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REVISÃO ENDODONTIA

Prof.a Carla Valente


Prof. a Priscila Duarte
• Complexo dentino-pulpar;
• Possuem origem embrionária
semelhante;
DENTINA
COMPOSIÇÃO

Tecido mineralizado que constitui grande parte da estrutura dentária;


- 70% material inorgânico – cristais de hidroxiapatita;
- 10% de água;
- 20% de matriz orgânica – principalmente colágeno.
DENTINA
DENTINA
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
1) Dentina do manto – é a primeira a ser formada e está localizada imediatamente
abaixo do esmalte ou cemento.

2) Dentina primária – é depositada durante a formação fisiológica da dentina pelos


odontoblastos e constitui grande parte do elemento dentário.

3) Pré-dentina – é uma zona estreita com espessura de 10 a 40 um de dentina


não mineralizada, localizada na camada odontoblástica e a dentina
mineralizada.
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
Processo Odontoblástico se estende de um terço até a metade do túbulo
dentinário.
Dentina intratubular – reveste o interior dos túbulos. É mais calcificada e
rígida.
Dentina intertubular – circunda a dentina intratubular
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
Dentina intratubular –
reveste o interior dos
túbulos. É mais calcificada e
rígida.
Dentina intertubular –
circunda a dentina
intratubular
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
4) Dentina secundária – é depositada fisiologicamente após a raiz está formada e
o ápice ter alcançado o estágio final de desenvolvimento.

5) Dentina terciária – é formada em resposta a estímulos externos. A taxa de


deposição é proporcional ao grau da agressão.
- Pode ser dividida em REACIONAL ou REPARADORA
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
REACIONAL – é formada por odontoblastos que sobrevivem à injúria e exibem
túbulos que são contínuos aos túbulos da dentina sencundária.

REPARADORA – é formada por células recém diferenciadas semelhantes aos


odontoblastos, que se originam a partir de células-tronco mesenquimais da polpa,
que substituem os odontoblastos originais destruídos pelo estímulo. Na dentina
REPARADORA, os túbulos não são contínuos aos túbulos da dentina secundária.
DENTINA
TIPOS DE DENTINA
DENTINA ESCLEROSADA – é caracterizada
pela obliteração total ou parcial dos túbulos
dentinários e pode resultar tanto do aumento
da produção de dentina intratubular como da
deposição de hidroxiapatita e de cristas de
whitlockite na luz tubular.

Dentina terciária e esclerosada são importantes


mecanismos de defesa do complexo dentino-
pulpar
DENTINA
TÚBULOS DENTINÁRIOS
- Se estendem por toda espessura da dentina e apresentam conformação cônica;
- Com diâmetro maior voltado para polpa;
- Densidade tubular também é maior próximo à polpa;
DENTINA
TÚBULOS DENTINÁRIOS
- A estrutura tubular garante à dentina sua propriedades importantes:
permeabilidade e sensibilidade.

- PERMEABILIDADE – por causa da permeabilidade, qualquer substância aplicada à


dentina tem o potencial de atingir e afetar a polpa.
DENTINA
TÚBULOS DENTINÁRIOS

- SENSIBILIDADE – os mecanismos de sensibilidade podem ser explicados através da teoria


hidrodinâmica. Esta teoria considera que estímulos externos atuam na dentina, induzindo
movimento abrupto do fluido dentinário no interior dos túbulos, seja em direção à polpa ou à
periferia. Esse rápido deslocamento do fluido dentinário provocam dor como:
- Os estímulos térmicos (calor e frio)
- Mecânicos (mastigação e sondagem)
- Osmóticos (doces)
- Evaporativos (jatos de ar)
Provocam deslocamento de odontoblastos e a deformação mecânica direta das terminações nervosas
sensoriais de baixo limiar (fibras delta A) que se encontram em contato próximo com odontoblastos nos
túbulos ou na camada odontoblástica adjacente.
DENTINA
TÚBULOS DENTINÁRIOS
POLPA DENTAL
•A polpa pode ser
anatomicamente dividida em :
• CORONÁRIA
• RADICULAR
POLPA
FUNÇÕES
1) FORMATIVA
2) SENSITIVA
3) NUTRITIVA
4) DEFENSIVA
POLPA
ANATOMIA
POLPA
COMPOSIÇÃO
É um tecido conjuntivo frouxo, constituído de células, matriz
extracelular, vasos sanguíneos e nervos.

Odontoblastos – são organizados em uma única camada de


células (camada odontoblástica) no limite entre a dentina e a polpa.
Fibroblastos – é responsável pela produção e manutenção de
colágeno.
Células-tronco mesenquimais – tem a capacidade de se
diferenciar em células semelhantes a odontoblastos em resposta à
injúria.
POLPA
COMPOSIÇÃO
É um tecido conjuntivo frouxo, constituído de células, matriz extracelular, vasos
sanguíneos e nervos.

É produzida principalmente por fibroblastos e consiste em proteínas


colagenosas e não colagenosas.
POLPA
HISTOLOGIA
Histologicamente, zonas distintas são perceptíveis na polpa sadia:
Camada odontoblástica
Zona rica em células - Possui alta densidade celular, incluindo fibroblastos,
células-tronco mesenquimais e células imunes. É mais proeminente na polpa
coronária.
Zona pobre em células (Zona de Weil) – Contém capilares sanguíneos, uma
rica rede de fibras nervosas (plexo de Rashkow) e processos fibroblásticos.
Polpa propriamente dita – que é a zona central da polpa e contém os
maiores vasos sanguíneos e nervos, junto a fibroblastos e outras células.
POLPA
POLPA
INERVAÇÃO
Aproximadamente 1.000 a 2.000 nervos penetram em um único dente – 80% são
amielinizadas e 20% são mielinizadas.

A inervação sensorial da polpa é representada por 3 tipos de fibras nervosas:


A-beta são mielinizadas com rápida velocidade de condução
A-delta são mielinizadas, com rápida velocidade de condução e baixo limiar
de excitabilidade.
C são amielínicas, com velocidade de condução lenta e alto limiar de
excitabilidade. Caracteriza por ser dor lenta, excruciante, e algumas vezes difusa.
REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
A cárie é a causa mais comum de agressão ao complexo dentino-pulpar.

Uma vez que a dentina é exposta, os túbulos dentinários podem atuar como
canais de difusão de produtos bacterianos até a polpa.

A dentina e a polpa respondem à agressão através de 3 mecanismos:


Redução da permeabilidade dentinária;
Formação de dentina terciária;
Resposta imune
REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
Redução da permeabilidade dentinária
A polpa pode fazer com que a dentina exposta se torne ainda menos permeável,
por meio do aumento do fluxo de fluidos para o exterior, da indução do
revestimento dos túbulos com proteínas plasmáticas e da deposição de dentina
esclerosada
REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
Formação de dentina terciária
Este mecanismo pode ser encarado como uma forma da polpa recuar em
resposta ao avanço de uma lesão cariosa na dentina, retardando a exposição.

Pode ser REACIONAL ou REPARADORA


REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
Formação de dentina terciária
Pode ser REACIONAL ou REPARADORA

REACIONAL – é formada abaixo de lesão de cárie superficial ou de progressão lenta.


*** Lesões cariosas mais avançadas e agressivas podem provocar a morte dos odontoblastos. Os
túbulos desprovidos dos odontoblastos são chamados de tratos mortos.
REPARADORA – a polpa reage por meio de dentina reparadora na área adjacente à
dentina afetada selando assim a porção pulpar dos tratos mortos, que são altamente permeáveis.
*** Dentina reacional é produzida por odontoblastos primários e sobreviventes, a dentina
reparadora é produzida por células semelhantes, recém-formadas pelas células-tronco
mesenquimais.
REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
Resposta Imune – Inflamação inicial
Produtos bacterianos se diluem no fluido dentinário e percorrem toda extensão tubular
até atingir a polpa e induzir uma resposta inflamatória.

Os odontoblastos desempenham um papel importante na resposta inicial. Por estarem


na periferia, são as primeiras a entrarem em contato com produtos bacterianos. Eles
reconhecem esses produtos e liberam moléculas pró-inflamatórias

A extensão da inflamação pulpar depende da profundidade, da virulência e da duração


do processo de doença e do grau em que a permeabilidade dentinária foi reduzida.
REAÇÃO DO COMPLEXO À CÁRIE
Resposta Imune – Inflamação inicial
As bactérias podem alcançar a polpa através de túbulos, mesmo antes de uma
real exposição pulpar, mas não se espera que um dano irreversível ao tecido
pulpar seja causado.

É concebível que a polpa vital possa eliminar bactérias e remover ou inativar


produtos bacterianos que chegam através dos túbulos.
MEDICAÇÃO INTRACANAL
OBJETIVO
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
PROTOCOLOS
OBJETIVO

Otimizar a Atuar como


desinfecção barreira físico-
endodôntica, química contra a
eliminando infecção ou
microrganismos que reinfecção por
sobreviveram ao microrganismos
preparo químico-
da saliva
mecânico
OBJETIVO

Reduzir a
inflamação Controlar a
perirradicular e a exsudação
consequente persistente
sintomatologia
OBJETIVO

Solubilizar a matéria
Inativar produtos
orgânica,
microbianos
melhorando a
limpeza
OBJETIVO

Feita duas trocas de


curativo com H.C

Estimular a
Controlar a reparação por tecido
reabsorção mineralizado
dentária
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA

DERIVADOS PARAMONOCLOROFENOL
FENÓLICOS

FORMALDEÍDO (USADO EM
ALDEÍDOS COMBINAÇÃO COM O CRESOL)

HALÓGENOS IODOFÓRMIO
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA

BASES OU HIDRÓXIDO DE CÁLCIO


HIDRÓXIDOS

HIDROCORTISONA,
CORTICOSTERÓI PREDNISOLONA,
DES DEXAMETASONA

SULFATO DE POLIMIXINA B,
ANTIBIÓTICOS SULFATO DE NEOMICINA
PROTOCOLOS

BIOPULPECTOMIA
CANAL INSTRUMENTADO
CANAL NÃO INSTRUMENTADO
ULTRACALL
CALLEN OTOSPORIN
MAXITROL
PROTOCOLOS
NECROPULPECTOMIA
CANAL INSTRUMENTADO

CANAL NÃO INSTRUMENTADO


ULTRACALL COM PMCC
CALLEN COM PMCC CLOREXIDINA GEL 2%
DIAGNÓSTICO PULPAR
E PERIRRADICULAR
PORQUE A POLPA INFLAMA?
QUÍMICO
FÍSICO
BIOLÓGICO
EXAMES
ANAMNESE SINAIS SINTOMAS COMPLEMENTAR
ES
• Está em tratamento médico?
• Já passou por algum tratamento médico importante?
• Possui alguma comorbidade?
• Fibromialgia?
• Faz uso de alguma medicação controlada?
• Já teve COVID?
• Possui alergias?
• Sinusite?
• Questionamento sobre tratamentos odontológicos anteriores, tratamentos
ortodônticos e periodontais, bem como histórico de traumatismos;

• Deve-se levar em consideração as características da dor, se esta


é espontânea ou provocada, assim como a duração, se
é curta ou prolongada.

• Ttrata-se de uma dor irradiada, difusa, reflexa (mal localizada, o


paciente tem dúvidas?) ou localizada?

O paciente consegue indicar o dente responsável pela dor?


EXAME
RADIOGRÁFICO

TESTES
PULPARES
TESTES
PERIRRADICULARES
PULPITE
REVERSÍVEL
PULPITE
IRREVERSÍVEL
NECROSE PULPAR
PERIODONTITE
APICAL
ABSCESSO
PERIRRADICULAR
BIBLIOGRAFIA

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