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Ministério da Educação

Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA


Bacharelado em Ciência e Tecnologia/Engenharia
Civil/Engenharia Ambiental e Sanitária
Disciplina: Hidráulica

ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

Prof. Wesley de Oliveira Santos

Graduação em Agronomia
Mestrado em Irrigação e Drenagem
Doutorando em Manejo de Solo e Água

Pau dos Ferros/RN – Semestre 2016.2


ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos forçados
 Condutos fechados de seção geralmente circular
que o líquido escoa sob pressão diferente da
atmosférica;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

Conduto Livre Conduto forçado Conduto forçado

P = Patm P  Patm P > Patm


ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos forçados
 Condutos fechados de seção geralmente circular
que o líquido escoa sob pressão diferente da
atmosférica;

Di De
L

Di = De – 2e Di = Diâmetro interno, mm
De = Diâmetro externo, mm
e = espessura interna, mm
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
Tabela 1. Exemplo de tubos comerciais com especificações técnicas
Fabricante Modelo DN (mm) DE (mm) e (mm) DI (mm)
35 38,1 1,2 35,7
50 50,5 1,2 48,1
Tigre LF – PN 75 75,5 1,5 72,5
40 mca 100 101,6 2,0 97,6
125 125 2,5 120,0
150 150 3,0 144,0
25 25 1,2 22,6
Amanco LF – PN 32 32 1,5 29,0
60 mca 40 40 1,9 36,2

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos forçados
 Tubo: Peça única, geralmente cilíndrica e de
comprimento limitado pelo tamanho de fabricação ou
de transporte;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos forçados
 Tubulação/canalização: Conduto constituído de
tubos ou tubulação continua – termo usado para o
trecho de um aqueduto pronto e acabado;

Condutos forçados
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Número de Reynolds
 Investigações teóricas e experimentais – diferentes
diâmetros de tubos e temperaturas de líquidos;

v.D NR = número de Reynolds (adimensional);


NR  v = velocidade de escoamento do líquido no conduto (m/s);
  = viscosidade cinemática do líquido (m²/s);
D = diâmetro interno do conduto (m);

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Número de Reynolds

Tabela 1: Viscosidade cinemática em função da temperatura.


Temperatura (0C ) Viscosidade cinemática (m²/s)
0 0,000001792
4 0,000001567
8 0,000001386
12 0,000001237
16 0,000001112
20 0,000001007
24 0,000000917
30 0,000000804

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Número de Reynolds

.D 2 4.Q
Q  A.v Q .v v
4 .D 2

4.Q
NR 
.D.

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Regimes de escoamento
 Regime laminar: As partículas fluidas apresentam
trajetórias bem definidas, que não se cruzam, NR ≤
2.000;
 Regime turbulento: As partículas fluidas apresentam
movimento desordenado, onde uma cruza a trajetória
da outra, ocorre o choque entre as partículas, NR ≥
4.000;
 Regime de transição: Ocorre quando não é possível
definir o regime de escoamento, 2.000 < NR < 4.000;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

Fluxo em
regime laminar

Fluxo em
regime
turbulento
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga em condutos forçados – movimento do


fluido no conduto;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Expressão de Bernoulli – fluidos reais;

V12 p1 V22 p 2
  Z1    Z 2  hf 1  2
2g  2g 

P1 – pressão no ponto 1 do conduto, kgf/m²;


P2 – pressão no ponto 2 do conduto, kgf/m²;
 - peso específico do líquido, kgf/m³; da água = 1000 kgf/m³;
V1 – velocidade de escoamento no conduto no ponto 1, (m/s);
V2 – velocidade de escoamento no conduto no ponto 2, (m/s);

Condutos forçados
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 Perda de carga
 Regime laminar: Somente a viscosidade do líquido
influi;
 Regime turbulento: A viscosidade e o choque entre
as partículas influi;
 Diretamente proporcional ao comprimento do
conduto;
 Proporcional a uma potência da velocidade de
escoamento do conduto;

Condutos forçados
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 Perda de carga
 Depende das asperezas das paredes do conduto e
das características dos fluidos;
 Independente da pressão sob a qual o líquido escoa;
 Independente da posição do conduto e do sentido do
escoamento do fluido;
 Inversamente proporcional a uma potência do
diâmetro do conduto;

Condutos forçados
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 Perda de carga – Fórmula universal (Darcy-Weissbach)

2
hf = perda de carga, m.c.a;
L V f = coeficiente de atrito no interior dos condutos;
hf  f . . L = comprimento do conduto, m;
D 2g D = diâmetro interno do conduto, m;
V = velocidade de escoamento no conduto, m/s;
g = aceleração da gravidade, m/s²;

hf
J Perda de carga unitária (m/m)
L

Condutos forçados
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 A fórmula universal pode ser expressa em função da


vazão

4.Q 8f .L.Q 2
v hf  2 5
.D²  .D .g

8.f .Q 2
J 2 5
 .D .g

Condutos forçados
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 Classificação da perda de carga


 Perda de carga contínua: Ocorre ao longo de uma
tubulação – movimento da água no interior dos tubos;
 Perda de carga localizada: Pontos especiais, peças
especiais, acessórios ao longo de uma tubulação;

hf total  hf contínua  hf localizada

Condutos forçados
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 Determinação do coeficiente de atrito f para o cálculo


da perda de carga

 
f  NR, 
 D

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Determinação do coeficiente de atrito f para o cálculo


da perda de carga
Fórmula de Moody

 1

     1,0x10
6
 
3
f  0,0055 1   20000   
  D NR  
 

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

Condutos forçados
Exemplo 01: Uma tubulação de aço rebitado, com 0,30 m de
diâmetro e 300 m de comprimento, conduz 130 L/s de água a
15,5oC. A rugosidade do tubo é 0,003 m. Determinar a
velocidade média e a perda de carga. Dado a viscosidade
cinemática da água a 15,5oC = 0,000001132 m2/s (valor
tabelado).
Obtenção de f pelo diagrama de Moody

Escoamento Zona Escoamento turbulento


laminar crítica

f = 0,038
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 Obtenção do f pelo uso de fórmulas empíricas


 Regime laminar – função do número de Reynolds,
independe da rugosidade relativa (  );
D
64
f
NR

 Regime turbulento – hipótese de Prandt: espessura


do filme laminar, rugosidade absoluta;

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Película do líquido onde o escoamento é laminar

32,5.D = espessura do filme ou camada laminar, m ou


 mm;
D = diâmetro interno do conduto, m ou mm;
NR. f NR = número de Reynolds, adimensional;
f = coeficiente de atrito, adimensional;

Condições  THR

 THL

Condutos forçados
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 Tubos hidraulicamente lisos (THL)


 Fórmula de Blasius (NR < 100.000)

f  0,3164.NR 0, 25
 Fórmula de Konakov 
NR 0,9    31
2 Condições D
  5,62 
f   2 log 0,9  1
  NR   
3
-mEspessura
ou mm
do filme ou camada laminar,

Condutos forçados
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 Tubos hidraulicamente lisos (THL)


 Fórmula de Nikuradse

f  0,0032  0,221.NR 0, 237 104  NR  3,4.106

Condições NR. f  800

1
 
3
Condutos forçados
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 Tubos hidraulicamente lisos (THL)


 Fórmula de Karman-Prandtl (NR≥ 4.000)
1
f
2 logNR f  0.8 
2

Condutos forçados
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 Tubos hidraulicamente rugosos (THR) - Regime de


turbulência plena
 Fórmula de Nikuradse

NR    448
0,9

1  2.  Condições D


 1,74  2 log 
 D 
f
  8.
   
f   2. log 
  3,71.D 

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Tubos hidraulicamente rugosos (THR) - Regime de


turbulência plena
 Fórmula de Karman-Prandtl

1
f  2
   
1,14  2 log  
  D 

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
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 Zona de transição, turbulento, liso e rugoso


 Fórmula de Colebrook-White

NR. f
14   200
  2,51  D
1
 2 log .  
Condições  

f  3,7.D NR. f 
1
.    8.
3

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Zona de transição
 Fórmula de Souza


31  NR 0,9    448
2 Condições D
   5,62 
f   2. log  
0,9 
  3,71.D NR  1
.    8.
3

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Zona de transição
 Fórmula de Swamee – regime laminar, turbulento,
condutos lisos e rugosos, turbulência plena e de
transição;

0,125
 64 8    6 16 
5,74   2500   
 
f     9,5ln      
 NR    3,7.D NR   NR   
0,9

 

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Exercício 01: Calcular o coeficiente de atrito para o


escoamento com diâmetro de 100 mm, rugosidade
absoluta de 0,002 mm, velocidade de 2 m/s e viscosidade
cinemática de 1,01 x 10-6 m²/s.
 Admita que o regime turbulento ocorre em um conduto
rugoso, liso ou turbulento de transição - Colebrook-
White;
 (Tentativa 1 - fo = 0,02);

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Exercício 02: Calcular a perda de carga e a velocidade


média do escoamento em uma tubulação de alumínio de
75 mm (Di = 73,2 mm) de diâmetro e 128 m de
comprimento, cuja vazão é de 6,2 L/s. A viscosidade
cinemática da água é de 1,0 x 10-6 m²/s e a rugosidade
absoluta é 0,015 mm. Sugestão: Utilize a fórmula
universal.

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
 Equações empíricas ou práticas – determinação da
perda de carga
 Equação de Hazen-Williams
 Resultou da análise estatística de milhares de dados
experimentais;
 Os resultados obtidos tem grande aceitação prática;
 Pode ser utilizada para as seguintes condições:
 Diâmetros entre 50 e 3.000 mm; V < 3 m/s;
 Água a temperatura ambiente e para o regime
turbulento (t = 20º C; NR ≥ 4.000);

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Equações de Hazen-Williams
 Várias formas de apresentação;
hf = perda de carga, m.c.a;
1,852 Q = vazão, m³/s;
Q L C = coeficiente de Hazen-Williams (tebelado
1) hf  10,65.  . em função do material do tubo e do estado
C D 4,87 de conservação);
L = comprimento da tubulação, m;
D = diâmetro da tubulação, m;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Equações de Hazen-Williams
 Várias formas de apresentação;
v = velocidade de escoamento, m/s;
C = coeficiente de Hazen-Willians (tebelado
2) v  0,355.C.D0,63.J 0,54 em função do material do tubo e do estado
de conservação);
J = perda de carga unitária, m/m;
D = diâmetro da tubulação, m;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Equações de Hazen-Williams
 Várias formas de apresentação;
Q = vazão, m³/s;
C = coeficiente de Hazen-Willians (tebelado
3) Q  0,2788.C.D2,63.J 0,54 em função do material do tubo e do estado
de conservação);
J = perda de carga unitária, m/m;
D = diâmetro da tubulação, m;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Equações de Hazen-Williams
 Várias formas de apresentação;

6,81.v1,852 Q = vazão, m³/s;


4) J  1,852 1,167 C = coeficiente de Hazen-Williams (tebelado
C .D em função do material do tubo e do estado
de conservação);
J = perda de carga unitária, m/m;
Q1,852 D = diâmetro da tubulação, m;
5) J  10,65. 1,852 4,87
C .D v = velocidade de escoamento, m/s;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Equações de Hazen-Williams
 Várias formas de apresentação;

Q = vazão, m³/s;
0 , 38
Q C = coeficiente de Hazen-Williams (tebelado
6) D  1,625. em função do material do tubo e do estado
C0,38.J 0, 205
de conservação);
J = perda de carga unitária, m/m;
D = diâmetro da tubulação, m;
6,81.v1,852
7) hf  1,852 1,167 .L L = comprimento da tubulação, m;
v = velocidade de escoamento, m/s;
C .D hf = perda de carga, m.c.a;

Condutos forçados
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FORÇADOS
Tabela 2. Valores do coeficiente C de Hazen-Williams
Tipo de conduto C
Aço corrugado 60
Aço galvanizado 125
Aço soldado, novo 130
Aço soldado, usado 90-100
Aço soldado com revestimento especial 130
Aço zincado 140-145
Alumínio 140-145
Cimento-amianto 130-140
Concreto, com bom acabamento 130
Concreto, com acabamento comum 120
Ferro fundido, novo 130
Ferro fundido, usado 90-100
Plástico 140-145
PVC rígido 145-150
Vidro 140

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Exercício - 03
1
NR

28 m

2
Dados: Canalização de PVC – C = 150
D = 75 mm
L = 280 m
Calcule a vazão em L/s (Utilizar a equação de HW)

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 Exercício - 04
1
NR

28 m
2

Considerando a vazão de 16 L/s, determine:


a) O diâmetro teórico (diâmetro interno) da tubulação em mm;
b) O diâmetro comercial mais próximo inferior e superior em mm;
c) A vazão para o diâmetro inferior;
d) A vazão para o diâmetro superior

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Equação de Flamant
 Equação aplicada para a temperatura ambiente;
 Aplicada para instalações domiciliares;
 Diâmetros variando de 12,5 mm a 160 mm e
velocidades de escoamento de 0,1 a 4 m/s;
 Inicialmente foram desenvolvidas para ferro fundido
e aço galvanizado;
 Posteriormente – determinação do coeficiente b para
outros materiais;

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Equação de Flamant
 Várias formas de apresentação;

1, 75
hf = perda de carga, m.c.a;
Q b = coeficiente que depende da natureza
1) hf  6,107.b. 4,75 .L do tubo;
D Q = vazão, m³/s;
D = diâmetro da tubulação, m;
L = comprimento da tubulação, m;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Equação de Flamant
 Várias formas de apresentação;

1, 75 J = perda de carga unitária, m/m;


v
2) J  4.b. 1, 25 b = coeficiente que depende da natureza
do tubo;
D v = velocidade de escoamento, m/s;
D = diâmetro da tubulação, m;

Q1, 75
3) J  6,107.b. 4,75
D

Condutos forçados
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FORÇADOS

Tabela 3. Valores do coeficiente b sugeridos para equação de Flamant


Material b
Ferro ou aço usado 0,000230
Ferro ou aço novos 0,000185
Chumbo 0,000140
Cobre 0,000130
Plástico (PVC, PE) 0,000135

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Exercício - 05
1
NR

10 m
2

Considerando a vazão de 3 L/s, tubulação de PVC (b = 0,000135), L = 100 m;


determine:
a) O diâmetro teórico (diâmetro interno) da tubulação em mm (Flamant);
b) O diâmetro comercial;
c) A vazão para o diâmetro comercial;
d) O novo desnível
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 06:
 Determinar a perda de carga contínua em uma
tubulação de PVC (b = 0,000135), cuja vazão é de 2,78
L/s e o comprimento da tubulação é de 250 m, com
diâmetro nominal de 50 mm (DI = 48,1 mm).

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga localizada


 Método dos coeficientes
hfloc = perda de carga localizada, m.c.a;
n  v2 
hfloc   K i . 

K = coeficiente próprio da peça causadora da perda de
carga localizada;
i 1  2.g  v = velocidade de escoamento, m/s;
g = aceleração da gravidade, m/s²;

Condutos forçados
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FORÇADOS

 Perda de carga localizada

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

Tabela 4. Valores do coeficiente K para obter a perda de carga localizada

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
Dados complementares:
 Exercício 07: Tubulação de PVC rígido (b=0,000135);
Diâmetro = 21,6 mm;
Vazão = 0,55 L/s;
Determine a perda de carga localizada e
1m a total

2m Peças:
1m 1 Entrada reentrante - k = 0,89
2,5 m 1 Tê com saída lateral - k = 1,30
5 Curvas de raio longo - k = 0,32
2m
1 Registro de gaveta aberto - k = 0,20
1 Saída da tubulação - k = 1,00
1,5 m

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 08: Uma tubulação adutora de PVC (C = 150)


transporta uma vazão de 50 m³/h que abastece um
reservatório de água. A tubulação possui 1.000 m de
comprimento e diâmetro nominal de 100 mm (Di = 94,4
mm). Determine a perda de carga total da tubulação de
recalque (contínua + localizada).
 Peças no recalque: 1 registro de gaveta – k = 0,2, 1
válvula de retenção – k = 2,5, 2 curvas de 90º – k = 0,4 e
1 ampliação – k = 0,15;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga localizada


 Método dos comprimentos equivalentes

L'  L  Lfictício
L’ = comprimento virtual ou equivalente, m;
L = comprimento da tubulação, m;
Lfictício = comprimento atribuído as peças existentes na tubulação, m;

Q1,75
hfloc  J.Lfictício hf  6,107.b. 4,75 .Lfictício
D

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga localizada


 Método dos comprimentos equivalentes
Tabela 5. Perda de carga localizada, equivalência em metros de PVC rígido

DE DI (mm) Dreferê pol Joelho Joelho Curva Curva T de 900


(mm) ncia de 900 de 450 de 900 de 450 saída
(mm) bilateral
20 17 15 ½ 1,1 0,4 0,2 0,2 2,3
25 21,6 20 ¾ 1,2 0,5 0,3 0,3 2,4
32 27,8 25 1 1,5 0,7 0,4 0,4 3,1
40 35,2 32 1 1/4 2,0 1,0 0,5 0,5 4,6

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
Dados complementares:
 Exercício 09: Tubulação de PVC rígido (b=0,000135);
Diâmetro = 21,6 mm;
Vazão = 0,55 L/s;
Determine a perda de carga localizada e
1m a total

2m Peças:
1m 1 Entrada reentrante - Lfic = 1,0
2,5 m 1 Tê com saída lateral - Lfic = 2,4
5 Curvas de raio longo (90º) - Lfic = 0,5
2m
1 Registro de gaveta aberto - Lfic = 0,2
1 Saída da tubulação - Lfic = 0,9
1,5 m

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 10: Uma tubulação adutora de PVC (C = 150)


transporta uma vazão de 50 m³/h que abastece um
reservatório de água. A tubulação possui 1.000 m de
comprimento e diâmetro nominal de 100 mm (Di = 94,4
mm). Determine a perda de carga total da tubulação de
recalque (contínua + localizada).
 Peças no recalque: 1 registro de gaveta – Lfic = 1,0, 1
válvula de retenção – Lfic = 16, 2 curvas de 90º – Lfic =
1,6 e 1 ampliação – Lfic = 1,3;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Sifão (conduto parcialmente forçado)


Pa Pb V 2
H 0  0   hf AB
  2g

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Esquema de instalação de um sifão

Diâmetros (1/2", 3/4", 1",


2", 3"). O comprimento
varia, em geral, entre 1,50
e 2,00 m.

Q  0,65.10 3.A. 2.g.H

Q = vazão, (L/s);
A = Área, (cm²)
ΔH = Carga hidráulica, (cm);
g = 981 cm/s²;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 11: Calcule a altura H, para que o sifão de 1


polegada forneça uma vazão de 1 L/s. (Despreze as
perdas de carga no sifão).

NR

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos equivalentes - fornecem a mesma vazão


para uma mesma perda de carga;
 Condutos em série – a vazão conduzida é a mesma
em todos os trechos de diferentes diâmetros;

Q  Q1  Q 2

hf  hf1  hf 2
L  L1  L 2

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos equivalentes - fornecem a mesma vazão


para uma mesma perda de carga;
 Condutos em série – a vazão conduzida é a mesma
em todos os trechos de diferentes diâmetros;

6,81.v1,852 L L1 L2 Li
hf  1,852 1,167 .L 2m n
 2mn
 2mn
 ..... 2mn
C .D D D1 D2 Di

m = expoente do termo velocidade – HW – m =


1,852;
n = expoente do diâmetro na fórmula utilizada para
o cálculo da perda de carga – HW – n = 1,167;
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos equivalentes
 Condutos em paralelo - a perda de carga é comum
ao longo dos ramais;

Q  Q1  Q 2  Q3

hf  hf1  hf 2  hf 3

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos equivalentes
 Condutos em paralelo - a perda de carga é comum
ao longo dos ramais;

1 1 1 1
D 2mn
 m  D1 2 m  n m  D 2 2mn m  D i 2mn  m
     
  L
  ...
  L


 L   L1   2   i 

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Condutos equivalentes – em série


 Exercício 12: Dimensionar uma adutora de ferro
fundido nova (C = 130) para atender as características
de projeto:
 Vazão = 25 L/s
 Comprimento da tubulação = 1.000 m
 Perda de carga (hf = 25 mca)
 Considere os diâmetros comerciais disponíveis de
125 e 150 mm;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
 Condutos equivalentes – em paralelo
 Exercício 13: Foi construída uma adutora de ferro fundido
de 250 mm de diâmetro que fornecia uma vazão de 75 L/s
para abastecimento de uma cidade, posteriormente com o
aumento da área para abastecer, instalou-se uma segunda
adutora do mesmo material de 175 mm de diâmetro e vazão
de 35 L/s, no momento é necessário uma vazão de 150 L/s,
o que poderia ser conseguido com uma terceira adutora de
200 mm, isso indica ser mais recomendado adotar um único
diâmetro. Determine o diâmetro equivalente usando a
fórmula universal de perda de carga – diâmetros comerciais
(300 e 350 mm).

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Potência hidráulica – potência que a bomba transfere


ao líquido;

Pot H  .Hm.Q

 = Peso específico da água (N/m³);


Hm = Altura manométrica (m);
Q = Vazão (m³/s);
PotH = Watt;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS
2
 Exercício - 14
BOMBA
12 m

1
NR

Considere os seguintes dados: N kgf


Tubulação: PVC (b = 0,000135); 1 cv = 735,5 Watts  água  9.810 3  água  1.000 3
m m
Q = 0,7 L/s
D = 25 mm
L = 82 m A) Determine a perda de carga na tubulação
P2 = 1,0 kgf/cm² B) Determine a potência hidráulica da bomba, em cv
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Diâmetros de sucção e recalque


 Critério da velocidade econômica
 Velocidade de sucção: Vs < 1,5 m/s (no máximo 2
m/s);
 Velocidade de recalque: Vr < 2,5 m/s (no máximo 3
m/s);
 Velocidades econômicas: sucção (1 m/s), recalque
(2 m/s);
4.Q 4.Q
Ds  Dr 
.Vs .Vr
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Diâmetro de sucção e recalque


 Critério utilizando a fórmula de Bresse;
 Funcionamento contínuo (24 horas por dia);
D = Diâmetro de recalque (m);
D  K. Q K = coeficiente econômico – custos com
tubulação e com a operação da instalação;
0,9  K  1,4 V = velocidade de escoamento (m/s);
Kmédio = (1,2);

4 Observações: Diâmetro estimado é


K diferente do diâmetro comercial - Ds (acima
.V para a tubulação de sucção); Dr (abaixo
para a tubulação de recalque);

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Diâmetro de sucção e recalque


 Critério utilizando a fórmula da ABNT (NB 92/66);
 Funcionamento intermitente

1
D = Diâmetro (m);
D  1,3.X . Q
4
Q = vazão (m³/s);

X = (T/24);
T = Número de horas de funcionamento por dia;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 15: Para um sistema de recalque, calcular o


diâmetro da tubulação de sucção e da tubulação de
recalque. Considere a vazão de 35 m³/h, velocidade de
escoamento na tubulação de recalque = 2 m/s.
 Exercício 16: Considerando K = 1,2, determine o
diâmetro de recalque e sucção para uma vazão de
0,0023 m³/s.

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Exercício 17: Num edifício de 10 andares, com 6


apartamentos por andar, será montada uma estação de
bombeamento de água que deverá funcionar 8 horas por
dia. Admite-se uma quota de 200 litros por habitante por
dia e uma média de 5 habitantes por apartamento,
supondo que as tubulações sejam de aço galvanizado,
pede-se: Determinar os diâmetros nas tubulações de
recalque e sucção.

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga em tubulações com múltiplas saídas


(equidistantes);
 hf = 2 mca 1 1 m 1
F  
hf m  1 2N 6 N²
hf dim 
F N = número de saídas;
m = expoente da velocidade na
equação considerada
F = Fator de Christiansen;

Para N = 5 saídas e m = 1,75 (Flamant), F = 0,469,


Portanto hfdim = 2/0,469 = 4,26 mca

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Perda de carga em tubulações com múltiplas saídas


(primeira saída – metade do espaçamento);
 hf = 2 mca
2N   1  m 1 
F    
hf  2 
2N  1   m  1  6N 
hf dim 
F
N = número de saídas;
m = expoente da velocidade na
equação considerada;
F = Fator de Christiansen;

Para N = 5 saídas e m = 1,75 (Flamant), F = 0,410,


Portanto hfdim = 2/0,410 = 4,88 mca
Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Acessórios de tubulações
 Válvulas de abre e fecha;
 Gaveta;
 Esfera, pressão, borboleta;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Acessórios de tubulações
 Válvulas de retenção;
 Regulador de pressão;
 Ventosa, válvula de pé com crivo;

Condutos forçados
ESCOAMENTO EM CONDUTOS
FORÇADOS

 Acessórios de tubulações
 Curvas (90 º e 45 º)
 Raio curto;
 Raio longo;

Condutos forçados
AGRADECIMENTOS
Obrigado
pela
atenção !!!!

Wesley de Oliveira Santos


E-mail: wesley_ufersa@yahoo.com.br
wesley.santos@ufersa.edu.br

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