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LINFOGRANULOMA VENÉREO

Ana Carolina Soares, Andre Maria Emília Bezerra, Mariana


Luiz Vaz, Bernardo de Souza, Rios, Matheus Benamor, Oyama
Carina Gomes, Daniela Neves, Neto, Pedro Alves, Rafaela
Katia Cilene, Maria Eduarda Ferreira, Raul Renato Gomes,
Visniewski, Wander Sapori
OBJETIVOS
AGENTE ETIOLOGICO

FORMAS DE CONTÁGIO

QUADRO CLÍNICO

SINAIS E SINTOMAS

DIAGNÓSTICO e DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

PREVENÇÃO

TRATAMENTO

CASO CLÍNICO
Introdução

 É uma doença infecto contagiosa, de caráter inflamatório


e invasivo, do trato urogenital causada pela infecção por
Chlamydia trachomatis
EPIDEMIOLOGIA
a mulher
mais reportada em manifesta
homens porque se sintomas nos
manifesta mais
rápido = estágios mais
avançados da
doença

• > entre 15 e 40 anos;


• > em grupos socioeconômicos desfavorecidos e em regiões
tropicais e subtropicais entre os indivíduos com múltiplos parceiros
sexuais;
• < no mundo desenvolvido mas nos últimos 10 anos surtos
apareceram na América do Norte, Europa e Austrália em forma de
proctite entre homens que fazem sexo com homens.
AGENTE ETIOLÓGICO

 Chamydia trachomatis
 Bactéria gram-negativa
 Sorotipos L1, L2 (L2a e L2b) e L3
AGENTE ETIOLÓGICO

 Reservatório: O homem
 Modo de Transmissão: Contato
sexual, com penetração da
bactéria por meio da pele ou
mucosa com solução de
continuidade.
 Período de Incubação: De 1 a 3
semanas após o contato sexual.
 Período de Transmissibilidade:
Bastante variável, de semanas a
anos.
FORMAS DE CONTÁGIO

 Contato sexual, com penetração da


bactéria por meio da pele ou mucosa
com solução de continuidade.

 RESERVATÓRIO: o homem
QUADRO CLÍNICO
Manifestação clínica mais comum é a “Linfadenopatia
inguinal ou femoral”
Três Fases:
1: Lesão de Inoculação
2:Disseminação
3: Sequelas

Google Imagens
SINAIS E SINTOMAS
 Os primeiros sintomas aparecem
de 7 a 30 dias após a exposição à
bactéria.

 Primeiro, surge uma ferida ou


caroço muito pequeno na pele
dos locais que estiveram em
contato com essa bactéria que
dura, em média, de três a cinco
dias.

 É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão,


além de passageira, não é facilmente identificada.
SINAIS E SINTOMAS
• Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço
doloroso dos gânglios da virilha.

• Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um


inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não
for tratado, rompe-se, com a saída de pus. 
SINAIS E SINTOMAS

• Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e


formar feridas com saída de secreção purulenta, além de
deformidade local.

• Podem haver, também, sintomas gerais como: dor nas


articulações, febre e mal estar.

• Quando não tratada adequadamente, a infecção pode


agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no
pênis, escroto e vulva).
DIAGNÓSTICO

• Eminentemente clínico-epidemiológico.
• Detecção de anticorpos
• Algumas vezes, testes de amplificação de ácido nucleico
(NAAT)
• O diagnóstico normalmente é feito pela detecção de
anticorpos à toxina de clamídia (títulos de fixação de
complemento > 1:64 ou títulos com
microimunofluorescência > 1:256) ou por genotipagem
usando NAAT baseado em reação em cadeia da polimerase.
• Os níveis de anticorpos geralmente são elevados na
apresentação ou pouco depois, permanecendo elevados.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• As lesões são únicas ou múltiplas? Se únicas, pensamos em


sífilis ou linfogranuloma. Se múltiplas, pensamos em herpes,
cancro mole ou donovanose;
• As lesões são dolorosas ou indolores? Se dolorosas,
pensamos em herpes ou cancro mole. Se indolores,
pensamos em sífilis, linfogranuloma ou donovanose;
• Existe adenopatia com fistulização? Se sim, pensamos em
cancro mole, com fistulização por único orifício, ou em
linfogranuloma, com fistulização por múltiplos orifícios. Se
não, pensamos nas demais infecções. 
PREVENÇÃO

• Aconselhamento - Orientações ao paciente, fazendo com


que observe as possíveis situações de risco presentes em
suas praticas sexuais, desenvolva a percepção quanto à
importância do seu tratamento e de seus parceiros sexuais
e promova comportamentos preventivos.
• Promoção do uso de preservativos - O método mais eficaz
para a redução do risco de transmissão do HIV e outras
IST’s. Convite aos parceiros para aconselhamento e
promoção do uso de preservativos (deve-se obedecer aos
princípios de confiabilidade, ausência de coerção e proteção
contra a discriminação). Educação em saúde, de modo
geral.
TRATAMENTO

Primeira opção:
Doxiciclina 100mg VO 1cp 12/12h por 21 dias

Segunda opção:
Azitromicina 500mg 20cp VO 1x/sem
Por 3 semanas (gestantes)
TRATAMENTO

 Cirurgia
 Possivelmente, aspiração de bubões para o alívio dos sintomas.
Bubões e fístulas podem necessitar de cirurgia, mas geralmente
estenoses retais podem ser dilatadas.
TRATAMENTO
 Se as pessoas tiverem contato sexual com uma pessoa que teve
linfogranuloma venéreo durante os 60 dias antes do início dos sintomas
dessa pessoa, deve-se examinar e testá-las quanto à infecção por
clamídia uretral, cervical ou retal, dependendo do local de exposição.

 Deve-se tratá-las de modo presuntivo (com uma dose única de


azitromicina 1 g por via oral ou doxiciclina 100 mg por via oral 2 vezes
ao dia por 7 dias), independentemente de evidência que sugere que
elas têm LGV.
CASO CLÍNICO

O paciente era um jovem de 17 anos, sexo masculino, estudante de ensino médio


São Gonçalo, Cidade (município do Estado do Rio de Janeiro, a uma distância de 25
km da capital), Rio de Janeiro, Brasil. Solteiro, heterossexual, e tinha apenas 1
parceiro sexual. Ele tornou-se sexualmente ativo aos 14 anos de idade e não usou
preservativos. Após consulta em uma clínica geral de um hospital público, ele foi
transferido para a divisão de IST’s da Universidade Federal Fluminense devido à
presença de uma lesão inguinal indolor unilateral de 2 meses de idade. O paciente
descreveu o sinal inicial como uma pápula pequena drenando um líquido purulento,
que evoluiu para um nó ulcerado. Ele relatou desconforto geral a partir de uma
semana antes de seu exame na clínica IST’s. Durante o exame, foi observado um
tumor ulcerado de 10 cm com superfícies elevadas na região inguinal direita e áreas
necróticas.
CASO CLÍNICO
Os seguintes testes de laboratório foram realizados na Divisão de IST’s: testes de
sorologia para Chlamydia trachomatis, que mostrou reatividade às 1:32; esfregaço de
citopatologia testes de inguinal lesão, foram inconclusivas morfologia de neoplasias;
doenças venéreas research laboratory (VDRL) teste, que mostrou não-reatividade; e
teste anti-HIV, que mostrou não-reatividade. A partir dos dados laboratoriais clínicos, a
LGV foi diagnosticada e o tratamento recomendado foi eritromicina oral (500 mg, 6/6
h, durante 21 dias). Após o tratamento ocorreu uma regressão completa dos sintomas
clínicos. Deve-se observar que os sintomas começaram a diminuir rapidamente
durante a terapia antibiótica.
REFERÊNCIAS
 Morris, S. R. (Julho de 2019). Linfogranuloma venéreo (LGV). Fonte: Manual MSD:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/d
oen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/linfogranuloma-ven%C3
%A9reo-lgv
 D Mabey, R. W. (2002). Lymphogranuloma venereum. TROPICAL MEDICINE
SERIES, p. 3. Fonte:
http://giv.org.br/DST/Linfogranuloma-Ven%C3%A9reo/index.html
 Ceovic, R., & Gulin, S. J. (2015). Lymphogranuloma venereum: diagnostic.
Infection and Drug Resistance, p. 9.
 Gupta, S., Ajith, C., Kanwar, A. J., Sehgal, V. N., Kumar, B., & Mete, U. (2006).
Genital elephantiasis and sexually transmitted. International Journal of STD &
AIDS, p. 10
 HOFFMAN, Barbara L. et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2 ed. Porto Alegre.
Artmed. 2014
 PASSOS;, Mauro Romero Leal; ARZE;, Wilma Nancy Campos; PASSOSII;, Felipe Dinau
Leal; FARIA;, Priscilla Frauches Madureira de; VARELLA, Renata Queiroz.
Linfogranuloma venéreo e linfoma não Hodgkin: um relato de caso. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, Niterói, Rj, Brasil, v. 45, n. 3, p. 1-5, 02 mar. 2011.
Disponível em:
Lymphogranuloma venereum and non-Hodgkin lymphoma: a case report (scielo.br).
Acesso em: 05 abr. 2021.

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