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TORACOCENTESE Posicionamento do paciente: sentado ou deitado

Punção da caixa torácica  toracocentese de alívio:  Sentado: paciente sentado a beira do leito,
procedimento cirúrgico, diagnóstico, terapêutico e de mãos e braços apoiados sobre um travesseiro
alívio, onde se obtém amostras de líquido pleural para colocado em cima de um amparo para seu
realização de exames específicos ou resolução de conforto
pneumotórax hipertensivo  Deitado: decúbito lateral com cabeceira
1. Eletivo: diagnóstica ou terapêutica elevada a 45º ou decúbito contralateral ao
2. Emergencial: 2 ou 5EIC em pneumotórax derrame, reservado para pacientes retritos ao
hipertensivo + drenagem pleural fechada, leito ou derrames volumosos
derrames pleurais líquidos (posterior) Local ótimo de punção: procura o maior bolsão de
Indicações: líquido superficial ao pulmão e identificado o trajeto
 Confirmar derrame pleural respiratório do diafragma.
 Aliviar a dispneia causada pela compressão do Tradicionalmente isso é descrito entre o 7º e o 9º EIC
parênquima pulmonar por líquido o u ar e entre a linha axilar posterior e média,
 Coleta de material para análise laboratorial imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula
Contraindicações: não existem absolutas, as relativas: Evitar superfície inferior das costelas  vasos e
 Alterações na coagulação (principal)  nervos intercostais
doenças ou terapia anticoagulante (warfarina, Técnica de toracocentese nos derrames pleurais
AAS) líquidos:
 Lesões de pele na região a ser puncionada 1. Paciente posicionado com o dorso para o
(queimaduras por radioterapia, herpes zoster, médico e demarcado o local para punção
piodermite). Risco de infecção e sangramento 2. Assepsia do hemitórax acometido
cutâneo 3. Colocação de campo estéril
 Pacientes em ventilação mecânica por risco de 4. Anestesia com 10ml de lidocaína todos os
pneumotórax hipertensivo planos com agulha fina: pele, tecido
 Pequena quantidade de líquido no espaço subcutâneo, periósteo e pleura parietal (injeção
pleural em pequena quantidade até atingir o espaço
Anestesia: pleural, com cuidado de sempre aspirar a
Além da anestesia local pode ser indicada sedação leve seringa antes da próxima injeção do
com midazolam ou lorazepam. A anestesia local é feita anestésico, evitando a possibilidade de injeção
com lidocaína endovenosa)
Deve-se infiltrar todos os planos (pele, tecido
subcutâneo, periósteo das costelas, músculos
intercostais e pleura parietal)
Material necessário:
 Lucas estéreis
 Equipamento de proteção individual
 Gaze
 Solução anti-séptica
 Campos estéreis
 Lidocaína a 2% sem vasoconstritor
 Agulha de 22 e 25
 Seringas de 10 e 20ml
 Seringa de 60ml
 Jelco calibres 14 16
 Toreneirinha 5. No espaço pleural, com identificação do
 Frascos comuns ou a vácuo líquido pleural, retira-se a agulha
 Esparadrapo 6. Introduz o jelco (14 ou 16) pelo mesmo
 Kir de passagem de monolumen pertuito previamente criado
 Tubo de aspiração/drenagem estéril 7. Retirada do mandril e manutenção apenas do
 Tubos para análise e um grande contêiner para cateter plástico no espaço pleural
evacuação 8. Conecta-se seringa de 20ml para a retirada de
 Curativo oclusivo estéril líquido para exames (20 a 50ml)
Motivos para interromper o procedimento:  Empiema pleural agudo
 Desconforto respiratório (edema de  Pós-operatório
reexpansão pulmonar)  Drenagem pleural
 Tosse Emergenciais: pneumotórax, hemotórax, lesão
 Hipotensão esofagiana com extravasamento de conteúdo gástrico
Estudo do líquido pleural: para o espaço pleural
 Citologia geral e oncótica Não-emergenciais: derrame pleural secundário a
 Bioquímica: pH, DHL, amilase, glicose, PTF doença maligna, derrame pleural recorrente, empiema
 Pesquisa de fungos, BAAR, gram ou derrame parapneumônico, quilotórax
 Cultura para bactérias, fungos e BAAR Contraindicações:
Complicações: 1) Absolutas: não há, a menos que o pulmão
 Perfuração do diaragma esteja completamente aderido à parede
 Pneumotórax torácica em todo o hemitórax
 Tosse (devido a distensão abrupta do espaço 2) Relativas: coagulopatias ou uso de
aéreo) anticoagulantes
 Dor local Técnicas
 Reflexo vagal (sudorese, desconforto geral, Posicionamento de acordo com o que será drenado:
sensação de desmaio) 1) Coleções líquidas livres: abaixo do nível do
 Hemotórax (perfuração de algum vaso) líquido, 5EIC, linha axilar média
 Infecção da cavidade pleural 2) Coleções gasosas livres: ponto mais alto da
 Edema de reexpansão cavidade, 2-3EIC, linha axilar anterior
 Lacerações hepáticas ou esplênicas 3) Coleções septadas: varia com a localização,
Técnica de toracocentese de alívio no pneumotórax radiografia PA e perfil + exame físico
hipertensivo: detalhado
1. Paciente posicionado e demarcado o local para Equipamentos necessários:
punção  Avental, máscara
2. Assepsia do hemitórax acometido  Solução antisséptica para pele (iodopolvidina
3. Colocação do campo estéril, se possível dérmica)
4. Anestesia com 10ml de lidocaína no local, se  Seringa
possível  Agulhas (21-25)
5. Punção com jelco calibroso no 2 EIC com a  Anestésico local (Xilocaína 2%)
linha hemiclavicular do lado afetado com saída  Lâmina de bisturi
de ar ou 5 EIC na linha axilar anterior  Luvas esterilizadas
6. Separar material e realizar drenagem torácica  Campo fenestrado
fechada do local afetado  Dreno torácico (normalmente 28 ou 32,
consoante o que se pretende drenar. 28 mais
DRENAGEM PLEURAL utilizado para ar e 32 para líquidos)
Colocação de um dreno no espaço pleural, que fica  Frascos de drenagem com tubuladura; água
coletado a um sistema fechado sob selo d’água esterilizada se for com selo d’água
Objetivo: esvaziar conteúdo patológico que possa  Fios de sutura (algodão 2/0)
estar impedindo a expansão pulmonar O procedimento:
Manutenção ou reestabelecimento da pressão negativa 1) Decúbito horizontal dorsal com abdução e
do espaço pleural flexão do braço ipsilateral
É possível remover: ar, líquidos (sangue (hemotórax), 2) Determinar o local
exsudato, transudatos, empiema/pus, linfa etc.) e 3) Preparo cirúrgico do local de inserção do
sólidos (fibrina) dreno (antissepsia e colocação de campos)
Realizar procedimentos como esclerose, introdução de 4) Anestesia local da pelee periósteo da costela
medicamentos como quimioterápicos e anestésicos (lidocaína 2%)
Indicações: 5) Incisão transversa (2-3cm) no local e dissecção
 Pneumotórax romba das partes moles junto a borda superior
 Hemotórax da costela
 Derrame pleural neoplásico 6) Perfuração da pleura com a ponta de uma
 Quilotórax hemostática e introdução de dedo na incisão
para evitar lesões, remove aderências,
coágulos etc. (divulsão das estruturas
anatômicas abauxo da incisão)
7) Pinçar a extremidade proximal do dreno e
introduzi-lo de acordo com o quadro do
paciente

Drenagem contínua:
Semelhante a drenagem em selo d’água
Pneumotórax com fístulas broncopleurais (PA=PP) 
borbulhamento
Aspiração + 2º frasco
Efluxo > débito
8) Observar o embaçamento do tubo com a
expiração do paciente
9) Conectar o dreno com selo d’água
10) Fixação do dreno no local com fio de sutura
11) Fazer curativo
12) Raio x tórax de controle
Drenagem em selo d’água:
Análise hidráulica
 Pressão pleural é transmitida ao longo do
sistema
 Bom funcionamento  menor resistência
 Dreno borbulhando + reexpansão pulmonar 
 Coluna de 2 cm
manter drenagem contínua  selo d’água 
Oscilação do nível do líquido:
ou fazer drenagem aberta
 Inspiração: ↓pressão pleural e ↑nível da
 Dreno borbulhando por vários dias +
coluna de água
reexpansão pulmonar  toracotomia
 Expiração: ↑pressão pleural e ↓nível da
Manutenção do dreno
coluna de água
 Tempo de permanência do dreno: tempo
 Na cavidade abdominal ocorre o oposto
necessário para evacuação do fluido
 Líquido deixa de oscilar quando: dreno
 Pneumotórax: enquanto sair ar mantem-se o
obstruído ou pulmão está expandido e aderido
dreno  RX  reexpansão pulmonar 
a pleura parietal  retirada
retirada
 Hemotórax: volume de líquido drenado <100
ml/dia  retirar o dreno
 Empiema: eliminação da infecção
Retirada do dreno:
Condições:
 Parada da drenagem
 Parada da oscilação do nível líquido
 Expansão pulmonar
Técnica:
 Apneia por expiração ou inspiração  conter
respiração
 Retira-se o dreno
 Retirar lentamente os drenos tubulares e
subitamente o de Pezzer
Complicações:
 Lesão de pulmão
 Lesão de coração
 Lesão diafragmática
 Parada cardíaca
 Sangramentos/hemotórax
 Neuralgia intercostal devido ao trauma
cirúrgico
 Edema pulmonar pós-reexpansão
 Infecção do sítio cirúrgico
 Pneumoniaa
 Empiema e enfisema subcutâneo

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