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CURSO DE FISIOTERAPIA

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS II – 5º semestre


PROFª Cintia Pinheiro S. Araújo

ROTEIRO AULA PRÁTICA MOBILIZAÇÃO NEURAL

MMSS:

! Testes em pé: avaliar sintomas e simetria


o Mediano: extensão punho + abdução ombro. Pode associar a inclinação contra-lateral
da cabeça.
o Radial: Flexão punho e dedos + pronação + RI e abdução do ombro. (inclinação contra-
lateral cabeça)
o Ulnar: extensão dedos e punho + pronação + flexão cotovelo + RE e abdução ombro
(mão do garçom). Pode associar a inclinação contra-lateral da cabeça.
! Testes em DD: avaliar sintomas e simetria
o TESTE GERAL: (ULTT1)
! INDICAÇÕES: Todos os sintomas localizados em qualquer lugar do braço,
cabeça, pescoço ou coluna torácica.
! MÉTODO: Paciente em decúbito dorsal, o examinador fica de frente para o
paciente, sua mão envolve a mão do paciente assegurando controle para baixo
do polegar e dedos. O braço do paciente descansa sobre a coxa do examinador.
Uma força constante de depressão, obtida pelo punho do examinador é
exercida sobre a cintura escapular durante o movimento. O braço do paciente é
abduzido à aproximadamente 110º. Com esta posição mantida, o antebraço é
supinado e o punho e dedos estendidos. O ombro é rodado lateralmente e o
cotovelo é estendido. Para intensificar o teste, pede-se ao paciente que incline
lateralmente a cabeça.
o NERVO MEDIANO (ULTT2a):
! INDICAÇÕES: Todas as patologias cervicais, torácicas e de membro
superior.
! MÉTODO: Paciente deitado em decúbito dorsal em diagonal na maca e com
escapula livre da maca. O examinador de costas repousa a coxa contra o ombro
do paciente. Uma mão do examinador segura o cotovelo do paciente e a outra
segura o punho. Usando sua coxa, o examinador cuidadosamente deprime a
cintura escapular do paciente. O teste terá que ser realizado em
aproximadamente 10º de abdução de ombro para que o braço esteja livre sobre
e paralelo ao lado da maca. O examinador estende o cotovelo do paciente e
depois, usando ambas as mãos, roda lateralmente todo o braço do paciente.
Com essa posição mantida, o examinador estende o punho, dedos e polegar do
paciente. Em fim, pode-se realizar abdução do ombro do paciente.
o NERVO RADIAL (ULTT2b):
! INDICAÇÕES: Todas as patologias cervicais, torácicas e de membro
superior. Sintomas na distribuição do nervo mediano, cotovelo de tenista e
doença de Quervain.
! MÉTODO: Paciente deitado em decúbito dorsal em diagonal na maca e com
escapula livre da maca. O examinador de costas repousa a coxa contra o ombro
do paciente. Uma mão do examinador segura o cotovelo do paciente e a outra
segura o punho. Usando sua coxa, o examinador cuidadosamente deprime a
cintura escapular do paciente. O teste terá que ser realizado em
aproximadamente 10º de abdução de ombro para que o braço esteja livre sobre
e paralelo ao lado da maca. O examinador estende o cotovelo do paciente e
com esta posição sendo mantida, o ombro é então rodado medialmente. O
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Campus II - Brotas - Av. Dom João VI, 275 - Tel.: 71.3276-8200 / Fax: 71.3357-0218 – www.bahiana.edu.br
examinador desliza sua mão para baixo no braço do paciente para controlar a
flexão do punho, polegar, dedos e do desvio ulnar. Pode-se ainda adicionar
flexão lateral cervical em direção oposta e/ou alguma abdução. A abdução do
ombro é geralmente possível até 40º ou 50º antes que o componente de
depressão do ombro seja perdido.
o NERVO ULNAR:
! INDICAÇÕES: Lesões de raízes nervosas em C8 e T1; cotovelo de golfista.
! MÉTODO: Paciente em decúbito dorsal, o examinador fica de frente para o
paciente. Com o braço abduzido e apoiado na perna do terapeuta, o punho do
paciente é estendido e o antebraço supinado. Com essa posição mantida, o
cotovelo é totalmente fletido. A depressão do ombro é então feita pelo outro
braço do terapeuta. Nesta posição, a rotação lateral do ombro pode ser
adicionada. Com esta posição mantida, a abdução do ombro pode ser
adicionada (mão do paciente na orelha). O teste pode ser feito com o pescoço,
inicialmente, em posição de flexão lateral (ou outra posição desejada) ou a
cabeça do paciente pode ser empurrada em flexão lateral durante o curso do
teste.
! Tratamento distal-proximal: translar a cabeça do paciente (eleva da maca, transla e abaixa)
para o lado contrário ao que vai tratar. Tratar na posição próxima à limitação, sempre afrouxando
uma região e alongando a outra. Não pode existir dor. No máximo parestesia leve.

FLEXÃO PASSIVA DO PESCOÇO:


! INDICAÇÕES: Todas as desordens da coluna vertebral, sintomas de dor na cabeça e para dor
no braço e na perna de possível origem na coluna vertebral. Serve também como teste de
diferenciação estrutural.
! MÉTODO: Paciente em decúbito dorsal, com os braços ao lado do corpo e pernas juntas. O
fisioterapeuta pede para o paciente levantar a cabeça da maca um pouco e a partir daí assume os
movimentos, passivamente flexionando o pescoço numa direção “queixo tórax”. Uma mão pode
ser usada para sustentar o tórax ou ambas as mãos podem segurar a cabeça.

MMII
! ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA:
o INDICAÇÕES: Todos os sintomas da coluna e da perna, isto inclui dor de cabeça e
sintomas do pé.
o MÉTODO: Paciente em decúbito dorsal com o tronco e os quadris em posição neutra.
O examinador posiciona uma mão sob o tendão de Aquiles e a outra acima do joelho. A
perna é levantada perpendicularmente à maca, com a mão acima do joelho impedindo
qualquer flexão deste. A perna é então levantada até revelar uma resposta sintomática
pré-determinada ou atingir sua ADM. Pesquisas demonstram que a amplitude normal
em indivíduos saudáveis varia de 50-120º com uma média de 83,4º. Alguns indivíduos
normais relatam sintomas na região posterior da coxa, joelho e panturrilha.
Consideramos que Lasegue + é entre 30-50º. Se dor em grau superior deve-se
considerar problemas facetários ou da SI.
o VARIAÇÕES:
! Para o nervo ciático normalmente é realizado a seguinte seqüência: EPE –
dorsiflexão – adução quadril – rotação medial quadril. O ft deve ficar do outro
lado se a adução for grande.
! NERVO TIBIAL: Dorsiflexão – eversão – EPE. Se fizer EPE – dorsiflexão
estará sensibilizando mais as estruturas espinhais.
! NERVO FIBULAR: flexão plantar – inversão – EPE: este. Se fizer EPE –
flexão plantar – inversão, estará sensibilizando mais as estruturas espinhais.
! FPP: ativa ou passiva por outro ft. sensibiliza mais servindo para diferenciar se
o problema é neural ou não (diferenciação estrutual).
! EPE bilateral. Se os sintomas pioram não parece muito ser de origem neural
unicamente.

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o Tratamento distal-proximal: pode alongar totalmente e oscilar em casos crônicos; Em
DD: pct diagonal na maca, alternar flexão de quadril e tornozelo, podendo também
associar a adução de quadril; FIBULAR: Flexão RI e adução quadril + inversão
(alternando); TIBIAL: idem, só que o terapeuta se posiciona de costas para o rosto do
pct.

!FLEXÃO DE JOELHO EM PRONO:


o INDICAÇÕES: Qualquer sintoma no joelho, coxa anterior, quadril e coluna lombar
superior.
o MÉTODO: Paciente em decúbito ventral. O examinador pega a perna do paciente e
flexiona o joelho até obter uma resposta sintomática pré-determinada. A resposta deve
ser comparada com a da perna contralateral.
o VARIAÇÕES: Pode ser feita a extensão do quadril mantendo o joelho flexionado
como uma manobra para sensibilizar a FJP. A FJP pode também ser realizada em
abdução ou adução do quadril e rotação medial ou lateral.
o Tratamento: DV: extensão coxa + ext joelho; ou flexão com flexão.
SLUMP:
! INDICAÇÕES: Sintomas na coluna vertebral. E serve também para certificar se o sistema
nervoso move e alonga devidamente em um paciente pronto para receber alta. Pct está em
tratamento de mobilização neural, como EPE ou FJP: utiliza o Slump para ver evolução.
! MÉTODO: Não esquecer de avaliar os sintomas em cada passo. Paciente sentado com as costas
bem no fim de um banco, com as coxas inteiramente sustentadas e os joelhos juntos. As mãos do
paciente estão unidas atrás de suas costas. Pede-se ao paciente para “encurvar-se” enquanto o
examinador mantém a coluna cervical em uma posição neutra. Maior pressão é aplicada à flexão
lombar e torácica numa tentativa de “curvar” a coluna, ao invés, de flexionar os quadris. Nessa
posição, pede ao paciente que coloque o “queixo no tórax” e então uma pressão é adicionada na
mesma direção. Pede-se para o paciente estender o joelho ativamente (se há um lado com dor
dominante, então examine o lado bom primeiro. Isto dá uma melhor idéia do que esperar do lado
doloroso). Pede-se para o paciente flexionar dorsalmente seu tornozelo. A flexão do pescoço é
lentamente liberada e a resposta cuidadosamente avaliada. O mesmo procedimento é repetido
para a outra perna e a ADM e as respostas dolorosas são comparadas. Deve-se observar qualquer
assimetria na ADM da extensão do joelho.
! Tratamento: Exemplos: extensão joelho + plantiflexão / flexão joelho + dorsiflexão; extensão
com ambas as pernas + soltar a cabeça...
! OBSERVAÇÕES:
o O teste não deve ser completo se o pct é sintomático
o O componente de flexão do Slump pode colocar em risco um distúrbio discogênico
(pois a flexão aumenta a pressão discal). Ou não faz este teste, ou faz até o início dos
sintomas.
o Quando a avaliação exigir uma sobrepressão mais firme, o procedimento pode ser feito
com o pct sentado e pernas estiradas na maca.

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