Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eliene de Oliveira
Lígia Almeida
Leiliany Neves
1.1 Dentina
1.2Polpa Dental
2.1 Indicação
Pode ser feita em dentes com diagnóstico de polpa saudável, em lesões cariosas
que atingiram até a metade da espessura da dentina. Assim sendo, quando todo o tecido
cariado foi removido durante o preparo, expondo a dentina, uma base protetora
radiopaca pode ser colocada entre a restauração e a dentina, para minimizar injúrias à
polpa, promover a cicatrização do tecido pulpar ou minimizar sensibilidade pós-
operatória (ABO, 2009).
Já para lesões cariosas ativas mais profundas, o procedimento indicado é a
remoção parcial de tecido cariado, nas suas diferentes formas de abordagem (tratamento
restaurador atraumático, capeamento pulpar indireto e escavação gradativa) (ABO,
2009).
A base protetora é utilizada para preservar a vitalidade dental, promover
cicatrização pulpar e formação de dentina terciária, e minimizar microinfiltração. Sinais
ou sintomas clínicos pós-operatórios, como sensibilidade, dor ou edema não devem
ocorrer (ABO, 2009).
5.2Cavidades Profundas
Limpeza cavitária: realizar a limpeza com soluções que sejam
comprovadamente bactericidas e não interfiram no mecanismo de adesão, como
soluções à base de hidróxido de cálcio ou clorexidina (MONDELLI, 1998).
Proteção do CPD: 1ª condição: cavidades profundas sem esclerosamento
dentinário: cimento de hidróxido de cálcio + cimento ionomérico. Para estas
cavidades, a proteção pulpar de anteceder ao ataque ácido (a fim de proteger da
agressividade do ácido o remanescente dentinário e a polpa), ao acabamento da
cavidade e à execução dos biseis, para evitar a possível contaminação do ângulo
cavosuperficial. Não se devem empregar bases protetoras com eugenol ou resina
copal na composição, pois estes produtos interferem na polimerização das
resinas compostas. Cimento de Hidróxido de Cálcio – uma fina camada (0,2 a
0,5 mm) de um agente protetor à base de hidróxido de cálcio deve ser aplicada
como forrador cavitário nas paredes de fundo, isto é, diretamente em dentina
primária recém-cortada (onde não existe esclerosamento), para funcionar como
isolante térmico e estimulá-lo. Cimento de Ionômero de Vidro – quando a
parede de fundo axial ou pulpar, após a remoção da dentina cariada, apresentar
uma concavidade, deverá depois de forrada com hidróxido de cálcio ser
reconstruída ou aplanada com cimentos de ionômero de vidro específicos para
proteção. Para isto basta acrescentar uma camada intermediária de cimento
ionomérico auto ou fotoativado, que formará uma sobrebase de sustentação para
a restauração adesiva. Se for um cimento fotoativado, reconstruir em
incrementos sucessivos (a primeira camada deve ter sempre 0,5 mm ou menos)
fotopolimerizados até atingir a espessura necessária para aplanar a parede pulpar
ou axial. 2ª condição: cavidade profunda com esclerosamento dentinário:
cimentos de ionômero de vidro convencionais e modificados (MONDELLI,
1998).
Selamento da cavidade: Após o condicionamento total da cavidade protegida, o
sistema adesivo é aplicado seguindo as recomendações do fabricante e, em
seguida, a resina composta é inserida de maneira incremental (MONDELLI,
1998).
6.2Curetagem Pulpar
A curetagem pulpar é uma conduta clínica que pode ser indicada para as
situações de exposições pulpares acidentais (fraturas coronárias) ou exposições onde
haviam remanescentes de dentina cariada (exposição pulpar por cárie) (ESTRELA &
FIGUEIREDO, 1999).
A curetagem consiste na estrita remoção da polpa patológica, enquanto o resto
da polpa permanece intacta e recoberta por material biológico. Busca-se remover parte
da polpa coronária, evitando-se o risco de manter a contaminação e o processo
inflamatório. Assim, apesar de inflamada, a polpa apresenta condições biológicas para
responder favoravelmente a um tratamento conservador (FREIRES & CAVALCANTI,
2011).
Técnica (ESTRELA & FIGUEIREDO, 1999):
Anestesia, isolamento absoluto;
Irrigação da cavidade exposta com solução fisiológica ou água d’cal, secando-a
com bolinha de algodão esterilizada;
Corte do tecido pulpar. Em algumas situações, a curetagem desta pequena
porção do tecido exposto com curetas pequenas e bem afiadas, torna-se
praticamente impossível, o que estabelece a necessidade do emprego de brocas
esféricas, em alta rotação, com intensa irrigação com solução fisiológica;
Aplica-se sobre a cavidade exposta, por 10 minutos, uma bolinha de algodão
embebida com corticosteróide-antibiótico (Ostoporin).
Seca-se a cavidade com bolinha de algodão esterilizada e acama-se o hidróxido
de cálcio.
Faz-se a colagem do fragmento ou restauração do dente, preferencialmente, na
mesma sessão.
6.3Pulpotomia
Conclusão
Diante dos ataques físicos, químicos e bacterianos que podem acometer a polpa,
é de fundamental importância que o CD esteja familiarizado com os procedimentos de
proteção do complexo dentino-pulpar e procedimentos conservadores da polpa, bem
como a profundidade da cavidade, indicações dos materiais e técnica a serem aplicadas,
a fim de garantir resultados eficazes ao remanescente dentário e ao paciente.
Referências
Côrtes MIS, Bastos JV. Traumatismos dentários – diagnóstico e tratamento das fraturas
coronárias. In: ATUALIZAÇÃO na clínica odontológica: a prática da clínica geral. São
Paulo, Artes Médicas, 1994.
Estrela C, Figueiredo JAP. Endodontia: Princípios Biológicos e Mecânicos. 1ª. ed. São
Paulo. Ed. Artes Médicas. 1999.
Fraga RC, Luca-Fraga LR. Dentística: bases biológicas e aspectos clínicos. 2ª Ed.
Medsi, 2001.
Hebling J, Ribeiro APD, Costa CAS. Relação entre Materiais Dentários e o Complexo
Dentino-Pulpar. Rev Odontol Bras Central 2010; 18(48):1-9.