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2 UFPE
DENTINA
● Tecido conjuntivo mineralizado, recoberto pelo esmalte e aloja a polpa.
● Avascular e acelular (não apresenta células em seu interior, apresenta prolongamentos de células
da polpa).
● Dureza um pouco maior que a do osso (70% mineral, 18% material orgânico e 2% de água).
● Propriedade “elástica” (tem capacidade maior de absorver impacto do que o esmalte).
● Cor: a baixa translucidez, aliada a alta saturação cromática, faz da dentina a principal responsável
pela cor dos dentes naturais. Essa cor varia de acordo com a espessura da dentina: grande
espessura na região cervical - mais amarelada e uma gradual diminuição dessa espessura em
direção à incisal - menos amarelada.
Dentinogênse
● Formação centrípeta (produzida do centro para fora), portanto, a dentina mais jovem sempre estará
mais perto do odontoblasto e a primeira dentina a ser formada vai estar mais afastada, perto do
esmalte.
● Lembrando: os pré-odontoblastos produzem a dentina do manto e os odontoblastos produzem a
dentina circumpulpar.
● A dentinogênese passa por 3 FASES:
1. Diferenciação dos odontoblastos; 2. Deposição da matriz orgânica e 3. Mineralização.
**A dentina recém produzida pelo odontoblasto ainda não foi mineralizada → essa dentina é chamada de
pré-dentina! Na lâmina, aparece como um rosa bem clarinho próximo ao odontoblasto.
Tipos de dentina
1. Primária: dividida em dentina do manto (produzida pelos
pré-odontoblastos) e dentina circumpulpar (produzida pelos
odontoblastos).
2. Secundária
3. Terciária.
3ª fase: mineralização
● A mineralização da dentina do manto é diferente da
circumpulpar. Na do MANTO, toda matéria orgânica será
produzida e existirão várias vesículas de calcificação, com
cristais de hidroxiapatita no interior, que vão se romper e se
depositar ali, mineralizando a matriz orgânica do manto.
● Entre as vesículas de calcificação, vai haver um espaço entre
elas - áreas de hipomineralização - que aparecem na lâmina
como espaços enegrecidos. Essa dentina entre as vesículas é
chamada de DENTINA INTERGLOBULAR (menos
mineralizadas).
● Já na dentina CIRCUMPULPAR, isso não existe, ela é mais mineralizada, à medida que a matriz
orgânica é produzida, ela vai atraindo os cristais de hidroxiapatita que vão se depositando mais
uniformemente.
DENTINA PRIMÁRIA
Dentina do manto
● Produzidas por pré odontoblastos – odontoblastos imaturos;
● 10 - 30µm
● Fibrilas grossas (100nm) perpendiculares à lâmina basal
● Estabelece a junção amelodentinária
Dentina circumpulpar
● Começa quando os odontoblastos alcançam a completa diferenciação.
● Produz fibras mais finas (50nm)
● Fibras em torno do longo eixo do túbulo dentinário.
Túbulos dentinários
● O odontoblasto fica na polpa e emite um prolongamento pra dentro
da dentina e esse prolongamento fica dentro do túbulo dentinário.
● São ramificados próximo ao limite amelodentinário e mais
numerosos e mais grossos próximo à polpa (para pegar suprimento
da polpa, já que a dentina não tem vasos sanguíneos). Não são tão
grossos próximo ao esmalte porque é no esmalte onde ocorrem as
agressões.
→ Prolongamento do odontoblasto,
espaço periodontoblástico e bainha de
neuman.
DENTINA SECUNDÁRIA
● Formada após o fechamento da raiz e produzida ao longo da vida, em volta da parede pulpar.
● Produzida pelos odontoblastos.
● Continuação da dentina primária – deposição lenta.
● Apresenta algumas áreas sem túbulos.
● Não precisa de um processo patológico para acontecer.
● É por conta dessa dentina que uma pessoa mais velha tem uma sensibilidade menor do que uma
pessoa jovem, porque a cavidade pulpar dela vai estar mais reduzida (“preenchida” por dentina
secundária).
DENTINA TERCIÁRIA
OBS.: um estudo observou que os odontoblastos produzem 2 vezes mais colágeno durante o dia do que a
noite.
Linhas de Owen: distúrbios ou alterações metabólicas na fase da dentinogênese, que podem interferir na
espessura da linha.
Tratos mortos
● Processo odontoblásticos mortos por algum estímulo → são túbulos dentinários vazios.
● Refração ao microscópio ótico – se apresenta com uma cor escura.
● Prolongamentos dos odontoblastos formam alças na camada mais externa da dentina radicular, os
espaços entre essas alças formam a camada granulosa de Tomes.
● Refração da luz do MO – se apresenta como pontos escuros na interface dentina-cemento.
POLPA DENTÁRIA
Inervação pulpar
● Fibras sensitivas do nervo trigêmio e ramos simpáticos do gânglio cervical superior penetram
através do forame apical.
● Plexo de Raschkow – ramificação dos nervos na camada subodontoblástica
● Alguns axônios avançam além da camada subodontoblástica, sem o revestimento da célula de
Schwann e: 1. Alcançam a pré dentina ou 2. Penetram na porção inicial do túbulo.
SENSIBILIDADE DENTINO-PULPAR: ao se remover uma cárie na dentina, tecido avascular e
acelular, por quê provoca-se dor? Há teorias que explicam sensibilidade dolorosa dentinária:
→ Teoria da estimulação direta: considera que o estímulo da dentina chegue diretamente aos axônios
que penetram a porção inicial do túbulo. Contestações: nem todo túbulo contém axônio e os axônios se
localizam apenas na porção inicial.
→ Teoria Hidrodinâmica: baseia-se no fato dos túbulos conterem um fluido dentinário. O estímulo na
dentina provocaria a movimentação hidrodinâmica que gera uma mudança de pressão intratubular e acaba
por estimular as fibras nervosas da porção inicial dos túbulos e do plexo de Raschkow. Teoria mais aceita.
→ Fases da amelogênese: fase morfogenética, fase de diferenciação, fase de síntese, fase de maturação e
fase de proteção.
1- FASE MORFOGENÉTICA
2 - FASE DE DIFERENCIAÇÃO
3 - FASE DE SÍNTESE
● Os cristais são dispostos de forma repetida formando estruturas que chamamos de prismas ou
bastões do esmalte. O prisma então tem vários cristais e é a unidade morfológica do esmalte.
● Entre um prisma e outro, fica um espaço que chamamos de esmalte interprismático ou bainha
do prisma e que é uma região muito desmineralizada. Isso é importante porque essa região é mais
suscetível a cáries.
4 - FASE DE MATURAÇÃO
● Fase pré eruptiva: tem função de destruir material orgânico e aumentar/acrescentar cristais →
mineraliza mais o esmalte.
● Fase pós eruptiva: não tem mais ameloblastos. A nossa saliva será responsável por terminar de
maturar o esmalte depois de erupcionar.
5 - FASE DE PROTEÇÃO
Estrias de Retzius
● Faixas que se estendem do limite amelocementário até a superfície do esmalte.
● São linhas incrementais, perpendiculares ao sentido dos cristais.