 7 dias ou
o Sulfametoxazol-trimetoprim 800/160 mg, VO, 12/12h (usar somente no
segundo trimestre da gestação)
Acompanhamento:
o Realização de urocultura de modo periódico
o Considerar profilaxia: 50-100 mg de nitrofurantoína/dia
CISTITE:
PIELONEFRITE
Quimioprofilaxia:
o Nitrofurantoína 100 mg por dia VO até 36 semanas, ou
o Cefalexina 500 mg ao dia VO até o final da gestação.
ITU RECORRENTE
Internar a paciente para melhor controle do tratamento, após a realização da
urocultura.
Também está recomendada a quimioprofilaxia:
o Nitrofurantoína 100 mg, VO, por dia, até 36 semanas, ou
o Cefalexina 500 mg por dia, até o final da gestação.
DEFINIÇÕES
ELEVAÇÃO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS: AST/TGO ou ALT/TGP > 60U/L e DHL > 600U/L.
HIPERTENSÃO CRÔNICA
PRÉ-ECLÂMPSIA
Hipertensão que ocorre após 20 semanas de gestação e se resolve até 12 semanas após o
parto, além disso é acompanhada de proteinúria. Na ausência de proteinúria, a suspeita se
fortalece quando a HAS é acompanhada de cefaleia, distúrbios visuais, dor abdominal,
plaquetopenia e aumento das enzimas hepáticas.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
A pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento,
sendo considerada grave quando presente um ou mais dos seguintes critérios:
ECLÂMPSIA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Situações:
CONDUTA ECLÂMPSIA
A conduta clínica visa ao tratamento geral, das convulsões, da hipertensão e dos distúrbios
metabólicos, além de cuidados e controles gerais.
Cuidados gerais
Terapia anticonvulsivante
O sulfato de magnésio é utilizado com o objetivo de prevenir e tratar convulsões, indicado nas
seguintes situações:
OBS: a suspensão do sulfato de magnésio deve ser feita em casos de depressão do SNC (FR <
16 irpm, reflexos patelares abolidos e diurese < 25 ml/hora). Sendo que o antídoto utilizado é
o gluconato de cálcio.
1. Nifedipina;
2. Hidralazina;
3. Nitroprussiato de sódio.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
SÍNDROME HELLP
ANTECIPAÇÃO DIAGNÓSTICA
Confirmação da IG;
Avaliação do estado fetal cardiotocografia basal e/ou doppler fluxometria.
As gestantes com gestação ≥ 34 semanas e todas com síndrome HELLP devem ser preparadas para parto
vaginal ou abdominal dentro de 24 horas. Aquelas com gestações entre 24 e 34 semanas devem fazer uso
de corticoide, mesmo se o parto não puder ser adiado pelo período ideal de 24–48 horas.
HIPERTENSÃO CRÔNICA
Iniciar tratamento se: PAS > 150 ou PAD > 100 mmHg ou LOA presente.
Medicamentos
Metildopa;
Betablock;
Diurético (tiazídicos ou de alça).
Durante a amamentação as únicas drogas que podem ser usadas são IECA, alfametildopa e nifedipino.
A avaliação da vitalidade fetal pode ser feita por meio de três métodos de exame:
Dopplervelocimetria;
Perfil biofísico fetal;
Cardiotocografia.
DOPPLERVELOCIMETRIA
Os sinais iniciais do comprometimento fetal na dopplervelocimetria são as alterações nas artérias umbilicais
com aumento na resistência de fluxo, seguidos de um efeito de redistribuição dos fluxos (centralização)
com vasodilatação da artéria cerebral média e, por fim, nos quadros mais graves, evoluindo com alteração
do Doppler venoso fetal – ducto venoso.
A redução, a ausência (diástole zero) ou a reversão (diástole reversa) do fluxo diastólico na artéria
umbilical é indicação para intensificação da vigilância do bem-estar fetal ou da programação do parto,
dependendo da condição clínica.
CARDIOTOCOGRAFIA
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
OBS: No DIP III, se recuperação lenta/ausência de retorno à linha de base/desacelerações bifásicas DIP III
desfavorável Hipóxia Conduta: igual DIP II.
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
SOFRIMENTO FETAL
DEFINIÇÃO
Caracteriza-se por queda brusca e intensa das trocas maternofetais. Alterações bioquímicas principais:
Hipóxia: queda do teor de O2 nos tecidos (diferente de anóxia que é a total ausência de O2 e asfixia
Acidose
Hipercapnia
ETIOLOGIAS
ALTERAÇÕES ÚTERO-PLACENTÁRIAS
Hiperatividade uterina
o Hipersistolia;
o Hipertonia;
o Taquissistolia.
Hipovolemia materna;
Hipotensão materna.
ALTERAÇÕES FETOPLACENTÁRIAS
Qualquer alteração posicional ou compressiva do cordão umbilical pode dificultar o trânsito de sangue,
como: circulares, prolapso e trombose.
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIAS
OBS: no SFC há tentativa de compensação fetal quanto à hipóxia progressiva, dessa forma, o feto faz o
fenômeno de redistribuição sanguínea (centralização) e CIUR.
DIAGNÓSTICO
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
Avaliação da FCF: pinnard, sonnar ou cardiotocografia, anormal quando FCF < 110 bpm, por pelo menos 50%
da duração de, no mínimo, 3 contrações consecutivas.
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
TIPO 1 (SIMÉTRICO)
TIPO 2 (ASSIMÉTRICO)
Prognóstico bom, com redução desproporcionais das medidas corporais, principalmente redução da
circunferência abdominal, devido a redução do fígado;
Causa: insuficiência placentária;
Após a 32ª semana de gestação;
Hipertrofia celular.
TIPO 3 (INTERMEDIÁRIO)
FATORES DE RISCO
Fatores fetais: cromossomopatias, outras síndromes genéticas, mal formações congênitas, infecções e
gestação múltipla.
DIAGNÓSTICO
IG = DUM em concordância com a USG obstétrica realizada até 12 semanas (ou pelo menos com duas USG
compatíveis até 20 semanas)
Analisar percentis < p10 há alta possibilidade de feto com crescimento restrito.
2. ULTRASSONOGRAFIA
DOPPLERVELOCIMETRIA
Diante do diagnóstico de RCF, com volume de líquido amniótico normal e sem anomalias congênitas, a
dopplervelocimetria permite diferenciar o feto pequeno por insuficiência placentária do pequeno
constitucional, além de proporcionar a avaliação do grau de insuficiência placentária.
1. Artérias umbilicais;
2. Artéria cerebral média (ACM);
3. Ducto venoso.
LÍQUIDO AMNIÓTICO
FUNÇÕES
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
PRODUÇÃO
Até 10ª semana: líquido passa por meio de osmose ultrafiltrado de plasma materno.
10ª-20ª semana: difusão do líquido extracelular pela pele fetal composição semelhante ao plasma fetal.
>20ª semana: o líquido amniótico passa a ser composto principalmente por diurese e flúido pulmonar.
OLIGOHIDRÂMNIO
DEFINIÇÃO
Deficiência na produção de líquido amniótico, devido a várias causas, sendo que a principal é a rotura
prematura de membranas ovulares (RPMO).
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO
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Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
HIDRATAÇÃO MATERNA
AMNIOINFUSÃO
POLIHIDRAMNIO
DEFINIÇÃO
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
ULTRASSONOGRÁFICO
TRATAMENTO
98
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GESTANTE ASSINTOMÁTICA
DISCUSSÃO TEMÁTICA
DMG: intolerância à glicose de graus variáveis de gravidade, com início ou primeiro reconhecimento na
gestação
RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO
Jejum 1h 2h
95 mg/dL 180 mg/dL 155 mg/dL
1. Controle glicêmico
2. Ganho ponderal materno
3. Vitalidade fetal
4. Morfologia e ganho de peso fetal
Mobilograma:
o Pelo menos dois movimentos fetais por 10 minutos após as principais refeições
o Sinal de alerta
Cardiotocografia:
o 30-34 sem: semanalmente
o 34-36 sem: 2x/semana
o >36sem: diariamente
US com doppler:
o Falso negativo para centralização: fetos hiperglicêmicos sofrem vasoconstrição da artéria
cerebral média
o Diabéticas com vasculopatia: pode haver persistência da incisura protodiastólica
Perfil biofísico fetal:
o PADRÃO-OURO
1º tri:
o Translucência nucal com 10-12 sem e avaliar IG
2º tri:
o Doppler das artérias uterinas a partir de 20 sem;
o USG morfológica e ecocardiograma fetal entre 24 – 28 sem;
o USG obstétrica seriada: 15/15 dias após 24 sem para avaliar ILA e crescimento fetal.
3º tri:
o USG obstétrico: 15/15 dias até 34 sem e semanalmente após isto, para avaliar ILA e
crescimento fetal;
o Doppler se houver HAS ou vasculopatia.
TRATAMENTO CLÍNICO
Adoçantes
Atividade física
102
Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
Insulina
Indicações:
DM pré gestacional
DMG que não controla após duas semanas consecutivas de dieta adequada
<140 mg/dL: 0
A partir de 140, +2 IR a cada 20mg/dL (>300 12)
ASSISTÊNCIA OBSTRÉTRICA
Corticoide:
Interrupção da gestação
Jejum
Suspender insulina NPH
SG5% 125ml/h 40 gotas/min, inicialmente
Glicemia capilar a cada hora
103
Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
ASSISTÊNCIA NO PUERPÉRIO
DMG:
CUIDADOS COM O RN
CAUSAS:
Abortamento
Lesões de colo
Lesões de vagina
ABORTAMENTO
Fatores etiológicos:
Anomalias do concepto:
o Ovo anembrionado
o Alterações cromossômicas
Causas maternas locais:
o Malformações uterinas
o Incompetência istmocervical
o Miomatose uterina
o Sinéquias intra-uterinas (sínd. De Asherman)
Causas maternas sistêmicas:
o Doenças crônicas
o Infecções: rubéola, clamídia, HIV
o Insuficiência luteínica
Cirurgias abdominais (principalmente quando manipula a matriz)
Diagnóstico:
105
Letícia Nascimento, Marina Escóssia e Pedro Nogueira – Módulo de Ginecologia e Obstetrícia
Tratamento:
ABORTAMENTO HABITUAL:
QUADRO CLÍNICO:
PP DPP RU
INÍCIO Insidioso Súbito, tempestuoso Precedida pela
síndrome Bandi-
Fromel
DOR Indolor (exceto TP) Intensa Intensa / acalmia
transitória
HEMORRAGIA De repetição Única Variável
Vermelho vivo Vermelho escuro Depende dos vasos
Inicialmente Inicialmente interna atingidos e da
moderada Habitualmente grave extensão da rotura
Cessa com Melhora com
amniotomia metrossístoes
Piora com
metrossístoles
SINAIS DE Proporcionais às Desproporcionais à Variável
HIPOVOLEMIA perdas externas perda externa
TONO UTERINO Normal Aumentado Diminuído
CONTORNO Preservado Modificação depende Duas massas: feto e
UTERINO da hemorragia oculta corpo uterino
PP DPP RU
FATORES DE Cicatrizes uterinas, - HAS materna - Cicatrizes uterinas
RISCO adenomiose, curetagens, - Descompressão - Penetração de
multiparidade, gemelidade, uterina abrupta trofoblasto no
tabagismo, período - Traumas miométrio:
interpartal curto, idade abdominais acretisma e DTG
materna avançada. - Fenômenos
degenerativos
miometriais:
multiparidade
- Infecção puerperal
anterior:
mricroabscessos +
trombose áreas
de enfartes
DIAGNÓSTICO - Clínica + USG - Clínica - Clínico
- Dg de acretismo: doppler, - USG (coágulo RP; (subdiagnosticado
USG tridimensional ou RNM ↑ PC qdo de pequena
espessamento extensão)
localizado da
107
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placenta)
retrospectivo
DIAGNÓSTICO - DPP - PP - DPP
DIFERENCIAL - Lesões vulvovaginais e - Abdome agudo - Abdome agudo
cervicais
COMPLICAÇÕES Gestação: CIVD (rara), - CIVD (frequente): - Choque
RPMO, apresentações passagem de hipovolêmico
anômalas, óbito fetal. tromboplastina - Óbito fetal
Parto: distócia funcional, para a circulação
hemorragia. materna + coágulo
Puerpério: retenção RP consumo de
placentária hemorragia FC e PQT
anemia infecção e - IRA: NTA devido
hipogalactia CIVD + reflexo
isquêmico
uterorrenal+ subst.
nefrotóxicas pelo
útero de Courveler
+ transfusão em
massa.
- Síndrome de
Sheehan: lesão
necrótico-
isquêmica
hipofisária.
- Óbito fetal
CONDUTA Feto pré-termo Feto vivo ≥26 s: - MOV
- Feto vivo? Sangramento materno cesária - Correção de
- Qual IG? controlável: Feto vivo <26s: anemia ou choque
- Volume do Controle dos sinais vitais - Condições hipovolêmico
sangramento? maternos maternas - Tratamento é
- Vitalidade Correção de anemia preservadas: quase sempre
fetal? materna Observação cirúrgico:
- Condições Administração de corticóide rigorosa histerectomia,
sociais da mãe? (26-34sem) - Condições histerorrafia
Sangramento materno maternas
incontrolável: alteradas:
Interrupção de gestação Interrupção da
Feto de termo (> ou =37s) gestação pela via
Interrupção da gestação mais adequada
(maioria por cesárea) Feto morto:
Feto morto - Condições
Centro total: cesária maternas
Outras: conduta preservadas:
individualizada conduta
- Medidas gerais (MOV) expectante
- Imunoglobulina Rh se - Condições
gestante Rh negativo maternas
- Laboratório: hemograma, alteradas:
coagulograma, fibrinogênio, interrupção da
Cr, Ur
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PREVENÇÃO COMBINADA
HIV NA GESTAÇÃO
SITUAÇÕES POSSÍVEIS:
EXAMES:
CARGA VIRAL:
Um dos fatores mais importantes associados ao risco de transmissão vertical do HIV e auxilia no
seguimento e na definição da via de parto.
Deve ser realizado pelo menos TRÊS EXAMES CV-HIV durante a gestação:
CV indetectável ou >50cópias/mL: mantém o mesmo esquema ARV, desde que não contenha
do DTG
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VIA DE PARTO E PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL
CONDUTAS NO PUERPÉRIO
Inibição da lactação:
o Carbegolina 1mg VO dose única adm antes da alta hospitalar
o Enfaixamento das mamas: apenas na ausência de carbegolina
Follow-up de longa duração (clínico e ginecológico)
Contracepção
Reforçar comportamento de sexo seguro
Reforçar aderência ao tratamento
Cuidados com RN exposto (profilaxia e diagnóstico) serviço de referencia
Notificação da gestante HIV+ e da criança exposta
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CUIDADOS COM O RN
ESTÁTICA FETAL
Apresentação: região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela vai se insinuar
Cefálica
Pélvica
Córmica
1ª posição: esquerda
2ª posição: direita
Variedade de posição:
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OA OP
OEA
ODA
OEP
ODP
MECANISMO DE PARTO
TEMPOS:
1. Insinuação
2. Descida
3. Rotação interna
4. Desprendimento cefálico
5. Rotação externa ou restituição
6. Desprendimento do ovoide córmico
INSINUAÇÃO:
ASSINCLITISMO:
É contrário da inclinação
Quem dá o nome para o assinclitismo é o parietal que vem na frente
Assinclitismo A (obliquidade de Litzmann): sutura sagital mais próxima do sacro
Assinclitismo P (obliquidade de Nagele): sutura sagital está mais próxima do pube
ROTAÇÃO INTERNA:
Tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso
ou um dos oblíquos do ES para o diâmetro AP do EI
A cabeça roda, ficando o ponto de referência (lambda) voltado para o pube ou sacro
(conforme a variedade de posição
A cabeça descreve um arco de círculo conforme a variedade de posição:
o Anteriores: 45° (OEA e ODA)
o Transversas: 90° (OET ou ODT)
o Posteriores: 135° (OEP ou ODP)
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DESPRENDIMENTO CEFÁLICO:
FASES CLÍNICAS
1. Dilatação
2. Período expulsivo
3. Dequitação
4. 4ª fase clínica: 1ª hora pós-parto
DILATAÇÃO:
1ª etapa:
Contrações regulares
Começo da dilatação
Esvaecimento do colo
2ª etapa:
Fase ativa
Dilatação franca
o Primíparas
o Multíparas
Toque vaginal
Amniotomia
Deambulação + Exercícios
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PERÍODO EXPULSIVO:
Dilatação total
Termina com a expulsão
DEQUITAÇÃO:
QUARTO PERÍODO:
PARTOGRAMA
Dilatação cervical
FC fetal
Furação do trabalho de parto
Sinais vitais
Preenchendo:
1. O primeiro registro do partograma deve ser feito no início da fase ativa (mínimo de 03
cm de dilatação e contrações regulares – 2 a 3 em 10 min);
2. Após o primeiro registro de dilatação, traça-se a LINHA DE ALERTA (indica-se uma
coluna (1 hora) após a 1ª e 1 cm acima de dilatação) ;(ver imagem)
3. A LINHA DE AÇÃO é traçada imediatamente 4 horas após a linha de alerta; (ver imagem)
4. A dilatação cervical é representada por triângulos e a descida da apresentação por uma
circunferência;
5. A dilatação está representada à esquerda em centímetros e a altura da apresentação, à
direita, segundo o Plano de De Lee;
6. Os toques vaginais (TV) devem ser feitos de acordo com a progressão do parto (a cada
2 horas ou mais), não sendo esquecido o seu registro com a hora correspondente.
7. Nos TVs devem ser avaliadas as condições do colo uterino (dilatação e esvaecimento),
altura e variedade da apresentação e integridade ou não da bolsa;
8. Deve-se atentar também para a avaliação das contrações e dos BCF.
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Manifesta-se com dilatação progressiva, porém LENTA DEMAIS, com velocidade inferior a
1cm/hora.
Percebe-se que a dilatação ultrapassa facilmente a linha de alerta, podendo chegar à linha de
ação.
Na maioria das vezes a causa decorre das CONTRAÇÕES INEFICAZES DO ÚTERO, podendo ser
corrigida com a administração de ocitócitos e, às vezes, amniotomia.
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Neste caso, o útero é hipercinético e pode ocorrer sofrimento fetal, visto que no momento da
contração o nível de oxigênio é diminuído para o feto. Esse tipo de parto pode ocorrer
espontaneamente ou pelo uso indiscriminado de ocitócitos.
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Caracteriza-se pela persistência da MESMA DILATAÇÃO evidenciada por dois TVs sucessivos com
intervalo de 2 horas ou mais estando a parturiente em trabalho de parto ativo.
Pode atingir as linhas de alerta e ação e tem como principal causa a DESPROPORÇÃO
FETOPÉLVICA.