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Universidade Federal do Paraná

Curso de Engenharia Industrial Madeireira

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II


AT-
AT-102

M.Sc. Alan Sulato de Andrade

alansulato@ufpr.br

ENGRENAGENS

1
ENGRENAGENS
INTRODUÇÃO:

 Estes elementos estão presentes em quase todos os


sistemas que transmitam potência de uma unidade
motora para uma unidade consumidora. Uma
característica extremamente importante é o fato que
em função da configuração ou arranjo destes
elementos, podemos variar (aumentar ou reduzir)
variáveis da transmissão, como por exemplo a
rotação, velocidade angular e principalmente o torque.

ENGRENAGENS
INTRODUÇÃO:

 A transmissão de movimento rotativo de um eixo para


outro ocorre em quase todas as máquina que se possa
imaginar. As engrenagens constituem um dos
melhores meios dentre os vários disponíveis para essa
transmissão. (Serão os mais eficientes?)

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ENGRENAGENS
INTRODUÇÃO:

 Quando se constata que as engrenagens de um


diferencial de automóvel, por exemplo, possa funcionar
por 150.000 quilômetros ou mais antes de
necessitarem substituição, e quando se conta o
número real de engrenamentos ou de revoluções de
um sistema de transmissão, começa-se a avaliar o fato
de que o projeto e a fabricação destas engrenagens é
realmente uma realização notável.

ENGRENAGENS
HISTÓRICO:

 As engrenagens possuem uma história longa. Um


aparato denominado “Carroça chinesa apontando para
o Sul” supostamente usada para navegar pelo deserto
de Gobi nos tempos pré-Bíblicos, continha
engrenagens rudimentares.
Leonardo Da Vinci mostra muitos arranjos de
engrenagens em seus desenhos.
Após um grande desenvolvimento e o advento da
revolução industrial, as engrenagens passaram a ser
construídos com materiais metálicos muito mais
resistentes.

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ENGRENAGENS
HISTÓRICO:

 As primeiras engrenagens foram provavelmente feitas


cruamente de madeira e outros materiais fáceis de
serem trabalhados. Sendo meramente constituídos por
pedaços de madeira inseridos em um disco ou roda.

http://pfdrastromar.wordpress.com/2008/07/29/fazendas-parte-1/

ENGRENAGENS
HISTÓRICO:

Engrenagens construídas com madeira

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ENGRENAGENS

DEFINIÇÃO:

 Denomina-se engrenagem o elemento dotado de


dentadura externa ou interna, cuja finalidade é
transmitir movimento sem deslizamento e potência,
multiplicando os esforços com a finalidade de gerar
trabalho.
 Possuem formato cilíndrico (engrenagem cilíndrica),
cônico (engrenagem cônica), helicoidal (engrenagens
helicoidais) ou reta (cremalheira).

ENGRENAGENS

DEFINIÇÃO:

Engrenagens

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ENGRENAGENS
DEFINIÇÃO:

Engrenagens de pequeno e médio porte

ENGRENAGENS
DEFINIÇÃO:

Engrenagens de grande porte

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ENGRENAGENS
DEFINIÇÃO:

Engrenagens de grande porte para industria do cimento e de açúcar

ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Como relatado na definição, existem diversos tipos de


engrenagens entre as principais, destacam-se:

 Engrenagens de formato cilíndrico,


 Engrenagens de formato cônico,
 Engrenagens de formato helicoidal,
 Engrenagens de formato reto,
 Engrenagem planetária,
 Parafusos sem fim,

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ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Engrenagens de formato cilíndrico,

ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Engrenagens de formato cônico,

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ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Engrenagens de formato helicoidal,

ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Engrenagens de formato reto, conhecidas como


cremalheiras.

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ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Engrenagem planetária,

ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Parafusos sem fim,

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ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Outras, Paralelas,
Perpendiculares

Internas,
Externas

Hipóide
Simples,
Dupla

ENGRENAGENS

CLASSIFICAÇÃO:

 Obviamente, cada tipo de elemento estará associado a


uma aplicação específica. De maneira geral, deve-se
conhecer as cargas e solicitações que o sistema de
transmissão estará submetido a fim de se optar pelo
melhor elemento.

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ENGRENAGENS

PADRONIZAÇÃO:

 As engrenagens, hoje em dia, são altamente


padronizadas com relação à forma do dente e ao
tamanho. Diversas entidades de padronização
estabelecem normas e diretrizes, dentre estas se
destaca a AGMA – American Gear Manufacturers
Association, ABNT e a DIN.

ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Os processos utilizados normalmente para produção


de engrenagens são:

 Usinagem,
 Fundição,
 Conformação,

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ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Usinagem,
Pode ser divido em dois grupos:
Usinagem com ferramenta:
A usinagem com ferramenta de forma consiste na utilização
da fresa módulo, fresa de fonta, brochamento entre outros.
Usinagem por geração:
É efetuada com a utilização de fresa caracol (hob),
cremalheira de corte entre outros. Consiste no processo
mais utilizado na industria.

ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Usinagem,

Processos de usinagem utilizados na construção de engrenagens

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ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Fundição,
Consiste na deposição de material metálico liquefeito em
formas. Entre os processos mais utilizados estão o por
gravidade, sob pressão e em camadas.

ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Fundição,

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ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Conformação,
Os processos mais utilizados são o forjamento, extrusão,
trefilação, laminação e a estampagem.

ENGRENAGENS

FABRICAÇÃO:

 Conformação,

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ENGRENAGENS

MATERIAIS PARA AS ENGRENAGENS:

 Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes


na produção de engrenagens tais como o aço de baixo
ou médio carbono laminados a frio ou a quente, Ferro
fundido nodular, Bronze e aço inoxidável.
Dentro os principais aços padrão SAE/AISI utilizados,
estão o 1020, 1040, 1050, 3145, 3150, 4320, 4340,
8620 e 8640.

ENGRENAGENS

QUALIDADE DAS ENGRENAGENS:

 A norma DIN especifica doze qualidades em função da


tolerância.
01 a 04- engrenagens de precisão (laboratórios e
radares).
05- engrenagens para máquinas operatrizes, turbinas
e instrumentos de medidas.
06-07- engrenagens comuns utilizadas em veículos.
08 e 09-Máquinas em geral, pois não são retificadas.
10 e 12-engrenagens rústicas, utilizadas em máquinas
agrícolas.

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ENGRENAGENS

QUALIDADE DAS ENGRENAGENS:

 Para definir a qualidade de engrenagem, pode-se


basear na sua velocidade periférica e utilizando a
tabela:
Vel. Per. (m/s) Qualidade
<2 11 a 12
2a3 10 a 11
3a4 9 a 10
4a5 8 a 10
5 a 10 7a9
10 a 15 6a7
> 15 6

ENGRENAGENS

TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM:

 O meio mais fácil de transferir movimento rotatório de


um eixo a outro é com um par de cilindros.

x
x
x
x

Conjuntos externos e internos

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ENGRENAGENS

TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM:

 Este sistema porém, apresenta algumas deficiências,


dentre as mais críticas estão a baixa transmissão de
torque e a grande possibilidade de escorregamento.

ENGRENAGENS

TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM:

 Se o sistema necessitar de sincronia, o


escorregamento não pode ocorre, assim existe a
necessidade da adição de alguns dentes aos cilindros
rodando, tornando-se então as engrenagens.

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ENGRENAGENS

LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO:

 Conceitualmente, os dentes previnem o


escorregamento do sistema de transmissão.
Considerando este fato, podemos enunciar a lei:

“A velocidade angular das engrenagens de um par de


engrenagens deve manter-se constante durante o
engrenamento”.

ENGRENAGENS

LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO:

 A razão da velocidade angular mv é igual à razão do


raio de referência (primitivo) da engrenagem de
entrada para aquela da engrenagem de saída.

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ENGRENAGENS

LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO:

Pinhão

Engrenagem

ENGRENAGENS

LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO:

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 São as engrenagens mais utilizadas, devido a sua


facilidade de construção.

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

ENGRENAGENS
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

Circunferência Primitiva:
É uma circunferência teórica sobre a qual todos os
cálculos são realizados. As circunferências primitivas
de duas engrenagens acopladas são tangentes. O
diâmetro da circunferência primitiva é o diâmetro
primitivo.

Passo frontal:
É a distância entre dois pontos homólogos medida ao
longo da circunferência primitiva.

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ENGRENAGENS
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

Módulo:
É a relação entre o diâmetro primitivo e o número de
dentes de uma engrenagem. O módulo é a base do
dimensionamento de engrenagens no sistema
internacional. O módulo deve ser expresso em
milímetros. Duas engrenagens acopladas possuem o
mesmo módulo.

ENGRENAGENS
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

Módulo:

Passo Diametral:
É a grandeza correspondente ao módulo no sistema
inglês. É o número de dentes por polegada.

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ENGRENAGENS
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

Altura da Cabeça do Dente ou Saliência:


É a distância radial entre a circunferência primitiva e a
circunferência da cabeça.

Altura do pé ou Profundidade:
É a distância radial entre a circunferência primitiva e a
circunferência do pé.

Altura total do dente:


É a soma da altura do pé com a altura da cabeça.

ENGRENAGENS
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas

Ângulo de ação ou de pressão:


É o ângulo que define a direção da força que a
engrenagem motora exerce sobre a engrenagem
movida.

Circunferência de base:
É a circunferência em torno da qual são gerados os
dentes.

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas (Formulário)

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas (Formulário)

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Características geométricas (Formulário)

Diâmetros principais
Diâmetro primitivo (d0)=m.Z
Diâmetro de base (dg)=d0.cos α
Diâmetro interno ou do pé do dente (df)=d0-2hf
Diâmetro externo ou da cabeça do dente (dk)=d0+2hk

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Dimensionamento
A expressão seguinte deve ser utilizada no
dimensionamento de pinhões e engrenagens com
ângulo de pressão α=20° e número de dentes de até
40.
Para Aço:
2 T ι ±1
b.d 0 = (5,72.1011 ).( 2
).( ).
Padm ι ± 0,14
Sinal + é utilizado em engrenamentos externos
Sinal – é utilizado em engrenamentos internos (planetários)

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Dimensionamento
Onde:
5,72.1011 Pa=N/m² – Ajustar quando utilizar
comprimento em mm =5,72.105 N/mm²
b-Largura do dente [m],[mm]
d0-diâmetro primitivo [m],[mm]
T-Torque ou momento torçor [N.m],[N.mm]
Padm-pressão admissível [Pa=N/m²],[N/mm²]
ι-relação de transmissão Z2/Z1 [adimensional]
ϕ-fator de serviço (Tabelado) [adimensional]

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Pressão Admissível (Padm)

0,487.HB
Padm = ( ) → [Pa],[ N / mm²]
W 1/ 6

Onde:
HB-dureza Brinell [Pa=N/m²],[N/mm²]
W-fator de durabilidade [adimensional]

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Fator de Durabilidade (W)

60.n p .h
W =( )
10 6
Onde:
np-rotação [rpm]
h-duração do par [horas]
HB-dureza Brinell [Pa=N/m²], [N/mm²]

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Tabela de dureza Brinell


Material HBrinell N/mm²
Aço fundido 1500-2500
Aço SAE 1020 1400-1750
Aço SAE 1040 2200-2600
Aço SAE 4320 2000-4200
Aço SAE 4340 2600-6000
Aço SAE 8620 1700-2700
Aço SAE 8640 2000-6000
Aço fundido cinzento 1200-2400
Aço fundido nodular 1100-1400

1N/mm²=1000000N/m²

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Relação entre a largura da engrenagem e o diâmetro


primitivo (b/d0)
Biapoiada:

b/d0≤1,2
Em Balanço:

b/d0≤0,75

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Módulos Normalizados (m)


Supondo que, ao estimar o módulo, ele se encontre na
faixa de 1,0 a 6,0mm. Neste intervalo, os módulos
normalizados são: 1,00; 1,25; 1,50;
1,75;...;3,50;3,75;4,00. Como se nota, há um
incremento de 0,25 para os módulos normalizados da
faixa.

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Resistência à Flexão no Pé do Dente


Somente o dimensionamento ao critério de desgaste é
insuficiente para se projetar uma engrenagem. É
necessário que seja verificada à flexão no pé do dente.
A engrenagem estará apta para suportar os esforços
da transmissão, quando a tensão atuante no pé do
dente for menor ou igual à tensão admissível do
material indicado.

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Resistência à Flexão no Pé do Dente


Forças atuantes:

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Carga Tangencial (Ft)


A carga tangencial é responsável pelo movimento das
engrenagens, sendo também a carga que origina
momento fletor, tendendo a romper por flexão o pé do
dente.

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Carga Tangencial (Ft)


A força tangencial é determinada pela formula:

T 2.T
Ft = =
r0 d 0
Onde:
Ft-Força tangencial [N]
T-Torque [N.mm]
r0-raio primitivo [mm]
d0-diâmetro primitivo [mm]

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Carga Tangencial (Ft)

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Carga Radial (Fr)


Atua na direção radial da engrenagem. É determinada
por meio da tangente do ângulo de pressão α:
Fr
tgα = → Fr = Ft.tgα
Ft
Onde:
Fr-Força radial [N]
Ft-Força tangencial [N]
α-ângulo de pressão [graus]

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Carga Resultante (Fn)


Consiste na resultante das cargas radial e tangencial,
sendo determinada por meio de Pitágoras, como
segue:
Fn = Ft 2 + Fr 2
Ou :
Ft Ft
cos α = → Fn =
Fn cos α
Fr Fr
senα = → Fn =
Fn senα

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Tensão de Flexão no Pé do Dente (σmáx)


A tensão atuante no pé do dente deve ser menor ou
igual à tensão admissível do material indicado. Pois se
isto não ocorrer haverá falha do material devido ao
sub-dimensionamento.

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Tensão de Flexão no Pé do Dente (σmáx)


A formula que determina a intensidade da tensão é a
que segue:
Ft.q.ϕ
σ máx = ≤ σ material
Onde:
b.m
σmáx-Tensão máxima atuante na base do dente [Pa],[N/mm²]
Ft-Força tangencial [N]
m-Módulo normalizado [m],[mm]
b-Largura do dente [m],[mm]
ϕ-Fator de serviço (Tabelado) [adimensional]
q-Fator de forma (Tabelado) [adimensional]

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Fator de Forma (q)


Este fator é obtido em função do tipo de engrenamento
e do número de dentes.
Muitas vezes é necessário utilizar a interpolação para
se determinar o valor de q para um valor intermediário
de dentes.

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Fator de Forma (q)


Engrenamento Externo
N. de dentes 10 18 24 40 80 100
q 5,2 3,5 3,2 2,9 2,6 2,5

Engrenamento Interno
N. de dentes 20 30 50 70 100 200
q 1,7 1,9 2,1 2,2 2,3 2,4

ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Fator de Serviço (ϕ)


Aplicação Serviço 10h/24h
Agitadores 1-1,25/1,25-1,5
Alimentadores 1,25-1,75/1,5-2
Bombas 1-1,15/1,25-1,5
Transmissões 1-1,25/1,25-1,5
Eq. Ind. Polpa e Papel 1-1,75/1,25-3
Eq. Conversão de Madeira 1,25-1,75/1,5-2

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ENGRENAGENS

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS:

 Tensão admissível (σmat)


Material MPa (N/mm²)
FoFo cinzento 40
FoFo nodular 80
Aço fundido 90
SAE 1010/1020 90
SAE 1040/1050 120
SAE 4320/4340 170
SAE 8620/8640 200

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionar o par de engrenagens cilíndricas de


dentes retos, para que possa atuar com segurança em
um transmissão específica.
A transmissão será acionada por um motor de potencia
de 11KW que atua com uma rotação de 1140 rpm.

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ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

O material a ser utilizado é o SAE 4340.


(Biapoiado) Considerar b/d0=0,25
α=20°
Z1=12 dentes (pinhão)
Z2=38 dentes (coroa)
As engrenagens atuarão em eixos de transmissão com
carga uniforme, com tempo de serviço máximo de 10h
diárias.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:
Engrenagens
 Dimensionamento:
Z2
Mancais

Motor

Z1
Acoplamento Eixo-Árvore

37
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Na resolução deste exercício, não será consideradas
perdas de potência. Assim, procedendo desta forma,
trabalha-se a favor da segurança.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Como a árvore do pinhão está acoplada ao eixo do
motor e desprezando as possíveis perdas encontradas
no acoplamento, conclui-se que o torque no pinhão é o
torque do motor.
Torque no pinhão:
T=P/ω
T=11000/((2.π.N)/60)
T=92,14 Nm =92140Nmm

38
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Relação de transmissão:
i=Z2/Z1
i=38/12
i=3,16

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Fator de durabilidade:
W=(60.np.h)/106
W=(60.1140. 104 )/106
W=684
Pressão admissível:
Padm=(0,487.HB)/W1/6
Padm=984.106 , Pa=984N/mm²

39
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Fator de serviço: (Tabelado)
O fator de serviço para eixo de transmissão, carga
uniforme, para funcionamento de 10h diárias é igual a
1-1,25. Adotaremos 1,2.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Volume mínimo
b.d0²=5,72.1011.((T/(Padm²)).((i+1)/(i+0,14)). ϕ
b.d0²=5,72.1011.((92,14/((984.106)²))).((3,16+1)/(3,16+0,14)). 1,2
b.d0²=5,72.1011.(9,51.10-17).1,26. 1,2
b.d0²=8,2248.10-5m³
b.d0²=82248 mm³

40
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Módulo do engrenamento: (Pinhão)
b.d0²=82248 mm³ 1
b/d0=0,25 → b=0,25. d0 2
Substituindo:
0,25. d0. d0².=82248
d0³=82248/0,25
d0=69 mm

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Módulo do engrenamento: (Pinhão)
m=d0/Z
m=69/12
m=5,75 mm
Valor de módulo que deve ser normalizado (Tabelado)
mn=2,00-2,25-2,50-...
Utilizaremos m=5 mm

41
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Em função da normalização do módulo, existe a
necessidade do redimensionamento do diâmetro
primitivo.
d0n=mn.Z1
d0n=5.12
d0n=60 mm

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Em função do diâmetro primitivo recalculado,
determinamos o valor da largura.
b.d0n²=82248
b=82248/60²
b=22,8 mm

42
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Resistência à flexão no pé do dente
Ft=2.T/d0n
Ft=2.92140/60
Ft=3071,3N

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Fator de forma:
Como o pinhão possui 12 dentes, determinamos que o
fator q será igual 5,0.

43
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Tensão máxima atuante no pé do dente:
σmáx=((Ft.q.ϕ)/(b.mn)≤σmat
σmáx=((3071,3.5.1)/(22,8.5)
σmáx=134,7N/mm² = 134,7MPa

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionamento:
Análise do dimensionamento:
material: Aço
σmat=130N/mm² - 130MPa
Como foi calculado:
σmáx=134,7N/mm² - 134,7MPa
Como a tensão máxima atuante é superior à tensão
admissível do material, conclui-se que o pinhão deverá
ser redimensionado.

44
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Re-dimensionamento:
Em função do que foi calculado, poderíamos adotar as
seguintes hipóteses:
Modificação do material por um outro mais resistente.
Por exemplo utilizar aço SAE 8620, pois
σmat=200N/mm² - 200MPa
Alterar as dimensões geométricas da engrenagem.
Largura, diâmetro primitivo, modulo entre outros,
Melhor opção muitas vezes.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Re-dimensionamento:
Manter módulo e fazer o redimensionamento da
largura, utilizando a tensão admissível do material
(SAE4340).
Como σmat=130N/mm² - 130MPa
b=(Ft.q.ϕ)/(mn. σ4340)
b=(3071,3.5.1)/(5.130)
b=23,6mm

45
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Re-dimensionamento:
Nova relação b/d0:
b/d0=23,6/60
b/d0=0,393

Segundo as orientações:
Para engrenagens biapoiadas b/d0≤1,2
Como 0,393<1,2 a engrenagem está dentro das
especificações.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Características geométricas
Característica Pinhão
Módulo normalizado-mn 5mm
Passo-t0=mn.π 15,7mm
Vão entre os dentes-lo=t0/2 7,8mm
Altura da cabeça-hk=mn 5mm
Altura comum do dente-h=2mn 10mm
Altura total do dente-2,2.mn 11mm
Espessura do dente-S0=t0/2 3,9mm

46
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Características geométricas
Característica Pinhão
Folga da cabeça-Sk=0,2.mn 1mm
D. Primitivo-d0=mn.Z 60mm
D. Base-dg=do.cosα 56,3mm

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

 Dimensionar um pinhão de dentes retos, para que


possa atuar com segurança na transmissão onde esta
será acionada por um motor de potencia de 15KW que
atua com uma rotação de 1750 rpm.

47
ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:

O material a ser utilizado é o SAE 1040.


Considerar b/d0=0,50
α=20°
Z1=32 dentes (pinhão)
Z2=65 dentes (coroa)
As engrenagens atuarão em equipamentos de
conversão de madeira com carga uniforme, com tempo
de serviço máximo de 10h diárias.

ENGRENAGENS

EXERCÍCIO:
Engrenagens
 Dimensionamento:

Mancais

Motor

Acoplamento Eixo-Árvore

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