Você está na página 1de 79

IST’s

Infecções Sexualmente Transmissíveis

Profª. Susan Teixeira


Definição

São infecções do trato reprodutivo


causadas por microorganismos
transmitidos por
relação sexual vaginal, anal ou oral
(CDC, 2002).
Introdução
•Organização de serviços para atenção às pessoas com
IST:
- Porta de entrada: UBS
- Mediante agendamento de consultas, apresentando
dificuldades para o atendimento por demanda
espontânea;
- A unidade de saúde deve garantir, o mais breve
possível, o acolhimento adequado e com privacidade.
Introdução

O surgimento, a disseminação e a manutenção de


uma epidemia de IST dependem da interação de
três fatores:
• Eficácia da transmissão, fator biológico intrínseco a cada
infecção;
• Taxas de variação de parceria sexual, influenciadas por aspectos
socioeconômicos, culturais e comportamentais;
• Duração da infecção, influenciada por aspectos
socioeconômicos, culturais e estruturais, qualidade da rede de
saúde e acesso aos serviços.
Abordagem
• Anamnese;
• Identificação das diferentes vulnerabilidades;
• Exame físico.
• Coleta de material biológico para exame laboratorial.

• Sempre que disponíveis, devem ser realizados


exames para triagem:
- Gonorréia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C;

• A notificação compulsória dessas infecções deve fazer


parte da atenção as pessoas com IST.
Classificação
• Infecção caracterizada por
corrimento vaginal
– Candidíase vulvovaginal
– Tricomoníase
– Vaginose bacteriana
• Infecção caracterizada por cervicite
– Clamídia
– Gonorréia
Classificação
• Infecções causadas por úlceras genitais
– Herpes simples genital
– Sífilis
• Doença Inflamatória pélvica (DIP)
• Vírus da imunodeficiência h u m a n a (HIV)
• Infecção por papilomavírus humano
(HPV)
Classificação
• DST evitáveis por vacinas
– Hepatite A
– Hepatite B
• Infecções por ectoparasitas
– Pediculose pubiana
– Escabiose
Infecção caracterizada
por corrimento vaginal
Candidíase Vulvovaginal
• Não é mais considerada
u m a DST por ser u m
constituinte normal da
vagina;

• Se torna patológica
quando o meio
vaginal é modificado.

• Ph 4 – 4,5
Candidíase Vulvovaginal
• Manifestações clínicas
– Prurido;
– Corrimento vaginal (espesso, branco, semelhante
a l e i t e coalhado);
– Sensibilidade vaginal;
– Ardência vulvar;
– Eritema n a área vulvovaginal;
– Edema vulvar;
– Dispareunia e disúria externa.
Candidíase Vulvovaginal
• Fatores Predisponentes
– Gestação;
– Uso de anticoncepcionais com alto teor de
estrogênio;
– Uso de antibióticos de largo espectro;
– Diabetes mellitus;
– Uso de esteróides e agentes imunossupressores;
– Infecção pelo HIV;
– Uso de roupas apertadas e calcinha de náilon.
• Diagnóstico
– Sintomas e exame pélvico
Candidíase Vulvovaginal
• Tratamento
– 1ª opção
• Miconazol creme a 2%, via vaginal, u m a aplicação à noite
por 7 dias;
• Nistatina creme 100.000 UI, via vaginal, u m a aplicação à
noite por 14 dias.
– 2ª opção
• Fluconazol- 150 mg VO dose única
– Gestantes e Lactantes
• Miconazol creme a 2%, via vaginal, u m a aplicação à noite
por 7 dias;
• Nistatina creme 100.000 UI, via vaginal, u m a aplicação à
noite por 14 dias.
Tricomoníase
• Mulher : Acentuadamente sintomática
ou assintomática
• Homens: Portadores assintomáticos
• Causada por u m protozoário-
Trichomonas vaginalis
• P h > 4,5
Tricomoníase
• Manifestações clínicas
– Corrimento intenso amarelo-esverdeado
ou cinza-esverdeado, espumoso ou
bolhoso;
– Prurido vaginal e maior
sensibilidade vulvar;
– Dispareunia;
– Disúria;
– Colpite macular (aspecto de
“morango” da cérvice)
• Diagnóstico
– Sintomas e exame pélvico
Tricomoníase
• Tratamento
– 1ª opção
• Metronidazol 2g VO dose única;
• Metronidazol 400 – 500 mg 12/12 hs VO por 7
dias.
– 2ª opção
• Secnidazol 2g VO, dose única
• Tinidazol 2 g VO dose única
– Gestantes e Lactantes
• Metronidazol 2 g VO dose única;
• Metronidazol 400 mg 12/12 hs VO por 7 dias ou 250 mg VO
3 vezes ao dia por 7 dias.
Vaginose Bacteriana
• Causada por u m desequilíbrio do
ecossistema vaginal;
• Causa mais comum de corrimento vaginal;
• Redução ou desaparecimento dos
Lactobacillus e aumento nas concentrações
de bactérias anaeróbias facultativas ou
estritas:
– Gardnerella vaginalis,
– Micoplasma,
– Mobilluncus,
– Peptoestreptococcus.
• 50% das mulheres podem ser assintomáticas;
Vaginose Bacteriana
• Pode estar associada
a trabalho de parto
pré-termo,
corioamnionite,
endometrite pós-parto
e doença
inflamatória pélvica.
Vaginose Bacteriana
• Manifestações clínicas
– Corrimento vaginal homogêneo branco e fino
– Odor característico de “peixe estragado”
– Dispaneuria (menos frequente).
• Diagnóstico
– Satisfazer três dos quatro critério abaixo:
• Corrimento vaginal homogêneo branco e fino;
• pH> 4,5
• “Teste do cheiro” positivo ( a secreção é misturada a u m a
gota de hidróxido de potássio a 10% em u m a lâmina);
• Presença de células indicadoras no exame a fresco.
Vaginose Bacteriana
• Tratamento
– 1ª opção
• Metronidazol 400 – 500 mg 12/12 hs VO 7 dias
– 2ª opção
• Metronidazol 2g VO dose única;
• Metronidazol gel 0,75%, u m a aplicação vaginal, 2 vezes ao
dia, por
5 dias.
– Gestante e Lactantes
• Metronidazol 250 mg 3 vezes ao dia por 7 dias;
• Metronidazol 400 mg 12/12 hs VO por 7 dias;
Condutas de Enfermagem
• Prevenção primária
• Orientações p ar a limitar as recorrências dessas
infecções:
– Evitar duchas p a r a prevenir a alteração do meio vaginal;
– Usar preservativo;
– Evitar o uso de calcinhas de náilon apertadas;
– Fazer a higiene limpando-se de frente p ar a trás;
– Evitar talcos, banhos de espuma e sprays vaginais
perfumados;
– Vestir calcinhas de algodão limpas e pendurá-las no sol;
– Remover a roupa de banho molhada o mais rápido
possível;
Infecções
Caracterizadas Por
Cervicite
Clamídia
• A infecção assintomática é comum;
• Os homens – desenvolvem uretrite;
• As mulheres – cervicite, síndrome
uretral aguda, salpingite (infecção nas
trompas de Falópio), DIP e infertilidade;
• Causada pela Chlamydia trachomatis ;
• Os recém-nascidos – podem desenvolver
conjuntivite ou pneumonite e correm u m risco
de 50 a 70% de contrair a infecção
Clamídia
Grande causa de infertilidade masculina e feminina:

• Nos homens, a bactéria pode causar inflamações nos epidídimos


(epididimite) e nos testículos (orquite), capazes de promover
obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides.
• Nas mulheres, o risco é a bactéria atravessar o colo uterino, atingir
as tubas uterinas provocar a doença inflamatória pélvica (DIP).
• Esse processo infeccioso pode ser responsável pela obstrução das
tubas e impedir o encontro do óvulo com o espermatozoide, ou
então dar origem à gravidez tubária (ectópica), se o ovo fecundado
não conseguir alcançar o útero.
• Mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação
está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de
transmissão vertical na hora do parto, o recém-nascido corre o risco
de desenvolver um tipo de conjuntivite (oftalmia neonatal)
e pneumonia
Clam ídia
• Manifestações clínicas
– Corrimento vaginal mucopurulento;
– Uretrite;
– Bartolinite;
– Endometrite;
– Salpingite;
– Sangramento uterino disfuncional
– Dor ou ardor ao urinar com aumento do
número de micções;
– Presença de secreção fluida;

As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue


nos intervalos do período menstrual e dor no baixo
ventre.
Clamídia
• Fatores de risco
– Ser adolescente;
– Ter múltiplos parceiros sexuais;
– Ter u m novo parceiro sexual;
– Manter relação sexual sem us a r u m anticoncepcional
de barreira;
– Usa r anticoncepcional oral;
– E s t a r grávida;
– História pregressa de outra DST
Clamídia
• Diagnóstico
– Exame de urina
– Da secreção uretral
– Do material obtido por esfregaço n a ur e t ra
– Material colhido no colo do útero
• Tratamento
– 1ª opção
• Azitromicina 1g, VO dose única
• Doxiciclina 100 mg, VO de 12/12 hs por 7 dias
– 2ª opção
• Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 hs por 7 dias.
Gonorréia
• DST mais antiga – referência no Velho
Testamento ;
• Causada pela bactéria Neiseria
gonorrhoeae ;
• Transmitida quase exclusivamente por
atividade sexual;
• Na gestante: corioamnionite, trabalho de parto
prematuro, descolamento p r em at u r a das
membranas e endometrite pós-parto;
• Recém-nascido: oftalmia neonatal que
pode causar cegueira
Gonorréia
• Manifestações clínicas
– 50 a 90 % são assintomáticas, sendo o problema n a
disseminação da gonorréia;
– Corrimento vaginal anormal;
– Disúria;
– Cervicite;
– Sangramento vaginal anormal;
– Abscesso nas glândulas de Bartholin;
– DIP;
– Dor n a garganta leve;
– Infecção retal.
Gonorréia

Pode se manifestar de maneiras diferentes entre homens e


mulheres:

a infecção em geral não provoca sintomas no sexo feminino, mas


no masculino, sim. “Nos homens, pode vir acompanhada de pus e
ardência para urinar”.

Quando os sinais da gonorreia aparecem na ala feminina, tendem a


envolver secreção vaginal, disúria e dor durante o ato sexual. Dor
pélvica e sangramento fora do período menstrual podem aparecer
eventualmente.
Gonorréia
• Fatores de Risco
– Baixa condição socioeconômica;
– Morar em área urbana;
– Ser solteiro,
– Usar de forma inconsistente os anticoncepcionais
de barreira;
– Ter múltiplos parceiros
• Diagnóstico
– Exame da secreção
Gonorréia
• Tratamento
– 1ª opção
• Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única
– 2ª opção
• Sob avaliação médica.
Condutas de Enfermagem
• Informar que as duas DST
podem provocar infertilidade e
sequelas crônicas;
• Realizar u m histórico bem feito para
detectar os riscos a que estão
expostos;
• Enfatizar a importância do tratamento
e da informação ao parceiro.
Infecções
Caracterizadas Por
Úlceras Genitais
Herpes Simples Genital
• Infecção viral vitalícia
recorrente;
• Transmitido pelo contato
das mucosas ou
soluções de
continuidade n a pele,
com lesões visíveis ou
não através do beijo,
contato sexual e parto
vaginal;
Herpes Simples Genital
• Manifestações clínicas
– Episódio primário
• Múltiplas lesões vesiculares dolorosas;
• Corrimento mucopurulento;
• Superinfecção por candida;
• Febre;
• Calafrios;
• Mal-estar;
• Disúria;
• Cefaléia;
• Irritação genital;
• Dor a palpação da região inguinal;
• Linfadenopatia.
Herpes Simples Genital
– Infecções recorrentes
• São mais leves e mais curtas;
• Formigamento;
• Prurido;
• Dor;
• Lesões genitais unilaterais;
• São provocadas por fatores desencadeantes como:
estresse emocional,menstruação e relação sexual.
• Diagnóstico
– Baseia-se em sinais e sintomas
– Confirmado pela cultura viral do líquido proveniente
da vesícula
Herpes Simples Genital
• Tratamento
– 1º episódio
• Aciclovir 200 mg, 4/4 hs, 5 vezes ao dia, por 7 dias
ou 400 mg, VO, 8/8 horas por 7 dias
– Recorrências
• Aciclovir 400 mg, VO, 8/8 horas, por 5 dias ou 200
mg, 4/4/ hs, 5 vezes ao dia por 5 dia.
– Gestantes
• Tratar o primeiro episódio em qualquer
trimestre da gestação
Sífilis
• Infecção bacteriana curável;
• Causada pelo espiroqueta Treponema pallidum ;
• O espiroqueta consegue atravessar a placenta
em qualquer momento da gravidez;
• Consequências da infecção materna:
– Aborto espontâneo;
– Prematuridade;
– Natimortalidade e falência multissitêmica de
coração, pulmões, baço, fígado e pâncreas;
– Danos ósseo estruturais;
– Retardamento mental.
Sífilis
• Manifestações Clínicas
– Sífilis Primária
• A p a r e c e c e r c a d e 3 a 4 d ia s a p ó s o c o n t á g i o ;
• Cancro (úlcera indolor) que desaparece de 1 a 6
semanas;
• Pode passar despercebida, principalmente se as feridas estiverem
situadas no reto ou no colo do útero;
• Adenopatia inguinal bilateral indolor durante esse período
muito infeccioso;
• Seguido por período de latência.
Sífilis
• Manifestações Clínicas
– Sífilis Primária
– Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre
10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de
“cancro duro”;
– Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo
estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha;
– Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.
Sífilis Primária
Sífilis
– Manifestações Clínicas
– Sífilis Secundária
• Surge de 2 a 6 meses após exposição
inicial;
• Apresentando sintomas gripais;
• Outros sintomas comuns: vermelhidão pelo
corpo (exantema), coceira;
• Erupção cutânea maculopapular no
tronco
e nas regiões palmares e plantares;
• Pode ocorrer alopecia e adenopatia nas
axilas e pescoço;
• As manchas desaparecem em algumas
semanas, independentemente de tratamento,
trazendo a falsa impressão de cura;
Sífilis Secundária
Sífilis
Fase de Latência
• Ausência de quaisquer manifestações
clínicas;
• Sorologia positiva;
• Pode perdurar até 20 anos;
Sífilis
– Manifestações Clínicas
– Sífilis terciária
• Cardiopatia; pode aparecer de 1 a 40 anos após a infecção.
• Pode causar dor de cabeça, convulsões, e é um diagnóstico um
pouco mais complicado.
• Aparecimento da goma sifilítica;
• Doença neurológica potencialmente fatal que destroem
lentamente o coração, os olhos, o cérebro, o sistema nervoso
central e a pele.
Sífilis
Sífilis
• Diagnóstico
– VDRL (Venereal Disease Research)-
exame não- treponêmico.
Sífilis
• Tratamento
– 1ª opção
• Penicilina G Benzatina, 2.4 milhões UI;
• Via IM, dose única;
• Aplicar  1,2 milhões UI em cada nádega.
– 2ª opção
• Doxicilina 100 mg;
• VO de 12/12 hs, por 14 dias ou até a cura clínica
• Não indicado p ar a gestantes e nutrizes.
– Alergias
• Eritromicina (estearato), 500 mg;
• VO, 6/6/ hs por 15 dias.
Conduta de Enfermagem
• Orientar sobre:
– Abster-se de relações sexuais durante o período
prodrômico e quando as lesões estiverem presentes;
– Lavar as mãos com água e sabão após tocar as
lesões
pa ra evitar auto-inoculação;
– Usar medidas de conforto, como vestir roupas que
não apertem, tomar banho de assento com água
morna;
– Evitar extremos de temperatura, como bolsa de gelo
ou bolsas quentes;
– Usar preservativos com todos os parceiros.
Doença Inflamatória
Pélvica
DIP
• Infecção ascendente do t r a t o reprodutivo
feminino superior;
• Inicia-se na vagina e progride afetando útero,
ovários, trompas de falópio se espalhando por
uma grande área pélvica e podendo atingir o
abdômem;
• Afeta principalmente adolescentes e jovens sexualmente
ativas, com vários parceiros sexuais, que não usam
camisinha e que mantém o hábito de lavar internamente
a vagina;
• Esta associada a sequelas importantes em longo prazo,
podendo causar: infertilidade por fator tubário,
gravidez ectópica e dor pélvica crônica;
• C a u s a d a mai s frequentemente por infecção não
t r a t a d a de clamídia e gonorréia.
DIP
Complicações:
• Gestação ectópica;
• Abscesso pélvico;
• Infertilidade;
• Dor abdominal crônica;
• Aderência pélvica;
• Depressão.
DIP
• Diagnóstico
– Tríade:
– Dor á palpação do baixo ventre
– Dor a palpação dos anexos
– E dor a mobilização do colo uterino.
– Critérios adicionais:
• Corrimento anormal mucopurulento da cérvice ou da
vagina;
• Temperatura superior a 38,3° C;
• Infecção comprovada por gonorréia ou clamídia ;
– Diagnóstico definitivo: biopsia endometrial,
ultra-
sonografia transvaginal ou laparoscopia.
DIP
• Fatores de Risco
– Adolescência ou idade adulta jovem;
– Afro-descendentes norte-americana;
– Múltiplos parceiros sexuais;
– Início precoce de atividade sexuais;
– História pregressa de DIP ou DST;
– Relação sexual com parceiro com uretrite não-
tratada;
– Inserção recente de dispositivo intra-uterino
(DIU);
– Nuliparidade;
– Tabagismo;
– Relação sexual durante a menstruação.
DIP
• Tratamento
– 1º esquema
• Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única +
• Doxiciclina 100 mg, VO de 12/12 hs, por 14 dias +
• Metronidazol 500 mg, VO, de 12/12 hs, por 14 dias.
– 2º esquema
• Ofloxacina ou ciprofloxacina +
• Doxiciclina +
• Metronidazol.

Nestes casos o enfermeiro não pode


prescrever nenh um dos dois tratamentos,
devendo encaminhar a paciente ao médico da
unidade.
Condutas de Enfermagem
• Discutir com a paciente as implicações da DIP e
os fatores de risco p ar a a infecção;
• Aconselhamento sexual:
– Uso consistente de anticoncepcional de barreira;
– Limitação do número de parceiro;
– Evitar ducha vaginal.
Vírus da Imunodeficiência
H u m a n a (HIV)
HIV
• Transmitido pelo contato sexual,
compartilhamento de agulhas, da mãe p ar a o
feto e por transfusão de sangue e
hemoderivados;
• Sinais e sintomas:
– Febre;
– Faringite;
– Erupção cutânea;
– Mialgia.
AIDS – Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida
• A aids é uma doença crônica que danifica o sistema
imunológico e a capacidade do organismo de se defender
contra outras infecções, como neurotoxoplasmose,
pneumocistose e tuberculose.
• A aids é causada pelo vírus HIV e é o estágio mais avançado
da infecção por HIV.
• O HIV é um vírus sexualmente transmissível, mas que também
pode ser transmitido pelo sangue infectado e de forma vertical,
ou seja, a mãe com HIV passa o vírus para o filho na gravidez,
parto ou amamentação.
• A principal forma de prevenção é o uso de preservativos, visto
que qualquer tipo de relação sexual pode transmitir o vírus. 
HIV
• Diagnóstico
– Teste rápidos;
– Pesquisa de anticorpo
• Prova de triagem sensível (ELISA);
• Prova mais específica (Western blot) ou prova de
imunofluorescência
• Conduta de enfermagem
– Orientar sobre a mudança que ela pode adotar pa ra
evitar a disseminação do vírus;
– Importância do tratamento;
– Importância do acompanhamento psicológico.
Papilomavírus Humano
HPV
• É u m DNA-vírus do grupo papovavírus, com
mais de 100 tipos reconhecidos atualmente;
• Têm relação com o desenvolvimento das
neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor
do colo uterino, da vulva, da vagina e da região
anal;
• A maioria das infecções são assintomáticas ou
inaparentes;
• Podem apresentar-se sob a forma de lesões
exofíticas, os chamados condilomas acuminados,
verrugas genitais ou cristas de galo.
HPV
• Fatores de risco
– Múltiplos parceiros sexuais;
– Imunossupressão;
– Tabagismo;
– Idade (15 a 25 anos);
– Uso de anticoncepcionais;
– Gravidez;
– Infecções concomitantes por
herpesvírus;
– Variáveis socioeconômica
(pobreza, violência doméstica,
abuso sexual e cuidados de
saúde inadequados ).
HPV
• Diagnóstico
– Basicamente clínico
– Biópsia indicada quando:
• Existir dúvida diagnóstica ou suspeita de neoplasia (lesões
pigmentadas,endurecidas, fixas ou ulceradas);
• as lesões não responderem ao tratamento convencional;
• as lesões aumentarem de tamanho durante ou após o
tratamento;
• o paciente for imunodeficiente.
HPV
• Tratamento
– Podofilina 10-25%- Aplicar em cada lesão e deixar secar.
Não utilizar n a gestante.
– Ácido tricloroacético (ATA) a 80-90%- Aplicar em cada lesão
e deixar secar. Pode ser utilizado n a gestante.
– Podofilotoxina 0,15% creme- Aplicar duas vezes ao dia, sobre
as lesões, por 3 dias. O ciclo pode ser repetido por no máximo
4 vezes. Não utilizar n a gestante nem em crianças.
– Criocauterização- Destruição térmica por CO2. Útil
quando existe pouca lesão, ou pode facilitar o tratamento
se tiver muitas lesões ou u m a extensa área envolvida.
– Exérese cirúrgica- Remoção da lesão com tesoura delicada,
bisturi ou cureta. Traz maiores benefícios quando tem muitas
lesões ou grandes áreas acometidas.
Condutas de Enfermagem
• Orientação e aconselhamento são
aspectos importantes;
– Após a remoção das verrugas, o HPV persiste e a
liberação do vírus se mantém;
– A probabilidade de transmissão a futuros parceiros e
a duração da infectividade após o tratamento não
são conhecidos;
– O uso de preservativo de látex está associado a
menor taxa de câncer da cérvice;
– A recorrência de verrugas genitais nos primeiros
meses após a tratamento é comum e, em geral,
indica recorrência e não reinfecção.
DST Evitáveis por
Vacinas
Hepatites A e B
• Hepatite A
– Dissemina-se via trato gastrintestinal
– Pode ser contraído ao se beber água poluída, ingerir
ostras cruas oriundas de águas contaminadas,
alimento manipulado por u m portador de hepatite
que tem m a u hábitos de higiene e pelo contato
sexual oroanal.
• Hepatite B
– Transmitida via saliva, pelo soro sanguíneo, sêmen,
sangue menstrual e pelas secreções vaginais
Hepatites A e B
• Manifestações clínicas
– Hepatite A
• Sintomas gripais (mal-estar, fadiga, anorexia,
náuseas, prurido, febre e dor no hipocôndrio direito);
– Hepatite B
• Os mesmo da hepatite A com menos febre e
envolvimento
cutâneo;
• Diagnóstico
– Sorologia
Conduta de Enfermagem

Encorajar as mulheres a se submeter a


exame de sangue para pesquisa de
hepatite, quando realizarem o exame
preventivo e aos homens, principalmente
sexualmente ativos para que realizem os
exames pelo menos 2 vezes por ano.
Infecções por ectoparasitas
Escabiose e Pediculose
• São transmitidos facilmente de u m a pessoa
p ar a outra pessoa durante a intimidade sexual;
• Escabiose: dermatite extremamente
pruriginosa causada por u m ácaro ( Sarcoptes
scabin)
– Diagnóstico: baseia-se n a história e no
surgimento de escavações nos espaços
interdigitais e n a genitália.
• Pediculose pubiana: causa prurido, erupção
cutânea e observa-se lêndeas ou piolhos nos
pêlos pubianos, axilar, abdominal n a coxa,
nos cílios e n a barba.
Escabiose e Pediculose
– Diagnóstico: baseia-se n a história e no
achado de lêndeas aderidos aos pêlos ou
piolhos.
• Cuidados de Enfermagem
– Orientar sobre:
• Usar medicação de acordo com as instruções
do fabricante;
• Remover as lêndeas com pente fino;
• Não compartilhar objetos pessoais com
outras pessoas nem aceitá-los de outro;
• Os objetos e as roupas pessoais e de cama
devem ser fervidas.
Abordagem as Parcerias Sexuais
• Para que se interrompa a cadeia de transmissão das
IST, é fundamental que os contatos sexuais das pessoas
infectadas sejam tratados.

• Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de


comunicação, aqueles(as) com as quais a pessoa
infectada tenha se relacionado sexualmente, conforme a
descrição abaixo:
• Tricomoníase: parceria atual
• Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos dois meses
• DIP: nos últimos dois meses
• Ulceras: nos últimos tres meses
• Sífilis secundaria: nos últimos seis meses
• Sífilis latente: no ultimo ano
Abordagem as Parcerias Sexuais
• Comunicação por cartão
Abordagem as Parcerias Sexuais
• Comunicação por cartão
Abordagem as Parcerias Sexuais
• Comunicação por correspondência ou outros
meios;
• Contato telefônico e/ou eletrônico, ou até mesmo a utilização de algumas redes
sociais.
• Comunicação por busca ativa
• Só poderá ser executada quando se esgotarem todos os recursos disponíveis,
havendo acesso ao endereço;
• Gestantes com IST ou parcerias de gestantes com IST que não atenderem ao
comunicado devem ser priorizados na busca ativa.

• Princípios para comunicação das parcerias


sexuais:
• Confidencialidade;
• Ausência de coerção;
• Proteção contra discriminação.
E v i t e esse p r o b l e m a

Você também pode gostar