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CURSO DE FISIOTERAPIA

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS III – 5º semestre


PROFª Cintia Pinheiro S. Araújo

ROTEIRO AULA PRÁTICA COTOVELO

- Características gerais:
o Articulação umeroulnar:
Posição de repouso: 70º de flexão e 10º de supinação.
Posição de contato máximo: máxima extensão com supinação do
antebraço.
Padrão capsular: flexão > extensão.
o Articulação umerorradial:
Posição de repouso: máxima extensão com antebraço supinado.
Posição de contato máximo: 90º de flexão.
Padrão capsular: flexão > extensão.
o Articulação radioulnar proximal:
Posição de repouso: 70º de flexão com 35º de supinação.
Posição de contato máximo: máxima supinação ou pronação.
Padrão capsular: igualmente limitado para a supinação e pronação, porém
só ocorre após significante limitação da flexão/extensão.
o Articulação radioulnar distal:
Posição de repouso: 10º de supinação.
Posição de contato máximo: máxima supinação ou pronação.
Padrão capsular: igualmente limitado para a supinação e pronação, porém
só ocorre após significante limitação da flexão/extensão.

- Inspeção: paciente em ortostase, na posição anatômica. Deverão ser observados os


seguintes itens:
o Angulo de carregação: verificar se é cubitus valgus ou varus. No homem, o normal
é de 05º a 10º e nas mulheres, o normal é de 10º a 15º
o Contornos dos ossos e tecidos moles
o Condições da pele (edema; inflamações; cor; tumefações; equimoses)
o Tônus muscular

- MOVIMENTOS ATIVOS:

o Flexão: ADM normal é de 140 a 150º.


o Extensão: ADM normal é de 0º (ou 180º partindo da máxima flexão).
o Hiperextensão: É considerada normal se for igual em ambos os lados e se não houver
nenhum histórico de trauma. Sua a ADM é de 10º.
o Supinação: ADM normal é de 90º. Pode pedir para o paciente segurar 2 canetas para
observar simetria e a amplitude do movimento. Assegurar que o ombro não seja ainda
mais aduzido em uma tentativa de dar um aspecto de supinação aumentada ou para
compensar uma falta de supinação suficiente.
o Pronação: ADM normal é de 80 a 90º. Pode pedir para o paciente segurar 2 canetas
para observar simetria e a amplitude do movimento. Assegurar que o ombro não seja
ainda mais abduzido em uma tentativa de dar um aspecto de pronação aumentada ou
para compensar uma falta de pronação suficiente.
Se a ADM for completa em movimentos ativos, sobrepressão pode ser aplicada delicadamente
para tentar reproduzir os sintomas. Não esquecer: sempre comparar com o lado contralateral.
Se, no histórico, o paciente tiver se queixado de que movimentos combinados, movimentos
repetitivos ou posições sustentadas causam dor, estes movimentos específicos devem também
ser incluídos na avaliação do movimento ativo.
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Campus II - Brotas - Av. Dom João VI, 275 - Tel.: 71.3276-8200 / Fax: 71.3357-0218 – www.bahiana.edu.br
- MOVIMENTOS PASSIVOS FISIOLÓGICOS: testar a ADM, a sensação final e a relação
dor – resistência. Sempre comparar com o lado contralateral e observar se um padrão
capsular está presente (no cotovelo, como um todo, a flexão é mais limitada que a
extensão). O paciente deverá ser posicionado em sedestação ou em decúbito dorsal com
os braços ao lado corpo.
o Flexão: mole; dura em pessoas magras.
o Extensão: dura.
o Pronação: firme; dura em pct magro
o Supinação: firme

- TESTE PARA INSTABILIDADE LIGAMENTAR: o braço do paciente é estabilizado com


uma das mãos do examinador no cotovelo e a outra mão colocada acima do punho do
paciente. Com o cotovelo do paciente ligeiramente flexionado (20-30º) e estabilizado com a
mão do examinador, uma força de adução ou em varo é aplicada pelo examinador ao
antebraço distal, para testar o ligamento colateral lateral enquanto o ligamento é palpado.
Uma força de abdução ou em valgo no antebraço distal é a seguir aplicada de uma
maneira semelhante para testar o ligamento colateral medial enquanto o ligamento é
palpado.

- MOVIMENTOS PASSIVOS ACESSÓRIOS:


o Articulação umeroulnar:
TRAÇÃO: com o paciente em decúbito dorsal e com os braços
repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o cotovelo do
paciente na amplitude a ser tratada. Com uma mão o fisioterapeuta
segura o braço, distalmente, e com a outra mão segura o antebraço
proximal, aplicando-lhe uma força de tração perpendicular ao plano de
tratamento. O tratamento deve progredir com a flexão/extensão a
depender do objetivo traçado. Pode ser usado o cinto para aplicar um
grau maior de tração. Está mobilização é utilizada no tratamento da
hipomobilidade geral, podendo ser utilizada em progressão.
DESLIZAMENTO MEDIAL: com o paciente em decúbito dorsal e com
os braços repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o
cotovelo do paciente na amplitude a ser tratada. Com uma mão
estabilizando o úmero a outra envolve o antebraço proximal e aplica
uma força no rádio em direção medial, deslizando a ulna medialmente.
Esta mobilização é utilizada do tratamento da restrição dos últimos
graus da extensão do cotovelo.
(Lembrar que a art. umeroulnar é em sela, por isso aplica-se a regra do
convexo para esse plano de tratamento. Não se faz os deslizamentos
anterior e posterior pois a ulna “enrosca” no úmero, tendo assim,
pouca eficiência)
DESLIZAMENTO LATERAL: com o paciente em decúbito dorsal e com
os braços repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o
cotovelo do paciente na amplitude a ser tratada. Com uma mão o
fisioterapeuta estabiliza o úmero e com a outra envolve o antebraço
proximal, em seguida aplica uma força com direção lateral na ulna.
Esta mobilização é utilizada no tratamento dos últimos graus de
restrição da flexão do cotovelo.
o Articulação radioumeral:
DESLIZAMENTO POSTERIOR (restrição da extensão e supinação do
antebraço).
DESLIZAMENTO ANTERIOR: (restrição da flexão e pronação do
antebraço).

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TRAÇÃO: com o paciente em decúbito dorsal e com os braços
repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o cotovelo do
paciente na amplitude a ser tratada. O terapeuta estabiliza o úmero
distal com uma mão. Com a outra mão o terapeuta palpa no terço
distal do rádio, aplicando uma força de separação perpendicular a
cabeça do rádio - superfície côncava (plano de tratamento). Esta
mobilização é utilizada no tratamento da hipomobilidade radioumeral e
nas falhas de posicionamento.
o Articulação radioulnar distal: (rádio é côncavo)
DESLIZAMENTO ANTERIOR: com o paciente em decúbito dorsal e
com os braços repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o
cotovelo do paciente na amplitude a ser tratada. O terapeuta estabiliza
a ulna distal. Os dedos da mão oposta são colocados sobre a
superfície posterior do rádio distal, aplicando-lhe uma força com
direção anterior. Esta mobilização é utilizada no tratamento da
restrição da pronação do antebraço.
DESLIZAMENTO POSTERIOR: com o paciente em decúbito dorsal e
com os braços repousando sobre a maca, o fisioterapeuta posiciona o
cotovelo do paciente na amplitude a ser tratada. O terapeuta estabiliza
a ulna distal. A eminência tenar da mão oposta é colocada sobre a
superfície anterior do rádio distal, aplicando-lhe uma força com direção
posterior. Esta mobilização é utilizada no tratamento da restrição da
supinação do antebraço.
BORBOLETA: esta é outra forma de realizar os deslizamentos anterior
e posterior da radioulnar distal. Com o cotovelo do paciente em flexão
a 90º, o terapeuta coloca as bases de suas mãos (eminências) fixando
o rádio e a ulna , ficando uma mão de frente para a outra. O terapeuta
vai girar o corpo (rotação de tronco) para produzir a mobilização em
supinação ou em pronação.

ROTEIRO AULA PRÁTICA PUNHO E MÃO

INSPEÇÃO: devem ser observados quanto a integridade da pele, deformidades articulares,


atrofia muscular, calosidades, tumefações como cisto sinovial, deve-se observar tanto a região
palmar como dorsal.
PALPAÇÃO
MOVIMENTOS ATIVOS SIMPLES – Paciente com o antebraço apoiado na maca ou em pé:
• Articulação radiocárpica/ulnocárpica: Flexão, extensão, desvio radial e ulnar.
• Articulação metacarpofalangianas: Flexão, extensão, abdução e adução.
• Articulação Interfalangianas proximal: Flexão, extensão.
• Articulação Interfalangianas distal: Flexão, extensão.
• Articulação carpometacárpica do polegar: Flexão, extensão, oposição, abdução e adução.

Se o paciente não referir dor realizar a sobrepressão

MOVIMENTO PASSIVO FISIOLÓGICO – Paciente com o braço apoiado:


- Flexão/extensão punho (antebraço pronado). Sensação final firme, porém a extensão
também pode ser dura, por contato do rádio e ossos carpais proximais.

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- Desvio radial/desvio ulnar (antebraço pronado): SF firme, podendo ser dura no desvio
radial (rádio/escafóide).
- Flexão/extensão MCF (antebraço em posição neutra e IF em leve flexão): SF firme,
podendo ser dura na flexão (falange proximal e metacarpo).
- Abdução e adução MCF (antebraço em pronação e punho em posição neutra: SF
firme).
- Flexão/extensão IF distais e proximais (antebraço e punho em posição neutra: SF
firme, sendo que a flexão da IF proximal pode ser também dura ou mole).
- Polegar: flexão/extensão; abdução/adução; oposição/reposicionamento e flexão
/extensão IF do polegar: SF firme, sendo que a flexão MCF pode ser dura e a
oponência é macia.

MOVIMENTO PASSIVO ACESSÓRIO:

• Articulação radiocárpica e ulnocárpica: rádio côncavo com escafóide e semilunar


convexos / ulna côncava com piramidal convexo
Posição de repouso: Ligeira flexão e ligeiro desvio ulnar
Posição de tensão e contato máximo: punho em máxima extensão
Padrão capsular: restrição em todas as direções

Decoaptação ou Tração: Paciente sentado com antebraço pronado. A estabilização pode ser
conseguida com o uso de uma almofada debaixo da parte distal do radio e da ulna, ou
estabilizando o antebraço distal contra o corpo. A mão estabilizadora segura a parte distal do
radio e ulna o mais próximo do espaço articular e a outra segura a fileira proximal dos ossos do
carpo. Então se aplica uma forca de separação da articulação na fileira proximal dos ossos do
carpo.

Deslizamento anterior: Pct. posicionado da mesma maneira anterior. O terapeuta aplica uma
força anterior na fileira proximal dos ossos do carpo.

Deslizamento posterior: Pct. posicionado da mesma maneira só que com o antebraço


supinado. O terapeuta aplica uma força posterior na fileira proximal dos ossos do carpo.

Deslizamento radial: Pct. posicionado da mesma maneira só que com o antebraço na posição
media. O terapeuta aplica uma força radial na fileira proximal do carpo.

Deslizamento ulnar: Pct. posicionado da mesma maneira, com o antebraço na posição media.
O terapeuta aplica uma força ulnar na fileira proximal do carpo.

•Articulações intercárpicas: deslizamentos da 2ª fileira em relação à 2ª fileira

• Articulação carpometacárpica:

Decoaptação ou tração: II sobre trapezóide; III sobre capitato; IV e V sobre hamato: Uma
das mãos do terapeuta estabiliza o osso especifico do carpo com o dedo indicador e o
polegar. A outra mão segura o metacarpo correspondente o mais próximo possível da
base. Então, aplica-se uma força de separação para o metacarpo proximal.

Deslizamento anterior e posterior para aumentar flexão e extensão respectivamente. O


metacarpo adjacente ao que esta sendo mobilizado é estabilizado. Utilizando a superfície
radial da eminência tênar, aplica uma força ventral (ou dorsal) ao metacarpo que esta
sendo mobilizado. Esta técnica também é utilizada para as articulações
intermetacárpicas.

• Articulação intermetacárpica
Aumento do arco metacarpal: Estabiliza o III metacarpo e move palmarmente os outros
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Diminuição do arco metacarpal: Estabiliza o III metacarpo e move dorsalmente os outros

• Articulação metacarpofalangianas (II a V)


Posição de repouso: dedos levemente fletidos com ligeiro desvio ulnar
Posição de tensão e contato máximo: máxima flexão
Padrão capsular: igualmente para todas as direções sendo ligeiramente maior
em flexão
Decoaptação ou tração:
Deslizamento anterior: ganha flexão
Deslizamento posterior: ganha extensão
Deslizamento radial: ganhar abdução da 2ª, abdução radial da 3ª e adução da 4ª e 5ª
MCF.
Deslizamento ulnar: ganhar adução da 1ª, 2ª, adução ulnar da 3ª e abdução 4ª e 5ª.

• Articulação interfalangianas proximais e distais


Posição de repouso: levemente fletido
Posição de tensão e contato máximo: máxima extensão
Padrão capsular: igualmente para todas as direções sendo ligeiramente maior
em flexão
Obs: Os mesmo movimentos realizados para a metacarpofalangiana são aplicados a
interfalangianas.

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