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Tatiane Pereira Amorim

Vulvovaginite e Cervicite
VULVOVAGINITE CERVICITE
Classificação: Inflamação do colo uterino, geralmente causada por agente infeccioso, resultando em secreção
1. Vaginose bacteriana purulenta que vem de dentro do colo.
2. Candidíase Etiologia: germes ascendentes, geralmente bactérias sexualmente transmissíveis
3. Tricomoníase Principais agentes
4. Tipos especiais  Neisseria gonorrhoeae  GONORREIA
Microbiota vaginal normal  Bacilos de Doderlein/lactobacilos (bactérias G-)  Chlamydia trachomatis  CHLAMYDIA
Função: transformam o glicogênio em ácido láctico, tornando o ambiente vaginal ácido para sua própria Outros agentes menos frequentes:
sobrevivência e para proteção contra outros microorganismos.  Micoplasma
Germes sexualmente transmissíveis
Glicogênio provem do epitélio escamoso vaginal e do ectocervice  Ureaplasma
 Escherichia coli
 Actinomyces israelli (principalmente em usuárias de DIU)
VAGINOSE BACTERIANA CANDIDÍASE
É a vulvovaginite + frequente e + comum. É uma vaginite fúngica, micótica, muito frequente.
Ag. patógeno: Ag. patógeno: Cândida albicans – fungo que habita naturalmente a vagina. Se manifesta quando
↘Gardnerella vaginalis: anaeróbio G- que habita naturalmente a vagina. Se manifesta quando pH vaginal se tem um desequilíbrio da microbiota vaginal normal.
se torna alcalino >4,5. Fisiopatologia: ↓Imunidade celular = ↑Proliferação de Cândida = Candidíase
↘Mobiluncus FR que alteram a microbiota vaginal:
↘Prevotella  DM
Fisiopatologia: ↑pH (>4,5) = ↓Lactobacilos = ↑Proliferação de Gardnerella = Vaginose bacterina  AIDS
FR que ↑pH vaginal e o tornam alcalino:  Umidade, estresse
1) Relações c/ ejaculação intravaginal frequentes (sêmen é alcalino p/ neutralizar a acidez da vagina  Gestação
tornando-a alcalina e assim proteger espermatozoide).  Obesidade
2) Sexo oral com frequência, a saliva é alcalina.  Uso de anticoncepcional combinado
3) Ducha vaginal, muda o ambiente vaginal tornando-a alcalina.  Uso de corticosteroide
Quadro clinico:  Uso de ATB
 Leucorréia fluida, acinzentada e fétida (esbranquiçada/amarelada, odor a peixe podre devido a bact. Clínica e Diagnostico:
ser anaeróbia (produz cadaverina e putresina).  Leucorréia grumosa (parece queijo cottage ou ricota)
*Não costuma ter inflamação  Hiperemia local
 Teste de Whiff/teste das aminas (+): coletar amostra em lâmina e adicionar uma gota de hidróxido  Prurido intenso* (coceira c/ardor)
de K+, ocorre volatilização das aminas gerando um odor extremamente fétido (fazer em caso de muita  pH normal ou até mais ácido.
dúvida). Exame a fresco:
! Questão de prova: geralmente no enunciado – corrimento acinzentado com odor a peixe podre  Hifas, KOH-Hidróxido de K + (remove os debris cel. da lâmina e facilita melhor a visualização
percebido ou que piora depois do coito* das estruturas fúngicas).
Laboratório – Exame a fresco: Tratamento:
 Clue Cells ou cel. indicadoras/cel. alvo: não se observa contorno de memb. plasmática e tem aspecto 1ª linha:
granulado, é característica de Vaginose bacteriana. - MICONAZOL 2% Creme vaginal (1aplicador cheio a noite X 7 noites).
 Ausência de leucócitos porque não existe inflamação. - NISTATINA (100 mUI X 14 noites) = 50% resistência
Diagnostico – Critérios de AMSEL (3 de 4 critérios): 2ª linha:
1. Leucorréia branca-acinzentada - FLUCONAZOL 150mg (1comp VO dose única) – medicamento caro.
2. pH > 4,5 Outros: Cetoconazol, Clotrimazol, Anfotericina, Isoconazol.
3. Células alvo/Clue cells (exame a fresco) *Não precisa tratar o parceiro, só tratar se existir balanopostite por cândida, raro 5% dos casos.
4. Teste de Whiff/teste das aminas (+) O tratamento se faz com creme tópico. Cândida não se considera ITS
Tratamento *Paciente assintomática não precisa tratar, mesmo se gestante, não precisa de tratamento
1ª linha – anaerobicida: Gestante sintomática: Miconazol ou Nistatina em creme vaginal, NÃO pode usar medicamento
- METRONIDAZOL ORAL (500mg VO c/12h X 7d ou 2comp de 250mg c/12h X 7 dias). VO.
- METRONIDAZOL GELEIA VAGINAL (1 aplicador cheio a noite X 5 noites).
*Não precisa tratar o parceiro, não é sexualmente transmissível CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO  4 ou + episódios por ano
Tatiane Pereira Amorim
*Não tratar assintomáticas  Exceto!! Gestantes e pacientes que vão passar por algum procedimento Indicação:
invasivo: histeroscopia, cone, DIU... essas pacientes devem ser tratadas 1º investigar FR  rastreio p/ DM e HIV
*Orientar pcte a NÃO ingerir álcool durante tto c/ metronidazol = efeito antabus/dessulfuram (álcool é Se der negativo, fazer Tx supressivo:
metabolizado em aldehidoasético, sobre o uso de metronidazol, esse composto não se metaboliza e esse ↘FLUCONAZOL 150mg: 1º semana tomar D1, D4, D7, depois 1/semana X 6 meses.
acaba cruzando a BHE causando cefaleia intensa com náuseas, vômitos, tonturas e sensação de morte
eminente = efeito antabus). *Escrever na receita médica: Não ingerir bebida alcoólica durante e até 48h CANDIDIASE ATIPICA:
após o tratamento*.  Cândida glabrata e Cândida tropicalis
2ª linha - anaerobicida: Mais comum em pacientes com comorbidades de base (diabética, SIDA).
- CLINDAMICINA ORAL (300mg VO c/12h X 7d). Não respondem a nenhum antifúngico convencional, trata e não melhora.
- CLINDAMICINA GELEIA VAGINAL Indicação: ÁCIDO BÓRICO 600mg na forma de óvulos vaginais (introduzir 1 ovulo a noite X 7
Outros: SECNIDAZOL E TINIDAZOL noites).
Tratamento das Gestantes – Protocolo do MS – atualizado 04/20:
O metronidazol pode ser usado, o benefício supera o risco, administração nas mesmas doses
preconizadas.
VB está associado ao aumento de chance de ruptura de membranas e trabalho de parto prematuro
(TPP), devendo ser rastreada e tratada, especialmente gestante com história de complicações em gestas
previas.
TRICOMONÍASE VULVOVAGINITE ESPECIAIS
Infecção sexualmente transmissível (ITS): 80% de homem pra mulher / 70% de mulher pra homem 1) VAGINITE INFLAMATÓRIA
4-20 dias de incubação  manifestações de vulvovaginite Ocorre Substituição dos lactobacilos por Estreptococo do grupo B
Ag. Patógeno: Tricomonas vaginalis (protozoário ovalado flagelado anaeróbio) Ag. Patógeno: Estreptococos grupo B (E. agalactiae)
Fisiopatologia: Clínica:
↘Relação sexual sem proteção com parceiro infectado = transmissão do protozoário = Tricomoníase 1) Leucorréia purulenta + Irritação vulvovaginal
Clínica: *Pode causar sepse neonatal – se faz rastreio na gestante
1) Leucorréia amarelo-esverdeada, abundante, bolhosa* Tratamento de 1ª eleição: Clindamicina Creme 2% por 7-14 noites
2) Prurido, ardência, mal cheiro, não são tão intensos 2) VAGINOSE CITOLÍTICA
3) Colposcopia = Colpite tigroide - colo em morango/framboesa Geralmente ocorre no período pré-menstrual.
4) pH >4,5 – alcalino pH↓ + ácido = ↑Lactob. Doderlein = ambiente vaginal muito ácido = Lise célul. escamosas.
Exame a fresco: Protozoários moveis Clínica:
Tratamento de eleição: 1) Leucorréia esbranquiçada + Ardência e prurido
- METRONIDAZOL Oral (2g VO dose única ou 500mg c/12h x 7 dias). Exame a fresco: Citólise – núcleos nus, evidentes sem membrana
- Metronidazol em Creme ou gel não funciona*. Diagnóstico diferencial: Candidíase
*Tratar parceiro SEMPRE! Tratamento: Bicarbonato de sódio = ↓ acides vaginal (2x na semana).
*Tratar assintomáticas SEMPRE! 3) VAGINITE POR CORPO ESTRANHO
*Orientar sobre uso de álcool = efeito antabus Comum em crianças, com queixa de corrimento amarelado com odor fétido.
Gestantes: Beneficio supera o risco  Metronidazol 2g VO dose única ou 500mg c/12h por 7d. Clínica: Leucorréia amarelada com odor fétido
O tratamento previne a ocorrência de transmissão vertical e os sintomas são semelhantes no bebe (febre Tratamento: Retirar corpo estranho
e corrimento vaginal). 4) VAGINITE ATRÓFICA
Paciente pós-menopáusica = ↓Lactobacilos = ↑pH
Clínica: Irritação, prurido, atrofia
Tratamento: Estrogênio tópico
GONORREIA CHLAMYDIA
Ag. patógeno: NEISSERIA GONORRHEAE/Gonococo (Diplococo G- intracelular) Ag. patógeno: CHLAMYDIA TRACHOMATIS (bact. intracelular obrigatório, comportam. de vírus)
Transmissão SEXUAL (IST) Transmissão SEXUAL (ITS)
Incubação de 4 a 10 dias (rápida). Clínica:
Persiste como problema de saúde pública. 1) Leucorréia cervical
Clínica 2) Dispareunia
1) Secreção cervical e/ou uretral purulenta e abundante* 3) Disúria
2) Dispareunia (dor na relação sexual) 4) Assintomáticas 60 a 75%
Tatiane Pereira Amorim
3) Disúria Diagnóstico clínico!! Não precisa exame!
4) Bartholinite – dor Exames que se pode pedir (em último caso):
5) Skenite – dor ↘IgM e IgG: IgM tem curso muito rápido, difícil ser positiva, somente quando infecção é recente.
6) Sinusorragia (sangramento pós coital) IgG pode permanecer positiva por muitos anos. Exames controversos.
 Homens: secreção uretral purulenta (pingadeira). ↘IF direta: não especifico.
 RN: conjuntivite gonocócica neonatal ↘Cultura: difícil para Chlamydia, muitas vezes dá falso negativo.
 Assintomáticas (60 – 80% dos casos) ↘PCR*: melhor exame, maior acurácia. Se positivo = tratar. Se negativo = não tratar.
Diagnostico é totalmente clínico – sintomas + epidemiologia Tratamento – ATB:
Tratamento – ATB: CEFTRIAXONA 500mg IM Dose Única + AZITROMICINA 1g VO 1º linha: AZITROMICINA 1g VO dose única
*Drenagem cirúrgica das glândulas de BARTHOLIN E SKENE (alívio instantâneo da dor). 2ª linha: DOXICICLINA 100mg VO c/12h X 7d
*Tratar parceiro sempre, se trata de uma ITS. *Tratar parceiro sempre!
Orientação do MS: a chance de Cervicite por coinfecção de N. gonorrhoeae e C. trachomatis é muito
grande, devido a isso, o MS orienta a sempre tratar as duas infecções ao mesmo tempo. Complicação específica da Chlamydia  SÍNDROME URETRAL: É uma Uretrite por Chlamydia,
Independente do qual seja o agente, paciente diagnosticada com Cervicite se deve indicar sempre: que provoca sintomas urinários (disúria, polaciúria) – paciente é diagnosticado como ITU é
CEFTRIAXONA 500mg IM dose única + AZITROMICINA 1g VO dose única tratado mas não melhora.
↘Exames de Laboratório: quadro de Piuria estéril:
Sequelas da Cervicite:  Urina tipo 1: Leucocituria (pela inflamação)
 Infertilidade  Urocultura: negativa (Chlamydia fica intracelular não aparece)
 DIP !!Sempre que tiver piúria estéril pensar em sind. Uretral por Chlamydia!!
 Dor pélvica crônica Tratamento: o mesmo da Chlamydia.
 Aderências pélvicas
 Hidrossalpinge
 Gestação ectópica
 Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: mais comum na Chlamydia, inflamação na capsula de Glison com
aderências peritoneais.
Diagnostico diferencial entre Gonorreia e Chlamydia:
 Gonorreia tem corrimento mais amarelado purulento abundante
 Chlamydia tem corrimento mais esbranquiçada
Medcel Questões
2018 SMS 2014 UFPR
Uma mulher de 28 anos comparece a Unidade Básica de Saúde e se queixa ao ginecologista de um Uma mulher vem a consulta referindo corrimento vaginal amarelado, com odor fétido, há 1 semana.
corrimento que se apresenta há alguns meses com odor fétido e piora ao coito e após as Nega prurido ou ardência vulvar. No ambulatório, dispomos de material para exame ginecológico:
menstruações. Diante dessa queixa, é correto afirmar que: fita de pH, hidróxido de potássio a 10%, soro fisiológico, lâmina e microscópio. Quais são os critérios
a) Se trata de infecção por Cândida albicans, que se instala em pH alcalino, tem aspecto clínicos ambulatórias (Amsel) para o diagnóstico de vaginose bacteriana?
esbranquiçado e os sintomas descritos a) Corrimento brando, ph vaginal 5, teste das aminas negativo, critério de Nuggent
b) Se trata de vaginose bacteriana, em que existe redução dos lactobacilos b) Corrimento acinzentado, pH vaginal de 3,5 a 4,5, teste das aminas positivo, clue cells no exame
c) Se for brando-acinzentado, fétido, com pH vagina <4, deve se tratar de Trichomonas vaginalis microscópico
d) O diagnostico de vaginose citolitica é o mais adequado, pois não tem característica especifica de c) Corrimento acinzentado, ph vaginal <3,5, teste das aminas negativo, hifas no exame
outros agentes microscópico
e) Se devem solicitar cultura e antibiograma do corrimento para que se identifique o agente d) Corrimento acinzentado, pH vaginal 5, teste das aminas positivo, células gigantes
provável multinucleadas
G(b) e) Corrimento acinzentado, pH vaginal 4,5, teste das aminas positivo, clue cells no exame
2015 SES-RJ microscópico
Constitui fator de risco para vaginose bacteriana: G(e)
a) Etnia branca 2014 UNICAMP
b) Parceiro fixo Uma mulher de 23 anos, usuária de dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, refere corrimento
c) Sexo anal amarelado em pequena quantidade, fluido e com odor desagradável há 2 meses. Fez tratamento
d) Sexo oral com creme vaginal (de cujo nome e composição não se lembra) fornecido na Unidade Básica de
G(d) Saúde, mas os sintomas retornaram após 1 mês. Teve parceiro único nos últimos 3 anos. Exame
Tatiane Pereira Amorim
2018 IOG ginecológico: conteúdo vaginal branco-amarelado, fluido, sem bolhas; mucosa vaginal sem
Uma mulher de 30 anos, casada, G3P3, bancaria, usuária de anticoncepcional combinado, apresenta hiperemia; colo epitelizado, fio do DIU in situ e muco cervical claro. A hipótese diagnostica é:
corrimento vaginal esbranquiçado, com prurido vaginal intenso, que piora com o estresse e nos a) Tricomoníase
períodos pré-menstruais, além de ardor miccional e dispareunia. Ao exame, observam-se hiperemia, b) Vaginose citolitica
pequenas escoriações da vulva e corrimento tipo ‘leite coagulado’ em moderada quantidade. O pH c) Infecção por Actinomyces sp
vaginal está entre 3,5 e 4,5. Apenas com esses dados, pode-se dizer que a paciente apresenta: d) Vaginose bacteriana
a) Candidíase vaginal G(d)
b) Gonorreia 2018 UFPR
c) Lesão herpética A vaginose bacteriana (VB) é uma entidade que pode cursar com problemas quando associada a
d) Prurido vulgar psicogênico gestação. Em qual situação pode ocorrer a VB e qual é a metodologia proposta para evita-la?
e) Tricomoníase vaginal a) Trabalho de parto prematuro (TPP); rastrear VB em mulheres com história pregressa de TPP
G (a) b) Abortamento; realizar cerclagem nos casos associados com vaginose bacteriana
2016 SURCE c) Ruptura prematura de membranas; evitar relacionamento sexual no pré natal nas mulheres
Uma paciente de 30 anos comparece a consulta ginecológica com queixa de corrimento vaginal com VB
acinzentado, com mau cheiro, há 7 dias, e piora do odor após relação sexual. Nega disúria, d) Transmissão perinatal para o recém-nascido; tratar com creme vaginal nos casos positivos para
dispareunia, prurido ou ardor vaginal. Ao exame especular, observam-se mucosa vaginal com VB após 36 semanas
pregueamento normal, presença de conteúdo vaginal abundante, esbranquiçado, com mau cheiro e e) Transmissão perinatal do HIV; realizar tratamento das mulheres com VB mesmo assintomáticas
colo uterino sem alterações. Sobre o caso, quais são o diagnóstico etiológico mais provável e o nas gestantes com HIV
exame mais adequado com base na história e no exame físico? G(a)
a) Tricomoníase vaginal e avaliação microscópica corado pelo Gram do conteúdo vaginal com 2018 FMUSP
determinação do pH vaginal Mulher de 19 anos de idade queixa-se de Leucorréia e dor a penetração vaginal profunda há 10 dias.
b) Vaginose bacteriana e avaliação microscópica de preparação salina do conteúdo vaginal com é nuligesta, tem ciclos menstruais regulares e faz uso eventual de preservativos. Não tem
liberação de aminas voláteis antecedentes mórbidos relevantes. O exame especular está
c) Vaginite atrófica e avaliação microscópica de esfregaço de secreção vaginal corado pelo Gram mostrado a seguir:
com determinação do pH vaginal Considerando a principal hipótese diagnostica, qual é o
d) Candidíase vaginal e avaliação microscópica de esfregaço do conteúdo vaginal corado pelo tratamento por via oral em dose única para o caso?
Gram com liberação de aminas voláteis a) Secnidal 1g
G(b) b) Ampicilina 1g
2017 UFRN c) Metronidazol 1g
Como parasita extracelular da mucosa genital, o Trichomonas vaginalis tem de superar diversas d) Azitromicina 1g
barreias, além da resposta imune do hospedeiro, para estabelecer uma infecção. Com relação a G(d)
vaginite por Trichomonas, é correto afirmar que: 2013 SANTA CASA-SP
a) O diagnostico costuma ser feito por meio de identificação microscópica a fresco do parasita É mandatório o tratamento do parceiro em casos de pacientes com:
aeróbio, ovalado, móvel e com flagelo a) Candidíase
b) Tem período de incubação que varia entre 3 e 8 semanas, e o acometimento de vagina, uretra, b) Vaginose bacterina
cérvice e bexiga é frequente c) Herpes genital
c) O esquema terapêutico primário recomendado pelo CDC (2010b) consiste no uso de secnidazol d) Cervicite por clamídia
2g, em dose única e) Vaginite citolitica
d) Apresenta taxa de transmissão alta, de 70% dos homens podem contrair a doença após uma G(d)
única exposição a uma mulher infectada 2013 SANTA CASA -SP
G(d) Uma mulher jovem esta em investigação para quadro de infertilidade. O único achado foi obstrução
2017 UNICAMP bilateral das tubas uterinas, o micro-organismo associado a essa situação é:
Uma mulher de 29 anos comparece ao ambulatório de Ginecologia queixando-se de corrimento a) Cândida
vaginal associado a prurido intenso há 30 dias. relata que já apresentou vários episódios semelhantes b) Neisseria gonorrhoeae
nos últimos 2 anos e é sempre tratada com medicações para candidíase. Exame ginecológico: c) Papilomavirus
especular = corrimento esbranquiçado em quantidade moderada, pH vaginal = 3,5, teste das aminas d) Treponema pallidum
negativo, e bacterioscopia = lactobacilos de Doderlein em abundancia, ausência de Clue cells, e) Trichomonas vaginalis
ausência de hifas e esporos, ausência de microrganismo flagelados moveis, presença de citolise e G(b)
leucócitos escassos. O diagnóstico e conduta são: 2016 UFPR
a) Candidíase vulvovaginal; fluconazol 150mg por via oral dose única Uma paciente de 32 anos, G1P1, vem ao consultório com queixa de corrimento vaginal há 2 semanas
Tatiane Pereira Amorim
b) Vaginose citolitica; acido ascórbico 250mg ao dia por via vaginal durante 6 dias e sinusorragia. Nega história previa de doenças sexualmente transmissíveis e não usa nenhum
c) Candidíase vulvovaginal; miconazol (creme a 2%) por via vaginal durante 7 noites método anticoncepcional no momento. O exame ginecológico revela secreção purulenta no colo do
d) Vaginose citolitica; ducha vaginal com bicarbonato de sódio 2x por semana a cada 2 semanas útero com odor fétido e que, com a coloração de Gram, demonstra diplococos Gram negativos intra
G(d) e extracelulares. Com base nesses achados, qual é o agente etiológico envolvido?
2015 SES-RJ a) Gardnerella vaginalis
Quadro clinico mais semelhante com a candidíase de repetição, caracterizado por prurido, b) Trichomonas vaginalis
dispareunia e corrimento pastoso: c) Neisseria gonorrhoeae
a) Vaginite por tricomoníase d) Haemophilus ducreyi
b) Vaginose bacteriana e) Cândida albicans
c) Vaginose citolitica G(c)
d) Vaginite atrófica 2019 AMP
e) Vaginite inespecífica Paciente, 27 anos, solteira, vem ao posto de saúde mais próximo de sua casa para avaliação de um
G(c) corrimento vaginal que iniciou há 2 meses, com odor mais intenso há 1 mês. Nega dor a relação
2018 USP sexual e prurido genital. Conta que nos últimos meses manteve relações sexuais, sem uso de
Mulher de 52 anos de idade procura atendimento por corrimento vaginal há 2 meses. O corrimento é preservativo, com dois parceiros. Ao exame físico, não tinha dor a palpação abdominal e o exame
de pequena quantidade, liquido, amarelado, associado a mau odor e com prurido eventual. É especular mostrou conteúdo homogêneo cinza esverdeado em canal vaginal que provinha de orifício
sexualmente ativa e teve a última menstruacao há 1 ano. não tem antecedentes mórbidos relevantes cervical, colo uterino pouco friável, não sangrante e indolor a mobilização pelo toque. Não havia no
e não faz uso de medicamentos. A inspeção genital esta mostrada abaixo. posto de saúde microscópio para exame a fresco. A conduta mais adequada neste caso deve ser:
A microscopia de conteúdo vaginal em salina apresenta predominância de a) Tratar empiricamente a vaginose com metronidazol com base nos achados clínicos, não
células intermediarias, com numerosos leucócitos, debris celulares e esquecendo do manejo de Cervicite por clamídia
ausência de lactobacilos. O pH vaginal é 5,5. Qual é o tratamento mais b) Tratar a DIP com Ceftriaxona, doxiciclina e metronidazol, impõem-se, já que o corrimento tem
adequado, por via vaginal, pra o caso? origem no canal cervical e colo
a) Metronidazol c) Tratar a paciente e seus parceiros sexuais com azitromicina e Ciprofloxacino para cobrir clamídia
b) Corticosteroide e gonococo, não esquecendo de investigar sifilis e HIV em todos.
c) Estrogênio d) Fazer diagnostico de vaginose e tratar com metronidazol após positivar o teste de Whiff e
d) Clotrimazol confirmar pH maior que 4,5 fechando assim 3 dos critérios de Amsel para Gardnerella
G(c) e) Independentemente da avaliação prensando em vaginose, propor tratamento para Cervicite
com Ceftriaxona e azitromicina, não esquecendo de pedir sorologias para sifilis e HIV a paciente
2019 UNICAMP e seus parceiros, bem como trata-los com os mesmos antibióticos
Mulher, 32a, procura Unidade Básica de Saúde referindo corrimento vaginal com odor fétido. Exame G (e)
ginecológico: secreção acinzentada homogênea, sem hiperemia de parede vaginal, pH = 7,0; teste de 2014 UFCG
aminas = Positivo. O tratamento é: Paciente com 25 anos, nuligesta, sexualmente ativa, queixa-se de corrimento amarelado de odor
a) Fluconazol oral para o casal desagradável há cinco dias. nega febre e dor pélvica. Ao exame ginecológico, observa-se colo
b) Metronidazol vaginal edemaciado, com ectopia e escoamento de secreção purulenta através do canal cervical. O toque
c) Nistatina vaginal vaginal combinado não evidencia anormalidades. O exame microbiológico evidencia cocos Gram
d) Metronidazol oral para o casal negativos agrupados aos pares dentro de neutrófilos polimorfonucleares. Pensando no agente
G(b) etiológico, qual deve ser o tratamento?
2019 UFSC a) Metronidazol 2g VO dose única
Quanto a tricomoníase vaginal, assinale a alternativa correta: b) Metronidazol 500mg VO 12/12 horas por 7 dias
a) Os recém-nascidos de mães infectadas podem contrair infecção durante o parto e apresentar c) Fluconazol 150mg VO dose única
febre e corrimento vaginal d) Ceftriaxona 250mg IM dose única
b) Pode ser uma doença sexualmente transmitida, mas o parceiro deve ser tratado apenas se for e) Doxiciclina 100mg VO 12/12 por 14 dias
sintomático G(d)
c) O Trichomonas vaginalis se desenvolve melhor no meio vaginal básico (pH entre 7 e 8), o que 2017 HUSE
ajuda o diagnostico Paciente, 20 anos, refere ter iniciado um relacionamento há 1 mês e informa que não utiliza
d) Devido ao tamanho do protozoário, a resposta terapêutica é melhor com aplicação tópica do preservativo durante as relações sexuais. Apresenta, ao exame especular, colo friável, com secreção
que com a administração oral do metronidazol mucopurulenta em endocervice. Qual o diagnóstico mais provável e o tratamento?
e) A maioria das mulheres infectadas são sintomáticas e a principal queixa é o prurido a) Vaginose bacteria/metronidazol creme vaginal
G(a) b) Candidiase/miconazol creme vaginal
c) Tricomoniase/metronidazol creme vaginal
Tatiane Pereira Amorim
2018 IPSEMG d) Cervicite por gonococo e clamídia/Ceftriaxona e azitromicina
A gonorreia é diagnosticada laboratorialmente pelo achado de: e) Vaginose citolitica/bicarbonato de soído
a) Diplococo gram negativo extracelular G(d)
b) Diplococo gram positivo intracelular
c) Diplococo gram negativo intracelular
d) Diplococo gram positivo extracelular
G (c)

Doença inflamatória pélvica (DIP)


É uma inflamação do sistema reprodutor feminino (útero, tubas, ovários e peritônio) Tratamento
Endometrite >> Salpingite >> Ooforite = Doença inflamatória pélvica. Ambulatorial Padrão (MS) Hospitalar – internação
Causa: 1. Bom estado geral 1. Estado geral grave: N/V ou febre
 Germes ascendentes, geralmente bactérias sexualmente transmissíveis* 2. Não gestante 2. Gestantes
 Principais agentes (95%): Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis. 3. Sem suspeita de abscesso tubo ovariano 3. Suspeita abscesso tubo-ovariano
 Outros agentes (5%): Micoplasma, Ureaplasma, Gardnerella, E. coli, Streptococcus B. 4. Descartado outros diagnósticos 4. Duvida diagnostica
 Usuárias de DIU: Actinomyces israelli é uma bactéria que provoca actinomicose principalmente (apendicite/gestação ectopica) 5. Falha do tto ambulatorial (depois de 72h
nessas pacientes. pcte não melhora)
Fisiopatologia: 6. Intolerância aos ATB orais
Bactérias ascendentes que ingressam na cavidade vaginal, ascendem desde o colo uterino, útero, Ceftriaxona 500mg IM dose única (Gonorreia) CEFTRIAXONA EV 1g por dia X 14 dias
tubas uterinas e desembocam na cavidade peritoneal, causando também inflamação ovariana + +
(abscesso tubo-ovariano) e do peritônio. Doxiciclina 100mg VO c/12h X 14d (Clamydia) DOXICICLINA VO 100mg c/12h X 14d
FR DIP: Não uso de camisinha – principal fator de risco*. + +
 Vulvovaginite ou Cervicite concomitantes Metronidazol 500mg VO c/12h X 14 dias METRONIDAZOL EV 400mg c/12h
 Múltiplos parceiros ou Parceiro com múltiplas parceiras (Gardnerella)
 Mulheres jovens e Inicio precoce da vida sexual Tto alternativo: Cefotaxima + Doxiciclina + Tto alternativo – 2ª opção:
 Nuliparidade Metronidazol GENTAMICINA 2mg/Kg 1x por dia X 14d +
 Tabagismo (diminui o mov. ciliar das tubas uterinas) CLINDAMICINA 900mg EV c/8h
 Baixo nível socioeconômico
* Usuárias de DIU  manter o DIU, não tirar + Antibioticoterapia normal.
 DIP previa
Obs.: Imunossuprimidas  novo consenso do MS não indica como internação.
 DIU (primeiros 20 dias pós-inserção)
 Uso de tampões e duchas vaginais
Diagnóstico  Clínico Principal Complicação
 Assintomáticas Abcesso tubo-ovariano: DIP muito avançada-grave
 Dor pélvica Suspeitar quando não existir resposta ao tratamento clínico da DIP!
 Leucorréia purulenta Diagnostico: USG TV
 Dispareunia* (dor na durante a relação sexual – durante a relação à glande bate no colo Conduta – internação:
uterino)  Abscesso integro (não roto)  ABT para reduzir a área de abscesso (mesmo da DIP internada).
 Febre >37.8oC  Abscesso roto  LAPAROSCOPIA ou LAPAROTOMIA quando:
Exame físico 1. Abdome agudo – por rotura do abcesso
 Palpação abdominal: dor a palpação dos anexos 2. Massa que persiste ou aumenta após antibioticoterapia adequada
 Especular: secreção cervical purulenta – Cervicite 3. Falha do tratamento clinico
 Toque vaginal: dor a mobilização do colo uterino – principal dado – Sinal de Chandelier – Dor
intensa abdominal pélvica a mobilização do colo uterino * Outras complicações - Sequelas
Laboratório – apenas em último caso  Infertilidade
 Hemograma = leucocitose  Aderências pélvicas
 VHS e PCR aumentados  Hidrossalpinge
 B-HCG – descargar gestação  Dor pélvica crônica
Estadiamento da DIP – Classificação de MONIF  Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
 Gestação ectópica
Tatiane Pereira Amorim

Medcel Questões
2016 FHEMIG 2019 PUC-RS
Com relação a tríade de sinais e sintomas para o diagnostico clinico de doença inflamatória pélvica, Mulher, 23 anos, nuligesta, em uso de anticoncepcional hormonal combinado por via oral, sem
assinale a alternativa correta: atraso menstrual, consulta na emergência com dor em baixo ventre, secreção vaginal aumentada e
a) Dor pélvica, dor a mobilização do colo uterino e dos anexos e febre febre. Ao exame de toque vaginal, apresenta dor a mobilização do colo e a palpação uterina e
b) Disúria, dor pélvica e dor a mobilização dos anexos anexial. Ao exame especular, identifica-se colo uterino hiperemiado com secreção amarela
c) Dor supra-púbica, febre e sangramento uterino anormal abundante. Ecografia transvaginal sugere trompas espessadas e aumentadas, demonstra cisto
d) Corrimento, dor pélvica e disúria ovariano direito com conteúdo denso de 8,7x3,4x4,5cm e cisto ovariano a esquerda de
Gabarito(a) 4,1x3,4x3,1cm (com conteúdo espesso, debris no interior e septos finos) com liquido livre na pelve.
2016 INCA Qual das seguintes afirmações é correto sobre a conduta a seguir?
Uma paciente de 26 anos, usuária de anticoncepcional oral combinado há 1 ano, procura o a) É fundamental a realização imediata de cirurgia laparoscopia
consultório ginecológico se queixando de dor pélvica, dispareunia e corrimento vaginal há 7 dias. Ao b) A hospitalização é necessária, com uso de antibioticoterapia parenteral
exame clinico, apresenta bom estado geral e abdome doloroso a palpação profunda na região supra c) O tratamento deve ser empírico com antibioticoterapia de amplo espectro, como azitromicina,
púbica, mas sem massas palpáveis ou visceromegalias. Observou-se também, secreção vaginal para o casal, em nível ambulatorial
mucopurulenta no exame especular. Ao toque ginecológico, havia colo doloroso a mobilização e d) É fundamental a realização de pesquisa em cultura para Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
ausência de massas anexias. Foram relatados ciclos menstruais regulares, vida sexual ativa e trachomatis e, após a confirmação do agente etiológico, iniciar com doxiciclina por 7 dias.
ausência de parceiro fixo. Assinale a conduta inicial correta: Gabarito (b)
a) Colher secreção vaginal para cultura e aguardar resultado para iniciar o tratamento especifico 2016 HCPA
b) Internar a paciente, solicitar exame de urina de urgência e iniciar antibioticoterapia venosa com Paciente de 24 anos, sexualmente ativa, em uso de anticoncepcional oral, consulta por dor pélvica e
cobertura para patógenos Gram negativos temperatura axilar de 38,5oC. Negou atraso menstrual. Ao exame físico apresenta dor abdominal
c) Iniciar antibioticoterapia oral que proporcione cobertura empírica de amplo espectro dos sem sinais de irritação peritoneal, dor a mobilização do colo uterino e massa palpável e dolorosa no
patógenos mais prováveis, com acompanhamento ambulatorial para doença inflamatória anexo esquerdo. O medico solicitou dosagem de hCG urinário, tendo deixado a paciente em
pélvica observação ate o resultado do exame, que foi negativo. O plano é prescrever doxiciclina por via oral
d) Solicitar tomografia de urgência e chamar a equipe da cirurgia geral para avaliar por 14 dias para uso domiciliar e reavaliar a paciente após o tratamento. Em relação a conduta
Gabarito (c) medica, é correto afirmar que:
2017 UFMT a) Não havia necessidade de solicitar dosagem de hCG urinário; ao invés disso deveria ter sido
São sequelas de doença inflamatória pélvica: feito um hemograma
a) Hidrossalpinge, miomatose e obstrucao tubaria b) Havia necessidade de solicitar dosagem de hCG urinário e indicar antimicrobiano, mas a
b) Hiperplasia endometrial, infertilidade e ascite paciente deveria ser revista em 48-72 horas
c) Cisto ovariano, obstrucao tubaria e infertilidade c) Havia necessidade de solicitar dosagem de hCG urinário, mas a conduta recomendada seria
d) Dor pélvica crônica, infertilidade, Hidrossalpinge internar a paciente para uso de antimicrobiano intravenoso
Gabarito(d) d) Havia necessidade de solicitar dosagem de hCG urinário, mas deveriam ter sido prescritos
2016 UFRN doxiciclina e metronidazol e programada reavaliação em 7 dias
A doença inflamatória pélvica (DIP) tem caráter agudo, decorrentes da ascensão de patógenos do e) Foi adequada em todos os aspectos
trato genital inferior. Para o seu diagnóstico, incluem-se critérios classificados em maiores, menores Gabarito (c)
ou elaborados. Com base nesses critérios, diagnosticam-se um caso de DIP quando a paciente 2018 UNIRIO
apresenta: O sinal de Chandelier pode ser observado nos casos de:
a) Dor a mobilização do colo uterino, dor no abdome inferior, dor a palpação dos anexos e a) Rotura de colédoco
temperatura axilar maior do que 37,8oC b) Hemoperitonio
b) Dor no abdome inferior, dor a mobilização do colo uterino e da massa pélvica e proteína C c) Doença inflamatória pélvica
reativa elevada d) Apendicite aguda
c) Dor no abdome inferior, dor a palpação dos anexos e leucocitose e proteína C reativa elevadas e) Pancreatite hemorrágica
d) Dor no abdome inferior, dor a palpação dos anexos, secreção vaginal anormal e proteína C Gabarito (c)
Tatiane Pereira Amorim
reativa elevada 2018 SES-PE
Gabarito (a) Uma mulher chega à emergência do serviço de saúde com dores na região do hipogástrio associadas
2017 SUS-SP a febre de 39oC, por 1 semana, com piora há 2 dias. Durante o exame ginecológico, apresentou dor a
Detectado em exame vaginal de rotina na mulher saudável e assintomática na menecma não deve palpação abdominal baixa na mobilização do colo uterino e na palpação da região anexial. No
ser tratado como: entanto, o sinal de Blumberg foi negativo acompanham consigo estes exames: discreta leucocitose,
a) Mycoplasma hominis sumario de urina normal e beta-HCG negativo. O exame ecográfico revelou sinais sugestivos de
b) Streptococcus agalactiae abscesso em região anexial esquerda e discreta quantidade de líquidos em fundo de saco.
c) Neisseria gonorrhoeae Considerando o provável diagnostico do quadro, qual é a classificação, de acordo com MONIF?
d) Chlamydia trachomatis a) I
e) Ureaplasma urealyticum b) II
Gabarito (b) c) III
d) IV
e) V
Gabarito (c)

Infecções sexualmente transmissíveis - ITS


Problema de saúde publica
Mulheres 2:1 homens
Causa de Infertilidade
Prevenção primaria – uso de preservativos
SÍFILIS - Infecção sistêmica crônica
Agente: Treponema pallidum (bactéria-espiroqueta)
Transmissão: Sexual; Vertical (transplacentária/durante o parto); via hemotransfusão Incubação: média de 3 semanas
 Inoculação a partir do contato do treponema com mucosa integra ou pele com solução de continuidade Notificação compulsória – Semanal
 Pode infectar praticamente qualquer tecido: pele com solução de continuidade e mucosa vaginal, oral e anal.
Classificação da sífilis quanto ao tempo
1) Sífilis recente: até 1 ano da contaminação da doença: Sífilis primaria; Sífilis secundaria; Sífilis latente recente
2) Tardia: ≥ 1 ano de evolução ou duração desconhecida: Sífilis terciaria; Latente tardia; De duração ignorada
1. SÍFILIS PRIMARIA: 2. SÍFILIS SECUNDÁRIA: 3. SÍFILIS TERCIARIA:
Aparece +/-3 semanas após a transmissão +/- 6 semanas a 6 meses depois do desaparecimento do cancro 1/3 das pacientes vão apresentar essa faze
Caract.: Cancro duro (Protossifiloma) – ulcera genital de duro, aparece as lesões secundarias Manifestações:
bordes elevados e fundo liso indolor, geralmente lesão única. Caract.: Roséolas ou sifílides – Lesões dermatológicas papulares que Sífilis cardiovascular – regurgitação aórtica, aortite;
Obs.: pode aparecer na vagina ou no canal vaginal – começam no tronco e atinge palmas das mãos e planta dos pés* Neurossífilis – demência, goma
importante realizar exame especular Outras manifestações: Placas acastanhadas/cinza na mucosa oral,
A ulcera desaparece espontaneamente mesmo sem Alopecia, madarose (perda dos cílios), condiloma plano na região
tratamento, passa desapercebido muitas vezes genital
4. SÍFILIS LATENTE:
Obs.: condiloma plano genital é uma manifestação da sífilis, não confundir
com HPV (condiloma do HPV é acuminado) Período assintomático onde as lesões anteriores desaparecem
As lesões podem desaparecer espontaneamente mesmo sem tratamento. As lesões da sífilis, secundaria, podem recidivar
Podem recidivar. Pacientes que não manifestaram nenhuma sintomatologia –
muitos são assintomáticas
Continuam infectantes, e se não tratarem desenvolvem a sífilis
terciaria

5. SIFILIS DE DURAÇÃO IGNORADA:


Paciente não sabe dizer quando se infectou, nem sabe dizer se teve
Lesão elevada de lesões anteriores
superfície plana
Tatiane Pereira Amorim
Diagnostico
1. Microscopia Campo Escuro: pesquisa direta do agente
 Visualização direta do material coletado do cancro duro (pesquisa direta do treponema em campo escuro).
 Exame de eleição para sífilis primaria; também para condiloma plano da sífilis secundaria
 Visualização do treponema = diagnostico de sífilis  Tratar
2. VDRL – Teste Não treponemico:
 Baixo custo, técnica simples e rápida
 Alta sensibilidade e baixa especificidade = se negativo, excluí diagnostico de sífilis, se positivo pode ser falso.
 Situações que pode dar falso positivo: LES, doença reumatológica, AR, ANCA, fase aguda de virose, gestação, hanseníase...
 Atualmente se usa para seguimento de fase da sífilis* – Não é mais indicado como rastreamento
Teste rápido negativo  Não é sífilis
3. FTA-Abs e TPHA – Teste Treponemico: Teste rápido positivo  Sífilis atual ou passada?
 Identifica antígenos específicos – maior especificidade (identifica anticorpos antitreponemicos)  Teste não treponemico  Positivo = sífilis atual /  Negativo = sífilis
 85% das pessoas continuam positivas para sífilis uma vez infectada – FTA-Abs não se normaliza passada
4. Teste rápido – Teste treponemico: Considerações com relação aos exames:
 O resultado sai na hora Tanto o VDRL como o FTA-Abs demoram para se positivar no início da infecção, cuidado ao
 Muito especifico, se negativo e na ausência de lesão = Não tem sífilis descartar o diagnóstico. Por este motivo, nesse momento, o melhor método é a pesquisa
 Se deu positivo = pode ser sífilis atual ou sífilis passada do treponema em campo escuro.
 Teste rápido der positivo  pedir o VDRL – se positivo = sífilis atual; se negativo = sífilis passada. Janela imunológica: período onde a pessoa já tem a infecção, mas não se positivam os
Orientações do MS – Indicações de tratamento imediato ante Teste rápido positivo ou VDRL positivo: testes. Cicatriz sorológica
1. Gestante  Paciente e parceiros adequadamente
2. Pessoas com sinais ou sintomas de sífilis (lesões característica + história de relação desprotegida) tratados
3. Pessoas que nunca trataram, não tem história de ter feito tratamento para sífilis  Assintomática
4. Vítima de abuso sexual  Seguimento por, pelo menos, 2 anos após
5. Pessoas que achamos que não vão voltar para o tratamento Tx
 Neurossífilis descartada
 VDRL persistente – títulos baixos (<1:4)
 FTA-Abs positivo e VDRL negativo

Tratamento
Estadiamento Intervalo entre as doses Tratamento Controle pós tratamento Alérgicos a Penicilina Gestante:
 Penicilina G benzatina mesma dose
Sífilis recente Dose única Penicilina G benzatina VDRL trimestral DOXICICLINA 100mg 1cp c/12  Dessensibilizar se for alérgica
2.400.000 UI IM Por 1 ano horas x 15 dias * Doxiciclina está contraindicado
dividida em c/ nadegas Seguimento mensal com VDRL até o fim da
Sífilis tardia ou 3 Doses Semanais Penicilina G benzatina VDRL trimestral DOXICICLINA 100mg 1cp c/12 gestação
duração (3 semanas = 1 2.400.000 UI IM Por 1 ano horas x 30 dias
ignorada dose/semana) Total 7.200.000 UI
Convocar o parceiro, as relações que teve nos últimos 3 meses, fazer o teste rápido para eles, se der positivo tratar de acordo a evolução, se negativo tratar com 1 dose da Penicilina Benzatina porque pode
ser que esteja na janela imunológica.
Notificar o caso ao Sistema de Vigilância Epidemiológica (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAM) – notificação semanal
Segmento pós tratamento com VDRL trimestralmente
Sucesso no tratamento Falha no tratamento Critérios de retratamento
1) ↓ dos títulos em 2 diluições em 6meses se for sífilis recente; se for sífilis Títulos VDRL >1:4 mantidos por mais de 6 meses 1. Ausência de redução em 2 diluições em 6 meses
tardia se considera 2 diluições em 12 meses após conclusão do tratamento ↘Conferir se houve administração correta de todas as doses na sífilis recente, ou 2 diluições em 12 meses na
2) Persistência de resultados reagentes com títulos baixos (1:1 até 1:4) durante ↘Checar tratamento dos parceiros sífilis tardia
1ano após o tratamento, quando descartada nova exposição durante o período ↘Pesquisar Neurossífilis 2. Aumento de 2 diluições
analisado. ↘ VDRL mantidos em títulos >1:4 ou com ↑de 4x (>1:4) = 3. Sinais e sintomas após o tratamento
Tatiane Pereira Amorim
considerar reinfecção  tratar novamente
GONORREIA
Ag. Neisseria gonorrhoeae – gonococo (diplococo intracelular) Sintomáticas:
Transmissão sexual 1) Secreção cervical e/ou uretral purulenta e abundante*
Incubação: 4-10 dias 2) Dispareunia
60-80% são assintomáticas 3) Disúria
Diagnostico: Clinico 4) Bartholinite / Skenite (drenar)
Tratamento: Ceftriaxona 500mg IM Dose única + Azitromicina 1g VO Dose única 5) Sinusorragia
*Drenagem cirúrgica das glândulas de BARTHOLIN e SKENE (alívio instantâneo da  Homens: secreção uretral purulenta (pingadeira). dor).
*Tratar parceiro sempre, se trata de uma ITS.  RN: conjuntivite gonocócica neonatal
CANCRO MOLE – CANCROIDE – CANCRO VENÉREO SIMPLES DONOVANOSE – GRANULOMA INGUINAL
Agente: Haemophilus ducreyi (bastonetes Gram (-)) Agente: Klebsiella Granulomatis
 IST típica de climas tropicais  No Br é mais comum no Nordeste
 Populações com baixo nível socioeconômico  Provável transmissão sexual (não se tem certeza se é IST)
Incubação: 3 a 5 dias Clinica:
Clinica: Lesão caract.: ULCERA INDOLOR AUTOINOCULÁVEL (ela inocula onde encosta, geralmente
Lesão caract.: ulcera de base amolecida e fundo purulento DOLOROSA são várias)
(Dx diferencial do cancro duro da sífilis) Diagnostico: Clinico – se lesão característica = Tto
 Pode ser única, sendo mais frequente apresentar várias ulceras Anatomopatológico: corpúsculos de Donovan, confirma o diagnóstico, porem se a lesão é
 Pode apresentar Adenopatia inguinal (Bulbao – adenopatia satélite) característica já pode tratar só com a clínica.
 Mais frequente em homens Tratamento:
Diagnostico: Clinico – visualização da ulcera com as características descrita 1ª linha  AZITROMICINA 1g em 3 Doses semanais
 Coloração Gram – pode fazer, porem a clínica é muito sugestiva Se depois das 3 doses não resolveu as lesões, pode manter o tratamento até a resolução
Tratamento: completa
1ª linha  AZITROMICINA 1g Dose Única 2ª linha  Doxiciclina 100mg 12/12h x 21d
2ª linha  Ceftriaxona 250mg Tratar o parceiro Se depois dos 21 dias não resolveu as lesões, pode manter o tratamento até a resolução
Adenopatia satélite (Bulbao)  Aspirar com seringa sempre! completa
*Está contraindicado incisão com bisturi.
Diagnósticos diferenciais:
1. Cancro duro – sífilis
2. Herpes simples
3. Linfogranuloma venéreo
4. Donovanose
5. Erosões traumáticas infectadas
CANCRO MISTO DE ROLLET  é a associação do Cancro Mole + Cancro Duro (Sífilis)
A pessoa tem as duas infecções ao mesmo tempo
Tratamento: penicilina G benzatina 2,4milhos UI IM e azitromicina 1g DU
LINFOGRANULOMA VENÉREO HERPES GENITAL
Agente: CHLAMYDIA TRACHOMATIS (bactéria intracelular obrigatório) Agente: Vírus Herpes Simples 1 e 2 (especificamente o HV2)
Clinica: É a Doença ulcerativa vulvar mais frequente*
Lesão Caract.: pequena ulcera ou pápula indolor na genital que evolui para uma linfadenopatia inguinal (a Transmissão: 16% de Homem pra Mulher e 6% de mulher pra
principal queixa é a linfadenopatia inguinal) * homem.
A linfadenopatia cresce e pode supurar por múltiplos orifícios Clinica:
Diagnóstico: Clinico com a queixa clássica mais visualização da Lesões dolorosas – Vesícula – ulcera – crosta: começa como
linfadenopatia vesículas que se rompem formando a ulcera, a ulcera se cicatriza e
 Biopsia se ≥4 semanas sem resolver vira crosta. Esses três estágios da lesão podem coexistir, e são
Outras formas de apresentação da Chlamydia trachomatis: muito dolorosas.
 Cervicite  Doença recorrente e incurável (crônica)
Tatiane Pereira Amorim
 DIP  O episódio inicial é mais sintomático e geralmente acompanhada de sintomas sistêmicos
 Síndrome de Fitz-Hugh-Cutis (mialgia, astenia, adinamia)
 Síndrome uretral com piúria estéril  Herpes no colo uterino  corrimento mucosanquinolento, muitas vezes a paciente não
 Síndrome de Reiter (artrite, uretrite, conjuntivite) apresenta as lesões clássicas na vulva, mas ao colocar o especulo, se observa as lesões no
Tratamento: colo uterino.
1ª linha  Doxiciclina 100mg 12/12 horas x 21 dias Tratamento:
2ª linha  Azitromicina 1g 3 doses divididas com 1 semanas de intervalo 1º Linha  Aciclovir VO 400mg 8/8hora x 7-10 dias
Bulbao  drenar com agulha de grosso calibre Recorrência  mesmo tratamento x 5 dias.
Gestante  Azitromicina 1g 3 doses divididos com 1 semanas de intervalo Informar paciente que é incurável e pode apresentar
recorrência.
E tratar toda vez que tiver a recorrência
PAPILOMAVIRUS HUMANO TRICOMONÍASE
HPV 6 e 11 (subtipos que não são oncogênicos) Ag. Patógeno: Tricomonas vaginalis (protozoário ovalado flagelado anaeróbio)
Transmissão sexual apenas 80% de homem pra mulher / 70% de mulher pra homem
Lesão: condiloma acuminado – verrugas irregulares NÃO dói (couve flor) 4-20 dias de incubação  manifestações de vulvovaginite
Pode haver condiloma também no colo uterino, boca, freio da língua. Fisiopatologia: Relação sexual sem proteção com parceiro infectado = transmissão do
CP de colo uterino – Papanicolau: coilocitos (coilocitose é a alteração citológica) protozoário
Tratamento: Clínica:
Ácido tricloroacético (ATA), barato, fácil, tratamento destrutivo local 1) Leucorréia amarelo-esverdeada, abundante, bolhosa*
Crioterapia 2) Prurido, ardência, mal cheiro, não são tão intensos
Imiquimode 3x na semana por até 6 semanas e no dia seguinte paciente deve tomar 3) Colposcopia = Colpite tigroide – colo em
banho para evitar lesões (imunomodulador que regride as lesões) morango/framboesa
Excisão cirúrgica 4) pH >4,5 – alcalino
Exame a fresco: Protozoários moveis
Trartamento:
1ª linha  METRONIDAZOL VO (2g VO dose única ou 500mg c/12h x 7 dias).
Gestante  Metronidazol 2g VO dose única ou 500mg c/12h por 7d. Benefício supera o
risco
Metronidazol em Creme ou gel não funciona*.
*Tratar parceiro SEMPRE!
*Tratar assintomáticas SEMPRE!
*Orientar sobre uso de álcool = efeito antabus

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE ITS


Lesões dermatológicas não sexualmente transmissíveis:
Molusco contagioso: Lesão vesicular com umbilicacao central, causado pelo Poxvírus.
Doença de Behçet: Ulcera dolorosa, aspecto granulomatoso (boca e vulva)
Vitiligo: Lesão despigmentada indolor
Ulcera de Lipschutz: Mononucleose infecciosa – ulcera de lipschutz (ulcera vulvar dolorosa)
Doença de Chohn: ulcera genital em facada – história de diarreia mucopiossanguinolenta
Consideração do MS sobre o manejo de ulcera genital
Se não há história ou evidencia de vesículas e a lesão tem <4 semanas de evolução, deve ser realizado o tratamento para sífilis
e cancro mole (penicilina G benzatina 2,4milhos UI IM e azitromicina 1g DU).
Resumo IST 1ª Linha 2ª Linha
Herpes genital Vesículas-ulcera-crosta + sintomas prodrômicos Herpes simples (2) Aciclovir 400mg 1cp VO c/8h x 7-10d -----------------
Sífilis Primaria: cancro duro/Protossifiloma Sífilis Penicilina benzatina 2.400.000UI IM Doxiciclina 100mg 1cp VO
Secundaria: roséolas/sifílides plantas das mãos e pés, condiloma plano Treponema pallidum Recente DU c/12h
Latente: sem lesões Tardia 3 doses semanais (7.200.000 Recente x 15 dias
Tardia: afecção CV e SNC UI) Tardia x 30 dias
Tatiane Pereira Amorim
Gonorreia Leucorréia cervical purulenta, dispareunia, Sinusorragia, uretrite Gonorreia (N. Ceftriaxona 500mg IM DU +
Granuloma Ulcera ou pápula pequena e indolor com linfadenopatia inguinal gonorrhoeae-gonococo) Azitromicina 1g VO DU
venéreo Granuloma venéreo Doxiciclina 100mg 1cp VO c/12 x 21 Azitromicina 1g VO 3doses
(Chlamydia trachomatis) dias com intervalo de 1 semana
Donovanose Ulceras indolores autovinculáveis entre as doses
Cancro mole Ulcera de base amolecida e fundo purulento Dolorida, linfadenopatia inguinal Donovanose Azitromicina 1g VO 3doses com Doxiciclina 100mg VO c/12 x
Tricomoníase Leucorréia esverdeada abundante fétida e bolhosa Klebsiella granulomatis intervalo de 1 semana entre as doses 21 dias
HPV Condiloma acuminado Cancro mole Azitromicina 1g VO DU Ceftriaxona 250mg
Haemophilus ducreyi
Tricomoníase Metronidazol 500mg VO c/12h x
Trichomonas vaginalis 7dias
HPV (6 e 11) ATA
Imiquimode 3x na semana x 6
semanas
Crioterapia
Incisão cirúrgica
Gestantes Contraindicado Doxiciclina
Resolução de questões
INEP 2020 2017 FMUSP
Um homem com 39 anos de idade, previamente hígido, é atendido em centro de saúde com lesão Uma mulher de 25 anos, nuligesta, em uso de contraceptivo oral combinado,
peniana, mal-estar e febre baixa há 5 dias. O paciente nega descarga uretral e nega lesões penianas refere que há 7 dias começou quadro de mialgia inespecífica, cefaleia e febre não
prévias. Não tem parceira sexual estável, tendo relações sexuais desprotegidas com diferentes medida, controlada com paracetamol. Há 4 dias, dor pélvica e corrimento vaginal
mulheres esporadicamente. Em seu exame físico, apresenta temperatura axilar = 37,8 oC e está mucossanguinolento intenso. Ao exame clinico, apresenta-se em regular estado
corado, hidratado e anictérico. Há linfonodos axilares, epitrocleares e inguinais palpáveis, pequenos, geral, FC=80bpm, FR = 18irpm, PA =120x70mmHg, Tax = 37.2oC. Ausculta
fibrioelásticos. Verifica-se lesão ulcerada e úmida em corpo peniano. O teste rápido para sífilis pulmonar e cardíaca normais, presença de linfonodos inguinais palpáveis, moveis,
realizado no momento da consulta foi positivo. Não há relato de tratamento com antimicrobianos no fibroelasticos e dolorosos. Órgãos genitais externos sem alterações. Exame
último ano. Relata que, há cerca de 10 anos, ao tomar penicilina benzatina intramuscular para tratar especular (Figura). A principal hipótese diagnostica é:
faringite, teve dor no local da aplicação, sem lesões e com remissão espontânea. Nesse momento, a) Behcet
qual é a conduta correta para esse paciente? b) Tricomoníase
a) Prescrever doxiciclina 100 mg, por via oral, de 12 em 12 horas por 15 dias e, após 3 meses, c) Clamídia
realizar VDRL. d) Herpes simples
b) Solicitar FTA-Abs e, se teste for positivo, prescrever doxiciclina 100 mg, por via oral, de 12 em 12 G(d)
horas por 30 dias. 2018 HEVV
c) Aplicar penicilina benzatina 2,4 milhões UI em dose única, por via intramuscular, e solicitar VDRL Adulta jovem apresentou evento de exantema corporal difuso e aparecimento de lesões palmo
nessa consulta. plantares descamativas. A conduta mais assertiva para este caso seria:
d) Solicitar VDRL e, se teste for positivo, prescrever penicilina benzatina 2,4 milhões UI por via a) Realização de teste rápido para HIV e tratamento das manifestações clinicas de síndrome da
intramuscular, 3 doses, com intervalos de 7 dias. imunodeficiência adquirida
G(c) b) Realização de teste rápido para sífilis e tratamento imediato da sífilis terciaria com penicilina
INEP 2013 benzatina, sendo desnecessária a coleta do VDRL, pois o quadro clinico é patognomonico
Mulher com 19 anos de idade, primigesta, com gestação de 22 semanas, procura serviço de Pronto c) Realização de teste rápido para sífilis, coleta do VDRL e inicio do tratamento para sífilis
Atendimento obstétrico por apresentar lesões ulceradas, rasas e dolorosas em vulva, iniciadas há um secundaria com penicilina benzatina
dia, acompanhada de febre não aferida e mal-estar geral. Relata que o quadro se iniciou há três dias, d) Realização de teste rápido para sífilis, coleta do FTA-Abs e tratamento com penicilina benzatina
precedido por sensação de queimação no local. Nega qualquer lesão semelhante anterior. Não se ou eritromicina, por não se tratar de sífilis na gestação
observam alterações em gânglios inguinais. A hipótese diagnóstica e a conduta corretas para a e) Realização de teste rápido para sífilis e HIV e inicio de tratamento das duas patologias, mesmo
paciente são, respectivamente: com resultados negativos, pois neste estagio clinico os testes podem ainda estarem negativos
a) cancro mole; iniciar doxiciclina. G(c)
b) herpes genital; iniciar aciclovir oral. 2017 UFG
c) donovanose; iniciar penicilina benzatina. Uma paciente de 24 anos, residente e procedente de Goiânia, apresenta há 3 dias ulceração vulvar
d) sífilis primária; iniciar penicilina benzatina. dolorosa, com adenopatia inguinal. Nesse caso, considerando:
e) condiloma plano; cauterizar com ácido tricloroacético 90%. a) Os dados epidemiológicos e clínicos, a hipótese mais provável é cancro mole
G(b) b) O período evolutivo da doença, o VDRL negativo exclui o cancro duro
Tatiane Pereira Amorim
2018 SUS-SP c) A evolução aguda da ulceração, deve ser solicitada biopsia com exame histopatológico
Não é(são) diagnostico(s) diferencial(is) da sífilis secundaria: d) A baixa sensibilidade do método de Tzanck, o resultado negativo não exclui herpes genital
a) Cancro mole G(b)
b) Doenças exantemáticas não vesiculosas 2019 AMRIGS
c) Farmacodermia Considerando as infecções sexualmente transmissíveis (IST), analise as assertivas abaixo:
d) Hanseníase virchowiana I. Sífilis na gestação é uma doença rara e não acarreta maior morbidade para a mãe ou para o feto,
e) colagenoses não necessitando de tratamento especifico.
G(a) II. Lesões vesiculares bilaterais múltiplas e dolorosas são características de herpes, podendo ser
2018 SES-RJ tratadas sem nenhum teste diagnostico adicional
Um homem de 35 anos procurou uma unidade básica de saúde, queixando-se de lesão peniana III. Gonorreia é uma IST que causa muito dor e sempre é sintomática, especialmente na mulher.
ulcerada única, indolor, com bordas endurecidas e fundo limpo, de surgimento há 1 semana, após Estão corretas:
relação sexual desprotegia há 3 semanas. Após realizar diagnostico, o medico é informado de que a) Apenas I
não há disponibilidade de penicilina benzatina no mercado por falta de matéria prima para b) Apenas II
fabricação. c) Apenas II e III
Nesse caso, o tratamento alternativo a ser prescrito é: d) I, II e III
a) Ciprofloxacino, 500mg VO a cada 12 horas por 3 dias G(b)
b) Tetraciclina 500mg VO, a cada 6 horas, por 3 semanas 2017 UFSC
c) Ceftriaxona 250mg IM, em dose única Uma gestante no 1º trimestre apresenta lesões ulceradas na vulva, indolores, acompanhadas de
d) Doxiciclina 100mg VO, a cada 12 horas, por 14 dias linfonodomegalia inguinal superficial ipsilateral fistulada e com supuração. Qual é o tratamento
G(d) correto?
2016 AMRIGS a) Drenagem incisional com exérese dos linfonodos acometidos
Atualmente, o tratamento de primeira escolha para infecção por Neisseria gonorrhoeae é: b) Doxiciclina 100mg a cada 12 horas por 14 dias
a) Penicilina c) Azitromicina 1g VO, semanal, por 3 semanas
b) Vancomicina d) Ciprofloxacino 500mg a cada 12 horas, por 10 dias
c) Ceftriaxona e) Penicilina G benzatina 2.400.000UI IM, semanal, por 3 semanas
d) Ampicilina e gentamicina G(c)
e) Doxiciclina e metronidazol 2017 HCPA
G(c) Paciente de 27 anos consultou por apresentar lesão vaginal dolorosa,
2016 SES-RJ representada na figura ao lado. Assinale a alternativa que contempla, na
Paciente de 26 anos retorna para sua segunda consulta de pré natal com 12 semanas de gestação sequência, o provável diagnostico, o agente etiológico e o tratamento
para mostrar exames pré natais. Ao exame físico, apresenta ulcera de borde elevados e endurecidos indicado:
na vulva, próximo ao anus. O VDRL é positivo na diluição de 1/64. A melhor conduta, nesse caso, é: a) Donovanose – Haemophilus ducreyi – amoxicilina
a) Solicitar FTA-Abs para confirmar o diagnostico b) Donovanose – Chlamydia trachomatis – doxiciclina
b) Tratar com penicilina benzatina 2.400.000 UI IM, dose única c) Sífilis – Treponema pallidum – penicilina
c) Tratar com penicilina benzatina 2.400.000 UI IM, por três semanas d) Cancro mole – Klebsiella granulomatis – doxiciclina
d) Aguardar a 14ª semana para administrar o tratamento devido ao risco de medicação no e) Cancro mole – Haemophilus ducreyi – ceftriaxona
primeiro trimestre Ge)
G(b)
2016 PUC-RS 2018 UFES
Em relação ao controle de cura da sífilis na gestante, considere as seguintes afirmativas: As doenças sexualmente transmissíveis apresentam diferentes aspectos clínicos e lesões cutâneas.
I. Com a instituição do tratamento correto, o VDRL tende a negativar em 6 a 12 meses, Avalie as lesões descritas a seguir:
podendo, no entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo ou ate I. Vesícula que passa despercebida, com adenopatia inflamatória
por toda a vida II. Ulceras múltiplas, dolorosas, de bordos amolecidos, com adenopatia inflamartoria
II. O exame de VDRL que apresenta títulos baixos pode representar uma reação falsa positiva, III. Ulcera única, de bordo endurecidos, não dolorosa, com adenopatia unilateral
que pode ser uma reação cruzada com as alterações inflamatórias das doenças do IV. Vesículas agrupadas, dolorosas que confluem e ulceram
colágeno Qual é o provável agente etiológico para cada uma dessas lesões, respectivamente:
III. Títulos baixos de VDRL podem ser representados por sífilis muito recentes, cujos títulos a) Chlamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi, herpes-simples, Treponema pallidum
estão em ascensão, ou ainda doenças muito antiga, tratada ou não, cujos títulos tendem a b) Herpes-simples, Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum, Chlamydia trachomatis
apresentar declínio independentemente de tratamento c) Clamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum, herpes simples
Estão corretas as afirmativas:
Tatiane Pereira Amorim
a) I, apenas d) Haemophilus ducreyi, Chlamydia trachomatis, Treponema palliduam, herpes-simples
b) II, apenas G(c)
c) III, apenas 2015 UFC
d) I e II apenas Uma mulher de 16 anos teve início da vida sexual recentemente. Procura atendimento medico com
e) I, II e III quadro de ulceras dolorosas na região vulvar que tiveram início há 2 dias e que foram precedidas por
G(e) vesículas. Com base no fluxograma da abordagem sindrômica das ISTs, qual é o tratamento mais
2017 UNITAU adequado?
Uma paciente de 30 anos procurou o medico porque desejava fazer exames para doenças sexuais. a) Azitromicina 1g VO, em dose única
Dentre os resultados dos testes rápidos, o teste para sífilis deu reagente. São hipóteses e/ou b) Aciclovir 400mg VO a cada 8 horas, por 7 dias
condutas validas nesse caso, exceto: c) Doxiciclina 100mg VO a cada 12 horas, por 21 dias
a) Sífilis tratada; solicitar teste não treponemico d) Penicilina G benzatina 2.400.000UI IM, em dose única
b) Sífilis recente G(b)
c) Sífilis tardia 2015 INCA
d) Sífilis indeterminada; solicitar teste treponemico A organização mundial de saúde (OMS) estima que ocorram, a cada ano, 333 milhões de casos novos
e) Tratamento para sífilis de doenças sexualmente transmissíveis curáveis em pessoas de 15 a 49 anos. Sobre IST, assinale a
Gd) alternativa correta:
2019 USP a) A sífilis tem, como agente etiológico, o Haemophilus ducreyi, que provoca lesão ulcerada na
Qual das imagens a seguir é compatível com lesão sifilítica primaria? fase primaria da doença recente
b) Donovanose ou granuloma inguinal é uma doença crônica e progressiva, cujo agente etiológico
é a Chlamydia trachomatis – sorotipos L1, L2 e L3
c) No herpes genital primário, surgem exulceracoes dolorosas, que se toram vesículas coalescem
e, ao se romperem, dão origem a exulceracoes, com a posterior formação de crostas e
cicatrização
G(a)
d) A tricomoníase vaginal é causada pelo Trhichomonas vaginalis, sendo a via sexual a principal
2019 SHAC
forma de transmissão. Há corrimento vaginal, branco-acinzentado, geralmente em pequena ou
Quanto a resposta imunológica na sífilis em gestantes é correta afirmar:
moderada quantidade, de odor fétido, mais acentuado depois do coito e no período menstrual,
a) Quanto mais recente a infecção, menos treponemas estarão circulantes na mãe e, portanto,
sem sinais de processo inflamatório
menos infecção poderá ocorrer no feto
G(c)
b) A infecção antiga, leva a produção de anticorpos pela mãe, atenuando a infecção do concepto
2019 HPP
c) Com a cronificação da doença, em alguns casos a resposta imunológica celular propicia a
Para uma paciente que vem a consulta com ulcera genital sem história ou evidencia de vesículas,
atenuação dos sintomas e ate a cura espontânea
tendo como causa provável um infecção sexualmente transmissível sem laboratório disponível, é
d) Recém nascidos com sorologia não treponemico não reagente deve ser considerado não
correto afirmar de acordo com o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêutica do Ministério da Saúde,
contaminado
2015.
e) Nenhuma das alternativas acima está correta
a) Se lesão durando menos que 4 semanas, indica-se doxiciclina por 21 dias
G(b)
b) Recomenda-se tratamento com aciclovir 200mg de 4 em 4 hora, 5 vezes ao dia por 5 dias
2019 FMUSP-RP
c) Indica-se o tratamento com penicilina benzatina e azitromicina se lesão com menos de 4
Gestante G2P0A1 (1 aborto espontâneo), 27 anos, 16 semanas de gravidez, parceria sexual múltipla,
semanas. Se lesão com mais de 4 semanas trata-se somente sífilis e cancro mole
comerciaria, comparece a consulta de pré natal referindo uma lesão genital ulcerada, não sangrante
d) Se paciente for gestante e a lesão dura mais que quatro semanas, indica-se tratamento com
e indolor (em pequeno lábio) e outra na região bucal (em palato), também ulcerada, indolor e não
doxiciclina ou ciprofloxacino
sangrante. A quimiluminescência pra sífilis e o RPR (Rapid Plasm Reagin) são negativos. Demais
G(c)
exames da rotina laboratorial pré natal sem alterações. Qual é a alternativa diagnostica mais
plausível?
a) Granuloma inguinal
b) Sífilis recente
c) Sindrome de Behcet
d) Herpes gestacional
G(b)
Tatiane Pereira Amorim
HPV e Neoplasias Intraepiteliais cervicais
Introdução – Colo uterino normal:
Cilindro muscular: OCI – orifício cervical interno; OCE – orifício cervical externo
Endocérvice – epitélio colunar simples, com glândulas produtoras de muco.
Ectocervice – epitélio escamoso estratificado, dividido do Endocérvice pelo OCE.
Metaplasia – transformação normal do epitélio colunar simples para o epitélio estratificado  Junção escamo-celular (jec): área de junção do epitélio escamoso com o
colunar, zona com maior chance de sofrer agressão e neoplasia, é onde se faz a coleta para Papanicolau.
HPV: Vírus oncogênicos  16, 18 são os principais
Outros: 31 33, 35, 45, 52 e 58
Vírus ingressa na célula  coilocitose (efeito citopático) ingressa no núcleo celular  transformação neoplásica  neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
Rotina para rastreio de CA de colo uterino no BR (MS):
1º aos 25anos, 2º aos 26 – Depois c/3 anos até 64 anos  Desde que paciente já tenha iniciado vida sexual/sexarca. 1 ano de intervalo entre os 2 primeiros exames, se ambos adequados se continuam c/ 3
anos até os 64 anos (paciente mesmo que >25 anos sem início de atividade sexual não tem indicação de rastreamento pelo MS).
 Para encerrar o rastreio é preciso 2 exames negativos nos últimos 5 anos (caso paciente c/64 anos só tenha 1 exame negativo, tem que fazer nova coleta para poder encerrar). Incidência de CA de colo
uterino após os 64 anos é muito baixa
 Se paciente deixou de fazer rastreio com tempo >3 anos, se inicia novamente, ou seja, 2 exames com intervalo de 1 ano e depois c/3 anos.
 Virgens sem nenhum tipo de penetração não se faz coleta, independentemente da idade, HPV só se transmite com relação sexual.
 Atenção para pacientes homossexuais, mesmo que virgens, perguntar se já teve algum tipo de relação com penetração (objetos, masturbação), nessas sim se faz coleta.
 Histerectomizadas por condições benignas c/2 exames negativos nos últimos 5 anos, não é necessário coleta. Se a histerectomia foi por CA de colo uterino, se continua a coleta.
 Imunossuprimidas a coleta c/6meses no 1º ano (3exames), após isso se faz 1x/ano. A coleta começa no início da atividade sexual para essas pacientes.
 HIV após a sexarca, c/6 meses no 1º ano – após exame normal, passa a ser anual; com CD4<200, Papanicolau a c/ 6 meses – essa paciente tem maior risco de evolução para lesão precursora de alto grau.
 Gestante a coleta segue normal, incentivar a coleta no pré-natal (muitas vezes é o único momento que a mulher tem para fazer a coleta).
Por que não se faz rastreio antes dos 25 anos: Coleta preconizada e Adequabilidade do material – MS: Citopatológico de colo é Estratégia de prevenção 
 Clareamento  eliminamos o vírus facilmente Coleta dupla: coleta ectocervical com espátula de Ayre + coleta endocervical SECUNDARIA (diagnóstico precoce)
 Baixa incidência nessa faixa etária com a escova endocervical
 Sobrediagnostico, HPV presente sem lesão O exame ideal deve ter: Células metaplasicas (jec), escamosas e glandulares
 Aumento da regressão Exame satisfatório para avaliação c/ Ausência das cel. da Jec e negativo para
neoplasia  exame normal, mas, deve repetir em 1 ano.
NIC – Neoplasia Intraepitelial Cervical: é o processo de transformação neoplásica causada pelo HPV no colo do útero, está restrita ao epitélio, não invade membrana basal nem faz metástase.
Classificação: Lesões sugestivas de NIC – Todas devem fazer Biopsia para confirmar diagnostico:
Lesões intraepiteliais de baixo grau  NIC 1: 1/3 do epitélio com transformação neoplásica
Lesões intraepiteliais de alto grau NIC 2: 2/3 do epitélio com transformação neoplásica
NIC 3: 3/3 do epitélio com transformação neoplásica

Diagnóstico: Tríade: Colpocitologia CP  Colposcopia  Biopsia

1º. Colpocitologia (CP) ou exame preventivo ou Papanicolau: exame de rastreio, nos mostra
somente se há alteração epitelial. 3º. Biopsia: diagnostico histopatológico = diagnóstico definitivo  exame padrão ouro
2º. Colposcopia: exame de continuação, somente quando há alteração no Papanicolau. Exame *Teste de Schiller – coloração negra do epitélio após uso de lugol (células mitóticas tem trofismo pelo
macroscópico de observação direta com lente de aumento no colo uterino. Se usa o ácido acético glicogênio) – excelente para indicar lugar correto para biopsiar, áreas negras = epitélio sadio, áreas
(coagulação de PTNs em áreas com maior mitose) para ver se existe lesão. Alta sensibilidade e baixa não coradas = área com neoplasia – iodo negativo = Schiller positivo.
especificidade, pode dar falso positivo, serve para orientar quando fazer biopsia. 1. NIC: NIC I; NIC II; NIC III (carcinoma in situ)
2. CA de colo uterino – Carcinoma invasor
ACHADOS NO EXAME PAPANICOLAU E CONDUTAS TRATAMENTO – de acordo ao tipo de neoplasia:
Exame normal: NIC I = Seguimento – 60-85% das lesões vão regredir espontaneamente
 Exame adequado/satisfatório para avaliação  Conduta: CP + Colpo de 6/6 meses por 2 anos
 Presença de células metaplasicas, escamosas e colunares/glandulares (jec)  Lesão não regrediu em 2 anos  Crioterapia ou Cauterização
 Flora vaginal de Doderlein  Regressão  seguir com o seguimento
 Negativo para malignidade NIC II e NIC III = Tratamento excisional  O tipo de excisão é definido pelo tipo de zona de
Tatiane Pereira Amorim
 Conduzir ao Seguimento normal transformação:
Achados Anormais (Papanicolau): 1. Zona de transformação tipo 1 (completamente ectocervical, totalmente visível) = excisão tipo 1 –
1. LIE-BG (LSIL) – Lesão Intraepitelial de Baixo Grau (NIC I) retira-se 1cm do canal cervical.
2. ASC-US: Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado, possível não neoplásicas 2. Zona de transformação tipo 2 (tem componente endocervical, mas é totalmente visível) = excisão
3. ASC-H: Atipias em Células Escamosas – não se pode excluir lesão de alto grau – preocupante tipo 2 – retira-se >1cm até 1,5cm do canal cervical.
4. AGC – Atipias em Células Glandulares – achado muito preocupante 3. Zona de transformação tipo 3 (componente endocervical não é totalmente visível) = excisão tipo 3 –
5. LIE-AG (HSIL) – Lesão Intraepitelial de Alto Grau (NIC II e NIC III) retira-se 2-2,5cm do canal cervical
Indicação da excisão tipo 3 (Conização):
LIE-BG (LSIL) = repetir coleta CP em 6 meses (≥25anos) 1) Suspeita de invasão
 2 exames c/intervalo de 6 meses negativos  liberar paciente para rotina normal 2) Não se identifica limites
 2 exames c/intervalo de 6 meses com LIE-BG  COLPOSCOPIA 3) JEC não visível
 Paciente c/ HIV e Imunossupressão já no 1º exame alterado  COLPOSCOPIA *Não se faz histerectomia para NIC
 Paciente <25 anos com LIE de baixo grau  repetir CP em 3 anos Acompanhamento pós tratamento
ASC-US = repetir CP Se margens livres ou com NIC 1  CP e colposcopia 6/6 meses por 1 ano; após e sem evidencia de
 Paciente ≥30 anos = repetir exame CP em 6 meses recidiva  CP anual na UBS por 5 anos
 Idade entre 25 e 30 anos = repetir exame CP em 1 ano Se margens comprometidas  CP e colposcopia 6/6 meses por 2 anos; após e sem evidencia de
 2 exames com ASC-US  COLPOSCOPIA recidiva  CP anual na UBS por 5 anos
 Paciente c/ HIV e Imunossupressão já no 1º exame alterado  COLPOSCOPIA Casos especiais:
 Paciente <25 anos  repetir em 3 anos  Prole completa = Conização
ASC-H = Colposcopia  Gestante = conduta conservadora, reavaliar 90 dias após parto, ver se será necessária Conização
 Colposcopia com lesão sugestiva  Biopsia
 Colposcopia insatisfatória – Jec não visível  coleta endocervical com escovado Prevenção HPV
 Colposcopia com Jec visível sem lesão sugestiva  repetir colposcopia em 6 meses Vacina – partícula semelhante a vírus (só capsula do vírus)
AGC (ASGUS) = Colposcopia + Coleta endocervical com escova Bivalente (16 e 18) – aos 0, 1 e 6 meses (não existe dose de reforço)
Colposcopia + Coleta endocervical = com Lesão  Biopsia Tetravalente  (6, 11 ,16, 18) – aos 0, 2 e 6 e meses (não existe dose de reforço)
Colposcopia + Coleta endocervical = sem lesão  avaliação endometrial (USG transvaginal) O HPV 6 e 11 são os que causam as verrugas genitais
Achado mais preocupante, pode se tratar de TU do endométrio além do TU endocervical Homens a partir dos 11 anos e mulheres a partir dos 9 anos até 26 anos
AGC em Paciente ≥35 anos, ou com sangramento uterino anormal ou células endometriais no CP Melhor em mulheres sem contato
 atenção para CA de endométrio  investigar imediatamente  USGTV para avaliar Rastreamento com Papanicolau continua igual, a vacina não garante imunidade
espessura endometrial e se necessário – histeroscopia Novidade: Nonavalente (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58) – Ainda está senso implantada
Recomendação do MS:
LIE-AG (HSIL) = COLPOSCOPIA + BIOPSIA  inclui pacientes <25 anos
Tetravalente IM mais usada no Br – previne infecções e lesões pré-cancerígenas causadas pelo vírus
*Quando não se vê a JEC, a coleta é feita com escova ou curetagem de canal endocervical
6,11,16 e 18. Previne verrugas genitais e CA de colo uterino, vulva e anus.
AOI – Atipia de Origem Indefinida = COLPOSCOPIA
Meninas devem ser vacinadas antes do início da vida sexual (9 a 14 anos) e Meninos (11 a 14 anos)
Qualquer achado sugestivo de CA = COLPOSCOPIA
Maiores dessa faixa etária somente na rede privada
Paciente com exame clinico alterado e CP normal = COLPOSCOPIA
2 doses são suficientes para proteção, com intervalo de 0 e 6 meses
Gestante: biopsia somente se suspeita de invasão*
Imunossuprimidos (HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres) conforme bula da vacina
Resumo:
(mulheres dos 9 aos 45 anos, 3 doses em intervalos 0, 2 e 6 meses; homens dos 11 aos 26 anos)
Pacientes <25 anos com LIE de baixo grau ou ASC-US = Repetir CP em 3 anos (evolução lenta)
Paciente <25 anos com LIE de alto grau = Colposcopia e Biopsia
ASC-US em paciente com idade entre 25 e 30 anos = repetir CP em 1 ano
ASC-US em paciente ≥30 anos = repetir CP em 6 meses
Pacientes imunossuprimidas com qualquer exame alterado = Colposcopia
CA DE COLO UTERINO
Introdução Múltiplos parceiros Tipos histológicos
↘2º TU ginecológico mais comum no BR 1ª relação precoce CARCINOMA EPIDERMOIDE/ESPINOCELULAR/DE CÉLULAS ESCAMOSAS (70-80%) – HPV 16
↘Problema de saúde publica Outas ISTs ADENOCARCINOMA – menos comum, de pior prognostico – HPV 18
↘Mais comum em mulheres maduras – evolução lenta, as lesões Imunossupressão
precursoras do colo uterino – NIC
– podem ser assintomáticas ou oligossintomáticas. Multiparidade
Tabagista
Tratamento  CIRÚRGICO / RADIOTERAPIA / QUIMIOTERAPIA
Fatores de risco: Cirúrgico  apenas para TU até 4cm sem envolvimento de paramétrios
Baixo nível socioeconômico
Tatiane Pereira Amorim
 HPV 16 e 18 (principais)* Rádio e Quimioterapia  para TU grandes ≥4cm e/ou com envolvimento de paramétrios. Também se
 31, 33, 35, 45, 52 e 58 faz para pacientes com comorbidades de base sem condições cirúrgicas independentemente do
 Maior exposição = maior chance estádio do TU.
Fator protetor: Uso de preservativo e vacina anti-HPV-4 Tratamento cirúrgico:
Clínica – estágios avançados Cirurgia Estádio Descrição
1) Sinusorragia Piver I IA1 histerectomia total simples = corpo e colo do útero
2) Corrimento fétido Piver II IA2 histerectomia total = corpo e colo + paramétrios bilaterais até o
3) Dor cruzamento dos ureteres + 1/3 superior da vagina +
4) Sangramento intenso 1. Edema Unilateral do MMII linfadenectomia pélvica
5) Tríade do acometimento da parede pélvica: todos ipsilaterais 2. Lombociatalgia Piver III A partir histerectomia radical = corpo e colo + parametrectomia total +
Rastreamento – Colpocitologia (Papanicolau) 3. Hidronefrose Wertheim-Meigs de IB1 1/3 da vagina + linfadenectomia pélvica
Diagnostico *IA2 pode-se fazer tanto o Piver II como também o Piver III
 Anamnese + EF ginecológico + BIOPSIA *Não se retira anexos
 Colposcopia com biopsia = principal exame diagnostico *IA1 em paciente sem prole pode fazer Conização
 Importante pesquisa de comprometimento renal (Giordano e edema em MMII) *Paciente que chega à emergência com sangramento intenso, com suspeita de NIC com ou sem
 Toque retal: indicado para estadiamento (avalia o comprometimento dos paramétrios e mucosa diagnostico, fazer tamponamento vaginal com gaza em metro*
retal)
 RMN: indicado para o estadiamento (mostra acometimento dos paramétrios)

Dx diferencial  Ectopia/macula rubra = eversão do epitélio glandular


*A principal causa de sinusorragia é Ectopia, porém, toda mulher com sinusorragia tem que
descartar CA de colo uterino*
Estadiamento  CLINICO = TOQUE RETAL ou RMN
0 Carcinoma in situ (NIC 3) Excisão tipo 3 (Dx e Tx) – excisão de 2-2,5cm do colo cervical
I = TU restrito ao colo (sem invasão de tecidos adjacentes)
IA1 <3mm de invasão da membrana basal e 7mm de extensão Prole completa = Piver I // Sem prole completa = excisão tipo 3 ou Traquelectomia se houver invasão linfo vascular
IA2 3 e 5mm de invasão e 7mm de extensão horizontal Piver II ou III // Sem prole completa = Traquelectomia radical
IB1 Até 2cm Piver III // Sem prole completa = Traquelectomia radical
IB2 ≥2 a <4cm Piver III – Cirurgia de Wertheim-Meigs
IB3 ≥4cm Rádio e QMT
II = Acometimento dos 2/3 superiores da vagina
IIA1 <4cm Piver III – Cirurgia de Wertheim-Meigs
IIA2 ≥4cm Rádio e QMT
IIB Invade Paramétrio uni ou bilateral Rádio e QMT
IIIA Acometimento do 1/3 inferior da vagina Rádio e QMT
IIIB Acometimento parede pélvica ou leva há hidronefrose ou rim Rádio e QMT
não funcionante
IIIC Acometimento de linfonodos: Pélvicos (3c1) e/ou Rádio e QMT
Paraórticos (3c2)
IVA Acometimento de Bexiga e reto Rádio e QMT
IVB Metástases a distância (Fígado, pulmão e intestino) Rádio e QMT
Seguimento: Idenpendentemente da modalidade de tratamento a que a paciente tenha sido submetida, cirurgica ou radioterapica exclusiva, o seguimento ideal preconiza:
1) Avaliacao por meio de citologia, colposcopia do fundo vaginal e toque retal – verificar comprometimento de parametrios, a cada 3 meses, nos dois primeiros anos;
2) Do 2º ao 5º ano de seguimento, os controles indicados podem ser realizados a cada semestre; após o quinto ano, o controle sera anual, com citologia e colposcopia do fundo vaginal
Resolução de questões
INEP 2020 2015 HCV
Uma menina com 13 anos de idade comparece à Unidade Básica de Saúde acompanhada da mãe Assinale a opção que indica o agente causador mais frequentemente encontrado em lesões
para consulta de rotina. A paciente tem um irmão de 11 anos de idade. Ao exame físico, não foram intraepiteliais de alto grau (NIC2 e NIC3) e relacionado ao câncer invasivo do colo uterino:
Tatiane Pereira Amorim
observadas alterações dignas de nota. Ao verificar o cartão de vacinação, constatou-se que a a) Papilomavirus humano 16
adolescente não havia sido vacinada contra o HPV. Nesse caso, o profissional de saúde deve> b) Papilomavirus humano 18
a) orientar somente a vacinação do irmão. c) Papilomavirus humano 11
b) orientar somente a vacinação da adolescente. d) Herpes vírus
c) orientar a vacinação da adolescente e de seu irmão. e) Parvovírus
d) orientar que não é recomendada a vacinação da adolescente e de seu irmão. G(a)
G(c) 2018 AREMG
UNICAMP – SP Uma paciente de 42 anos, com exame colposcopico normal, teve resultado de citologia oncótica
Quais é a principal atribuição da ressonância magnética da pelve no estadiamento do CA de dolo cervical com células glandulares atípicas. Assinale o próximo passo indicado para esta paciente:
uterino? a) Realizar biopsia do colo uterino
a) Avaliar o acometimento dos paramétrios b) Fazer curetagem do canal cervical
b) Avaliar o acometimento vaginal c) Repetir a citologia após 6 meses
c) Avaliar o tamanho do tumor d) Iniciar tratamento hormonal com progesterona
d) Avaliar metástases lifonodais. G(b)
G(a) 2016 SUS SP
2018 HNMD Mulher de 32 anos de idade, 2 parceiros sexuais anteriores, faz exame ginecológico de rotina anual,
Uma paciente de 40 anos procurou o ambulatório de Ginecologia queixando-se de episódios de sem nunca ter detectado qualquer alteração. Recebe a colpocitologia oncológica desse ano com
sangramento transvaginal irregular e dor lombar a direita. Realizou biopsia de tumoração no colo resultado ASC-US. No exame físico, não há alteração do colo do útero, nem de vagina. O teste de
uterino com diagnostico de carcinoma de células escamosas. Exame de imagem revelou estenose Schiller foi negativo. A recomendação é:
ureteral e hidronefrose a direita. O correto estadiamento para o caso descrito é: a) Repetir a citologia cervicovaginal em 6 meses
a) IB2 b) Realizar histeroscopia diagnostica
b) IIB c) Realizar colposcopia com biopsia dirigida
c) IIIA d) Prescrever imidazólico e colher nova citologia em seguida
d) IIIB e) Coletar amostra de células de canal endocervical
e) IVA G(a)
G(d) 2015 UFRJ
2016 UFPA Uma jovem, de 22 anos, realiza pela 1ª vez a citologia oncótica de Papanicolau. Tem vida sexual ativa
Uma paciente de 49 anos, que não faz seu exame preventivo do câncer de colo do útero há 10 anos, há 5 anos e relata ter tido 3 parceiros sexuais nesse período. Exame ginecológico: normal. O
há 2 meses está apresentando metrorragia e procurou o medico hoje. Durante o exame ginecológico, resultado da citologia revela lesão intraepitelial escamosa de alto grau, identificada com NIC II, sem
evidenciou-se colo volumoso, endurecido, com áreas de sangramento que ocupa o terço superior da células endocervicais no esfregaço. A conduta mais adequada é realizar:
vagina. Ao toque retal, o paramétrio esquerdo está endurecido, tenso até a parede pélvica. O a) Nova citologia oncótica de Papanicolau para obter amostragem de células endocervicais
diagnostico provável, o exame mais adequado e o tratamento mais indicado, neste caso, são: b) Pesquisa de HPV por método de biologia molecular
a) Tumor do colo uterino, biopsia do colo uterino e radioterapia c) Conização cervical
b) Tumor endocervical, citologia endometrial e radioterapia d) Colposcopia e biopsia dirigida
c) Tumor endocervical, biopsia endometrial e cirurgia de Piver II G(d)
d) Tumor do colo uterino, citologia oncótica e cirurgia de Piver II 2015 UFPR
e) Tumor do colo uterino em estadiamento inicial Uma paciente de 26 anos foi submetida ao exame de Papanicolau, que apresentou os seguintes
G(a) resultados: alterações celulares sugestivas de Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 1 (NIC 1) e
2018 SES PÉ alterações sugestivas de infecção por Papilomavirus humano (HPV). Qual é a orientação correta
Uma paciente de 25 anos apresenta secreção genital com odor desagradável há 2 meses e procura o nessa situação?
ambulatório de Ginecologia. Durante o exame, foi verificada lesão cervical ulcerada, restrita ao colo a) Convocar o marido para exame de peniscopia e, caso não seja detectada lesão por HPV, a
uterino de 3 cm no seu maior diâmetro. A biópsia do colo realizada anteriormente revelou carcinoma paciente pode ser acompanhada com preventivo anual
epidermoide. De acordo com o descrito, qual é o provável estadiamento clinico: b) Encaminhar a paciente para centro de referência, para ser submetida a colposcopia
a) IA c) Indicar Conização, pois NIC 1 é uma lesão precursora de câncer de colo
b) IB2 d) Repetir o preventivo em 6 meses
c) IIA e) Solicitar a pesquisa de DNA para HPV e, se for positiva, indicar Conização
d) III G(d)
e) IVA 2016 UFMA
G(b) De acordo com o fluxograma de condutas clinicas em patologia cervical do Ministério da Saúde, a
2018 FMUSP RP colposcopia esta indicada incialmente nas seguintes situações citopatológicas, Exceto:
Tatiane Pereira Amorim
Uma mulher de 48 anos, G4P40, chega ao pronto socorro com a) NIC 3
queixa de sangramento vaginal abundante há 4 horas. Ao exame b) ASCUS
clinico, verificam-se PA = 90x40mmHg e FC = 110bpm, estando c) LIE de alto grau
paciente descorada (++/4+). No exame especular, observam-se a d) Carcinoma in situ
imagem representada na Figura, com sangramento ativo. Ao e) NIC 2
toque vaginal, nota-se que a lesão infiltra os fórnices vaginais, e G(b)
ao toque retal nota-se infiltração bilateral dos paramétrios 2015 UNAERP
proximais ao colo uterino: No achado citológico de alterações glandulares de significado indeterminado (AGUS/ACG), a melhor
Qual é a conduta inicial a ser associada a ressuscitação conduta para uma paciente de 40 anos, G1P1A0, seria:
hemodinâmica? a) Repetir a citologia oncótica em 6 meses
a) Embolização de artérias hipogástricas b) Realizar captura hibrida para HPV
b) Cauterização elétrica c) Realizar colposcopia somente
c) Histerectomia de urgência d) Realizar colposcopia com biopsia
d) Tamponamento vaginal e) Realizar colposcopia com biopsia e USTV
G(d) G(e)
2018 UFF 2018 SUS SP
De acordo com as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo Uterino (UNCA), é Paciente do sexo feminino, 23 anos de idade, realizou citologia cervicovaginal em sua primeira
correto afirmar que: consulta ginecológica. O resultado foi ASCUS. A conduta adequada, segundo as diretrizes do
a) A coleta do exame colpocitológico esta contraindicada durante a gestação pelo risco de causar Ministério da Saúde, é:
abortamento ou trabalho de parto prematuro a) Repetir citologia cervicovaginal e colposcopia em 6 meses
b) Mulheres, com história previa de histerectomia total por doença benigna e exames b) Repetir citologia cervicovaginal em 3 anos
colpocitologicos anteriores normais, devem seguir as mesmas orientações da população em c) Colposcopia com biopsia e anatomopatológico
geral d) Repetir a citologia cervicovaginal em 1 ano
c) A coleta do exame citopatologico deve se iniciar aos 25 anos naquelas mulheres com vida sexual e) Colposcopia e pesquisa de HPV por captura hibrida
ativa e se encerrar aos 64 anos, quando não há história previa de doença neoplásica pré- G(b)
invasiva e os 2 últimos exames realizados nos últimos 5 anos são normais 2018 AMRIGS
d) A atrofia genital secundária ao hipoestrogenismo, encontrada na pós menopausa, não é capaz Mulher de 27 anos traz o resultado do seu novo exame citopatologico de colo uterino, coletado há
de produzir alterações no resultado colpocitológico 30 dias, cujo laudo está descrito abaixo. Seu primeiro exame citopatologico foi há um ano, estava
e) A presença isolada de células escamosas no esfregaço cervicovaginal é considerada um normal e encontra-se anexado em seu prontuário:
indicador da boa qualidade da amostra  Células do epitélio pavimentoso, na maioria intermediarias, sem atipias
G(c)  Presença de células metaplasicas.
2016 FHEMIG  Alguns grupamentos de células colunares endocervicais
Com relação a condição que corresponde a transformação de áreas de células colunares do colo  Alguns leucócitos. Flora bacteriana tipo Doderlein
uterino em células escamosas, assinale a alternativa correta:  ausência de células malignas no material examinado.
a) Metaplasia Diante desse resultado e de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, qual é a conduta
b) Neoplasia intraepitelial cervical correta?
c) Acantose a) Indicar colposcopia devido a presença de células metaplasicas
d) Hiperceratose b) Orientar novo citopatologico em um ano, por se tratar de exame normal
G(a) c) Coletar novo citopatologico após tratamento de infecção vaginal evidenciada no exame
d) Orientar novo citopatologico em três anos, por se tratar de exame normal
e) Indicar nova coleta pela ausência de células glandulares
G(d)

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