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Tema

Redutores:
Rosca sem fim,
Eixos paralelos,
Eixos ortogonais.
Objetivos da aula

• Conhecer os tipos de Redutores;


• Diferenciar suas aplicações;
• Conhecer técnicas de montagem e
manutenção;
Vocabulário Técnico

- Radial;

- Axial;

- Interferência;
Introdução

Nem sempre as unidades geradoras (motores elétricos)


podem ser acopladas diretamente em determinados
dispositivos, algumas situações podem ser mencionadas
como bombas, ventiladores entre outras, porem a grande
maioria dos processos existe a necessidade de se modificar
algumas características como:
- velocidade,
- rotação,
- torque.
Para esta finalidade os redutores foram desenvolvidos.
Introdução
Redutores, por quê precisamos deles?
Existem aplicações nas mais diversas áreas de nossa vida
cotidiana
Principais grupos de aplicação:
- Movimentação de materiais;
- Processos;
- Automação.

Praticamente todo tipo de atividade industrial utiliza


redutores!
Introdução
Equipamentos que utilizam acoplamento direto
Desenvolvimento
Definição:
Um redutor consiste num conjunto de eixos com
engrenagens cilíndricas de dentes retos, helicoidais, cônicas
ou somente com uma coroa com parafuso sem fim, que tem
como função reduzir a velocidade de rotação do sistema de
acionamento do equipamento. Conseqüentemente com a
redução da velocidade tem-se um aumento significativo no
torque transmitido.
Desenvolvimento
Tipos de Redutores:
Rosca sem-fim
As engrenagens de rosca sem-fim são utilizadas
entre eixos não coplanares para transmissão de redução em
apenas um nível.
Desenvolvimento
Tipos de Redutores:
Eixos Paralelos
As engrenagens são utilizadas entre eixos paralelos
para transmissão de redução em dois ou mais níveis. Suas
principais vantagens são torque elevado e construção
robusta.
Desenvolvimento
Tipos de Redutores:
Eixos Obliquos
As engrenagens cônicas são utilizadas entre eixos
concorrentes para transmissão de redução.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Carcaça
Normalmente fabricada em chapa de aço de baixo carbono ou
ferro fundido, montada com solda ou alumínio, podendo ser bipartida ou
apenas com abertura nas tampas dos mancais. Em alguns casos, ele é
tratado termicamente para alivio das tensões de solda ou fundição.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Eixos
São usinados em aço médio carbono temperados e
revenidos para a dureza especificada, e retificados para o
ajuste de engrenagens e rolamentos.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Engrenagens
É a parte fundamental de um redutor, através delas
reduz-se a velocidade de rotação da transmissão, pois o
contato entre engrenagens de menor e maior número de
dentes possibilita a redução desejada.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Rolamentos
Elementos girantes de máquina que suportam o eixo
com as engrenagens, possibilitando a eles o menor atrito
possível ao girar. São utilizados rolamento radiais, axiais ou
cônicos.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Retentores
Utiliza-se vedadores de borracha com molas, para
reter o óleo da parte interna e evitar as infiltrações de
contaminantes externos.
Desenvolvimento
Partes componentes de Redutores:
Desenvolvimento
Manutenção de Redutores:
Além dos cuidados com rolamentos, eixos e outros elementos
específicos, sua manutenção exige os seguintes cuidados:

 Na desmontagem, iniciar pelo eixo de alta rotação e terminar pelo de


baixa rotação;
 Na substituição de eixo e pinhão, considerar ambos como uma unidade,
isto é, se um ou outro estiver gasto, substituir ambos;
 Medir a folga entre os dentes para que esteja de acordo com as
especificações.
 Proteger os lábios dos retentores dos cantos agudos dos rasgos de
chaveta por meio de papel envolvido no eixo. Não dilatar os lábios dos
retentores mais que 0,8 mm no diâmetro.
Desenvolvimento
Manutenção de Engrenagens:
Quando falamos em redutores não podemos esquecer do
elemento fundamental destes conjuntos, as engrenagens, que exigem
uma atenção particular para o bom funcionamento dos sistemas.
Os conjuntos engrenados exigem os seguintes cuidados:
 Reversões de rotação e partidas bruscas sob carga devem ser evitadas.
 A lubrificação deve eliminar a possibilidade de trabalho a seco.
 A lubrificação deve atingir toda a superfície dos dentes.
 A lubrificação deve ser mantida no nível. O excesso de óleo provoca o
efeito de turbina que, por sua vez, produz superaquecimento.
 Usar óleo lubrificante correto.
 Depósitos sólidos, do fundo da caixa de engrenagens, devem ser
removidos antes de entrar em circulação.
Desenvolvimento
Defeitos mais frequentes em engrenagens:
Desgaste por Interferência
É provocado por um contato inadequado entre
engrenagens, em que a carga total está concentrada sobre o
flanco impulsor, e a ponta do dente da engrenagem
impulsionada.
Desenvolvimento
Defeitos mais frequentes em engrenagens:
Desgaste abrasivo
É provocado pela presença de impurezas ou corpos
estranhos que se interpõem entre as faces de contato. As
impurezas ou corpos estranhos podem estar localizados no
óleo usado nas engrenagens.
Desenvolvimento
Defeitos mais frequentes em engrenagens:
Quebra por fadiga
Começa geralmente com uma trinca do lado da
carga, num ponto de concentração de tensões próximo da
base do dente, e termina com quebra total no sentido
longitudinal ou diagonal, para cima.
Desenvolvimento
Defeitos mais frequentes em engrenagens:
Quebra por sobrecarga
Resulta de sobrecarga estática, choques ou
problemas de tratamentos térmicos. Geralmente, do lado da
compressão do dente surge uma lombada cuja altura
diminui de acordo com o tempo que o dente leva para se
quebrar.
Desenvolvimento
Sintomas de defeitos em engrenagens:
Baseado em alguns sintomas simples de serem
observados, o operador da máquina ou equipamento poderá
fazer ou solicitar uma manutenção preventiva, evitando,
assim, a manutenção corretiva.
Os sintomas mais simples ou comuns de defeitos em
engrenagens são os seguintes:
Uivo
Normalmente aparece nas rotações muito altas e
quando não existe folga suficiente entre as engrenagens ou
quando elas estão desalinhadas, com excentricidade ou
ovalização.
Desenvolvimento
Sintomas de defeitos em engrenagens:
Tinido
Pode ser provocado por alguma saliência nos dentes,
por alguma batida ou pela passagem de um corpo duro e
estranho entre os dentes.
Matraqueamento
Pode ser provocado por alguma saliência nos dentes,
por alguma batida ou pela passagem de um corpo duro e
estranho entre os dentes.
Desenvolvimento
Sintomas de defeitos em engrenagens:
Chiado
Normalmente ocorre em caixa de engrenagens
quando a expansão térmica dos eixos e componentes
elimina a folga nos mancais ou nos encostos.
Limalha no óleo
Se aparecer em pequena quantidade durante as
primeiras 50 horas de serviço, trata-se, provavelmente, de
amaciamento. Caso a limalha continue aparecendo após o
amaciamento, significa a ocorrência de algum dano que
pode ser provocado por uma engrenagem nova no meio das
velhas ou, então, emprego de material inadequado na
construção das engrenagens.
Desenvolvimento
Sintomas de defeitos em engrenagens:

Superaquecimento
Pode ser causado por sobrecarga, excesso de
velocidade, defeito de refrigeração ou de lubrificação. Se a
circulação do óleo estiver excessiva, pode, ainda, ocorrer o
fenômeno da freagem hidráulica com perda de potência do
sistema. Os desalinhamentos e folga insuficiente entre os
dentes também geram superaquecimento.
Desenvolvimento
Sintomas de defeitos em engrenagens:

Vibração
Pode ser causada por empenamento dos eixos ou por
falta de balanceamento dinâmico nas engrenagens de alta
rotação ou, ainda, por desgaste desigual nas engrenagens.
A vibração pode ser causada, também, pelos
seguintes fatores: erro de fabricação; mau nivelamento da
máquina no piso; fundação defeituosa; sobrecarga com
torção dos eixos e perda de ajuste dos mancais.
Desenvolvimento
Montagem e Desmontagem:
· Antes de começar a retirar as engrenagens, verificar
como estão fixadas no eixo e se estão montadas
com interferência ou não.
· Não usar martelo para retirar as engrenagens do
eixo para evitar danos aos dentes. Utilizar um saca-
polias ou uma prensa hidráulica. Se não se dispuser
de um saca-polias ou de uma prensa hidráulica,
bater cuidadosamente com um tarugo de material
metálico macio. Essa medida evitará danos aos
dentes.
Desenvolvimento
Montagem e Desmontagem:
· Caso o conjunto mecânico não possua catálogo ou
manual, verificar a posição ocupada pela
engrenagem na montagem, fazendo marcações ou
croqui. Isso evitará erros quando o conjunto tiver
de ser montado novamente.
· As engrenagens devem sempre ser acondicionadas
na vertical e nãoempilhadas umas sobre as outras.
Essa medida evitará danos aos dentes.
· Na montagem deve ser observada a posição original
de cada elemento.
Desenvolvimento
Montagem e Desmontagem:
· Evitar pancadas quando estiver montando, para não
danificar os dentes das engrenagens.
· Fazer uma pré-lubrificação nas engrenagens durante
a montagem. Essa medida evitará danos posteriores
às engrenagens, que só receberão lubrificação total
depois de um certo tempo de funcionamento.
Desenvolvimento
Montagem e Desmontagem:
Referências
Referências Bibliográficas

ANDRADE, Alan Sulato; Elementos Orgânicos de


Máquinas, UFPR, Paraná, 2009.
TELECURSO 2000, Curso Profissionalizante de
Manutenção, São Paulo, 2000.
Fotos e imagens estraídas da internet - Google Imagens –
www.google.com.br
Objetivos da aula

• Conhecer os tipos de Redutores; √


• Diferenciar suas Aplicações; √
• Conhecer técnicas de montagem e
Manutenção.

Tema

Redutores:
Rosca sem fim,
Eixos paralelos,
Eixos ortogonais.

Adalberto Falcão
adalberto.souza@sp.senai.br
(15) 99711-8711

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