Você está na página 1de 3

Clínica Escola Universidade Salgado de Oliveira – Estágio I

Estagiário: Rafael Francês Guimarães

Plano de tratamento fisioterapêutico

Paciente: Emilce do Carmo Pires

Diagnostico médico: Fratura do 5°metatarso (pé direito), Tendinopatida dos


extensores dos dedos (pé direito)

Diagnostico Fisioterapêutico: CBDF: D03.01.3.3.3.3

Descrição: Deficiência Cinético funcional Musculoesquelética – Com lesão aguda de


estrutura | Grave dor | Grave redução da mobilidade articular | Grave redução de força |
Afetando um segmento ou parte do corpo – Tornozelo e/ou pé direito

Objetivos a curto prazo:

1)Reduzir quadro Álgico: (EVA 8)

1.1) Liberação miofascial na fáscia plantar, gastrocnêmio medial na panturrilha.


Paciente em decúbito dorsal, na maca, Terapeuta sentado em frente aos pés da paciente.
Terapeuta coloca uma toalha dobrada ou uma almofada sob a região do tendão calcâneo
para dar mais conforto à paciente. Terapeuta faz uma dorsiflexão passiva do tornozelo e
faz os deslizamentos fazendo movimentos na região da fáscia plantar e principalmente
no arco longitudinal medial, evitando atrito com as proeminências ósseas, no caso
cabeças do 1º ao 5º metatarso, fazendo os deslizamentos até próximo à tuberosidade
calcânea. Fisioterapeuta inicia com deslizamentos superficiais e à medida que sente que
o tecido sede mais durante as manobras, intercala com manobras profundas.

1.2) Terapia manual: Deslizamento articular talo-crural Antero/posterior: paciente em


decúbito dorsal, com os pés para fora da maca, terapeuta com sua mão proximal faz
uma pinça maleolar, com o polegar no maleolo medial e o indicador no maleolo lateral,
envolvendo assim toda a estrutura, com sua mão distal o terapeuta coloca a palma na
planta do pé, em cima da região dos metatarsos envolvendo também toda a estrutura.
Paciente mantém o pé relaxado, terapeuta realiza o deslizamento antero/posterior, as
mãos realizam forças em sentido contrario. Realizar no tempo de 1 minuto por 3x.

2) Ganhar ADM na articulação Talo-crural (dorsi e plante flexão)

2.1) Mobilização Articular cadeia cinética fechada: estabilização do tálus mantendo o


movimento ativo. Paciente em posição ortostática de costas para o terapeuta, com o pé
direito apoiado no estepe e o esquerdo ao solo, terapeuta irá colocar a super band em
volta dos maleolos, fita será posicionada acima do talus, passando por baixo dos
maleolos em direção ao calcanhar, mantendo o vetor de força nesse sentido, será gerado
uma tensão moderada na fita, paciente movimenta o joelho direito para frente realizando
uma dorsiflexão com o pé em apoio a superfície do estepe (paciente não poderá
compensar levantando o calcanhar), manter o movimento por 3 segundos e retornar a
posição inicial, será realizado 3 series de 10. Observação: Não alterar o vetor de força
durante a execução do movimento.

2.2) Mobilização articular: Plante-flexão Mulligan: Paciente em decúbito dorsal, com


joelho direito flexionado a aproximadamente 45°, terapeuta estabiliza a mão proximal
no aspecto anterior da perna direita, com o cotovelo na região do joelho, mão
envolvendo o tornozelo direito travando em 90°, com o arco dos dedos polegar e
indicador da mão distal na região do talus pinçando, o ante braço apoiado no aspecto
anterior do pé direito. Solicita ao paciente para realizar uma plante flexão, onde mão
distal acompanhará o movimento realizando uma pressão extra ao final. Será realizado 3
series de 10 movimento.

Objetivos a longo prazo:

1) Aumentar força muscular:

1.1) Bomba de panturrilha: paciente em posição ortostática, realizará uma plante flexão
dos dois pés depois voltando a posição neutra. Será realizado 2 séries com 30
repetições.

1.2) Fortalecimento tibial anterior: paciente em decúbito dorsal, com joelho estendido, o
pé 4 dedos para fora da maca, terapeuta ira passar a band na região dorsal, puxando em
sua direção, vetor de força em uma diagonal para baixo, “forçando o paciente a uma
plante flexão”, será realizado o movimento de dorsiflexão e resistindo ao retorno para a
plante flexão. Será realizado 4 series de 8 repetições.

2) reabilitar a marcha:

2.1) Descarga de peso: paciente em posição ortostática, começará com uma descarga de
peso igual para os dois pés (50% para cada), terapeuta ao perceber que está ficando
fácil, solicita ao paciente para que faça uma descarga maior no pé acometido
(70%/30%), ao avançar nesse processo, terapeuta evolui o exercício para descarga de
peso total no pé acometido, retirando o pé bom totalmente do solo. Esses exercícios
serão realizados com olhos abertos e fechados para também ir trabalhando o equilíbrio
do paciente. Será realizado 3 series de 1 minuto.

2.2) Treinamento de marcha: paciente irá realizar o treinamento de marcha por etapas,
começando com o contato inicial, paciente irá realizar flexão de quadril, extensão do
joelho, dorsiflexão, avançando será realizado a segunda etapa, resposta a carga, onde
terá uma flexão de quadril e joelho e uma planteflexão, terceira etapa apoio medio
quadril neutro, extensão de joelho e dorsiflexão e a ultima etapa será realizado todos os
exercicios juntos para o paciente realizar a marcha de forma correta.

Orientações domiciliares:

Crioterapia em caso de dor após sessão;

realizar movimentos com os pés na hora do banho quente.

Você também pode gostar