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Infecções fúngicas
1. Candidíase
Infecção causada por Candida spp, geralmente C. albicans
Fatores de risco: DM, DIU, gestação, uso de ATB, uso de roupas íntimas apertadas (não
é IST)
Não é comum em mulheres pós menopausa
Sinais e sintomas: prurido, queimação ou irritação vaginal ou vulvar (com piora
durante relações sexuais) + corrimento espesso, esbranquiçado e parecido com queijo
que se adere às paredes.
o Sintomas aumentam 1 semana antes da menstruação
o Infecção em parceiros do sexo masculino é rara.
Diagnóstico: pH < 4,5 + corrimento típico + leveduras/pseudohifas (teste de KOH)
Tratamento
o Opção oral: 150 mg de fluconazol DU
o Opção vaginal: miconazol 1200 mg DU; Se não resolver = miconazol 400 mg
por 3 dias
o Se coceira externa: é possível prescrever creme antifúngico para uso externo.
o Gravidez e lactação: mesmos tratamentos.
Obs: Recorrência = a profilaxia com miconazol 1200 mg vaginal, no quinto dia do ciclo, durante
três a seis meses.
Infecções bacterianas
1. Vaginose bacteriana
É a vaginite decorrente de uma alteração complexa da flora vaginal, com diminuição
de lactobacilos e supercrescimento de patógenos anaeróbios (não é infecção, ou seja,
não é IST)
Patógenos: Prevotella spp, Peptostreptococcus sp, Gardnerella vaginalis
Sinais e sintomas: corrimento vaginal malcheiroso (odor de peixe), branco
acinzentado e fino.
Diagnóstico: clínico + pH + células indicadoras (microscopia)
Tratamento: SOMENTE SE HOUVER CLÍNICA/INCÔMODO
o Metronidazol 2 g, dose única, tratar o parceiro não é necessário.
o Em efeito insuficiente: metronidazol 2x/dia 500 mg, durante sete dias
o Gestante = igual; Lactante = tomar medicação após última lactação do dia
2. Clamídia
Chlamydia trachomatis é a causa mais comum de IST
Grande maioria assintomático
o Mulher = corrimento/DIP
o Homem = uretrite
Obstetrícia: transmissão para o feto acontece de maneira direta, após rotura de
membrana. Conjuntivite = 1/3 dos casos
Diagnóstico: citologia, cultura etc
o Mulher: swab de algodão.
o Homem: primeira porção de urina
o Se teste deu negativo, refazer após 3 semanas
Tratamento: azitromicina 1 g DU
o Na gravidez, tetraciclina e derivados são contraindicados. Assim, a segunda
opção depende de gravidez. Se não há gravidez = doxiciclina 100 mg 2dd 7
dias; Se houver gravidez = amoxicilina 500 mg 3dd 7 d.
3. Gonorreia
Doença infeciosa aguda, IST, causada por diplococo G- intracelular (Neisseria
gonorrhoeae)
Sinais e sintomas: as vezes assintomática. Quando aparecem, podem ser associados à
disúria e polaciúria após 1 semana de infecção
o Mulher: uretrite, cervicite.
o Homem: uretrite
o Corrimento: mucopurulento, amarelado/amarronzado e fétido
Obstetrícia: se antes da 18º semana de gestação, a infecção pode “subir” gerando
salpingite. Além da DIP, a gravida pode ter formas disseminadas, como hipertermia,
poliartralgia, artrite séptica
Diagnóstico: Mulher: swab de algodão. Homem: primeira porção de urina.
o Coloração de Gram e cultura
o Testes à base de ácido nucleico
Tratamento (grávidas tem o meso tratamento)
o Ceftriaxona DU de 250 mg IM + azitromicina 1 g VO
Obs: Os parceiros sexuais com contatos nas últimas 2 semanas devem receber tratamento
presuntivo para gonorreia (tratamento epidemiológico).
5. Tricomoníase
Tricomoníase é a infecção da vagina ou do trato genital masculino causada por
Trichomonas vaginalis.
Sinais e sintomas:
o Mulheres: podem ser assintomáticas
Corrimento amarelo-esverdeada, espumosa e odor de peixe
Aumento da sensibilidade na vulva e no períneo
Dispareunia
Disúria
o Homens: são assintomáticos de regra
Diagnóstico:
o Mulher: NAAT/PCR da secreção vaginal ou solução de secreção vaginal com
soro fisiológico (microscopia)
o Homem: NAAT/PCR urina, NAAT/PCR ou cultura de material da uretra
Tratamento:
o Metronidazol ou tinidazol 2 g DU VO
o Gravidas: tratamento com metronidazol deve ser adiado até 2º trimestre. Se
adiamento do tratamento for indesejado, clindamicina creme vaginal (2%) 1dd
ou comprimido 300 mg 2dd via oral, 7 d.
o Parceiros sexuais devem ser vistos e tratados com tinidazol 2 g em dose única
ou metronidazol 500 mg duas vezes ao dia por 5 dias e devem ser examinados
para outras doenças sexualmente transmissíveis.
Infecções virais
1. HPV
Papilomavírus humano (HPV) causa verrugas. Alguns tipos causam verrugas na pele, e
outros tipos causam verrugas genitais elevadas ou planas (lesões da pele ou mucosas
dos genitais).
Tem vacina
Infecção por certos tipos de HPV pode levar ao câncer.
o Tipo 6 e 11 = benigna
o Tipo 16 e 18 = maligna em 70%
Manifestações anogenitais
o Verrugas genitais (condiloma acuminado)
o Neoplasia intraepitelial e carcinoma em cérvice, ânus, ou pênis
o Neoplasias da bexiga e oral
o Papulose bowenoide
Transmitido pelas lesões existentes durante o contato de pele.
Sinais e sintomas = verrugas que
o Aumentam
o Podem tornar-se pedunculadas
o Têm superfícies ásperas
o Podem ocorrer em agrupamentos
o Costumam ser assintomáticas, mas podem arder
o Nos homens geralmente são abaixo do prepúcio, nas mulheres, na vulva
Dagnóstico = clínico + citologia oncótica
Obstetrícia
o Transmissão transplacentária E transmissão vertical, evoluindo com
papilomatose de laringe
Tratamento:
o Remoção mecânica (p. ex., por crioterapia, eletrocauterização, laser ou excisão
cirúrgica)
o Tratamento tópico (p. ex., com antimitóticos, cáusticos, ou indutores de
interferona)
o Obstetrícia: tratamento mecânico pode ser indicado em qualquer trimestre da
gestação, exceto para lesões que infiltram na vagina ou colo (tratamento
preferencialmente no 2º trimestre). Tratamento tópico está contraindicado
durante gestação. Cesárea não é indicada como forma de prevenção.
2. Herpes
Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível causada pelo herpes-vírus
humano 1 ou 2.
Após a infecção inicial, o HSV permanece dormente em gânglios nervosos dos quais
pode emergir periodicamente. Quando o vírus emerge, pode ou não causar sintomas
(lesões genitais).
A transmissão pode ocorrer por meio do contato com as lesões ou, mais
frequentemente, via contato de pele com pele entre parceiros sexuais quando as
lesões não são aparentes (chamada disseminação assintomática).
Obstetrícia: Transmissão durante parto, via contato com as secreções vaginais
contendo HSV
o Infecção neonatal: A infecção neonatal pelo HVS é, em geral, transmitida
durante o parto. Um sinal típico é erupção vesicular, que pode acompanhar ou
progredir para doença disseminada. O diagnóstico é feito por cultura do vírus,
PCR, imunofluorescência ou microscopia eletrônica. O tratamento é feito com
altas doses de aciclovir parenteral e cuidados de suporte.
Sinais e sintomas: grande maioria assintomática, podendo aparecer de lesões
o No prepúcio, glande e cabeça do pênis em homens
o Nos lábios, clitóris, períneo, vagina e cérvice em mulheres.
o Ao redor do ânus e no reto em homens ou mulheres que praticam sexo anal
receptivo.
Diagnóstico:
o Avaliação clínica
o Cultura e PCR
o Exames sorológicos
Tratamento:
o Erupções primárias e recorrentes
Aciclovir 400 mg VO tid por 7 a 10 dias
Valaciclovir 1 g VO a cada 12 h, durante 7 a 10 dias