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Prof. Marcelo M.

Galarça
marcelo.galarca@riogrande.ifrs.edu.br

Curso de Engenharia Mecânica - IFRS


Introdução
 Não é de hoje que sabe-se sobre a energia
contida nos fluidos...
 Utiliza-la para fins de trabalho ou geração de
energia é uma das principais motivações para
o desenvolvimento humano.
 Sistemas de irrigação (3000 a.C.)
 Rodas hidráulicas  moagem de grãos (egípcios
e gregos)
 Heron de Alexandria (egípcio) Séc. II a.C.
desenvolveu equipamentos precursores às
máquinas de fluido modernas.
Introdução
 A primeira “Turbina” a vapor:
Introdução
 Séc. XIX
 Maior desenvolvimento
 Conhecimentos mais sólidos
 Termodinâmica

 Mecânica dos fluidos (aerodinâmica)

 Processos de fabricação

 Surgimento de materiais

 Crescimento do uso computacional

 Turbinas a gás (2ª guerra)


 Turbinas eólicas (séc. X)  alternativa de energia
limpa (>2MW)
Introdução
 Aplicações atuais:
 Transporte de líquidos, gases e sólidos;
 Geração de energia
 Processos químicos de alta pressão (reatores em indústrias de 1ª
e 2ª geração petroquímica)
 Avanço em projetos devido à simulação numérica
 Visualização de escoamentos complexos
 Desenvolvimento de produto (pás, rotores, carcaças, etc)
 Predição de eficiência, desempenho, etc..
 Desenvolvimento de programas de cálculo (banco de dados)
Introdução
Introdução
 Definição
 Sistemas Fluidomecânicos: conjunto formado por
máquinas e/ou dispositivos cuja função é extrair ou
adicionar energia de/para um fluido de trabalho.
 Máquina de Fluido: equipamento que promove a
troca de energia entre um sistema mecânico e um
fluido.
 Energia mecânica  Energia de fluido
 Máquina de fluido geradora

 Energia de fluido  Energia mecânica


 Máquina de fluido motora
Introdução

 Máquina hidráulica: é aquela em que o fluido que intercambia (troca) sua


energia não varia sensivelmente de densidade em seu percurso através da
máquina.
 Máquina térmica: é aquela em que o fluido em seu percurso através da
máquina varia sensivelmente de densidade e volume específico.
Introdução
 Principais tipos de máquinas de fluido:

Deslocamento positivo Máquinas de fluxo


(Positive displacement) (turbomachines)

Fluido confinado submetido a Não existe confinamento do fluido.


trocas de pressão devido à Fluxo contínuo com trocas de
variações no volume do energia por efeitos dinâmicos.
sistema.
Dispositivos que direcionam o fluxo
Ocorre deslocamento de com lâminas ou pás, junto a um
fronteiras! rotor.

Bombas de engrenagens Turbinas


(rotativas)
Ventiladores
Compressores de pistão
(reciprocantes)
Coração
Introdução
 Máquinas de fluxo

 Máquinas de deslocamento
Introdução
 Ventiladores e compressores  Bombas
Revisão: Perda de Carga
 A equação da energia (1ª Lei da Termodinâmica) fornece uma
maior percepção das perdas por pressão em escoamentos
viscosos internos.
Considerando um escoamento permanente através do sistema de
tubo (fig). As fronteiras do volume de controle são mostradas em
linhas tracejadas, e são perpendiculares ao escoamento nas
seções 1 e 2, coincidindo com a superfície do tubo nas outras
regiões. A equação básica é:
2

Q  Ws  Wcis  Woutro   e d    (e  p ) VdA VC
t VC SC

1
Escoamento 
Revisão: Perda de Carga
 Considerações:
 (1) Ws=0; Woutro=0
 (2) Wcis=0 (embora tensões de cisalhamento estejam presentes
nas paredes do cotovelo, as velocidades são iguais a zero lá!)
 (3) Escoamento permanente
 (4) Escoamento incompressível
 (5) Energia interna e pressão uniformes através das seções 1 e 2

2

Q W s  W cis  W outro 
t 
VC
e d    (e  p ) VdA
SC
VC

1
V2 Escoamento 
eu  gz
2
Revisão: Perda de Carga
 Integrando, a equação é reescrita:

p p  
1
Q  m(u2  u1 )  m  2  1   mg ( z2  z1 )
   
V22 V12
 V2 dA2   V1dA1
A2
2 A1
2

Aplicando os conceitos de coeficiente de energia cinética e de


velocidade média, temos a perda de carga total como:

 p1 V12   p2 V22  hlT


H lT    1  z1     2  z2  H lT 
 g 2g   g 2g  g

Energia por unidade de peso!


Revisão: Perda de Carga
 Perda de Carga Total:

hlT  hl  hlm

Perda de carga secundária: acessórios como válvulas, tês,


joelhos; porções do sistema com área variável tais como
saídas de reservatórios, bocais convergentes e divergentes.
A perda de carga na entrada ou saída de uma tubulação é
considerada secundária.

Perda de carga principal: devido ao atrito no escoamento


plenamente desenvolvido entre pontos da tubulação com
área constante.
Revisão: Perda de Carga
 Perda de Carga Principal – Escoamento Laminar

64 L V 2
Hl 
Re D 2 g

 Perda de Carga Principal – Escoamento Turbulento

L V2
Hl  f Equação de Darcy
D 2g
Revisão: Perda de Carga
 O fator de atrito tem as dependências:
  Rugosidade 64
f    Re,  f  Laminar: só
 D Re depende de Re,

Também pode ser


vista na Tab.8.2
(Cap.8) – Fox e
McDonald, 5ª Ed.
Revisão: Perda de Carga
Revisão: Perda de Carga
 O fator de atrito: numericamente
1  D 2,51  Equação de Colebrook.
 2,0log   
 Solução iterativa
f  3,7 Re f 

2
   D 5,74   Estimativa inicial pra utilizar
f 0  0,25 log   0,9   Colebrook
  3,7 Re  

0,316
f  1
Correlação de Blasius:
escoamento turbulento, tubos
Re 4
lisos. Re  10
5
Revisão: Perda de Carga
 O fator de atrito: numericamente

f  a  b.Re  c Equação de Wood

   
0,225

a  0,53    0,094  
D D
 
0,44

b  88  
D
 
0,134

c  1,62  
D
  metros
Revisão: Perda de Carga
 Perda de carga secundária (localizada):
Leq V 2 Método do comprimento equivalente
H lm  f
D 2g - Comprimento equivalente em metros
de canalização retilínea. Tabelado de
acordo com o acessório.

V2 Método do coeficiente de perda


H lm  K -Determinado experimentalmente
2g
-Alguns valores são fornecidos
para alguns acessórios.
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
T  20º C
ar  1,204kg / m3 VD 1,204  5  0,35
Re    116.409
 1,81 10 5
ar  1,81  105 N .s / m2
Cotovelo 90° e 0,046mm
médio   0,0001314
D 350mm
V1  5 m Leq  9,5m
s
2m   0,35m
2m 5m

V2  V1

2m
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
Cotovelo 90°
Leq V 2 9,5 5 2
m 2
hlm  f f  f  339,28 2 médio
Leq  9,5m
D 2 0,35 2 s

Leq V 2
6 52 m2
hlm  f f  f  214,29 2
D 2 0,35 2 s
V1  5 m
s
Seção reta
2m   0,35m Leq  6m
2m 5m

V2  V1

2m
Revisão: Perda de Carga
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
N
hlm  0,018  339,29m  6,11  ar  7,35  2  14,71
m2
N
hlmRETO  0,018  214,29  3,85  ar  4,64
m2
Cotovelo 90°
médio
N
V1  5 m
s
Leq  9,5m hlm  14,71  4,64  19,35 2
m
2m   0,35m
2m 5m

V2  V1

2m
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
Leq V 2
5 52 m2 N
hlm  f f  0,018  178,57 2  3,21 ar  3,87 2
D 2 0,35 2 s m

Cotovelo 90°
médio
V1  5 m Leq  9,5m
s
2m   0,35m
2m 5m

V2  V1

2m
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
Leq V 2
5 52 m2 N
hlm  f f  0,018  178,57 2  3,21 ar  3,87 2
D 2 0,35 2 s m

Cotovelo 90° N N
médio hlm  3,87 2 + hlm  19,35 2
V1  5 m Leq  9,5m m m
s
2m   0,35m
N
hlt  23,22 2
2m 5m m
V2  V1

2m
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
Q V  A Leq  Q 2 1
hlm  f  
D  A 2

Cotovelo 90° Graficar a curva


médio
V1  5 m Leq  9,5m
s
2m   0,35m
2m 5m

V2  V1

2m
Curva do Sistema
 Exemplo de calculo da curva do sistema:
6

4
mmca

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Q [m³/s]
Curva do Sistema
 O que é um sistema?
 Um (ou mais) ventilador(es) + elementos de dutos...
 Por onde o ar (gás) deve escoar
 Elementos:
 Dutos;

 Curvas;

 Transições (expansão, convergente);

 Dampers;

 Telas;

 Filtros;

 Grãos (ou reservatórios líquidos)

 Etc.
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Perda de Carga: Grãos e Sementes
Ventilador
 Por definição, o que se entende por ventilador?
 É um cata vento?
 É uma hélice?
 É aquilo que a gente usa em casa no verão?

 Tecnicamente um ventilador é:
 Uma máquina que produz fluxo de gás com duas ou mais pás
fixadas a um eixo rotativo
Ventilador
 Componentes: rotor, meio de acionamento e carcaça

Axial
Centrífugo
Terminologia e Definições
Pressão Estática com Vazão Nula Descarga Livre
Terminologia e Definições
 Vazão; [m³/h]
 Potência Absorvida Pelo Ventilador:
É a potência REAL que um ventilador requer para mover um dado
volume de ar a uma determinada pressão.

Pabs  mP [W]

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Terminologia e Definições
 Pressão estática; PE=PABS-PATM
 Pressão dinâmica
Terminologia e Definições
 Pressão Total

 Pressão Total do Ventilador


PTVent  PTDesc  PTAsp É a energia mecânica total
acrescentada ao ar (ou gás).

 Pressão Estática do Ventilador


PEVent  PTVent  PDDesc Usada na medição do desempenho e
não pode ser medida diretamente.
Terminologia e Definições
 Intervalo de Aplicação:
É o intervalo de vazões e pressões
de operação, determinado pelo
fabricante, no qual um ventilador
irá operar satisfatoriamente.

Para centrífugos com pás voltadas


pra frente: 30 – 80% do QMÁX
Para aqueles com pás pra trás: 40 –
85% do QMÁX
Para pás radiais: 35 – 80% do QMÁX
Terminologia e Definições
 Rendimento Estático:
É a potência estática dividida pela potência absorvida do ventilador

Q  PE
e 
270.000  PABS

 Rendimento Total:
Ou Rendimento mecânico, ou simplesmente rendimento. É a razão da saída
de potência sobre o suprimento de potência

Q  PT
t 
270.000  PABS
Terminologia e Definições
 Curvas de Desempenho Genérica – CONDIÇÕES IDEAIS
Terminologia e Definições
 Curvas de Desempenho de um Ventilador – CONDIÇÕES
IDEAIS
Terminologia e Definições
 Curvas de Desempenho de um Ventilador – CONDIÇÕES
IDEAIS
Terminologia e Definições
 Curvas de Desempenho de um Ventilador – CONDIÇÕES
IDEAIS
Leis dos Ventiladores
 Não se testa o desempenho de cada tamanho de
ventilador de uma linha.
 Existem relações que são utilizadas  “Leis”

 ANTENÇÃO: Se aplicam a UM determinado ponto de


operação, segundo a característica do ventilador (não
prevêem outros pontos na mesma curva).
Leis dos Ventiladores
 Não se testa o desempenho de cada tamanho de
ventilador de uma linha, de um fabricante, em todas
as velocidades as quais ele pode ser aplicado!!
 Por isso, algumas “Leis” (relações) são aplicadas. Com
bons resultados.
 ANTENÇÃO: As leis se aplicam a um determinado ponto
de operação, segundo a característica do ventilador. Não
podem ser usadas para prever outros pontos na mesma
curva característica!
Leis dos Ventiladores
 São mais usadas para calcular mudanças na vazão,
pressão e potência... Quando o tamanho, a velocidade
ou densidade do gás for alterado.

Q  vazão
P  pressão (total,
estática ou dinâmica)
  densidade do gás
N  rotação
D  diâmetro
W  potência
Leis dos Ventiladores
Leis dos Ventiladores
 Exercícios:
 Exemplo: Aplicação da lei para uma mudança na
velocidade de rotação N para um tamanho específico de
ventilador. A curva calculada para a pressão é derivada da
curva base (fabricante). Temos um ventilador com Q=
3m3/s, pt = 228Pa, e N = 600rpm. Se mudarmos a rotação
para 650 rpm, quais as novas condições?

N   650 
Q1  Q2   1   3     3, 25m 3
/s
 N2   600 
2
 N1 
2
 650 
p1  p2     228     286Pa
 2
N  600 
Leis dos Ventiladores
-A curva p@N=650 pode ser gerada
através de pontos adicionais a partir
dos dados da curva base;
-Pontos equivalente são encontrados
usando-se a curva do sistema
(tracejada)
-A curva base é totalmente
estabelecida experimentalmente
(testes).
Leis dos Ventiladores
 Mudança na rotação
Leis dos Ventiladores
 Mudança no diâmetro mantendo a rotação
constante

Fabricantes usam para gerar dados de


desempenho de “famílias” de ventiladores
geometricamente proporcionais.
Leis dos Ventiladores
 Mudança na massa específica (vazão constante)

Exerc.
Leis dos Ventiladores
 Mudança na massa específica e rotação

Usadas para seleção de ventiladores que não


os de densidade de ar padrão.

Exerc.
Leis dos Ventiladores
 Testes e Classificação
 ASHRAE Standard 51/ AMCA Standard 210:
procedimentos de testes.
Leis dos Ventiladores
 Exercícios:
1) Um ventilador para ar condicionado está operando a uma velocidade de 600
rpm contra uma pressão estática de 500 Pa e exigindo potência de 6,50kW.
Está liberando 19000m3/h nas condições padrão. Para uma carga térmica
de ar condicionado maior que a planejada originalmente, mais ar se faz
necessário. Assim, com um aumento para 21500m³/h, quais são os novos
valores para a rotação do ventilador, a pressão estática e a potência? R

2) Um ventilador operando a 2715 rpm, e 20°C, contra uma pressão estática


de 300 Pa, libera 3560 m³/h e requer 2,84kW. Um motor de 5kW está
alimentando o ventilador. O sistema está com pouca capacidade porém o
proprietário não quer gastar dinheiro para mudar o motor. Qual é a
capacidade máxima que se pode chegar no seu sistema com o motor
existente? Qual é o número de rotações permitidas? Qual será a vazão e
qual será a pressão estática sob as novas condições? R
Leis dos Ventiladores
 Exercícios:
3) Um ventilador aspirando ar de um forno está entregando 18620m³/h a 116°C
contra uma pressão estática de 25 mmca. Está operando a 13,27 rps e
requer 9,90kW. Presumindo-se que o forno perca seu calor e o ar seja de
20°C, o que acontece com a pressão estática e a potência absorvida pelo
ventilador? DADOS: dar @20°C=1,2kg/m³; dar@116°C=0,9kg/m³ R

4) Um engenheiro especifica que quer 15200m³/h a uma pressão estática de


200 Pa, com temperatura de 49°C e a uma altitude de 300m. Determine a
rotação do ventilador e sua potência. R
DUAS FORMAS DE SOLUÇÃO
Leis dos Ventiladores
 Exercícios:
5) Para a especificação do engenheiro do exercício anterior, 15.200m³/h,
200Pa e 49°C, o seguinte ventilador poderia ser usado? Sabendo que hoje
ele opera com condições idênticas, porém com vazão de 6.000m³/h. R
Solução
Ponto de Operação
 Determinadas todas as quedas de pressão (soma de
todos os componentes), graficamos a curva do sistema.
 Sobrepor a curva do ventilador à curva do sistema

Este valor, é o que calculamos


para fazer a seleção de um
ventilador.

É interessante o conhecimento da
curva do sistema para termos ideia
dos intervalos que podemos
trabalhar com determinado
ventilador.
Ponto de Operação
 Se a resistência projetada NÃO for coerente com a
resistência instalada...
o ponto de operação irá mudar e os valores de Pe
e Q não serão iguais aos calculados!
Conclusões normalmente erradas
-Se a pressão estática aumenta (ou
diminui), a vazão aumenta (ou diminui).

Conclusões certas
-Se a pressão diminui, maior RPM será
necessária para atingir a vazão
requerida.
-A pressão diminui, aumenta a potência.
Efeitos do sistema na aspiração
 Desempenho do ventilador de catálogo (condições
ideais)
 Aplicação real  condições diferentes
 Três causas básicas (ou combinações entre essas) para
perdas de desempenho na aspiração:
 VAZÃO NÃO UNIFORME PARA O INTERIOR DA VOLUTA
 REDEMOINHO (VORTICIDADE ELEVADA)
 BLOQUEIO DE FLUXO
 Difícil determinar valores para essas perdas específicas
 Cuidados especiais são possíveis
Efeitos do sistema na aspiração
 Vazão não uniforme na aspiração

-Não uniformidade induzida por uma curva


90° sem “veios”

- turbulência
Efeitos do sistema na aspiração
 Redemoinho (ou vorticidade)
 Frequente causa de redução no desempenho
 Na direção de rotação do rotor
 Oposto à direção de rotação do rotor
Efeitos do sistema na aspiração
 Bloqueio na aspiração
 Problemas de instalação  perda de pressão

BOCAL DE ASPIRAÇÃO

Reduz a perda para:


0,05 x pressão dinâmica
Efeitos do sistema na aspiração
 Bloqueio na aspiração
 Efeito do espaço
 Paredes (ou obstruções
similares devem ficar a
uma distância de, pelo
menos, ½ diâmetro do
rotor.
Efeitos do sistema na descarga
 Basicamente as perdas de desempenho na descarga são
por um ou ambos fatores:
 TRANSIÇÃO NA DESCARGA
 CURVAS NA DESCARGA
 Velocidade de saída NÃO é uniforme na área de
descarga
 Escoamento de natureza espiral (veloc. de catálogos 
AMCA Standards/ASHRAE)
Efeitos do sistema na descarga
 Transição na descarga
 Evitar transições repentinas

Obs.:
-Plenum:
-É aconselhável uma pequena
extensão de duto (1 a 2 diam.)
antes da câmara, para uma
recuperação da pressão
estática.
Aumentos em casos de descarga “livre” (ou plenum)
Efeitos do sistema na descarga
 Curas na saída
 Queda de pressão estática abrupta
 Turbulência e perfil de velocidade na descarga não uniforme.
 No caso de necessidade de ser aplicada
 Raio médio (aprox. 1,5 x diâmetro do duto);
 Duto reto (compr = 1 diãmetro) seguido de curva quadrada
com veios. (para velocidades menores que 10m/s)
Efeitos do sistema na descarga
 Curvas na saída

(A) 0,5 x Pressão dinâmica (simples e dupla aspiração)


(B) 0,6 x Pressão dinâmica (simples); 0,75 x (dupla aspiração)
(C) 1,0 x Pressão dinâmica (simples e dupla aspiração)
(D) 0,9 x Pressão dinâmica (simples); 0,75 x (dupla aspiração)

*Pressão dinâmica com relação à velocidade de descarga nominal


Efeitos do sistema na descarga
 Ventiladores de “gabinetes”

Obs.:
- Caso estes parâmetros de
construção não puderem ser
atendidos, tratar como descarga
livre para um plenum.
Tipos de Ventiladores

 Centrífugos;
 Axiais;
 Fluxo misto.
Tipos de Ventiladores

Rotor de pás curvadas para


frente (sirocco);

 Centrífugos Rotor de pás curvadas para


trás (limit load e airfoil);

Rotor de pás radiais


Tipos de Ventiladores
-A rotação para certo rotor é determinada pela
velocidade periférica (R) necessária para produzir a
velocidade absoluta (S) de uma partícula de gás,
para aplicação.

S r t
- A velocidade do ar com relação à pá dada por B
- A extensão do vetor R, indica a RPM relativa ao
rotor para produzir determinada vazão.
- Com base nisto:
- o tipo Sirocco requer menor velocidade para
mesma vazão
- o tipo Limit Load é o que requer maior
velocidade para mesma vazão
Rotor Com Pás Curvadas
Para Frente (Sirocco)

 Rotações relativamente baixas;


 Deslocamento de altas vazões com baixas
pressões estáticas;
 Intervalo de operação entre 30 e 80% da vazão
em descarga livre;
 Rendimentos estáticos máx. de 60-68%
 Curva de potência tipo “Sobrecarga”
Rotor Com Pás Curvadas
Para Frente (Sirocco)

 Vantagens:
 baixo custo;
 rotação baixa  minimiza tamanho de
eixo e mancal
 intervalo de operação amplo
Rotor Com Pás Curvadas
Para Frente (Sirocco)

 Desvantagens:
 formato da curva dá a possibilidade de
instabilidade por paralelismo
 sobrecarga no motor pode ocorrer no caso da
redução de pressão estática do sistema
 é mais fraco estruturalmente, não atingindo
altas rotações para aumento de pressão estática
Rotor Com Pás Curvadas
Para Trás – Limit Load

 Rotação aproximadamente 2 vezes a do Sirocco;


 Intervalo de operação entre 40 e 85% da vazão em
descarga livre;
 Rendimento estático máximo de aproximadamente
80%;
 Geralmente qto maior o ventilador mais eficiente ele se
torna para uma seleção.
Rotor Com Pás Curvadas
Para Trás – Limit Load

 Vantagens:
 Maior rendimento;
 Curva de potência atinge um máximo dentro
do intervalo operacional;
 Um projeto mais “forte” torna-o mais
adequado para pressões mais elevadas (não
tem problemas com sobrecarga);
Rotor Com Pás Curvadas
Para Trás – Limit Load

 Desvantagens:
 Requer maiores dimensões de eixos e mancais,
bem como maior importância no
balanceamento, em função das maiores
rotações;
 Operação instável quando a pressão estática se
aproxima da máxima (Q=0)
Rotor Com Pás Curvadas
Para Trás – Airfoil

 É um refinamento do Limit Load utilizando


pás em formato de aerofólio;
 Melhora do rendimento p/ aproximadamente
86%;
 Reduz ligeiramente o nível de ruído;
 A magnitude da instabilidade aumenta.
Rotor Com Pás Radiais

 São geralmente mais estreitos do que os outros centrífugos


 Por consequência exigem rotores maiores para determinada
capacidade;
 Aumento do custo (principal motivo pelo NÃO uso em
aplicações de ar condicionado).
 Adequado para volumes de ar baixos e pressões estáticas altas
 Bom para o transporte de materiais.
Rotor Com Pás Radiais

 Vantagens:
 Ausência de instabilidade;
 Relação quase linear da potência com a vazão
permitindo controle através do motor de acionamento;
 Desvantagens:
 Alto custo;
 Rendimento menor.
Ventilador Centrífugo
Tubular
 Consistem de:
 um rotor Limit Load
 uma carcaça cilíndrica, onde o
ar é descarregado radialmente e
desviado pela parede interna do
cilindro, saindo paralelo ao
eixo.
 Pás de guia para recuperação da
pressão estática e correção do
escoamento.
Ventilador Centrífugo
Tubular
 Intervalo de operação semelhante ao Limit
Load de pás planas ou aerofólio (50 – 85%);
 Devido ao fluxo turbulento, o rendimento
estático é reduzido (máximo em torno de
72%) e o nível de ruído aumentado.
 A vantagem é o menor espaço requerido
devido ao fluxo em linha reta.
Ventilador Centrífugo: curvas típicas
Ventiladores Centrífugos
Pás Curvadas Para Frente Pás Curvadas Para Trás
SIROCCO LIMIT LOAD
Ventiladores Centrífugos
Centrífugos
TUBULAR
Ventiladores Centrífugos
Paralelo
Ventiladores Centrífugos
Ventiladores Centrífugos
Tipos de Ventiladores

Propeller

Ventiladores Axiais Tuboaxial

Vaneaxial
Propeller

 Aplicado para grandes vazões e pouca ou


“nenhuma” pressão estática diferencial;
 Faixa operacional acima de 65% da vazão
em descarga livre.
Vaneaxial de Alto
Desempenho

Tuboaxiais e
Vaneaxiais

 São ventiladores axiais montados em um


cilindro;
 Diferem entre si pelas pás de guia dos
vaneaxiais;
 As pás de guia removem o turbilhonamento e
melhoram o rendimento e permitem pressões
mais elevadas
Vaneaxial de Alto
Desempenho

Tuboaxiais e
Vaneaxiais

 Vantagens:
 Peso e tamanho reduzidos;
 Fluxo em linha reta;
 Desvantagens:
 Alto ruído e menor rendimento em relação
aos centrífugos
Vaneaxial de Alto
Desempenho

Tuboaxiais e
Vaneaxiais
 Já existem alguns projetos mais sofisticados
para os Vaneaxiais...
 Utilização à pressões próximas aos Limit Load
Aerofólio (centrífugos), com rendimento total
iguais.
 Possuem pás de passo variável, ativadas por
controlador externo.
 Atenuações de ruído são geralmente necessárias.
Ventiladores Axiais: curvas típicas
Ventiladores Axiais
Propeller
Vaneaxiais

Tubular
Ventiladores Axiais
Ventiladores Axiais
Condensadores evaporativos
Ventiladores Axiais
Fluxo Misto

 Escoamento intermediário entre os ventiladores


axiais e centrífugos;
 Pode ter descarga axial ou radial;
 Pode produzir níveis mais elevados de pressão que
um ventilador de vazão comparável;
 São geralmente usadas em grande porte, para
tiragem em caldeiras e usinas geradoras de energia.
Fluxo Misto
Associação de ventiladores
 Em série:
 É utilizada quando não se deseja alterar a vazão, mas aumentar a
pressão fornecida pelos ventiladores.
 Somam-se as pressões de cada ventilador
 Em paralelo:
 É utilizada quando não se deseja alterar a pressão, mas aumentar a
vazão.
 Os dois ventiladores devem funcionar a mesma pressão e vazão.
 Devido ao comportamento quadrático da velocidade, as vazões não
podem ser simplesmente consideradas “o dobro” para o caso de dois
ventiladores!
 Tanto em série ou em paralelo, para axiais ou centrífugos é
altamente recomendado que os ventiladores sejam IGUAIS!
Associação de Ventiladores
 Em série  Em paralelo

Pressão
Pressão

A+B
A
A

Vazão A Vazão A A+B


Instabilidade do Sistema
 Ocorre com ventiladores de pás curvadas para frente
Instabilidade do Ventilador
 Perda de sustentação aerodinâmica provocado por
pouca vazão -Sabemos que o escoamento se dá do ponto
de maior pressão para o de menor.
- Se o ventilador estiver efetuando descarga
para um ambiente de alta pressão pode
ocorrer a perda de sustentação aerodinâmica
(stall)
- Quanto a magnitude: as flutuações de
pressão próximo à máxima pode ser da
ordem de 10%
- isto explica porque um ventilador de
grande instabilidade é intolerável. As
paredes dos dutos e sala de ventilação
podem partir com a vibração gerada.
Instabilidades por Paralelismo
 Dois ou mais ventiladores operando em paralelo
-Alguns ventiladores apresentam
um aclive “positivo” na curva
pressão-volume;
- Outros podem apresentar um
loop para certas faixas de vazão
- Se a curva do sistema cruzar
essas regiões, grandes
instabilidades podem ocorrer
- É altamente recomendado
seguir as instruções do fabricante
antes de utilizar ventiladores em
paralelo
Instabilidades por
Paralelismo
 Dois ou mais ventiladores operando em
paralelo
-Uma possível solução para isto é a
instalação de dampers de vazão na
voluta
- muda o formato da voluta,
consequentemente da curva, na
tentativa de alcançar uma condição
estável.
Comportamento das pressões
Seleção de Ventiladores
 Espaço disponível para ventilador e sistema
de acionamento;
 Condições de serviço (T, p, transporte de
materiais, paralelo/série, etc);
 Ruído produzido pelo ventilador;
 Efeito de redução de desempenho do
ventilador provocado pelo sistema;
 Tipo de acionamento (correias x direto);
 Custo x vida útil.
Escolha do Tipo de Ventilador
 Método da rotação específica:
 Geralmente utilizado para acionamento direto;
 Não se aplica necessariamente a qualquer
fabricante;
Tipo de Ventilador – Rotação
Específica
Seleção do Ventilador
 Método de seleção do ar equivalente:
 Determinar as condições operacionais a
partir das curvas ou tabelas do fabricante;
 Aplicar as leis dos ventiladores;
 O ponto operacional deverá estar no pico de
rendimento ou pouco à direita deste;
Seleção do Ventilador
 Exemplo
 Verificar se algum dos dois modelos disponíveis atende
às necessidades do projeto. Dados:
-Vazão = 30.000 m³/h
- Diam. = 1 m

Perdas:
-Captor, dP = 6 mmca
- Filtro, dP = 12 mmca
- Curva: dP = 5 m de trecho reto
- Trecho reto, dP = 0,6 mmca/m
Calculando...

dPTotal(estática) = dPretos+dPcaptor+dPfiltro= 40,2 mmca

Ponto de Operação:

-dPTotal(estática) + dPdinâmica = 40,2mmca + dPdinâmica


- Vazão = 30.000m³/h
74%

6,5 CV
680 rpm

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