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RCG 2028 – Cinesiologia e Biomecânica I

Roteiro de Atividades Didáticas, Teóricas e Práticas

TESTE MANUAL MUSCULAR


Teste de Força Muscular
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Roteiro de Atividades Didáticas, Teóricas e Práticas

6. FORÇA MUSCULAR

Definição: capacidade do músculo (ou um grupo muscular) produzir uma tensão


necessária para manter, iniciar ou controlar o movimento indo contra uma resistência
(carga) aplicada no sistema músculo-esquelético, seja ela por objetos ou pela gravidade.

Quando um indivíduo apresenta uma fraqueza muscular que limita ou incapacita a


sua funcionalidade ocupacional, é necessário determinar o grau e a distribuição dessa
fraqueza muscular, para que assim se estabeleça um plano de intervenção que seja
apropriado às necessidades do sujeito. A fraqueza muscular, é entendida como falta ou
redução da potência (capacidade de realizar algo) de um músculo ou de um grupo de
músculos.
Para compreender sobre a capacidade de realizar um movimento que o músculo
possui, ou seja, entender sobre a sua potência, é preciso saber como a contração muscular
age, já que ela está relacionada à força muscular. O quadro abaixo, traz os tipos de
contração muscular e seus respectivos exemplos.

Quadro 9 - Tipos de Contração Muscular

Tipo de Contração Definição Exemplo

Isométrica Contração estática, em que o comprimento Tronco estabilizado no


(manutenção) do músculo é constante (não se altera). exercício de ‘’prancha’’

Concêntrica Durante a contração, o músculo se encurta Flexão do Cotovelo


(aproximação) e provoca uma aceleração no movimento. (ação do bíceps)

Durante a contração, o músculo sofre um


Excêntrica Extensão do Cotovelo
estiramento ou alongamento e provoca
(afastamento) (ação no bíceps)
uma desaceleração no movimento.
Fonte: Elaborado pelo próprio autor, 2022.

6.1. Conceitos do Teste de Força Muscular (Teste Muscular Manual)

A contração voluntária máxima (CVM), é a quantidade máxima de tensão que não


pode ser produzida sob controle voluntário, é comumente utilizada para mensurar a força
muscular (Wilmore & Costill, 1999). Pelo fato do teste muscular ser uma medição da
contração voluntária de um músculo isolado ou de um grupo de músculos, o teste de força
não é apropriado para os pacientes que perderam a habilidade de contrair um único
músculo ou um grupo de músculos isoladamente, tal como em pacientes que apresentam
movimentos padronizados.
Para os testes de força que serão apresentados aqui, será utilizada a técnica
chamada ‘’teste de quebra’’, em que o músculo que será avaliado é posicionado em sua
maior vantagem mecânica (comprimento e força do músculo). Após o músculo ser
posicionado, usando a sua mão, o terapeuta vai aplicar uma força externa (resistência) para
sobressair a força contrátil do músculo ou grupo de músculos que realizarão o movimento

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solicitado. Exemplificando, no ‘’teste de quebra’’ o terapeuta vai tentar quebrar a


contração isométrica do paciente (BOHANNON, 1988).
Antes de começar o teste muscular manual (TMM), uma avaliação da amplitude de
movimento passivo deve ser realizada para determinar qual a amplitude de movimento
disponível em cada articulação do paciente. Embora esta seja considerada como a
amplitude de movimento total para o propósito do teste muscular, uma anotação deve ser
feita a respeito de qualquer limitação existente.

O teste muscular manual (TMM) é um procedimento válido e confiável para


mensurar a força muscular (Herbison et al., 1996; Marx, Bombardier & Wright, 1999;
Schwartz et al., 1992). Para cada músculo ou grupo de músculos é determinado um grau de
força muscular (Quadro 10), que vai de acordo com a resistência que ele pode suportar,
portanto, a sua avaliação é subjetiva.

Quadro 10 - Classificação da força muscular (Medical Research Council - MRC)

Gradação Qualificação Descrição

Movimento normal do músculo contra a gravidade e a


5 Normal
resistência total.

Movimento articular completo contra a gravidade e


4 Bom
alguma resistência (resistência parcial).

3 Regular Movimento completo contra a gravidade;

2 Mau/Ruim Movimento articular completo eliminando a gravidade;

Pouca contratilidade sem mobilidade articular, a


1 Traços/Vestígios
contração muscular pode ser palpável;

0 Paralisado/Zero Ausência de contração muscular e palpação.


Fonte: Terapia Ocupacional para Disfunções Físicas, 2013 (adaptado pelo próprio autor, 2022).

6.1.1. Procedimentos para a prática avaliativa

Princípios para o teste muscular (Terapia Ocupacional para Disfunção Física, 2013, p.155):

1. Explique o procedimento e demonstre o movimento desejado;


2. Posicione o paciente de modo que a direção do movimento seja contra a gravidade.
3. Estabilize o segmento proximal da articulação que irá se movimentar para evitar
substituições
4. Instrua o paciente para movimentar ativamente até a posição final. Se ele não puder se
mover ativamente contra a gravidade, coloque-o em uma posição com a gravidade
eliminada, e peça-lhe para movimentar ativamente nessa posição.
5. Se o paciente puder se movimentar ativamente contra a gravidade, diga a ele para
manter a contratação na posição final.
6. Aplique a resistência:
● à extremidade distal do segmento no qual o músculo se insere;
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● na direção de onde o movimento veio;


● começando com a resistência leve e aumentando para a resistência máxima após
um período de 2 a 3 segundos.
7. Apalpe sobre o músculo movimentador principal para determinar se o músculo está
contraindo ou se a gravidade e/ou os músculos sinérgicos estão substituindo a ação.
8. Registre o grau apropriado de acordo com a resistência tolerada antes do músculo
quebrar, ou pela quantidade de movimento obtido sem a resistência em uma posição contra
a gravidade ou com a gravidade eliminada.

6.1.2. Registrando os valores de Força Muscular

A graduação de força é registrada em formulário que vai documentar tanto os graus


para o lado direito, quanto para o lado esquerdo do corpo. O formulário deve indicar os dias
que foram feitos os testes e se houve continuidade por vários dias.
Abaixo, está uma amostra do formulário de avaliação. Nele, os níveis dos nervos
periféricos e seu segmento espinhal estão listados ao lado de cada músculo para auxiliar o
profissional a interpretar os resultados do teste.

Nome do paciente:_____________________________________________ Idade:______

Movimento Esquerda Direita

Escápula

ELEVAÇÃO
Trapézio superior (acessório) NC XI, C3-4

Elevador da escápula (escapular dorsal) C5, C3-4

DEPRESSÃO
Trapézio Inferior (acessório) NC XI, C3-4

Grande dorsal (toracodorsal) C6-8

ADUÇÃO
Trapézio médio (acessório) NC XI, C3-4

Romboides (escapular dorsal) C5

ABDUÇÃO
Serrátil anterior (torácico longo) C5-7

Ombro

FLEXÃO
Deltoide anterior (axilar) C5-6

Coracobraquial (músculo cutâneo) C5-6

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Peitoral clavicular maior (peitoral) C5-6

Bíceps (músculo cutâneo) C5-6

EXTENSÃO
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8

Redondo maior (subescapular inferior) C5-8

Deltoide posterior (axilar) C5-6

Cabeça longa do tríceps (radial) C7-8

ABDUÇÃO
Supraespinhoso (supraescapular) C5-6

Deltoide médio

ADUÇÃO
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8
Redondo maior (subescapular inferior) C5-6
Peitoral maior (peitoral) C5-T1

ABDUÇÃO HORIZONTAL
Deltoide posterior (axilar) C5-6

ADUÇÃO HORIZONTAL
Peitoral maior (peitoral) C5-T1
Deltoide anterior (axilar) C5-6

ROTAÇÃO EXTERNA
Infraespinhoso (supraescapular) C5-6
Redondo menor (axilar) C5-6
Deltoide posterior (axilar) C5-6

ROTAÇÃO INTERNA
Subescapular (superior, subescapular inferior) C5-7
Redondo maior (subescapular inferior) C6-7
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8
Peitoral maior (peitoral) C5-T1
Deltoide anterior (axilar) C5-6

Cotovelo

FLEXÃO
Bíceps (músculo cutâneo) C5-6
Braquiorradial (radial) C5-7
Braquial (músculo cutâneo) C5-6 (radial) C7-8

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Antebraço

PRONAÇÃO
Pronador redondo (mediano) C6-7
Pronador quadrado (mediano) C8-T1

SUPINAÇÃO
Supinador (radial) C5-6
Bíceps (músculo cutâneo) C5-6

Punho

EXTENSÃO
Extensor radial longo do carpo (radial) C6-7
Extensor radial curto do carpo (radial) C7-8
Extensor ulnar do carpo (ulnar) C8-T1

FLEXÃO
Flexor radial do carpo (mediano) C6-7
Palmar longo (mediano) C7-8
Flexor ulnar do carpo (ulnar) C8-T1

Dedos

FLEXÃO INTERFALANGEANA DISTAL (IFD)


1º Flexor profundo (mediano) C8-T1
2º Flexor profundo (mediano) C8-T1
3º Flexor profundo (ulnar) C8-T1
4º Flexor profundo (ulnar) C8-T1

5º FLEXÃO METACARPOFALANGEANA (MF)


Flexão do dedo mínimo (ulnar) C8-T1

FLEXÃO INTERFALANGEANA PROXIMAL (IFP)


1º Flexor superficial (mediano) C7-T1
2º Flexor superficial (mediano) C7-T1
3º Flexor superficial (mediano) C7-T1
4º Flexor superficial (mediano) C7-T1

ADUÇÃO
1º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
2º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
3º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
4º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1

EXTENSÃO METACARPOFALANGEANA (MF)

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1º Extensor digital (radial) C7-8


2º Extensor digital (radial) C7-8
3º Extensor digital (radial) C7-8
4º Extensor digital (radial) C7-8
Extensor do dedo mínimo (radial) C7-8

EXTENSÃO INTERFALANGEANA (IF)


1º Lumbrical (mediano) C8-T1
2º Lumbrical (mediano) C8-T1
3º Lumbrical (mediano) C8-T1
4º Lumbrical (mediano) C8-T1

Polegar

EXTENSÃO
Extensor longo do polegar (radial) C7-8
Extensor curto do polegar (radial) C7-8

FLEXÃO
Flexor longo do polegar (mediano) C8-T1
Flexor curto do polegar (mediano) C8-T1

ABDUÇÃO
Abdutor longo do polegar (radial) C7-8
Abdutor curto do polegar (mediano) C8-T1

ADUTOR
Adutor do polegar (ulnar) C8-T1

OPOSIÇÃO
Oponente do polegar (mediano) C8-T1
Oponente do dedo mínimo (ulnar) C8-T1)

Quadril

FLEXÃO
Iliopsoas (femoral) L2-3

EXTENSÃO
Glúteo máximo (glúteo inferior) L5-S2

Joelho

FLEXÃO
Tibial L5-S2

EXTENSÃO

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Quadríceps (femoral) L2-4

Tornozelo

DORSIFLEXÃO
Tibial anterior (peroneal profundo) L4-S1
Extensor longo dos dedos (peroneal profundo) L4-S1
Extensor longo do hálux (peroneal profundo) L4-S1

FLEXÃO PLANTAR
Gastrocnêmio (tibial) S1-2

Sóleo (tibial) S1-2

Assinatura do terapeuta:_____________________________________ Data: ___________

Reimpresso sob permissão de Pansky, B. (1996). Review of Gross Anatomy (6th ed.) New York: McGraw-Hill.

7. TESTE MUSCULAR MANUAL (TMM)

7.1. TMM da escápula

Elevação Escapular
Músculos movedores principais:
- Trapézio Superior
- Levantador da Escápula

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado com as costas retas e braços ao lado do corpo.


Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto de uma cadeira.

Instrução do Movimento: elevar os ombros em direção às orelhas, fazendo força para que
os ombros não sejam empurrados para baixo.
Resistência: com as mãos sobre os ombros do paciente, o terapeuta vai pressioná-los para
baixo (movimento de depressão escapular).

Figura 37 (a) - Elevação da escápula em posição contra a gravidade

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Fonte: Próprio autor, 2022.

Precauções: o paciente não deve colocar as mãos nos joelhos e empurrá-los para dar
apoio ao movimento, pois dará uma impressão de que os ombros estão sendo elevados.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de bruços e com os braços ao lado do corpo; o terapeuta apoia o
ombro que será avaliado.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.

Instrução do Movimento: elevar os ombros em direção às orelhas.


Resistência: a mesma aplicada para a posição descrita anteriormente.

Figura 38 (b) - Elevação da escápula em posição com a gravidade eliminada.

Fonte: Próprio autor, 2022.

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Palpação Muscular:
a) Trapézio (parte superior): região posterior do ombro, na curva do pescoço.
b) Levantador da escápula: localizado posteriormente ao músculo
esternocleidomastoideo, na porção lateral do pescoço.

Depressão Escapular
Músculos movedores principais:
- Trapézio inferior
- Grande Dorsal

Palpação Muscular:
a) Trapézio inferior: palpado lateralmente à coluna vertebral, em direção à espinha da
escápula.
b) Grande Dorsal: localizado ao longo da caixa torácica na região posterior (costas),
onde se insere ao úmero.

Adução Escapular: Retração


Músculos movedores principais:
- Trapézio médio
- Romboides (menor e maior)

➢ Posição contra a gravidade para o trapézio médio (figura a)

Posição Inicial: deitado de bruços, o ombro deve ser abduzido em 90º, e o cotovelo
flexionado em 90º.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.

Instrução do Movimento: levantar o cotovelo para cima, indo contra o movimento do


terapeuta que o empurra para baixo.
Resistência: aplicada lateralmente na borda vertebral da escápula.
Observação: durante a aplicação da resistência, é importante perceber se a escápula do
paciente permanece aduzida (próxima da espinha vertebral).

Figura 40 (a) - Adução escapular em posição contra a gravidade para o

Fonte: Próprio autor, 2022.

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Palpação Muscular:
a) Trapézio médio: entre a coluna vertebral e a borda vertebral da escápula.
b) Romboides: se encontram abaixo do trapézio, não sendo possível apalpá-los.

➢ Posição com a gravidade eliminada para os romboides (figura b)

Posição Inicial: deitado de bruços com o ombro rotacionado internamente, e dorso da mão
sobre a região lombar.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.

Instrução do Movimento: tentar levantar a mão que está sobre as costas no sentido de
afastá-la do corpo, sem deixar que o terapeuta a empurre para baixo.
Resistência: é aplicada para baixo, indo contra a porção distal do úmero.

Figura 41 (b) - Adução escapular em posição com a gravidade eliminada para os

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação muscular:
a) Rombóides (maior e menor): se encontram ao longo da borda lateral da escápula,
próximo ao seu ângulo inferior.

➢ Posição contra a gravidade eliminada para o trapézio médio e os rombóides


(figura c)

Posição Inicial: sentado ereto com a frente do corpo posicionada para o encosto da
cadeira; o úmero deve estar abduzido em 90º e apoiado pela mão do terapeuta.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto da cadeira.

Instrução do Movimento: mover para trás o braço que está estendido.

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Graduação: se a escápula se mover em direção à espinha do corpo, anote grau 2. Se não


for observado qualquer tipo de movimento, apalpe os adutores da escápula.

Figura 42 (c) - Adução escapular em posição com a gravidade eliminada


para o trapézio médio e os romboides

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular: a mesma descrita previamente.

Abdução Escapular: Protração


Músculos movedores principais:
- Serrátil Anterior

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal, com o úmero flexionado a 90º (cotovelo pode
estar flexionado ou não).
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.

Instrução do Movimento: empurrar o braço flexionado para cima.

Resistência: o terapeuta deve segurar a posição distal do úmero ou posicionar sua mão em
concha sobre o cotovelo do paciente, empurrando o braço para baixo ou para trás, no
sentido da adução escapular.
Observação: se a articulação do ombro estiver instável ou dolorida, não aplicar esse teste
no paciente.

Palpação Muscular:
a) Serrátil anterior: região lateral das costelas.

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Figura 43 (a) - Abdução escapular em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição inicial: sentado com o úmero flexionado em 90º (para frente do corpo) e apoiado
pela mão do terapeuta.

Instrução do movimento: mover o braço estendido para frente, empurrando-o.


Graduação: o movimento da escápula em abdução é marcado com grau 2; caso não for
observado nenhum tipo de movimento, apalpe o serrátil anterior.

Figura 44 (b) - Abdução escapular em posição com a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.


7.2 TMM do ombro

Flexão do Ombro
Músculos movedores principais:
- Deltoide anterior
- Coracobraquial
- Peitoral maior (feixe clavicular)
- Bíceps
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➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado em uma cadeira com um dos braços abaixado ao lado corpo, em
posição e altura média.
Estabilização: feita sobre a clavícula e a escápula com a mão do terapeuta.

Instrução do Movimento: o braço em altura média, deve tentar ser levantado à frente do
corpo e na altura do ombro, tentando ir contra o movimento do terapeuta que o está
empurrando para baixo.
Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, o terapeuta empurra o braço para baixo,
no sentido da extensão do braço.

Figura 45 (a) - Flexão do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de lado, o braço que será avaliado (que não está sobre o
colchonete) deve estar em posição média ao longo da lateral do corpo.
Estabilização: lateralmente, o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete; o terapeuta
sustenta o braço que será avaliado segurando-o por baixo.
Instrução do Movimento: mover o braço estendido até que a mão fique na altura do
ombro.

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Fonte: Próprio autor, 2022.


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Palpação Muscular:
a) Deltoide anterior: em frente a articulação do ombro (articulação glenoumeral).
b) Coracobraquial: está medialmente ao tendão da porção longa do bíceps.
c) Bíceps: face anterior do úmero.
d) Peitoral Maior (feixe clavicular): abaixo da clavícula, seguindo seu trajeto até a
inserção no úmero (abaixo do deltoide anterior).

Extensão do Ombro
Músculos movedores principais:
- Grande Dorsal
- Redondo Maior
- Deltoide posterior
- Cabeça longa do Tríceps

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado com o braço que será avaliado ao lado do corpo, o úmero deve
estar rotacionado para dentro.
Estabilização: mão do terapeuta sobre a clavícula e a escápula.

Instrução do Movimento: o braço na lateral do corpo, tem que ser movido reto para trás ao
máximo que o paciente conseguir; a palma da mão deve estar e se manter voltada para
trás.
Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, a mão do terapeuta o empurra para
baixo em direção a sua flexão.

Figura 47 (a) - Extensão do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

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Precauções: se atentar aos abdutores do ombro, que ao inclinar o ombro para frente, o
corpo se curva consequentemente; o corpo do paciente tem que se manter ereto o tempo
de toda a avaliação.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de lado, o braço que será avaliado deve estar estendido ao longo
da lateral do corpo e em rotação interna.
Estabilização: o terapeuta sustenta o cotovelo do braço em avaliação durante todo o
movimento.
Instrução do Movimento: o braço estendido tem que ser movido para trás.

Figura 48 (b) - Extensão do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.


Palpação muscular:
a) Grande Dorsal e
b) Redondo maior: formam a borda posterior da axila.
c) Deltoide posterior: posicionado posteriormente à articulação do ombro.
d) Tríceps: palpado na face posterior do úmero.

Abdução do Ombro
Músculos movedores principais:
- Supraespinhoso
- Deltoide médio

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado com o braço que será avaliado ao lado do corpo e em posição e
altura média.
Estabilização: com a mão do terapeuta sobre a clavícula e a escápula.

Instrução do Movimento: o braço que será avaliado tem que ser levantado até a altura do
ombro, indo contra a ação do terapeuta que o empurra para baixo.

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Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, o terapeuta o empurra para baixo, em


direção ao corpo.
Observação: movimentos acima de 90º, por envolver a escápula, não são mensurados.

Figura 49 (a) - Abdução do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de bruço, o braço que será avaliado fica ao lado do corpo em
posição e altura média.
Estabilização: o terapeuta sustenta o cotovelo do paciente durante todo o movimento,
segurando o punho do braço que está em avaliação.
Instrução do Movimento: mover o braço para o lado.

Figura 50 (b) - Abdução do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Supraespinhoso: por estar situado muito profundamente, sua palpação não é de fácil
acesso.
b) Deltoide médio: abaixo do deltoide e lateralmente à articulação do ombro.

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Adução do Ombro
Músculos movimentadores principais:
- Peitoral Maior
- Redondo Maior
- Grande Dorsal

➢ Posição com a gravidade eliminada

Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal (supino), úmero abduzido a 90º e com o
antebraço em posição média em relação ao corpo.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo colchonete.

Instrução do Movimento: trazer o braço para baixo e ao lado do corpo, sem deixar que o
terapeuta afaste-o.
Resistência: sobre o lado médio da porção distal do úmero, a mão do terapeuta vai tentar
empurrar o braço para longe do corpo do paciente.

Figura 51 (a) - Adução do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Peitoral Maior: forma a borda anterior da axila.
b) Redondo Maior e
c) Grande Dorsal: formam a borda posterior da axila.

Abdução Horizontal do Ombro


Músculos movimentadores principais:
- Deltoide posterior

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado de bruços com o braço que será avaliado sobre a borda da mesa
(a partir do cotovelo, o restante do braço deve ficar livre); o ombro deve ficar abduzido a 90º
e o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a escápula e o tronco são estabilizados pelo colchonete.

Instrução do Movimento: levantar o cotovelo para cima (em direção ao teto).


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Resistência: sobre a superfície posterior da extremidade distal do úmero, o terapeuta


empurra o braço para baixo, em direção da sua adução horizontal.
Observação: uma contrapressão sobre a escápula contralateral, ajuda a resistência.

Figura 52 (a) - Abdução horizontal do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sentado em uma cadeira, o úmero apoiado pela mão do terapeuta deve
estar flexionado a 90º com o cotovelo reto (estendido).
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto da cadeira e o cotovelo é sustentado
pelo terapeuta.
Instrução do Movimento: mover o braço para o lado, afastando-o do corpo.

Figura 53 (b) - Abdução horizontal do ombro em posição com a gravidade eliminada

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Fonte: Próprio autor, 2022.


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Palpação Muscular:
a) Deltoide Posterior: localizado atrás do ombro; após apalpar o deltoide, em seguida,
apalpe a articulação do ombro (articulação glenoumeral).

Adução Horizontal do Ombro


Músculos movimentadores principais:
- Peitoral Maior
- Deltoide anterior

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal (supino), úmero abduzido a 90º com rotação
neutra e o cotovelo estendido.
Estabilização: a mesa (colchonete) estabiliza o tronco e a escápula.
Observação: se os músculos extensores do ombro estiverem fracos, o terapeuta pode
sustentar a extremidade distal do antebraço (região do punho) para que a mão do paciente
não caia sobre sua face ao realizar a adução horizontal do ombro.

Instrução do Movimento: o braço esticado deve ser movido até a frente do corpo do
paciente, indo em direção ao peito.
Resistência: sobre a superfície anterior da extremidade distal do úmero, o terapeuta puxa o
braço para fora, na direção da abdução horizontal.

Figura 54 (a) - Adução horizontal em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco reto e com o braço abduzido a 90º.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto da cadeira e o cotovelo é sustentado
pelo apoio da mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: mover o braço em direção ao peito (mover ele em uma linha
contínua, à frente do corpo).
Observação: se atentar se o paciente está rotacionando o tronco durante a execução.

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Figura 55 (b) - Adução horizontal do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Peitoral Maior: ao longo da borda anterior da axila.
b) Deltoide anterior: anterior à articulação do ombro (articulação glenoumeral), abaixo
do processo acromial da escápula e acima do peitoral maior.

Rotação externa do ombro


Músculos movedores principais:
- Infraespinhoso
- Redondo Menor
- Deltoide posterior

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado de bruços, com o úmero abduzido a 90º e apoiado sobre o
colchonete, o cotovelo é flexionado em 90º e fica livre sobre a borda da mesa para poder
realizar o movimento.
Estabilização: o úmero é estabilizado pela mesa e a mão do terapeuta o segura bem
próximo ao cotovelo para permitir apenas a sua rotação.

Instrução do Movimento: levantar o dorso da mão para cima (em direção ao teto).
Resistência: sobre a superfície dorsal da extremidade distal do antebraço (região posterior
do punho), o terapeuta empurra o antebraço em direção ao chão; o cotovelo se mantém
apoiado pela outra mão do terapeuta e flexionado a 90º grau, evitando a supinação.

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Figura 56 (a) - Rotação externa do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de bruços sobre a mesa, o braço fica por inteiro pendendo sobre a
borda da mesa, estando em rotação interna (palma da mão para dentro).
Estabilização: o tronco e a escápula são estabilizados pela mesa.

Instrução do Movimento: girar a palma da mão para fora, mantendo o braço esticado.

Figura 57 (b) - Rotação externa do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Infraespinhoso inferior: palpado até a espinha da escápula.
b) Redondo Menor: situado entre o deltoide posterior e a borda axilar da escápula.
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c) Deltoide posterior: situado atrás do ombro.

➢ Posição alternativa com a gravidade eliminada (figura c)

Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco ereto, úmero aduzido ao lado do corpo
com o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a extremidade distal do úmero é mantida contra o corpo para permitir
apenas a rotação do ombro, o terapeuta apoia o cotovelo e o punho durante a execução do
movimento.
Instrução do Movimento: mover o dorso da mão para o lado e para fora.

Figura 58 (c) - Rotação externa do ombro em posição alternativa com a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular: a mesma do teste anterior.

Rotação Interna do Ombro


Músculos movedores principais:
- Subescapular
- Redondo Maior
- Grande Dorsal
- Peitoral Maior
- Deltoide anterior

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado de bruços, com o úmero abduzido a 90º e apoiado sobre o
colchonete, o cotovelo é flexionado em 90º e fica livre sobre a borda da mesa para poder
realizar o movimento.
Estabilização: o úmero é estabilizado pela mesa, a mão do terapeuta o segura bem
próximo ao cotovelo para permitir apenas a rotação do ombro.
Instrução do Movimento: levantar a palma da mão para cima (em direção ao teto).

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Resistência: sobre a superfície da extremidade distal do antebraço (região anterior do


punho), o terapeuta o empurra para baixo (em direção ao chão); o cotovelo se mantém
apoiado pela outra mão do terapeuta e flexionado a 90º grau, evitando a supinação.

Figura 59 (a) - Rotação interna do ombro em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: deitado de bruços sobre a mesa, o braço fica por inteiro pendendo sobre a
borda da mesa, estando em rotação externa (palma da mão para fora).
Estabilização: o tronco e a escápula são estabilizados pela mesa.

Instrução do Movimento: girar a palma da mão para dentro, mantendo o braço esticado.
Observação: a pronação pode ser erroneamente confundida como um movimento de
rotação interna do ombro estando em um posição com a gravidade eliminada.

Palpação muscular:
a) Subescapular: não é facilmente palpado, mas sua localização é na axila posterior.
b) Redondo Maior,
c) Grande Dorsal,
d) Peitoral Maior e
e) Deltoilde anterior: são palpados como previamente já descritos.

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Figura 60 (b) - Rotação interna do ombro em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição alternativa com a gravidade eliminada (figura c)

Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco ereto, úmero aduzido ao lado do corpo
com o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a extremidade distal do úmero é mantida contra o corpo para permitir
apenas a rotação do ombro, o terapeuta apoia o cotovelo e o punho durante a execução do
movimento.

Instrução do Movimento: mover a palma da mão para dentro, em direção ao estômago.


Resistência: a mesma descrita anteriormente.
Palpação Muscular: a mesma descrita no teste anterior.

Figura 61 (c) - Rotação interna do ombro em posição alternativa com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.


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7.3 TMM do cotovelo

Flexão do Cotovelo
Músculos movedores principais:
- Bíceps Braquial
- Braquiorradial

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado em um cadeira, com o tronco reto, o braço que será avaliado fica
ao lado do corpo.
Observação: a posição do antebraço vai determinar qual músculo está sendo trabalhado
primordialmente:
- Antebraço em supinação (palma da mão para cima): bíceps braquial;
- Antebraço em pronação (palma da mão para baixo): braquial;
- Antebraço em posição média: braquiorradial.

Estabilização: o terapeuta estabiliza a extremidade distal do úmero com a sua mão.

Instrução do Movimento: enquanto o paciente estiver em cada uma das três posições do
antebraço, o paciente deve dobrar o cotovelo e levar o antebraço em direção ao ombro.
Resistência: para as três posições do antebraço, sobre o punho do paciente, o terapeuta
pressiona-o para baixo, em direção a sua extensão.

Figura 62 (a) - Extensão do cotovelo em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

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Posição Inicial: sentado em uma cadeira, o braço abduzido a 90º sendo sustentado pelo
terapeuta e o cotovelo em flexão (antebraço para frente).
Observação: a posição do antebraço determina qual músculo está trabalhando, como
descrito no item anterior.
Estabilização: sobre o úmero distal, através da sustentação feita pelo terapeuta.

Instrução do Movimento: mover a mão em direção ao ombro (sem flexionar o punho),


mantendo o braço abduzido (altura do ombro).

Figura 63 (b) - Flexão do cotovelo em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Bíceps: facilmente palpado na superfície anterior do úmero.
b) Braquial: com o antebraço em pronação (palma da mão para baixo) e o bíceps
relaxado, o braquial é palpado medialmente ao tendão distal do bíceps.
c) Braquiorradial: com o antebraço em posição média, o braquiorradial é palpado ao
longo do lado radial da porção proximal do antebraço.

Extensão do Cotovelo
Músculos movedores principais:
- Tríceps

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: deitado de bruços, úmero abduzido a 90º e apoiado sobre a mesa, o
cotovelo é flexionado (sobre a borda da mesa) deixando o antebraço suspenso.
Estabilização: sob a superfície anterior do úmero distal, o terapeuta faz a sustentação.

Instrução do Movimento: esticar o braço (estender o cotovelo) sem deixar que o terapeuta
o empurre de volta para baixo.

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Resistência: sobre a superfície dorsal do antebraço do paciente, a mão do terapeuta


empurra o antebraço em direção a flexão do cotovelo.
Observação: a resistência tem que ser aplicada com o cotovelo a 10-15º a menos do que a
extensão total, para que o cotovelo não trave na posição e assim, indicar uma força maior
do que realmente o paciente possui.

Figura 64 (a) - Extensão do cotovelo em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sentado, braço abduzido em 90º e com o úmero e antebraço apoiados pelo
terapeuta, o cotovelo deve estar totalmente flexionado.
Estabilização: pelo apoio do terapeuta, o úmero é estabilizado.

Instrução do Movimento: esticar o cotovelo (na altura do ombro).


Observação: não é permitida qualquer rotação externa do ombro, para evitar que a
gravidade auxilie e produza o movimento de extensão do cotovelo.
Figura 65 (b) - Extensão do cotovelo em posição com a gravidade eliminada

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Fonte: Próprio autor, 2022.
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Palpação Muscular:
a) Tríceps: facilmente palpados na superfície posterior do úmero.

Pronação
Músculos movedores principais:
- Pronador Redondo
- Pronador Quadrado

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado e com o tronco ereto, o úmero é aduzido ao lado do corpo com o
cotovelo flexionado a 90º, antebraço supinado (palma da mão para cima); o punho e os
dedos devem ficar relaxados.
Estabilização: para manter a posição do braço ao longo do corpo, a porção distal do úmero
é estabilizada pela mão do terapeuta.

Instrução do Movimento: girar a mão para baixo (em direção ao chão), sem deixar que o
terapeuta a gire de volta.
Resistência: sobre a região anterior do punho (punho volar), a mão do terapeuta a envolve
e coloca seu dedo indicador estendido ao longo do antebraço; a resistência será aplicada
na direção da supinação.

Figura 66 (a) - Pronação em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sentado, com o úmero flexionado em 90º (em frente ao corpo, na altura do
ombro), o cotovelo é flexionado a 90 com o antebraço em supinação total (palma da mão
apontada para o rosto).
Estabilização: o úmero é estabilizado através do apoio dado pela mão do terapeuta.

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Instrução do Movimento: girar a palma da mão para longe da face (dorso da mão aponta
para o rosto do paciente).

Figura 67 (b) - Pronação em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Pronador Redondo: palpado medialmente à inserção distal do tendão do bíceps, na
superfície volar (anterior; região do punho) do antebraço proximal.
b) Pronador Quadrado: por ser muito profundo, não é possível apalpá-lo.

Supinação
Músculos movedores principais:
- Supinador
- Bíceps

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sentado e com o tronco ereto, o úmero é aduzido ao lado do corpo com o
cotovelo flexionado a 90º, antebraço em pronação (palma da mão para baixo); o punho e os
dedos devem ficar relaxados.
Estabilização: o úmero é estabilizado distalmente pela mão do terapeuta.

Instrução do Movimento: girar a palma da mão para cima (em direção ao teto), sem deixar
que o terapeuta a gire de volta.
Resistência: a mesma aplicada para a pronação, a diferença está na direção do
movimento.

Observação: para diferenciar o músculo supinador função de supinação do bíceps, o


supinador pode ser isolado ao estender o cotovelo. O bíceps não supina o braço estendido,
a menos que sofra resistência (KENDALL et al., 2005).

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Figura 68 (a) - Supinação em posição contra a gravidade

Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sentado, com o úmero flexionado em 90º (em frente ao corpo, na altura do
ombro), o cotovelo é flexionado a 90 com o antebraço em pronação (palma da mão para
fora), punhos e dedos relaxados.
Estabilização: o úmero é estabilizado através do apoio dado pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão em direção a face do paciente (para
dentro).
Figura 69 (b) - Supinação em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Supinador: superfície dorsal do antebraço proximal, distal à cabeça do rádio (porção
do cotovelo).
b) Bíceps: facilmente palpado na porção anterior do úmero.

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MEDIDA DO PUNHO E DA MÃO

Muitos tendões do punho e mão atravessam mais de uma articulação.

Dessa forma, as posições dos testes para os músculos individuais vai incluir
maneiras de minimizar os efeitos de outros músculos que cruzam tal articulação que está
sendo avaliada.

Como regra geral, para minimizar esses efeitos, posicione o músculo de tal forma
que vai contra à sua ação primária.
Por exemplo, para minimizar o efeito do extensor longo do polegar sobre a
extensão da articulação proximal do mesmo, flexione a articulação distal.

Extensão do Punho
Músculos movedores principais:
- Extensor Radial Longo do Carpo (ERLC)
- Extensor Radial Curto do Carpo (ERCC)
- Extensor Ulnar do Carpo (EUC)

➢ Posição contra a gravidade (figuras a)

Posição Inicial: o antebraço é apoiado sobre uma mesa em pronação total (palma da mão
para baixo), os dedos e o polegar devem ficar relaxados ou levemente flexionados.
Estabilização: o antebraço é estabilizado pela mesa e segurado pela mão do terapeuta
para que se mantenha sobre a mesa.

Instrução do Movimento: levantar o punho até onde o paciente conseguir, indo contra a
ação do terapeuta que o empurra para baixo.
Resistência: aplicada opostamente ao extensor radial do carpo.

Para testar os músculos:


- Extensor Radial Longo do Carpo (ERLC): por se estender e se desviar radialmente,
a resistência é aplicada ao dorso da mão em seu lado radial, indo na direção de
flexão e desvio ulnar (figura 70.a).
- Extensor Radial Curto do Carpo (ERCC): a resistência é aplicada no dorso da mão,
no qual o empurra em flexão.
Figura 70 (a) - Extensão do punho em posição contra a gravidade com a

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Fonte: Próprio autor, 2022.


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➢ Posição com a gravidade eliminada (b)

Posição Inicial: o antebraço é apoiado sobre a mesa, em posição média e com o punho
ligeiramente flexionado.
Instrução do Movimento: flexionar o punho para trás (em direção ao antebraço).

Resistência:
Para testar os músculos:
- Extensor Ulnar do Carpo (EUC): por estender o punho e desviá-lo ulnarmente, a
resistência é aplicada ao dorso da mão em seu lado ulnar, empurrando-o na direção
da flexão e do desvio radial (figura 71.b).

Figura 71 (b) - Extensão do punho em posição contra a gravidade com a resistência aplicada
opostamente ao extensor ulnar do carpo (EUC)

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) ERLC: palpe seu tendão na superfície dorsal da mão e do punho, na base do
segundo metacarpo (dedo indicador); seu ventre encontra-se no antebraço proximal
dorsal junto ao músculo braquiorradial.
b) ERCC: palpe seu tendão na superfície dorsal da mão e do punho, na base do
terceiro metacarpo (dedo médio); seu ventre encontra-se distalmente ao ventre do
ERLC, na superfície dorsal do antebraço dorsal.
c) EUC: palpado na superfície dorsal do punho, entre a cabeça da ulna e a base do
quinto metacarpo (dedo mínimo); seu ventre está aproximadamente 5 cm distal ao
epicôndilo lateral do úmero, no cotovelo (RYBSKI, 2004).

Flexão do Punho
Músculos movedores principais:
- Flexor Radial do Carpo (FRC)
- Palmar Longo
- Flexor Ulnar do Carpo (FUC)

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➢ Posição contra a gravidade (figuras a e b)

Posição Inicial: o antebraço apoiado sobre a mesa se encontra supinado (palma da mão
para cima) com o punho estendido, os dedos e o polegar ficam relaxados.
Estabilização: a mesa estabiliza o antebraço, o dorso da mão se encontra erguido da mesa
para permitir que o punho atinja a posição de leve extensão.

Instrução do Movimento: flexionar o punho totalmente para frente (em direção ao


antebraço), sem deixar que o terapeuta o empurre de volta.

Resistência: para testar os músculos:


- Flexor Radial do Carpo (FRC) e Palmar Longo: a resistência deve ser aplicada sobre
as cabeças dos metacarpos na região palmar da mão em direção a sua extensão
(figura 72.a).

Figura 72 (a) - Flexão do punho em posição contra a gravidade; o terapeuta está apontando
para o tendão do flexor radial do carpo (FRC) à medida que oferece resistência

Fonte: Próprio autor, 2022.

- Flexor Ulnar do Carpo (FUC): a resistência é aplicada sobre a cabeça do quinto


metacarpo (dedo mínimo) na superfície palmar da mão em direção à extensão do
punho e desvio radial (figura 73.b).

Figura 73 (b) - Flexão do punho em posição contra a gravidade; o terapeuta está


apontando para o tendão do flexor ulnar do carpo (FUC) à medida que oferece

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Fonte: Próprio autor, 2022.


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➢ Posição com a gravidade eliminada (figura c)

Posição Inicial: o antebraço descansa sobre a mesa, o punho fica estendido com os dedos
e polegar relaxados.
Estabilização: o antebraço é estabilizado pela mesa.

Instrução do Movimento: flexionar o punho para frente (em direção ao antebraço).

Figura 74 (c) - Flexão do punho em posição com a gravidade eliminada; o terapeuta está apontando
para o tendão do palmar longo à medida que o paciente fecha sua mão em concha, num esforço
para ressaltar o tendão

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) FRC (figura 72.a): na superfície anterior do punho (volar) em linha com o segundo
metacarpo (dedo indicador) e radialmente ao músculo palmar longo, se presente.
b) FUC (figura 73.b): na superfície anterior do punho (volar) próximo ao osso pisiforme.
c) Palmar Longo (figura 74.c): por ser um flexor fraco do punho, não é testado em
relação à sua força e pode não estar presente, e se estiver, ele ficará saliente no
meio do punho quando a flexão do mesmo sofre alguma resistência, ou quando a
palma da mão estiver em concha (como mostrado na figura 74.c).

Extensão Metacarpofalangeana (MF) do Dedo


Músculos movedores principais:
- Extensor dos Dedos (ED)
- Extensor próprio do Indicador
- Extensor próprio do Dedo Mínimo

➢ Posição contra a gravidade

Posição Inicial: apoiado sobre a mesa, o antebraço em pronação (palma da mão para
baixo), o punho é apoiado em posição neutra, as articulações metacarpofalangeanas (MF) e
interfalangeanas (IF) dos dedos estão flexionadas e relaxadas.
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Estabilização: o punho e os ossos do carpo são estabilizados pela mão do terapeuta.


Instrução do Movimento: mantendo as articulações flexionadas, levantar elas até onde o
paciente conseguir sem deixar que o terapeuta as empurre para baixo.
Observação: cada dedo será testado individualmente, e o terapeuta apontará qual dedo
será avaliado; os outros dedos se mantém flexionados durante a aplicação do teste. Para
esse teste, é importante o terapeuta demonstrar a ação solicitada.

Resistência: utilizando um dedo (geralmente, o dedo indicador), o terapeuta empurra a


cabeça de cada falange proximal em direção a sua flexão (para baixo), uma de cada vez.

Figura 75 - Extensão metacarpofalangeana do dedo em posição contra a gravidade;


os tendões dos extensores dos dedos podem ser visualizados no dorso da mão

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Extensor dos Dedos (ED): seu ventre muscular pode ser palpado na superfície
proximal dorsal-ulnar no antebraço; os ventres musculares separados, podem
geralmente, ser identificados (os tendões desse músculo são prontamente
observados e palpados no dorso da mão).
b) Extensor próprio do Indicador: o seu tendão está ulnarmente posicionado ao tendão
do extensor dos dedos (ED); seu ventre pode ser palpado no antebraço em sua
porção dorsal média à porção distal, entre o rádio e a ulna.
c) Extensor próprio do Dedo Mínimo: localizado ulnarmente ao extensor dos dedos. Na
verdade, o tendão do extensor do dedo mínimo é o tendão que parece como se
fosse o tendão do ED para o dedo mínimo, porque o ED para este dedo é apenas
uma subdivisão do tendão ED para dedo anelar (quarto dedo).

Extensão Interfalangeanas (IF) do Dedo


Músculos movedores principais:
- Lumbricais
- Interósseos
- Extensor dos Dedos (ED)
- Extensor próprio do Indicador
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- Extensor do Dedo Mínimo

De acordo com a evidência eletromiográfica, os intrínsecos, principalmente os


lumbricais, são os extensores primários das articulações interfalangeanas (LONG, 1968;
LONG & BROWN, 1962). Os lumbricais, originando-se do flexor profundo e inserindo-se no
extensor dos dedos, possuem uma ação ímpar com relação à extensão dos dedos.
Os interósseos flexionam as articulações MF enquanto estendem as articulações
interfalangeanas e, de fato, atuam para estender apenas quando as articulações MF estão
flexionadas ou flexionando (LONG,1968).

➢ Posição contra a gravidade

Observação: Não há qualquer teste de boa confiabilidade para a função dos


lumbricais. O teste 1 segue métodos tradicionais, já o teste 2 é sugerido de
acordo com a evidência eletromiográfica, descrita anteriormente.

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço é apoiado em posição supinado (palma da mão
para cima), o punho se encontra em posição neutra.

Teste 1: as articulações metacarpofalangeanas (MF) são estendidas e as interfalangeanas


(IF) são flexionadas.
Teste 2: as articulações metacarpofalangeanas (MF) são flexionadas com as
interfalangeanas (IF) estendidas.

Estabilização: o punho e os metacarpos são estabilizados pela mão do terapeuta.


Instrução do Movimento:
- Teste 1: dobrar as articulações e endireitar os dedos ao mesmo tempo; o terapeuta
deve certificar-se de demonstrar esse movimento ao paciente.
- Teste 2: endireitar as articulações, mantendo os dedos retos ao mesmo tempo.

Resistência:
- Teste 1: o terapeuta segura a ponta do dedo testado e empurra-o na direção da
posição inicial.
- Teste 2: o terapeuta coloca um dedo sobre a unha do paciente e a empurra em
direção à flexão (figura 76).

Figura 76 - Extensão interfalangeana (ID) do dedo em posição contra a gravidade; a resistência está
sendo aplicada opostamente aos lumbricais, como descrito para o teste 2.

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Fonte: Próprio autor, 2022.


Palpação Muscular:
a) Lumbricais: são músculos muito profundos para serem palpados.

Flexão Interfalangeana Distal (IFD) do Dedo


Músculos movedores principais:
- Flexor Profundo dos Dedos (FPD)

➢ Posição contra a gravidade

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço se encontra supinado (palma da mão para
cima), o punho e as articulações interfalangeanas (IF) estão relaxadas.
Estabilização: o terapeuta apoia firmemente a falange média de cada dedo da mão,
conforme ela é testada para que assim seja evitada a flexão da articulação IF proximal; o
punho deve permanecer em posição neutra.

Instrução do Movimento: o paciente deve dobrar a última articulação (IF distal) do dedo
até onde ele conseguir.
Resistência: sobre a polpa do dedo do paciente, o terapeuta posiciona o dedo indicador e
aplica a resistência em direção à sua extensão.

Figura 77 - Flexão interfalangeana distal do dedo em posição contra a gravidade;


as outras articulações são impedidas de se flexionarem

Fonte: Próprio autor, 2022.

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Flexão Interfalangeana Proximal (IFP) do Dedo


Músculos movedores principais:
- Flexor Superficial dos Dedos (FSD)
- Flexor Profundo dos Dedos (FPD)

➢ Posição contra a gravidade

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço em posição supinada (palma da mão para
cima), punho e articulações metacarpofalangeanas (MF) relaxadas (em posição zero).
Estabilização: todas as articulações interfalangeanas (IF) dos outros dedos da mão do
paciente são estabilizadas pela mão do terapeuta que as segura.
Observação: os dedos que não estão sendo testados são estabilizados em extensão total
pela mão do terapeuta para que seja excluída a influência do músculo profundo em relação
ao superficial, que está sendo testado; como o músculo profundo possui 4 tendões, deve-se
evitar sua ação em três dos quatro dedos para não interferir no movimento do teste. De fato,
o paciente não pode absolutamente flexionar a articulação distal do dedo testado.

Instrução do Movimento: o terapeuta vai apontar para a articulação IFP do dedo do


paciente e vai solicitar que ele dobre apenas a articulação solicitada.
Resistência: a resistência é aplicada na cabeça da falange média em direção a sua
extensão.

Figura 78 - Flexão interfalangeana proximal do dedo (IFP) em posição contra a gravidade;


o flexor profundo é impedido de substituir o movimento, porque o terapeuta segura os outros dedos
restantes em extensão

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Flexor Superficial dos Dedos (FSD): palpado na superfície anterior (volar) do
antebraço proximal em direção ao lado ulnar.
b) Flexor Profundo dos Dedos (FPD): os tendões do FPD podem ser palpados no
punho, entre o músculo palmar longo e o flexor ulnar do carpo.

Flexão Metacarpofalangeana (MF) do Dedo

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Músculos movedores principais:


- Flexor Profundo dos Dedos (FPD)
- Flexor Superficial dos Dedos (FSD)
- Interósseos Dorsais
- Interósseos Palmares
- Flexor do Dedo Mínimo

➢ Posição contra a gravidade para o dedo mínimo

Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço apoiado em supinação (palma da mão para
cima).
Estabilização: os outros dedos que não estão sendo testados, ficam em extensão.

Instrução do Movimento: dobrar a articulação MF do dedo mínimo em direção à palma da


mão, enquanto os outros dedos se mantêm estendidos.

Resistência: utilizando um dedo, o terapeuta puxa a cabeça da falange proximal para a


direção de sua extensão, o paciente deve ir contra esse movimento.
Observação: o terapeuta deve certificar se as outras articulações dos demais dedos
permanecem estendidas.

Figura 79 - Flexão da MF do dedo mínimo em posição contra a gravidade;


o terapeuta está apontando para o ventre do músculo na palma da mão

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Flexor do Dedo Mínimo: encontrado na eminência hipotenar da mão.

Abdução do Dedo (ABD)


Músculos movedores principais:
- Interósseos Dorsais (4)

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- Abdutor do Dedo Mínimo

➢ Posição com a gravidade eliminada

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está apoiado em pronação (palma da mão para
baixo) e com o punho em posição neutra, os dedos estão estendidos e aduzidos; é
importante o terapeuta certificar se as articulações MF estão em posição neutra ou
levemente flexionadas.
Estabilização: o punho e o metacarpo são delicadamente apoiados pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: afastar os dedos entre si (abdução) sem deixar que o terapeuta
os junte novamente.

Observação: como a linha média da mão se dá pelo terceiro dedo, a abdução (afastar da
linha média), a ação de cada dedo é diferente, por isso, é importante conhecer cada
interósseo dorsal (abdutores - ABD) que está sendo testado.
- ABD 1: abduz o dedo indicador em direção ao polegar;
- ABD 2: abduz o dedo médio em direção ao polegar;
- ABD 3: abduz o dedo médio em direção ao dedo mínimo;
- ABD 4: abduz o dedo anelar em direção ao dedo mínimo;
- ABD do dedo mínimo: abduz o próprio em direção a ulna.

Resistência: com o polegar e o dedo indicador para formar uma pinça, o terapeuta aplica
resistência do lado radial ou ulnar da cabeça da falange proximal numa tentativa de
empurrar o dedo na direção da linha média. Fazendo isto do lado radial das cabeças dos
dedos indicador e médio, o teste é realizado para os ABDs 1 e 2. Aplicar resistência do lado
ulnar dos dedos médio, anelar e mínimo, testará os ABDs 3 e 4 e o abdutor do dedo
mínimo.

Figura 80 - Abdução do dedo em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:

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O ABD 1 preenche o espaço da rede dorsal e é fácil de ser palpado ali. Palpe o abdutor
do dedo mínimo na borda ulnar do quinto metacarpo. Os outros interósseos se
encontram entre os metacarpos na face dorsal da mão, onde podem ser palpados; em
algumas pessoas, os tendões podem ser palpados à medida que penetram a expansão
dorsal, próximo das cabeças dos metacarpos. Quando os ABDs estão atrofiados, os
espaços entre os metacarpos na superfície dorsal parecem fundos.

Adução do Dedo
Músculos movedores principais
- Interósseos Palmares

➢ Posição com a gravidade eliminada

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está em pronação (palma da mão para baixo) e
as articulações MF estão abduzidas e em extensão.
Estabilização: a mesa estabiliza o punho e o antebraço.

Instrução do Movimento: juntar os dedos mantendo-os nesta posição sem deixar que o
terapeuta os afaste.

Ação: como a linha média da mão se encontra no terceiro dedo, a adução (aproximação)
do dedo deve ser feita em relação à linha média.
- ADP1 (Interósseo Palmar): aduz o dedo indicador na direção do dedo médio.
- ADP2: aduz o dedo anelar na direção do dedo médio.
- ADP3: aduz o dedo mínimo na direção do dedo médio.

Resistência: é preciso das duas mão do terapeuta para realizar a resistência; o terapeuta
segura as cabeças das falanges proximais de dois dedos próximos um ao outro, aplicando
uma resistência na direção da abdução dos dedos para afastá-los entre si.
- ADP1: para os dedos indicador e médio;
- ADP2: para os dedos médio e anelar;
- ADP3: para os dedos anelar e mínimo.

Figura 81 - Adução dos dedos em posição com a gravidade eliminada

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Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Interósseos Palmares: muito profundos para serem palpados com precisão.

Extensão da Interfalangeana (IF) do Polegar


Músculos movedores principais:
- Extensor Longo do Polegar (ELP)

➢ Posição contra a gravidade (a)

Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço apoiado em posição média, o punho deve ser
flexionado em 10º-20º (borda ulnar apoiada sobre a mesa), e as articulações MF e IF do
polegar flexionadas.
Estabilização: a falange proximal com a articulação MF flexionada.

Instrução do Movimento: estender a ponta do polegar, indo contra a ação do terapeuta de


flexioná-lo.
Resistência: sobre a falange distal do polegar do paciente (na unha), o terapeuta posiciona
um dedo e empurra apenas a articulação IFD na direção da sua flexão.

Figura 81 (a) - Extensão da interfalangeana (IF) do polegar; o terapeuta aplica a resistência ao


extensor longo do polegar (ELP), cujo tendão está proeminente

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Fonte: Próprio autor, 2022.

➢ Posição com a gravidade eliminada (figura b)

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está em supinação com o polegar flexionado.
Estabilização: a mesa estabiliza o antebraço e o punho, o polegar é estabilizado pelos
dedos do terapeuta.

Instrução do Movimento: esticar a ponta do polegar.


Resistência: com o dedo o terapeuta empurra o polegar em sentido de flexão.

Figura 82 (b) - Extensão da IF do polegar em posição com a gravidade eliminada

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
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a) Extensor Longo do Polegar (ELP): palpado na borda ulnar da depressão anatômica


presente na mão, localizada entre o polegar e o dedo indicador na superfície dorsal
da falange proximal do polegar.

Abdução do Polegar
Músculos movimentadores principais:
- Abdutor Longo do Polegar
- Abdutor Curto do Polegar

➢ Posição contra a gravidade (figura a)

Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço em supinação (palma da mão para cima) com o
punho em posição neutra, polegar aduzido.
Estabilização: o lado ulnar do punho é apoiado pela mão do terapeuta que o segura em
sua posição neutra.

Instrução do Movimento: afastar o polegar (abdução)


da palma da mão, sem deixar que o terapeuta o
empurre de volta.
Resistência: o terapeuta com o seu dedo pressiona a
cabeça do primeiro metacarpo em direção da sua
adução (aproximação da palma da mão).

Figura 83 (a) - Abdução do polegar em posição


contra a gravidade; o terapeuta está aplicando a
resistência ao abdutor longo do polegar, que o
movimenta para longe da mão, à meio caminho
entre extensão e abdução palmar

Fonte: próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Abdutor Longo do Polegar: seu tendão pode ser palpado na articulação do punho,
distalmente ao processo estiloide do rádio (punho) e lateralmente ao músculo
extensor curto palmar (ECP).

➢ Posição contra a gravidade para o abdutor curto do polegar (b)

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço é apoiado em supinação (palma da mão para
cima), o punho está em posição neutra com o polegar aduzido.
Estabilização: a mão do terapeuta apoia o punho, segurando-o em posição neutra em sua
face dorsal e ulnar.
Instrução do Movimento: levantar o polegar para fora da palma da mão (para trás) sem
deixar que o terapeuta o empurre de volta para dentro.

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Resistência: o dedo do terapeuta pressiona a cabeça do primeiro metacarpo em sua


direção de adução (para a palma da mão).

Figura 84 (b) - Abdução do polegar em posição contra a gravidade para o abdutor curto do polegar

Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Abdutor Curto do Polegar: palpado sobre o centro da eminência tenar.

Flexão Interfalangeana (IF) do Polegar


Músculos movedores principais:
- Flexor Longo do Polegar (FLP)

➢ Posição contra a gravidade

Posição Inicial: sobre uma mesa, o cotovelo é flexionado e apoiado, o antebraço em


supinação deixando a superfície palmar do polegar esteja voltada para o teto, as
articulações MF e IF do polegar são estendidas.
Estabilização: o terapeuta apoia a falange proximal segurando a articulação MF em
extensão.

Instrução do Movimento: dobrar a ponta do polegar até onde o paciente conseguir, sem
deixar que o terapeuta a estique de volta.
Resistência: o dedo do terapeuta empurra a cabeça da falange distal do polegar no sentido
da sua extensão.

Figura 85 - Flexão IF do polegar em posição contra a gravidade

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Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Flexor Longo do Polegar: palpado na superfície palmar da falange proximal do
polegar.

Flexão Metacarpofalangeana (MF) do Polegar


Músculos movedores principais:
- Flexor Curto do Polegar
- Flexor Longo do Polegar

➢ Posição contra a gravidade para o flexor curto do polegar (a)

Posição Inicial: sobre a mesa, o cotovelo é apoiado e flexionado, o antebraço está em


supinação de forma que a superfície palmar do polegar esteja voltada para o teto, as
articulações MF e IF do polegar são estendidas.
Estabilização: a mão do terapeuta sustenta firmemente o primeiro metacarpo.

Instrução do Movimento: dobrar o polegar em direção a palma da mão, mantendo


estendida a articulação terminal do polegar (IF) e indo contra o movimento do terapeuta que
a puxa de volta para fora.
Resistência: a resistência é aplicada no flexor curto do polegar com o dedo do terapeuta
que, empurra a cabeça da falange proximal do polegar em direção a sua extensão.

Figura 86 (a) - Flexão da MF do polegar em posição contra a gravidade para o flexor curto do polegar

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Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Flexor Longo do Polegar: palpado na eminência tenar da mão, próximo à articulação
MF do polegar e medialmente, ao abdutor curto do polegar.

Adução do Polegar
Músculos movedores principais:
- Adutor do polegar

➢ Posição contra a gravidade

Posição Inicial: antebraço em pronação (palma da mão para baixo), punho e dedos em
posição neutra, polegar abduzido (afastado da palma da mão) com as suas articulações MF
e IF estendidas.
Estabilização: mantendo as articulações MF em posição neutra, os metacarpos dos dedos
são estabilizados pela mão do terapeuta.

Instrução do Movimento: levar o polegar até a palma da mão, sem deixar que o terapeuta
a puxe de volta.
Resistência: o terapeuta segura a cabeça da falange distal do polegar, tentando afastá-lo
da mão em direção a sua abdução.

Figura 87 - Adução do polegar em posição contra a gravidade

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RCG 2028 – Cinesiologia e Biomecânica
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Fonte: Próprio autor, 2022.

Palpação Muscular:
a) Adutor do Polegar: palpado na superfície palmar do espaço da membrana do
polegar.

Oposição do Polegar
Músculos movedores principais:
- Oponentes do Polegar
- Oponentes do Dedo Mínimo

➢ Posição Contra a Gravidade

Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço é apoiado e está em supinação, o punho em


posição neutra e polegar aduzido (afastado da palma da mão) e estendido.
Estabilização: o terapeuta segura o punho em posição neutra.

Instrução do Movimento: com a polpa do polegar, tocar a polpa do dedo mínimo, sem
deixar que o terapeuta os separe.
Resistência: o terapeuta segura ao longo do primeiro metacarpo do polegar, desviando-o,
ou segura ao longo do quinto metacarpo, desviando o dedo mínimo; eles podem ser
resistidos simultaneamente se o terapeuta utilizar ambas as mãos.

Figura 88 - Oposição do polegar em posição contra a gravidade; o terapeuta aplica a


resistência tanto no polegar como no dedo mínimo

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Fonte: Próprio autor, 2022.

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