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CURSO DE LICENCIATURA EM TERAPIA OCUPACIONAL

2022-2023

ANATOMIA PALPATÓRIA

Membro Inferior
CURSO DE LICENCIATURA EM TERAPIA OCUPACIONAL

2022-2023

ANATOMIA PALPATÓRIA

Membro Inferior

Sebenta elaborada:

Fernanda Pinto Basto


Textos de Isabel Ferreira, Professor Adjunto do Departamento de Terapia Ocupacional ESSA
Alunos ESSA, 1ª Ano 2020-2021 (Fotografias)

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Anatomia Clínica...............................................................................................................4

Membro Inferior...............................................................................................................5

Imagens..............................................................................................................................6

Osteologia......................................................................................................................... 8

Artrologia ....................................................................................................................... 17

Miologia.......................................................................................................................... 19

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Anatomia Clínica

Definição
Utilização do tato para investigar e obter informações ou para completar as informações
já obtidas por outros meios.
A palpação é um exame minucioso que permite ao terapeuta retirar informações de
estruturas que se encontram por baixo da pele e fáscia.

Objetivos
Avaliar a simetria da posição das estruturas;
Perceber a existência de alterações na textura e elasticidade dos tecidos;
Perceber a existência de alterações nos contornos ósseos e musculares;
Perceber a temperatura, humidade, dor, crepitação e edema.

Princípios da Palpação
Paciente e terapeuta devem estar relaxados;
Comunicar ao paciente o que irá ser feito e referir qual a região a ser investigada;
Requer delicadeza e diplomacia, cuidado, precisão e suavidade;
O movimento das mãos é necessário para que as estruturas passem sob os dedos de
maneira controlada;
A velocidade dos movimentos e a profundidade devem ser ajustadas de modo a que se
retire o máximo de informações;
É necessário um conhecimento prévio de anatomia;
Observar a face do paciente e ouvir os seus comentários;
Utilizar o olho dominante ao comparar simetria de estruturas.

Cuidados a ter com as mãos


Para garantir destreza boa mobilidade, sensibilidade e destreza
Lavar e secar as mãos;
Evitar o uso de cremes;
Unhas cortadas e limpas

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Membro Inferior

Osteologia

Artrologia

Miologia

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Osteologia
Osteologia® Cintura Pélvica

Osso Coxal- Osteologia

1- Cristas Ilíacas

Paciente - de Pé ou em Decúbito Dorsal, porém se preferir também pode ser sentado.


Terapeuta - de pé ou sentado de frente para o paciente coloca as mãos na bacia do
paciente, próximo à linha horizontal imaginária que corresponde à cicatriz
umbilical. As suas mãos sentirão resistência óssea que corresponde às cristas
ilíacas. Pode também apoiar as mãos na linha de cintura do paciente e deslizá-
las no sentido caudal até que sinta as cristas ilíacas.

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2- Espinha Ilíaca Antero Superior
(EIAS)
Paciente - de pé ou em decúbito dorsal.
Terapeuta - de pé ou sentado de frente para o paciente, o terapeuta vai seguir as cristas
ilíacas no sentido póstero - anterior até alcançar as ElAS (sente-se uma
estrutura angular sob os dedos).

3- Espinha Ilíaca Postero Superior


(EIPS)
Paciente - de pé, de costas para o terapeuta ou em decúbito ventral
Terapeuta - de pé ou sentado de frente para o paciente, vai seguir as cristas ilíacas no
sentido antero-posterior até sentir as EIPS (sente-se como proeminências que
se destacam póstero-superiormente, próximas às "covinhas" bilaterais do
sacro, bem próximas às articulações sacro- ilíacas).

4- Espinha Ilíaca Postero Inferior


(EIPI)
Paciente - de pé, de costas para o terapeuta ou em decúbito ventral
Terapeuta - de pé ou sentado de frente para o paciente, palpam-se as EIPI,
aproximadamente 2 dedos transversos abaixo das EIPS.

Observação:

A medição comparando a altura das ElAS e EIPI, com o paciente de pé, pode ser utilizada
como parâmetro clínico para determinação de ilíaco anteriorizado ou posteriorizado; nos
homens aceita-se a normalidade com a ElAS e EIPI na mesma altura ou a EIPI com 1
dedo abaixo da ElAS, o que significa que nos homens ele pode-se apresentar ligeiramente
posterior.
Já nas mulheres a ElAS deve estar na mesma linha horizontal paralela ao chão com a EIPI
ou 1 dedo acima desta, o que significa que nas mulheres ele pode-se apresentar
ligeiramente anterior. É importante que se faça essa medida bilateralmente.

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5- Tubérculo Isquiático

Paciente - em pé, em decúbito lateral ou decúbito dorsal


Terapeuta - de pé de frente para o paciente. Se o paciente estiver em DL, o terapeuta
pode colocar a coxa do paciente em flexão e seguindo uma linha média vertical
que cruza a região glútea onde palpará o tubérculo isquiático inferiormente. Se
o paciente estiver em Decúbito Ventral a palpação dá-se num ponto médio do
sinal cutâneo do sulco glúteo (este sulco é horizontal).

6- Tubérculo Púbico

Paciente - em decúbito dorsal


Terapeuta - em pé de frente para o paciente, o terapeuta seguirá uma linha imaginária
horizontal vinda dos trocânteres maiores do fémur na direção medial até que
palpa o tubérculo púbico. Nos homens essa palpação deve ser cautelosa, pois
está em direção à região do cordão espermático. Trata-se de uma região
sensível.

Sacro- Osteologia
Paciente - em DV com colchão (almofada) sob a bacia.
Terapeuta - em pé ao lado do paciente. A crista sagrada medial situa-se no eixo da prega
interglútea, no prolongamento dos processos espinhosos lombares. A mão
sensitiva estará disposta longitudinalmente ao longo da convexidade do sacro.

Cóccix- Osteologia
Paciente - em DV com colchão (almofada) sob a bacia.
Terapeuta - em pé ao lado do paciente. O terapeuta palpará a região sacrococcígea, que
se situa no início da prega interglútea, e nessa região tentará sentir uma
depressão com sentido transverso, que representa a articulação

sacrococcígea.

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Fémur- Osteologia

Trocânter Maior

Paciente - em DD.
Terapeuta - de pé de frente para o paciente, palpará o trocânter maior na região lateral
superior da coxa. Eles constituem os pontos de referência tátil óssea mais laterais
na região proximal da coxa.

Joelho-Osteologia
Extremidade Inferior do Fémur, Extremidade Superior da Tíbia, Fíbula, Patela

1- Extremidade Inferior do Fémur-Osteologia

(Epi)côndilo Lateral

Paciente - em DD com o joelho fletido e pé apoiado na marquesa.


Terapeuta - em pé, de frente para o paciente. A estrutura é diretamente acessível à
palpação; é a saliência óssea mais proeminente na região distal e lateral do
fémur.
NOTA: A sua porção posterior apresenta uma depressão que é o local de inserção do
ligamento colateral fibular ou lateral.

(Epi)côndilo Medial

Paciente - em DD com o joelho fletido e pé apoiado na marquesa.


Terapeuta - em pé, de frente para o paciente. É a estrutura mais proeminente medial do
fémur. Daí, do ápice do côndilo medial do fémur parte o ligamento colateral
tibial ou medial
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2- Extremidade Superior da Tíbia- Osteologia

Tuberosidade Anterior da Tíbia

Paciente - em DD com o joelho fletido ou estendido. É uma estrutura diretamente


acessível à palpação na região anterior proximal da perna, abaixo da patela com
superfície triangular e ápice distal. A tuberosidade da tíbia separa na frente o
côndilo lateral e medial da tíbia, é a inserção do tendão patelar.

Obs.: Alguns autores denominam o tendão patelar como ligamento patela.

Tubérculo de Gerdy

Posição igual à anterior. É a saliência óssea mais proeminente do côndilo lateral da tíbia.
Com o joelho fletido, ele é palpado lateralmente à tuberosidade da tíbia e está situado à
frente e acima da cabeça da fíbula. Local de inserção do tracto ílio- tibial.

Fíbula- Osteologia
Cabeça da Fíbula

Paciente - em DD com o joelho fletido a 90°, coxa em posição neutra.


Terapeuta - de frente para o paciente, uma das mãos segura o pé do paciente na sua
região lateral. Imprime-se uma rotação medial da coxa e a palpação faz-se
atrás e abaixo do tubérculo de Gerdy. Esta manobra permite que a estrutura
pesquisada se desloque para trás e para fora.

Nota: O nervo fibular comum contorna essa estrutura posteriormente antes de atingir a
perna (importante para a marcha).

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Patela- Osteologia

Paciente - em DD com o joelho em extensão e o quadricípite relaxado.


Terapeuta - de frente para o paciente. Osso triangular em ápice distal e base proximal
localizado anteriormente no joelho. Apresenta 2 margens (medial e lateral).
Durante a palpação aproveita-se para verificar a mobilidade da patela.

Perna- Osteologia
Tíbia e Fibula

Tíbia (margem anterior)

Paciente - DD com o joelho fletido, pé apoiado na mesa


Estrutura diretamente palpável, no plano subcutâneo; a margem anterior é

totalmente acessível.

Fíbula (face lateral da fíbula)

Paciente- DD com o joelho fletido, pé apoiado na mesa, essa face é acessível diretamente
na sua porção distal

Tibiotársica e Pé- Osteologia


Tíbia, Fíbula, Tálus, Navicular, Cuboide, Cuneiformes, Metatarsos, Calcâneo,
Pododáctilos

Considerações: A perna, a tibiotársica e o pé têm como objetivo impulsionar o corpo. O


formato das articulações, a orientação dos seus eixos, os ligamentos de apoio e os subtis
movimentos acessórios ao nível das superfícies articulares são determinantes no

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comportamento biomecânico. Uma função biomecânica eficiente depende da sua
capacidade de agir como um adaptador, absorvedor de choque, conversor de rotação e
braço rígido durante o ciclo da marcha.

1- Tíbia

Maléolo Medial

Paciente - em DD com joelho em extensão, é um processo proeminente sobre a porção


distal da tíbia, medial no tornozelo. Apresenta uma margem anterior, uma
extremidade inferior e uma margem posterior.

Margem anterior: muito espesso, serve como ponto de fixação para a camada superficial
do ligamento colateral medial do tornozelo.
Extremidade inferior: onde se inserem as camadas superficial e profunda do ligamento
colateral medial.
Margem posterior:
é trespassado por um sulco oblíquo de cima para baixo e de fora para
dentro. Esse sulco é acessível à palpação, se os tendões aí localizados
se mantiverem relaxados; a do músculo tibial posterior que é mais
anterior e a do músculo flexor longo dos dedos que é mais posterior.

2- Fíbula

Maléolo Lateral

Paciente - em DD com o joelho em extensão. É encontrado distalmente na fíbula e


também é proeminente. É mais distal e posterior do que o maléolo medial.
Margem anterior: na sua parte mais proximal fornece fixação ao ligamento tíbio-fibular
anterior, na parte mais distal fornece fixação ao ligamento talo-fibular anterior
e ao ligamento calcâneo fibular.
Obs.: esses dois últimos ligamentos são respetivamente os feixes anterior e médio do
ligamento colateral lateral da tibiotársica.

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Ápice ou extremidade inferior: tem a particularidade de apresentar, logo antes do seu
ponto mais saliente, uma incisura onde se implanta parcialmente o feixe médio
(ligamento calcâneo-fibular) do ligamento colateral lateral da tibiotársica. Por
essa razão, ele é um ponto de referência importante para localizar as inserções
fibulares desse ligamento.
Margem posterior: esse bordo fornece a fixação ao ligamento tíbio-fibular posterior do
ligamento colateral lateral da tibiotársica.

3- Tálus, Navicular, Cubóide, Cuneiformes, Metatarsos, Calcâneo, Pododáctilos

Face Medial do Pé

Paciente - DD com o joelho fletido e a coxa abduzida a fim de permitir que a área a ser
palpada esteja acessível. Serão palpados: tálus, navicular, cuneiforme, metatarso
e pododáctilo.

Face Lateral do pé

Paciente - DD com joelho em extensão e pé apoiado na marquesa. Serão palpados:


calcâneo, cubóide, metatarso e pododáctilos.

Face Posterior do pé

Paciente - DV com o joelho fletido. Podemos visualizar e palpar sem dificuldade a face
posterior do calcâneo, e nas suas faces lateral e medial respetivamente um dedo
abaixo do maléolo lateral encontramos a tróclea fibular do calcâneo e um dedo
abaixo do maléolo medial o sustentáculo do tálus.

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Face Plantar do pé _cabeça dos 5 metatarsianos

Paciente - em DV com o joelho fletido.


Terapeuta - com uma das mãos, apoia a perna e realiza uma extensão passiva dos
metatarsos. A palpação faz-se na planta do pé, distalmente e observa-se a
caraterística das cabeças dos metatarsos que são convexas. Também se podem
palpar na face dorsal; é só realizar flexão passiva dos metatarsos.

Artrologia
1- Articulação Sacroilíaca

Paciente - de pé de costas para o terapeuta ou em DV.


Terapeuta - de pé de frente para o paciente, irá seguir as cristas ilíacas no sentido
anteroposterior e os seus dedos "cairão" em depressões que correspondem à
região ocupada pelas articulações sacroilíacas. Algumas pessoas apresentam
2 "covinhas" que podem ser percebidas visualmente.

2- Ligamento Sacroilíaco Dorsal

Paciente - de pé de costas para o terapeuta ou em DV.


Terapeuta - de pé de frente para o paciente, irá seguir as cristas ilíacas no sentido
anteroposterior e os seus dedos "cairão" em depressões que correspondem à
região ocupada pelas articulações sacroilíacas. Os dedos sensitivos realizarão
movimentos transversais procurando sentir a tensão desse ligamento.

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3- Ligamento Iliolombar

Paciente - em DV.
Terapeuta - de pé de frente para o paciente, segue da crista ilíaca em direção às vértebras
lombares L4 e L5, numa direção oblíqua. Para palpa-lo o terapeuta realiza movimentos
transversos a ele. Esse ligamento tem envolvimento nas escolioses lombares;
manualmente pode-se realizar uma pressão de medial para lateral para diminuir a sua
tensão.

4- Ligamento Inguinal

Paciente - em DD.
Terapeuta - de pé em frente ao paciente palpa em linha reta o ligamento que se estende
da EIAS até o tubérculo púbico.

Artrologia do Joelho

Ligamento Colateral Fibular (lateral)

Paciente - DD com a coxa fletida e o joelho fletido (fazer número 4 com as pernas). Para
a localização ideal é preferível tensioná-lo em varo com a posição indicada anteriormente
(já que provoca stress em varo). A palpação faz-se entre o epicôndilo lateral do fémur e
a cabeça da fíbula.

Ligamento Colateral Tibial (medial)

Paciente - em DD com o joelho fletido a 90°, calcanhar apoiado na marquesa.


Terapeuta - com uma das mãos segura a margem medial do pé de modo a que possa
levar a perna em rotação lateral. Com a outra mão apoiada na face lateral do
joelho, empurra-o para o interior de modo que entreabra a interlinha articular

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medial, o que leva à tensão do ligamento (já que provoca stress em valgo). A palpação
ocorre entre o côndilo medial do fémur no seu ápice e a porção superior proximal da tíbia.

Tendão ou Ligamento Patelar

Paciente - em DD com o joelho fletido ou estendido. O tendão pode ser palpado abaixo
da patela. Pode-se fazer uma pega em pinça com o polegar e o indicador.

Retináculo da Patela

Paciente - em DD com o joelho estendido e o quadricípite relaxado. Empurra-se a patela


no sentido lateral. Essa manobra tende a levar a estrutura para um plano cada vez mais
sagital. Ela é um reforço capsular percebido sob os dedos como uma faixa fibrosa, muito
importante nas condropatias, faz tração de medial para lateral e de cima para baixo.

Menisco Medial

Paciente - sentado com a perna pendente.


Terapeuta - de frente para o paciente, com uma das mãos segura o pé do paciente. O
terapeuta palpa a interlinha articular e faz uma rotação medial para abordar a
estrutura pesquisada com o joelho a 90°.

Menisco Lateral

Paciente - sentado com o pé apoiado na perna do terapeuta que está de frente para o
paciente. O joelho deve estar ligeiramente fletido e ser estendido gradualmente. Quando
estiver quase estendido poderá perceber-se à palpação na interlinha articular lateral, na
sua margem anterior.

Obs.: Alguns autores não consideram esse menisco palpável, praticamente impercetível,
sendo preferível os testes de avaliação.

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Artrologia da Tíbio- Társica

Articulação Talo Crural

Paciente - em DD, com joelho fletido, pé apoiado em posição neutra.

Margem Lateral

Terapeuta - uma das mãos e utilizando o indicador que é colocado sobre o bordo
anterior da extremidade inferior do corpo da fíbula; a outra mão sob a face plantar do
pé, colocá-lo em ligeira flexão plantar para que o bordo lateral da tróclea, do tálos fique
evidente.

Margem Medial

Paciente - em DD, pé apoiado na mesa.


Terapeuta - o dedo indicador de uma das mãos é posicionado sobre o bordo anterior do
maléolo medial, na sua junção com o bordo anterior da extremidade inferior do
corpo da tíbia, estando o pé em posição neutra. A seguir basta levar o pé para uma
ligeira flexão plantar e adicionar uma eversão. A articulação em questão é percebida
como uma superfície lisa sob o dedo.

Ligamentos

Já vistos no momento da inspeção dos maléolos, colateral medial e colateral lateral

Miologia da Cintura Pélvica e Coxa


1- Trígono Femoral

Apresenta forma triangular, com ápice inferior, e é delimitada:


Base: constituída pelo ligamento inguinal que se estende da ElAS ao tubérculo púbico
Limite Lateral: constituído pelo --- músculo sartório.

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Limite Medial: constituído pelo músculo adutor longo
Assoalho: constituído lateralmente pelo músculo psoas ilíaco distal e reto femoral e
medialmente pelo músculo pectíneo.

Paciente - em DD com a coxa fletida e abduzida e joelho fletido.


Terapeuta - de pé de frente para o paciente, segurando o membro a ser palpado, exerce
uma resistência sobre a face antero-medial da coxa (adução e flexão da coxa), para que
sobressaia a estrutura do trígono femoral. A partir daí é necessário solicitar a ação isolada
de cada músculo com o objetivo de identificá-los e palpá-los.
Obs: Lateralmente ao músculo sartório, a massa muscular pertence ao Músculo Tensor
da Fáscia Lata, essa massa localiza-se entre a ElAS e o trocânter maior.

2- Músculo Psoas Ilíaco

Paciente - em DD, membros inferiores em extensão apoiados na marquesa.


Terapeuta - de pé, de frente para o paciente toma como referência a cicatriz umbilical e
a ElAS. Entre esses dois pontos temos uma diagonal imaginária; no seu 1/3 lateral, mais
próximo ao ilíaco pode-se palpar o psoas ilíaco (massa muscular). Para nos certificarmos
que a palpação está correta, pode-se solicitar uma flexão da coxa; isso faz com que haja
aumento do tónus muscular, o que é percebido pelo dedo sensitivo.

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3- Músculo Reto Abdominal

Paciente - em DD com os membros fletidos, pés apoiados na marquesa.


Terapeuta - de pé de frente para o paciente; apoia a região proximal da mão (escafóide
e pisiforme) sobre os tubérculos púbicos, com os dedos dirigidos para a cicatriz umbilical.
Solicitar a flexão do tronco ou a flexão da cabeça, afastando-a da marquesa para
podermos perceber o aumento do tónus muscular.

4- Músculo Quadrado Lombar

Paciente - em DL
Terapeuta - de pé ao lado do paciente; a palpação dá-se desde a crista ilíaca,
posteriormente, até ao décimo segundo arco costal, cerca de dois ou três dedos à frente
da musculatura extensora (paravertebrais lombares). Ele fixa a posição do ilíaco, faz
flexão lateral do tronco.

5- Músculo Transverso do Abdómem

Paciente - em DD
Terapeuta - em pé ao lado do paciente, com a mão sensitiva na região infra-umbilical,
solicita ao paciente que aumente a sua pressão intra abdominal. (semelhante à Manobra
de Valsalva).

6- Músculo Glúteo Máximo

Paciente - em DV
Terapeuta - de pé ao lado do paciente, o terapeuta solicita uma extensão de coxa,
preferencialmente com o joelho fletido. Observa-se o aumento do tónus na região glútea.
O músculo glúteo máximo é o mais superficial e volumoso da região, de fácil acesso
palpatório.

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7- Músculo Piriforme

Paciente - em DV ou DL com a coxa fletida


Terapeuta - em pé ao lado do paciente, a palpação faz-se entre o bordo lateral do sacro
superiormente e o trocânter maior posteriormente.

8- Músculos Isquiotibiais

Paciente - em DV.
Terapeuta - em pé de frente para o paciente, pede uma extensão de coxa com o joelho
também em extensão e a palpação sobre o tubérculo isquiático revela um aumento do
tónus nas estruturas que ali se inserem.

9- Músculo do assoalhado Pélvico ou Períneo

Paciente - em DD com os membros fletidos e pés apoiados na marquesa, ligeiramente


afastados.
Terapeuta - de pé e de frente para o paciente, a palpação faz-se entre os tubérculos
púbicos, superiormente, e os tubérculos isquiáticos, inferiormente. A musculatura do
assoalho pélvico encontra-se delimitada por essas estruturas.

Miologia do Joelho
Músculo Vasto Lateral

Paciente - em DD com o joelho estendido e a perna apoiada sobre a marquesa.


Terapeuta - em pé, de frente para o paciente com uma das mãos apoiada entre a região
popliteia e a marquesa. O terapeuta pede para o paciente pressionar a mão interposta entre
a fossa popliteia e o plano da marquesa. O músculo vasto lateral aparece na região
anterolateral da coxa.

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Músculo Vasto Medial

Idem à posição e palpação anterior, só que se percebe um aumento da massa na região


antero medial da coxa mais distal que o anterior.

Músculo Reto Fémural

Paciente - em DD com a coxa em ligeira flexão e o joelho em semiflexão.


Terapeuta - uma das mãos do terapeuta é posicionada sobre o calcanhar do membro
inferior em questão; solicita-se que o paciente realize a ação isométrica do quadricipete.
Na maioria das pessoas, o reto femural, aparece na região média da coxa entre o vasto
medial e o lateral.

Tendões dos Músculos da Pata de Ganso

Paciente - em DD com o joelho levemente fletido.


Terapeuta - localizar previamente a extremidade superior da margem medial da tíbia (na
inserção deles, no côndilo medial da tíbia mais posteriormente).
Obs.: alguns autores dizem que a ordem de proximal para distal é a seguinte:
Semitendinoso, Grácil e Sartório. Essa palpação faz-se na inserção distal, local comum
de inflamação (tendinite).

Músculos Semitendinoso

Paciente - em DV com o joelho fletido.


Terapeuta - com uma das mãos segura o pé do paciente e resiste ao movimento de flexão
do joelho associado à rotação medial da perna. O tendão é facilmente visualizado e
portanto, é palpável diretamente na região medial à fossa popliteia.
NOTA: O semi membranoso é mais profundo e é recoberto pelo semitendinoso, sendo
palpado abaixo dele.

Músculo Bicípite Crural

Paciente - em DV com o joelho fletido.

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Terapeuta - com uma das mãos segura o pé do paciente e resiste ao movimento de
flexão do joelho associado à rotação lateral da perna. A outra mão palpa o tendão do
bicípite que aparece lateralmente à fossa politeia.

Miologia da Perna
(Tíbia e Fíbula)

Grupo Anterior

Músculo Tibial Anterior

Paciente - em DD com o joelho em extensão, o pé em inversão e flexão dorsal (± 90°).


Terapeuta - aplicar resistência à ação muscular com auxílio de uma das mãos apoiada
no bordo medial do pé. A outra mão, pode perceber o músculo desde sua inserção
proximal, no côndilo lateral da tíbia, continuando-se pela margem anterior da tíbia
lateralmente até à porção distal do tendão que é o mais medial dos tendões do tarso e está
situado um pouco à frente do maléolo media.

Músculo Extensor Longo do Hálux

Paciente - em DD com o joelho em extensão.


Terapeuta - com uma das mãos resiste ao movimento de extensão do hálux, na face
dorsal de sua falange dista. A outra mão pode palpá-Io desde a região inferior da perna
anteriormente, onde o tendão se une ao corpo muscular posicionado entre o músculo tibial
anterior e o extensor longo dos dedos, até próximo à sua inserção distal do hálux.

Músculo Extensor Longo dos Dedos

Paciente - em DD com o joelho em extensão.


Terapeuta - com uma das mãos apoiadas sobre a face dorsal das falanges distais II, III,
IV e V, resiste ao movimento de extensão destas. A outra mão pode palpá-lo na face
anterolateral distal da perna, lateralmente ao tendão do extensor longo do hálux.

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Grupo Lateral

Músculo Fibular Longo

Paciente - em DD ou sentado com o joelho fletido, pé apoiado.


Terapeuta - com uma das mãos resiste ao movimento de eversão do pé sem dorsiflexão.
O fíbular longo destaca-se, principalmente na posição de sentado (quando a eversão é
acompanhada quase que automaticamente por uma rotação lateral da coxa), como uma
continuação direta do bicípite femural.

Músculo Fibular Curto

Paciente - em DD ou sentado com o joelho fletido, pé apoiado.


Terapeuta - aplica resistência à abdução pura ao nível do pé sendo suficiente para
salientar o tendão. Pode-se acompanhar o seu trajeto; o corpo é percebido atrás ou à frente
do fibular longo no terço distal da face lateral da perna, até ao bordo lateral do pé na sua
inserção sobre a tuberosidade do V metatarso.

Grupo Posterior

Músculo Tricípite Sural

Músculo Gastrocnémio

Paciente - em DD ou DV com o joelho fletido.


Terapeuta - com uma das mãos no calcâneo e face plantar do paciente, solicita e resiste
ao movimento combinado de flexão do joelho e flexão plantar da tibiotársica. A outra
mão palpa a massa muscular na porção postero- medial da perna atrás do solhar.

Obs.: a cabeça medial do gastrocnémio é mais distal do que a lateral.

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Músculo Solhar

Paciente - em DV com o joelho semi-fletido.


Terapeuta - com uma das mãos segura o calcanhar e o antebraço apoia a face plantar do
pé do paciente para resistir à flexão plantar. Com a outra mão, palpa ao longo da fíbula,
entre os gastrocnémios (cabeça lateral) situado posteriormente, e o fibular longo, situado
anteriormente. A cabeça tibial é palpada ao longo da margem tibial (medial da tíbia) até
o terço médio desse osso, na frente do gastrocnémio.

Tendão Calcâneo, Aquileu ou “Tendão de Aquiles”

Paciente - em DV com o joelho fletido


Terapeuta - pode palpá-lo acima do calcâneo, abordando as suas 3 faces: posterior,
lateral e medial.

Miologia Tíbio -Társica

Músculos Tibial Anterior, Extensor Longo do Hallux e Extensor Longo dos Dedos: vistos
anteriormente

Músculo Tibial Posterior

Paciente - em DD com o pé apoiado.


Terapeuta - com uma das mãos coloca o pé em flexão plantar e solicita que o paciente
realize uma adução do pé à qual se impõe uma resistência no bordo medial. Com a outra
mão palpa o tendão que aparece no bordo posterior do maléolo medial.

Obs: Flexor longo dos dedos idêntico ao anterior associado a uma flexão dos dedos. Ele
é palpado atrás do tibial posterior.

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Músculo Flexor Longo do Hállux

Paciente - em DD com o pé apoiado.


Terapeuta - uma das mãos é posicionada na face plantar do hállux para solicitar repetidas
flexões do mesmo. Essas ações serão percebidas sob o indicador da outra mão que estará
situado no sulco retro maleolar medial distante do maléolo medial e bem próximo ao
tendão do calcâneo.

Junqueira, L. (2002). Anatomia palpatória - pelve e membros inferiores. Rio de


Janeiro:Editora Guanabara Koogan.
Junqueira, L. (2004). Anatomia palpatória - tronco, pescoço, ombro e membros
superiores.Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan.
Tixa, S. (2005). Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço, do Tronco e do Membro
Superior.São Paulo: Editora Manole.
Valerius, K.P. et al. (2005). O livro dos músculos. São Paulo: Editora Manole.
Barral.,J.,P., Croibier., A. (2011). Nouvelle approche manipulative-Membre Supérieur.
Elsevier Masson.

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