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GUIA DE

ESTÁGIO
Universidade Fernando
Pessoa

Fisioterapia
Índice

Testes de Integridade Articular

Cervical Superior ....................................................................3

Ombro.....................................................................................7

Cotovelo................................................................................11

Punho e mão.........................................................................12

Coxo Femoral........................................................................13

Joelho ...................................................................................15

Tornozelo e Pé .....................................................................20

Coluna Lombar .....................................................................22

Pélvis ....................................................................................23

Testes Neurodinâmicos do Membro Superior ................. 25

Testes Neurodinâmicos do Membro Inferior ................... 26

Dermatomos e Miotomos ................................................. 31

Teste Muscular .................................................................. 32

Eletroterapia e Ultrasom .................................................. 35

Goniometria ...................................................................... 41

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Testes para a Cervical Superior

Teste de Distração – Paciente em DD com a cabeça e coluna


cervical em posição neutra, o terapeuta aplica uma tração
suave da cabeça. Se não houver reprodução dos sintomas o
teste deve ser repetido com flexão da cervical. Reprodução
dos sintomas sugerem a existência de instabilidade
ligamentar da coluna cervical.

Teste de Stress Sagital:

 Teste de estabilidade posterior para a articulação


atlanto-occipital – (deslizamos C1 e C2 para
anterior) Com o paciente em DD, o terapeuta aplica
uma força anterior, bilateral, ao nível do atlas e do
áxis, relativamente ao occipital

 Teste de estabilidade anterior para a articulação


atlanto-occipital – (deslizamos C1 e C2 para
posterior) Com o paciente em DD, o terapeuta
aplica uma força posterior, bilateral, ao nível do
aspeto antero-lateral da apófise transversa do atlas
e áxis, relativamente ao occipital

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 Teste de Sharp-Perser – (avalia instabilidade
anterior) Com o paciente sentado, fixamos a apófise
espinhosa de C2 e aplicamos uma força suave na
testa para puxar a cabeça para posterior.

 Translação Anterior do atlas relativamente ao áxis -


Paciente em DD, o terapeuta fixa C2 (utilizando o
polegar ao nível anterior das apófises transversas) e
depois traciona a cabeça e o áxis, verticalmente

Teste de Tensão Coronal:

 Teste de tensão da estabilidade lateral para a


articulação atlanto-axial – Paciente em DD, o
terapeuta suporta o occipital e a porção esquerda
do arco do áxis. Tenta-se executar um deslizamento

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lateral direito ao atlas e do occipital relativamente
ao áxis. O teste é repetido para o outro lado.

A instabilidade é sugerida caso ocorra movimento


excessivo ou reprodução dos sintomas

Teste de Tensão do Ligamento Alar:

 Teste de tensão lateral para os ligamentos alares –


Com o paciente em DD, o terapeuta fixa C2 ao longo
do arco neural e tenta fazer inclinação lateral da
articulação craneo vertebral. Se o ligamento alar
estiver intacto não ocorre nenhum movimento da
cabeça. O teste é repetido com a coluna cervical em
flexão, posição neutra e extensão. Se ocorrer
movimento nas três posições o teste será
considerado positivo, sugerindo uma rutura alar ou
instabilidade ao nível de C0 – C1.

 Teste de tensão rotacional para o ligamento alar –


Este teste só é executado se o teste tensão lateral
para os ligamentos alares for positivo. Com o
paciente sentado , o terapeuta fixa C2 ao segurar a
lâmina e depois faz rotação da cabeça. Mais do 20-
30 de rotação indicam que o ligamento alar
contralateral está danificado.

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 Quando o movimento de rotação excessivo
ocorre na mesma diração da inclinação
lateral excessiva sugere alterações a nível
do ligamento alar.

 Quando os movimentos excessivos


ocorrem em direções opostas, tal sugere
instabilidade de C0-C1.

 Teste de Spurling – Paciente sentado com extensão


e inclinação da cabeça e o terapeuta faz compressão
na cabeça. Se produzir dor localizada é problema
articular, se produzir dor irradiada é um problema
radicular

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Testes para o Ombro

Instabilidade anterior do ombro

 Teste de gaveta anterior do ombro – O paciente em


DD com o ombro posicionado em abdução (80-
120) flexão (0-20) e rotação lateral (0-30). Nesta
posição o terapeuta deve de estabilizar a omoplata
e deslizar o úmero anteriormente.

Movimento excessivo, existência de um “clique”


e/ou apreensão do paciente sugerem instabilidade
anterior do ombro.

 Fulcrum Test – Com o paciente em DD, o terapeuta


posiciona o ombro a 90 de abdução e depois
rotação lateral e extensão.
 O teste é considerado positivo se o paciente ficar
apreensivo.

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Instabilidade posterior do ombro

 Jerk Test – Paciente sentado, com o ombro a 90 de


abdução e rotação medial. O terapeuta deverá
aplicar um movimento longitudinal cefálico ao
úmero e mover o braço para flexão horizontal.

O teste será considerado positivo se ocorrer um


movimento súbito enquanto o braço é movido para
flexão horizontal e enquanto volta para a posição
inicial.

 Instabilidade inferior do ombro – É testada


utilizando o sinal de sulco, o terapeuta aplica uma
força no sentido longitudinal caudado, ao nível do
úmero estando o paciente sentado.

O teste será considerado positivo se a dor do


paciente for reproduzida e/ou surgir um sulco

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distalmente ao acrómio, sugerindo instabilidade
inferior do ombro.

Movimentos fisiológicos passivos

 Bloqueio do Ombro – Este teste avalia os últimos


graus de abdução da articulação gelno-umeral,
quando a articulação é mantida em rotação medial.

Com paciente em DD, na beira da marquesa, o


terapeuta deverá suportar
o cotovelo fletido e o
antebraço com uma mão,
enquanto a outra efetua
depressão da escápula. O
terapeuta faz rotação do
úmero e depois abduz o
ombro no plano coronal,
passivamente até ao limite
do movimento.

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De modo a aplicar corretamente este teste, o
terapeuta deverá evitar a elevação escapular,
manter a rotação medial do úmero e a abdução no
plano coronal.

 Quadrante do Ombro – Avaliação da resistência à


extensão horizontal durante um arco de abdução do
ombro.

O paciente deverá de estar posicionado no bordo da


marquesa e o terapeuta deverá de suportar o
ombro fletido e antebraço com uma mão, enquanto
a outra estará sob a omoplata.

A avaliação é dividida em duas fases, a primeira


identifica o ponto de abdução em que o úmero se
move de rotação medial para lateral indicando o
inicio do quadrante e a segunda fase envolve a
avaliação da extensão horizontal dentro do
quadrante.

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Testes para o Cotovelo

Teste de Instabilidade Ligamentar

 Ligamento Colateral Medial – É testado ao efetuar


abdução do antebraço, com o cotovelo em ligeira
flexão (A)
 Ligamento Colateral Lateral - É testado ao efetuar
adução do antebraço, com o cotovelo em ligeira
flexão (B)
No caso de ocorrer movimento excessivo ou se
reproduzirem os sintomas do paciente, o teste será
considerado positivo e sugerirá instabilidade do
cotovelo.

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Testes para o Punho e Mão
 Teste de Watson para o escafóide – O terapeuta
aplica um deslizamento posterior ao nível do
escafóide enquanto move o punho, passivamente,
de desvio cubital e ligeira extensão para desvio
radial e ligeira flexão.

O teste é positivo se ocorrer sub-luxação posterior


do escafóide e/ou reprodução de dor do paciente,
tal indicará instabilidade do escafóide.

 Lunotriquetral ballottment test – Testa a


instabilidade da articulação entre o osso semi-lunar
e o piramidal. Realizamos deslizamento anterior e
posterior do semi-lunar, relativamente ao piramidal.

O teste é positivo se ocorrer movimento excessivo,


crepitação ou dor.

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 Teste da médio-cárpica – O terapeuta aplica uma
força antero-posterior ao nível do escafóide
enquanto traciona e flete o punho

A reprodução da dor indica um teste positivo,


sugerindo instabilidade entre o rádio, escafóide,
semi-lunar e grande osso.

 Teste de instabilidade ligamentar das articulações


do polegar e dedos – Aplicamos uma força de
abdução ou adução ao nível das articulações. Se
ocorrer movimento excessivo indica instabilidade
articular devido a laxidez dos ligamentos colaterais.

Testes da Coxo Femoral

Quando estivermos a falar na avaliação da sacroilíaca são


testes de integridade (os testes direcionados para
ligamentos) mas na coxo femoral esses testes de integridade
são testes de despiste.

Temos 4 feixes de ligamentos para testar.

Ligamentos Posteriores

 1 oblíquo
 1 vertical
 1 horizontal

Ao fazer flexão testamos o ligamento posterior vertical

Ao fazer flexão e adução testamos o ligamento posterior


oblíquo

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Ao fazer adução horizontal testamos o ligamento posterior
horizontal

Procedimento:

 Ligamento Vertical – Levamos para flexão, quando


sentir resistência ao movimento fazemos uma
compressão gradual
 Ligamento Oblíquo – Levamos o joelho em direção
ao ombro com flexão, fazendo na mesma
compressão gradual
 Ligamento Horizontal – Fazemos adução até ver a
bacia elevar da marquesa

Ligamento Anterior – Teste de Faber

É positivo se tiver um problema na sacroilíaca, mas também


é positivo se tiver um problema na coxo femoral. O tipo de
sintomas e a localização é que são diferentes.

Se o paciente se queixar com dores na zona do sacro é


problema na sacroilíaca, se os sintomas forem sentidos na
zona da virilha estamos perante um problema na região da
coxo femoral.

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Para os 4 testes serem positivos temos de desencadear os
sintomas do paciente, mas não pode ser apenas em 1 teste.
Para considerarmos que existe um problema na sacroilíaca
temos de ter pelo menos 2 testes positivos.

Testes do Joelho

Teste da gaveta anterior

Este teste é considerado positivo no caso de existir um fim


de movimento mole e movimento excessivo.

Teste da gaveta posterior

Este teste é considerado positivo no caso de existir


movimento excessivo devido à lesão de uma ou mais das
seguintes estruturas: LCP, complexo arqueado do músculo
poplíteo, LPO e LCA

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Teste de Lachman

Joelho do paciente a 30. No teste


de Lachman conseguimos colocar
mais tensão no joelho do que nos
testes da gaveta.

Teste de stress em valgo (abdução)

Paciente em DD, FT palpa a linha interarticular do joelho e


aplica força de abdução na perna.

O FT deve comparar as amplitudes dos dois joelhos.


Considera-se positivo no caso de ocorrer movimento
excessivo.

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Teste de stress em varo (adução)

Paciente em DD, FT palpa a linha interarticular do joelho e


aplica força de adução na perna.

O FT deve comparar as amplitudes dos dois joelhos.


Considera-se positivo no caso de ocorrer movimento
excessivo.

Teste do ligamento coronoide

Colocamos o paciente em DD com flexão do joelho a 90 e as


mãos do FT a nível da interlinha articular (dedos a nível do
menisco para sentir crepitações caso ocorram).

Nesta posição fazemos rotação lateral para testar o


ligamento coronoide medial e rotação medial para testar o
ligamento coronoide lateral.

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Testes meniscais

Teste de McMurray

Menisco medial

Levamos o joelho para o máximo de flexão, palpamos a


interlinha articular e no máximo de flexão fazemos rotação
lateral e mantendo levamos o joelho para extensão

Menisco lateral

Levamos o joelho para o máximo de flexão, palpamos a


interlinha articular e no máximo de flexão fazemos rotação
medial e mantendo levamos o joelho para extensão. Não
precisamos de levar até à extensão
completa.

O teste será positivo se o terapeuta


sentir um “clique” que poderá ser
audível indicando lesão do menisco
que está a ser testado.

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Teste de Apley

Teste realizado em 2 fases:

 1º fase de tração
 2º fase de compressão

Paciente em DV, joelho fletido a 90. O FT efetua rotação


medial e lateral com distração e depois com compressão.

Se os sintomas aumentarem quando se realiza compressão


tal sugerirá a existência de uma lesão meniscal. Se
aumentarem com a distração sugerirá a existência de uma
lesão ligamentar.

Teste de apreensão de Fairbank

Testa a existência de sub-luxação ou deslocação da rótula.

Aplicamos um delizamento lateral da rótula com o joelho do


paciente a 30 de flexão. O teste é positivo se ocorrer
apreensão por parte do paciente ou movimento excessivo.

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Testes Tornozelo e Pé

Teste da gaveta anterior

Paciente em decúbito ventral com o joelho fletido (para


relaxar o gastrocnémio).

Estabilizamos a tibia e o perónio, vamos colocar a mão


mobilizadora na parte posterior do astragalo e vamos
mobilizar o astragalo no sentido anterior e avaliamos a
quantidade de movimento.

A ocorrência de movimento
excessivo do astrágalo indica
insuficiencia dos ligamentos medial
e lateral. Se o movimento ocorrer
apenas num dos lados, tal indicará
insuficiência do ligamento desse
mesmo lado.

Teste de inclinação do astrágalo

Paciente em decúbito ventral com o joelho fletido e


articulação da tibio társica em posição neutra.

O mais importante aqui é fazer a avaliação da inclinação


medial, porque é o movimento que vai causar tensão a nível
do ligamento perónio calcaneano
(ligamento no compartimento
lateral).

O terapeuta faz abdução e depois


adução do astragalo. Se ocorrer
movimento excessivo de adução do

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astragalo indica lesão do ligamento perónio calcaneano.

Teste global dos ligamentos mediais

Paciente em DD

Flexão plantar + abdução + pronação do pé

Teste global dos ligamentos laterais

Paciente em DD

Flexão plantar + adução + supinação

Teste do perónio astragalino anterior

Paciente em DD

Cerca de 90% das entorses afetam este ligamento, é sempre


o mais lesado.

Mãos no astrágalo e no perónio de forma a colocar em


tensão o ligamento de uma forma mais localizada.

Flexão plantar + adução + supinação

Teste do perónio astragalino posterior

Paciente em DD

Colocamos uma almofada por baixo do joelho do paciente.

Dorsiflexão máxima + tração no calcâneo para o afastar do


perónio

Teste do perónio calcaneano

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Paciente em DD

Varo do calcaneo com o pé em posição neutra.

Teste do calcaneo cuboideo

Paciente em DD

A articulação do calcaneo e do cuboide faz parte da


articulação medio társica.

Estabilizamos o calcaneo e o astragalo e mobilizamos o


cuboide fazendo adução + supinação.

Testes da Coluna Lombar

Avaliar a quantidade de movimento entre os níveis


inferiores e superiores da coluna

 Paciente de DL com a coluna lombar em extensão e


ancas fletidas a 90 o terapeuta deverá empurrar as
diáfises femorais enquanto palpa os espaços entre
as apófises espinhosas, de modo a verificar se existe
movimento excessivo.

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 Paciente em DV, fazemos deslizamento anterior nas
duas apofises transversas de cada vertebra.
Avaliamos também a quantidade de movimento.
Começamos em L1.

Testes da Pélvis

Flexão em sentado (Teste de Piedallu)

Na posição de sentado o paciente efetua flexão do tronco e o


FT palpa o movimento das espinhas iliacas póstero
superiores esquerda e direita , sendo testado o movimento
do iliaco sobre o sacro. Normalmente as EIPS movem-se de
modo simétrico numa direção superior. Se uma EIPS se
mover mais superiormente de um dos lados pensa-se que tal
indica hipomobilidade da articulação sacro-iliaca desse lado.

Flexão da anca em pé (Teste de Gillet)

Em pé, o paciente efetua flexão do joelho e o FT palpa as


EIPS e o sacro do mesmo lado em que o movimento ocorre –
teste ipsilateral. O teste deve ser repetido e comparado com
o lado contralateral.

Neste teste está a ser testada a capacidade do iliaco fazer


flexão e rotação posterior, assim como a capacidade do

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sacro rodar em direção ao lado do movimento. Se a EIPS do
lado em que ocorre flexão da anca não se mover inferior e
medialmente tal poderá indicar hipomobilidade da
articulação sacro-iliaca desse mesmo lado.

Observações anormais: inclinação pélvica ou movimento da


EIPS numa direção superior.

No teste contralateral, o paciente efetua flexão do joelho e o


FT palpa o aspeto inferior da EIPS e sacro do mesmo lado
contralateral que o movimento ocorre. O teste deve ser
repetido e comparado com o lado contralateral.

Neste teste está a ser testada a capacidade do sacro se


mover sobre o ilíaco.

Observações anormais: ausência de movimento ou


movimento superior do sacro relativamente à EIPS.

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Testes Neurodinâmicos do Membro Superior

TN Mediano 1 (ou Upper Limb Tension Test 1ª – ULTT)

Posição do Paciente: DD

1. Estabilização da escapula, cotovelo a 90º de flexão


2. Abd Gleno umeral + rotação externa +/- 90º -110º
3. Extensão do punho e dedos + supinação do
antebraço
4. Extensão do cotovelo
5. Diferenciação Estrutural – Inclinação Lateral da
Cervical

TN Mediano 2 (ULTT 1b) – só fazemos este teste se não


obtivermos resposta no 1º

Posição do Paciente: DD “inclinado”

1. Depressão do ombro
2. Extensão do Cotovelo
3. Rotação Externa + Supinação
4. Extensão punho e dedos
5. Abd gleno-umeral
6. Diferenciação Estrutural – Libertar a depressão do
ombro

TN Radial – ULTT 2

Posição do Paciente: DD “inclinado”

1. Depressão do ombro
2. Extensão do cotovelo
3. Rotação interna + pronação do antebraço
4. Flexão do punho e dedos

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5. Abd GU
6. Diferenciação Estrutural – Libertar a depressão do
ombro

TN Cubital – ULTT 3

Posição do Paciente: DD

1. Ligeira ABD GU, cotovelo em extensão


2. Depressão do ombro
3. Extensão do punho e dedos + pronação
4. Flexão do cotovelo
5. Rotação externa da GU
6. ABD GU (damos um passo)
7. Diferenciação Estrutural – Inclinação contralateral
da cervical

Testes Neurodinâmicos do Membro Inferior

Straight Leg Raise (SLR)

N. Ciático

Posição do Paciente: DD

1. Flexão da anca (45 a 60 graus) com extensão do


joelho
2. Dorsiflexão

Aumento da sintetização (aumento do alongamento do


nervo) + rot. Interna + add

N. Tibial

1. Dorsiflexão + eversão

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2. SLR (diferenciação estrutural)

N. Peroneal

1. Flexão plantar + Inversão


2. SLR (diferenciação estrutural)

Pega: mão proximal no joelho, mão distal dedos e passa por


baixo do pé

N. Sural

1. Dorsiflexão + Supinação
2. SLR (diferenciação estrutural)

Pega: troca as mãos, a mão proximal vai para o pé

Slump Test Nervo Ciático (versão de + alongamento)

Posição do paciente: Sentado na ponta da marquesa

Só realizamos este teste caso não se obtenha nenhum


resultado nos anteriores

1. Flexão torácica e lombar (fixamos com o antebraço)


2. Flexão cervical (fixamos com a mão)
3. Extensão do joelho
4. Dorsiflexão
5. Diferenciação estrutural: liberta-se a cervical

Prone Knee Bend Nervo Femoral

Posição do paciente: DV

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1. Flexão do joelho maxima suportada pelo paciente
2. Tração do sacro (sentido caudal) + flexão do joelho
(diferenciação estrutural)

Aumento da sintetização + hiperextensão da anca

Slump Femoral (flexão torácica e lombar)

Posição do Paciente: DL

1. Hiperextensão da anca + ADD (perna de baixo)


2. Flexão do joelho (diferenciação estrutural)

(Flexão da cervical e flexão da anca de cima)

Neste teste não interessa a posição do pé porque o nervo


femoral não inerva o pé!

Tratamento Membro Inferior

N. Ciático

Posição do paciente: DD

Cotovelo fixa o joelho, mão distal segura o pé

Slider proximal – pé em flexão plantar e coxa em flexão

Slider distal – dorsiflexão, extensão da coxa

Tensioners:

Tensão máxima: dorsiflexão + flexão da anca

Tensão mínima: flexão plantar + extensão

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As ramificações do n. ciático começam todas do joelho para
baixo, por isso, a anca no tratamento das mesmas vai estar
sempre a aproximadamente 45 graus de flexão.

N. Tibial

Posição do paciente: DD

Pega distal controla o pé e a proximal o joelho

Slider proximal – pé em flexão plantar e inversão + extensão


do joelho

Slider distal – pé em dorsiflexão e eversão + flexão do joelho

Tensioners:

Tensão máxima: dorsiflexão e eversão + extensão do joelho

Tensão mínima: flexão plantar e inversão + flexão do joelho

N. Peronial

Posição do paciente: DD

Slider proximal – extensão do joelho + dorsiflexão e eversão

Slider distal – flexão plantar e inversão + flexão do joelho

Tensioners:

Tensão máxima: extensão do joelho + flexão plantar e


inversão

Tensão mínima: flexão do joelho + dorsiflexão e eversão

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Quando o tibial e o peronial estão afetados começamos o
tratamento pelo ciático porque é a origem.

N. Sural

Posição do paciente: DD

Slider proximal – pronação e flexão plantar + extensão do


joelho

Slider distal – supinação e dorsiflexão + flexão do joelho

Tensioners:

Tensão máxima: extensão do joelho + dorsiflexão e


supinação

Tensão mínima: flexão do joelho + flexão plantar e pronação

N. Femoral

Posição do paciente: DL

A perna de teste é a de baixo, devido à gravidade há mais


tensão nessa perna. No entanto, no tratamento, devido a
isso mão podemos tratar a perna na mesma posição de teste
para não estar tensionada. Portanto, para tratamento a
perna a tratar vai estar em cima (numa fase inicial). Como
evolução, o nosso objetivo é chegar a tratar a perna por
baixo.

Coluna sem flexão, colocamos uma almofada na cervical

(Pega distal no tornozelo)

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Slider proximal – hiperextensão + extensão do joelho

Slider distal – flexão da anca + flexão do joelho

Tensioners:

Tensão máxima: hipextensão da anca + flexão do joelho

Tensão mínima: flexão da anca + extensão do joelho

Dermátomos

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Miótomos

Teste Muscular

Regras Básicas:

 Estabilizar a região proximal da região de teste


 Posicionar a região em teste em posição antigravitica
 Posicionar no plano horizontal (com a gravidade
eliminada) quando testamos músculos “fracos”, ou seja
que não têm capacidade de vencer a gravidade
 Aplicar a pressão em oposição à linha de tração do
músculo em teste
 Aplicar a pressão de forma gradual, mas não de forma
demasiado lenta, de forma ao paciente estarpreparado
para contrariar a resistência
 Sempre que possível utilizar uma alavanca longa
 Evitar e eliminar as substituições: as substituições
resultam de 1 ou mais músculos em teste por fraqueza do
mesmo

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 Pressão: A pressão exercida durante a resistência varia
com a idade e tamanho do paciente, o segmento testado
e a alavanca disponível. Se o paciente possui uma
extremidade não afetada, o examinador utiliza a
extremidade não afetada como referência para a força do
paciente

Função Muscular
Ausência de Nenhuma contração Zero 0
Movimento vista ou sentida no
músculo
O tendão torna-se Traço 1
proeminente ou
contração é sentida
sem movimento ou
sente-se a
descontração sem
movimento
produzido

Suportado no Realiza Pobre menos 2-


plano horizontal parcialmente a
aplitude de
movimento
Completa a Pobre 2
amplitude de teste
com a gravidade
eliminada
Testes na posição Completa 1/3 da Pobre mais 2+
antigravitica amplitude
Completa 2/3 da Funcional menos 3-
amplitude
Completa a Funcional 3
amplitude e suporta
a posição de teste
antigravitica, sem

33
pressão adicionada
Suporta a posição Funcional mais 3+
de teste e pressão
ligeira
Suporta a posição e Bom menos 4-
pressão entre
mínima e moderada
Suporta a posição e Bom 4
pressão moderada
Suporta a posição e Bom mais 4+
pressão entre
moderada e
máxima
Suporta a posição e Normal 5
pressão máxima

A vermelho: Graus de teste fraco

A azul: Graus de teste forte

De 3 a 5 -> graus funcionais

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Eletroterapia e Ultrasom

TENS

Convencional/ Acunpuntural/Low Burst (baixa


High Rate (alta Rate (baixa frequência/alta
frequência/baixa frequência/alta intensidade)
intensidade) intensidade)
Frequência 50-100 (100) 1-4 (3) Base 70-100 Hz
(Hz)
Duração do 40-200 (150) 150-300 (200) ≤ 100
impulso
(ų s)
Intensidade Limiar de Limiar de Limiar de excitabilidade
sensibilidade excitabilidade
Mecanismo Teoria de gate Libertação de Libertação de
de Ação control endorfinas endorfinas
Analgesia Aguda Crónica (lenrta, Subaguda/Crónica
(rápida, pouco duradoura) (rápida, duradoura)
duradoura)
Duração 30 – 60 20 – 30 20 – 30
(minutos)

Ultrassons

Patologia Patologia
Aguda Crónica
(até 1 (acima de
mês) 3 meses)
Efeito Mecânico Térmico
U.S Pulsáteis Contínuos

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Localização Superficial Profundo
do Tecido a
irradiar
Cabeça a 1 MHz (a 3 MHz (a
utilizar maior) mais
pequena)

Maiores Menores
Intensidades Intensidades
US US pulsáteis
contínuos (0,5);
Intensidade (0,8); Casos
Casos agudos;
crónicos: Tecidos com
Tecidos com diferentes
iguais resistências
resistências sónicas
sónicas

Duração de tratamento -> 1min/E.R.A (no máximo realizar


tratamentos de 15 minutos)

Intensidade do US subaquático – 1,0/1,2

Em tendinopatias crónicas, por vezes são utilizados os ultrassons


pulsáteis.
Na regeneração de tendinopatias às vezes o tecido cicatriza de
forma desorganizada, e por isso, com os U.S pulsátil aproveitamos o
efeito de cavitação para destruir esse tecido para que possa
regenerar bem.

Nas máquinas:
- No programa 1 dos ultrassons, a cabeça maior é de 1 MHz
- No programa 2 dos ultrassons a cabeça menor é de 3 MHz
- U.S. contínuo: 1 para 1
- U.S. pulsátil: 1 para 2; 1 para 3 e 1 para 5

 Paciente com rotura muscular

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- Se tiver sinais de inflamação usamos o U.S. pulsátil para
favorecer a reparação
- Para saber a duração do tempo temos de contar o número de
ERA’s da área a tratar
- Temos de pôr gelo

 Quanto mais grave a situação do doente, mais pulsátil


devemos colocar

 Se o paciente tiver pacemaker ou osteossíntese fazemos


de 1 para 5 pulsátil

 Se for o 1º dia do paciente e com muita inflamação


fazemos inicialmente 1 para 3 e depois podemos passar
para 1 para 2

 Paciente com rotura do reto femural

- Numa fase inicial o músculo deve estar encurtado por


isso não pomos almofada no cavado poplíteo
- Desinfetar a cabeça da ERA com álcool e também a área
a tratar

- Colocar o gel ultrassónico na cabeça ultrassónica

- Fazer uma pequena pressão em oitos sobrepostos no


mesmo sentido
- Não devemos levantar a cabeça ultrassónica durante o
tratamento nem parar no local a tratar
- Por fim, limpar a cabeça ultrassónica e passar o álcool;
limpamos o paciente
- Se o paciente sentir algo desagradável devemos
encaminhá-lo ao médico

US aquático
 Bacia com água
 Numa entorse recente com edema usamos o subaquático

 Paciente com artrite reumatóide com rigidez articular

37
- Como queremos atingir a área dentro da articulação usamos 1
MHz (profundo)
- Como é feito em água não usamos gel
- Contamos o número de ERA’s do dorso e palma da mão para saber
a duração do tratamento
- Usamos US contínuo para ter efeito térmico para a rigidez articular
- Intensidade: 1; 2 (mais indicado para US contínuo)
- Quando a mão está muito inflamada e o paciente não tem
mobilidade usamos o US pulsátil
- A cabeça ultrassónica não está em contacto com o paciente (1 a 2
cm de distância da pele; movimentos circulares)
- Fazemos 7 minutos o dorso e 7 minutos a palma se a duração for
de 14 minutos (por exemplo)

Corrente galvânica
Sem frequência
É preciso cuidado a usar estas correntes

Galvanização: - Aumento da circulação (aumento da


condutibilidade nervosa) - Aumento de retorno

Iontoforese: - Salicilato de sódio – anti-inflamatório - Iodeto de


potássio – cicatrizante - Cloreto de cálcio –
analgésico/descontraturante

Canal vermelho (1)


Canal preto (2)

Dentro de cada canal existe um pólo positivo e um negativo.


Vemos no fim dos fios (o vermelho é positivo e o preto é negativo)
Se usarmos só um canal é melhor usar o canal 1
Os eléctrodos chamam-se eléctrodos de carbono e têm de ter um
meio de condução que pode ser, esponjas humedecidas ou gel
ultrassónico

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As esponjas têm duas camadas, a mais grossa fica virada para a pele
do paciente. Devemos olhar para a esponja do lado em que
colocamos o eléctrodo. O eléctrodo tem de ficar todo dentro da
esponja

Nas máquinas das correntes galvânicas existem 4 programas.

- No programa da Didy: Escolhemos GA (galvânica); na polaridade


tem de estar o sinal ( - ) e o carrier tem de estar OFF
Nunca podemos mexer na máquina quando os eléctrodos estão na
pele do paciente. Primeiro devemos ligar a máquina e depois é que
colocamos os eléctrodos.

- O pólo positivo fica distalmente e o negativo é no ponto motor


- As esponjas devem estar a uma temperatura amena
- Colocamos uma toalha sobre a esponja e o eléctrodo e um
pequeno peso para o eléctrodo não sair do sítio
Exemplo: Numa lombociatalgia pomos o positivo na lombar e o
negativo na planta do pé
Devemos aumentar a intensidade até ao limiar de sensibilidade do
paciente ao teto máximo (área do eléctrodo x 0,1) dependendo da
área do eléctrodo

Na galvanização simples usamos 20 minutos


Na iontoforese usamos 30 minutos

Se quisermos desligar o aparelho a meio do tratamento, primeiro


desligamos a intensidade e depois a máquina

Iontoforese

Exemplo: Entorse no ligamento lateral interno (joelho) ainda em


fase inflamatória
- Usamos salicilato de sódio (anti-inflamatório) e colocamos numa
gaze humedecida que vai ficar na esponja do eléctrodo (pólo
negativo), no local da lesão. E o positivo no lado oposto (aplicação
transversal). Não colocamos almofada no cavado poplíteo.

Diadinâmicas (DD) – Correntes analgésicas de baixa frequência


Analgesia aguda: - Difásicas (DF) – 100 Hz

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- Longos períodos (DF + MF)

Analgesia crónica: - Monofásicas (MF) – 50 Hz

- Curtos períodos (CP) ou curtos períodos isodinâmicas (CPI)

Dor aguda: - 1ª sessão – DF (8 min)

- 2ª – 6ª sessão – DF + LP (4 + 8 min)

Dor crónica: 6ª sessão – tratamento final – MF + CP ou CPD (6 + 6


minutos)

Máximo 2 semanas (com diadinâmicas)

Para uma analgesia crónica aumentamos a intensidade até ao limiar


de excitabilidade. Para uma analgesia aguda vamos até ao limiar de
sensibilidade.

Pomos o pólo negativo no local que tem o tecido que queremos


tratar e o positivo proximalmente (com edema). Se não tiver edema
podemos fazer transversal.

Temos de explicar ao paciente o que é suposto sentir. Numa


analgesia crónica deve sentir formigueiro, depois excitabilidade ou
dor. Se o paciente não aguentar a dor baixamos, se for suportável,
mantemos no valor actual.

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Goniometria – Amplitudes Padrão

Flexão 180

Hiperextensão 50

Abdução 180
OMBRO
Abdução Horizontal 30
Adução Horizontal 120
Rotação Interna 65 a 90
Rotação Externa 90
Flexão 145
COTOVELO
Hiperextensão 0
Pronação 90
RÁDIO-CUBITAL
Supinação 90
Flexão 90
Hiperextensão 70
PUNHO
Desvio Cubital 35
Desvio Radial 25
Flexão 90
METACARPOFALÂNGICA DO II Hiperextensão 30
AO V DEDO Adução 20
Abdução 20
Flexão 120
INTERFALÂNGICA PROXIMAL
Hiperextensão 10
Flexão 80
INTERFALÂNGICA DISTAL
Hiperextensão 10
Flexão 15
TRAPÉZIOMETACARPIANA Hiperextensão 70
Abdução 60

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METACARPOFALÂNGICA DO 1º Flexão 50
DEDO Hiperextensão 10
Flexão 90
INTERFALÂNGICA DO 1º DEDO
Hiperextensão 0

Flexão 115 a 125


Hiperextensão 10 a 15

COXO-FEMURAL Abdução 45
Adução 20 a 30
Rotação Lateral
30 a 45
Rotação Medial
Flexão 120 a 130
JOELHO
Hiperextensão 0
Flexãoplantar 45
TÍBIOTÁRSICA
Dorsiflexão 20
Inversão 30

Eversão 25
METACARPOFALÂNGICA DO Flexão 45
HÁLUX Hiperextensão 90
Flexão 90
INTERFALÂNGICA DO HÁLUX
Hiperextensão 0

Flexão
45
Hiperextensão
COLUNA CERVICAL
Rotação 60 a 75
Inclinação Lateral 45 a 60

Flexão 10 cm
COLUNA DORSO-LOMBAR Hiperextensão 5 cm
Inclinação Lateral -

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