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CONJUNTO MÓVEL

O conjunto móvel, montado no bloco


do motor, basicamente é constituído
por:
VOLANTE

É uma peça fabricada em aço ou


ferro fundido, tem forma circular
e é uma das peças mais pesadas
do motor, isto porque sua
finalidade principal é a de
compensar os tempos
improdutivos, no movimento de
rotação do motor. Além disto, o
volante motor atua como base de
acoplamento com a embreagem e,
ainda, como elemento de
engrenagem com o motor de
partida, por meio de sua
cremalheira.
VOLANTE
• O volante motor é instalado
na árvore de manivelas, em
sua extremidade que fica na
parte traseira do motor.
• Basicamente, o volante motor
é constituído das seguintes
partes:
VOLANTE
• Orifícios de fixação do volante.

O orifício central, que é o maior deles,


encaixa-se na extremidade traseira da
árvore de manivelas sem folga, que lhe
serve de apoio. Os orifícios menores, ao
redor do orifício central, são passantes e
alojam os parafusos que se enroscam no
flange da árvore de manivelas, para
fixação do volante, fazendo com que o
mesmo receba o movimento de rotação
da árvore.
Dependendo da marca e do tipo de
veiculo, o numero de orifícios menores
varia.
VOLANTE
• Superfície de assentamento
do platô.
É a maior e mais alta faixa
circular da face do volante. O
platô de embreagem é assentado
nela e fixado por meio de
parafusos, em seus orifícios
roscados.
VOLANTE
• Superfície de assentamento do
disco.
É a faixa circular que se situa
entre a parte central do volante
e a faixa de assentamento do
platô, representando um rebaixo
em relação a esta. É uma
superfície plana e sem
deformações, para que o disco
de embreagem, que nela se
assenta, não sofra desgastes
acelerados.
VOLANTE
• Rebaixos para balanceamento
• São pequenas cavidades
circulares, feitas na superfície
da faixa de assentamento do
platô, com a finalidade de
retirar material (peso), em
locais convenientes, que
causem o equilíbrio da massa
do volante em relação a seu
eixo, para evitar vibrações do
mesmo, quando em rotação.
VOLANTE
• Cremalheira
É uma série de dentes com
espaçamentos regulares entre si,
fresados em torno do volante do
motor. A cremalheira recebe o
movimento de rotação do motor
de partida e transmite- o à
árvore de manivelas, com a
finalidade de fazer o motor do
veículo entrar em
funcionamento.
Para um funcionamento normal do volante
motor é necessário que se observem os
seguintes pontos de manutenção:
a) os dentes da cremalheira;
b)a superfície de assentamento do
disco de embreagem.

MANUTENÇÃO

Em caso de desgastes acentuados ou


deformações, o volante motor deve ser
substituído.
ÁRVORE DE MANIVELAS

Basicamente, a árvore de manivelas é constituída das seguintes partes:


ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Munhões
Os munhões correspondem ao
eixo da árvore. Os munhões são
assentados nos mancais fixos do
bloco sobre bronzinas, e
aprisionados por suas
respectivas capas. As manivelas
giram em torno dos munhões,
dando-lhes o movimento de
rotação.
ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Moentes
Os moentes são os eixos das
manivelas, onde as cabeças das
bielas são instaladas sobre
bronzinas, para lhes transmitir
os movimentos retilíneos
alternativos dos êmbolos. O
número de moentes é igual ao
número de cilindros.
ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Rolamento de agulha
Serve de alojamentos à
extremidade da árvore primária
da caixa de mudanças, onde esta
se apóia para girar.
ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Rasgo de chaveta
O rasgo de chaveta aloja a
chaveta que trava a engrenagem
da distribuição motora que se
encaixa na extremidade da
árvore.
ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Flange
Além de servir de apoio,
encosto, para o volante motor,
no flange encontram-se os
orifícios onde se enroscam os
parafusos de fixação do mesmo.
ÁRVORE DE
MANIVELAS
• Orifícios de lubrificação
São os orifícios que permitem a
lubrificação dos munhões e dos
moentes.
A árvore de manivelas é uma das mais
pesadas das partes móveis do motor,
sendo a que gira com maior velocidade.
Por estas razões, é fabricada em aços
especiais ou ferro fundido nodular e
montada em seu alojamento, no motor,
obedecendo a um rigoroso padrão técnico
MANUTENÇÃO que lhe assegure uma longa vida útil,
dispensando as periódicas manutenções.
Complementando estes cuidados, o
sistema de lubrificação, que a lubrifica,
deve ter um funcionamento normal
dentro dos padrões recomendados e
utilizar óleos lubrificantes com
viscosidades adequadas.
BIELA

É uma peça do conjunto móvel,


construída em aços especiais ou
ferro fundido nodular. A biela é
o meio de ligação entre os
êmbolos e a árvore de
manivelas. Portanto, transmite
os movimentos retilíneos
alternativos dos êmbolos às
manivelas que fazem a árvore
girar
BIELA
Uma das extremidades da biela
articula-se com o êmbolo, por
meio de eixo e bucha, e a outra,
com a árvore de manivelas, por
meio de moente e mancais com
bronzinas.
BIELA
A biela é constituída pelas seguintes partes:
BIELA
• Pé
É a parte que se articula com o
êmbolo. No pé, há uma bucha
de bronze fosforoso que se
ajusta ao pino do êmbolo.
BIELA
• Corpo
É a parte média da biela. A sua
seção de perfil "I" aumenta sua
rigidez e diminui seu peso. Em
alguns tipos de bielas há um
orifício ao longo de seu corpo,
para a condução do óleo
lubrificante.
BIELA
• Cabeça
É a parte da biela que se acopla
com o moente da árvore de
manivelas. A cabeça é dividida
em duas partes, sendo uma no
próprio corpo da biela e a outra
separada, chamada de capa. Em
ambas as partes são montadas
bronzinas para o assentamento
no moente.
É feita somente por ocasião de
recondicionamento do motor. Na
manutenção devem ser observados
empenos de seu corpo e desgastes
MANUTENÇÃO acentuados da bucha e das
bronzinas.
BRONZINAS

A bronzina é fabricada em aço e


é revestida com um material
especial, antifricção. A bronzina
é formada por duas partes
semicirculares que se ajustam
entre si, para completar a sua
forma de utilização, que é
circular.
BRONZINAS
A finalidade da bronzina é servir de guia e elemento de
apoio para órgãos giratórios, em regime de velocidade e
carga bastante elevadas, reduzindo o atrito e o desgaste
das peças em movimento, para evitar possíveis
engrimpamentos. Nos motores de combustão interna as
bronzinas são empregadas nas árvores de manivelas e de
comando de válvulas. As principais características das
bronzinas são:
• as suas superfícies de contato com os órgãos giratórios
não devem ser de materiais afins com os mesmos,
como por exemplo: aço sobre aço;
• as bronzinas devem suportar pressões especificas a
elevadas velocidades de rotação do órgão que apóia, de
acordo com os tipos de trabalhos realizados.
BRONZINAS

Basicamente, a bronzina é
constituída pelas seguintes
partes:
BRONZINAS

• Ressalto de localização
O ressalto evita que a bronzina se
desloque quando o órgão, ao qual
apóia, desliza sobre ela em rotação.
Em uma das extremidades de cada
parte da bronzina há um ressalto que
se encaixa em seu alojamento, no
mancal onde se assenta a bronzina.
BRONZINAS
• Canal de óleo
É um rasgo existente na superfície de
contato da bronzina, geralmente na
parte central, com a finalidade de
lubrificar esta superfície e a superfície
do colo da árvore que nela desliza em
rotação.
BRONZINAS
• Orifício de óleo
É um orifício, existente no canal de
óleo da bronzina, que coincide com
um orifício existente na capa do
mancal que a aloja, por onde o sistema
de lubrificação faz penetrar o óleo
para o canal que lubrifica a bronzina e
o eixo da árvore que apóia.
Para evitar os desgastes prematuros das
bronzinas, devem ser observados os
seguintes procedimentos:
• verificação do nível de óleo,
complementação ou troca de óleo,
quando a sua viscosidade estiver baixa,
MANUTENÇÃO por óleo novo e de viscosidade
recomendada;
• verificação da pressão do óleo no
sistema;
• evitar a aceleração brusca do motor
quando ainda estiver frio e o seu
funcionamento alongado em marcha
lenta.
ÊMBOLO OU PISTÃO
É uma peça fabricada em liga de alumínio e tem forma cilíndrica. A parte superior é fechada e a inferior é
aberta. No seu interior, o pé da biela é aprisionado por meio de um pino que se ajusta transversalmente às suas
paredes.
O êmbolo transmite a força causada pela combustão da mistura, na câmara de combustão, à árvore de
manivelas, por meio da biela.
ÊMBOLO OU PISTÃO
Basicamente, o êmbolo é constituído pelas seguintes partes:
ÊMBOLO OU PISTÃO
• Cabeça
É a parte superior do êmbolo que recebe o empuxo dos gases da combustão. Podem ter a superfície plana,
côncava, convexa ou com defletor.
ÊMBOLO OU PISTÃO
• Zona dos anéis
É a parte da cabeça onde se situam os canaletes dos anéis.
ÊMBOLO OU PISTÃO
• Alojamento do pino
São dois mancais, situados nas paredes da saia do êmbolo, logo abaixo do canalete de óleo na direção um do
outro, onde o pino é alojado, encaixando-se no pé da biela que fica entre os dois.
A manutenção dos êmbolos é feita por
ocasião do recondicionamento do motor. Os
defeitos mais comuns verificados são:
desgaste natural, engrimpamento trincaduras
e quebraduras. Os desgastes verificam-se nos
canaletes dos anéis, nas saias do êmbolo e
nos mancais dos pinos. Estes defeitos causam
MANUTENÇÃO a baixa compressão, no motor, a diluição do
óleo do cárter e, geralmente o
superaquecimento do mesmo.
Além destes, quando o motor está em marcha
lenta, depois de ter esquentado, aparecem
quantidades excessivas, de fumaça azulada,
nos respiradouros de cárter ou no tubo de
enchimento de óleo.
Defeitos Causas
Rompimento do canalete de trava do pino, nos mancais do -Bielas empenadas
êmbolo. -Êmbolos desalinhados em relação à árvore de. manivelas
-Montagem incorreta do anel de trava.
-Folga longitudinal excessiva na árvore de manivelas.
Ranhuras provocadas por engrimpamento ao longo da saia na -Engrimpamento do pino nos mancais.
faixa dos mancais -Arrefecimento deficiente.
Destruição parcial da cabeça do êmbolo e da zona dos anéis -Utilização de velas inadequadas
-Pontos quentes causados por deficiência de arrefecimento
-Depósitos de carbono incandescentes.
-Válvula termostática operando acima da temperatura
normal.

Faixas destruídas entre canaletes dos anéis -Carburadormal regulado (mistura excessivamente rica).
-Motor funcionando permanentemente frio

Rompimento da cabeça do embolo e -Excesso de combustível injetado


engrimpamento dos anéis nos canaletes -Combustão incompleta
-Carburador mal regulado
BLOCO DO MOTOR
O. bloco é fabricado em ferro fundido ou em ligas de alumínio. O bloco é a estrutura principal do motor de
combustão interna. Nele é instalada maioria dos órgãos que formam o conjunto motor.
No interior do bloco do motor é montado o conjunto móvel, principal sistema causador do torque do motor. Na
parte superior do mesmo é instalado o cabeçote que é o principal órgão da distribuição motora. E, finalmente, na
parte inferior é instalado o cárter, principal órgão do sistema de lubrificação do motor.
BLOCO DO
MOTOR
As partes do bloco do motor são:
BLOCO DO
MOTOR
• Cilindros
É chamada de cilindro a parte
do bioco dos motores de
combustão interna, que aloja o
êmbolo e permite o seu
movimento retilíneo alternativo.
Os cilindros podem formar um
só corpo com o bloco do motor
ou serem separados dele.
Quando os cilindros são
separados do bloco são
chamados de camisas.
BLOCO DO
MOTOR
• Mancais
São alojamentos, geralmente
dotados de bronzinas ou buchas,
no caso, destinados a alojar e
aprisionar a árvore de
manivelas.
O bloco deve ser inspecionado e
recondicionado por ocasião de
MANUTENÇÃO recondicionamento do motor.
ANÉIS DE SEGMENTO
Os anéis de segmento têm forma circular e são fabricados em ferro fundido ou em aços especiais. A finalidade
dos anéis é fazer a vedação entre as paredes externas dos êmbolos e as paredes internas dos cilindros, para que
os êmbolos possam comprimir a mistura de ar e combustível nas câmaras de combustão, e ainda para que os
gases das câmaras não atinjam o cárter, e também para evitar que o óleo lubrificante do cárter atinja as câmaras
de combustão.
ANÉIS DE SEGMENTO
Os anéis de segmentos são instalados nas cabeças dos êmbolos, nas zonas de anéis.
Basicamente, os tipos de anéis de segmento são:
• anéis de compressão
ANÉIS DE SEGMENTO
• anéis raspadores e recolhedores de óleo
COLETOR DE ADMISSÃO
É fabricado em ferro fundido, ou em liga de alumínio. A finalidade do coletor de admissão é distribuir a mistura
gasosa, do combustível com o ar, de maneira mais uniforme possível para as câmaras de combustão,
contribuindo, também, para a sua vaporização.
O coletor de admissão não requer uma
manutenção complicada. Basta que seja
mantida a vedação nos pontos onde ele se
MANUTENÇÃO liga às outras peças, tais como,
carburador e cabeçote do motor, para
evitar uma entrada falsa de ar para o
sistema.
CONJUNTO DE
ESCAPAMENTO

É um conjunto de condutos,
fabricados em ferro fundido e
chapas finas de aço, que se
interligam formando um só
caminho, para o escapamento
dos gases provocados pela
queima da mistura, nos motores
de combustão interna.
CONJUNTO DE ESCAPAMENTO

As principais funções do conjunto de escapamento são:


• conduzir os gases quentes, resultantes do funcionamento do motor, até um local onde possam ser lançados na
atmosfera, sem perigo para os ocupantes do veículo.
• reduzir os ruídos provocados pela expulsão desses gases.
O conjunto de escapamento, externamente, é
muito exposto ao contato com a água e a
lama, devido às chuvas. Além disso, está
sujeito a sofrer batidas em corpos salientes,
no solo onde o veículo se desloca.
Internamente, o conjunto sofre influências de
temperaturas relativamente elevadas e da
MANUTENÇÁO ação de agentes químicos, provenientes da
queima da mistura, nas câmaras de
combustão do motor. Desse modo,
periodicamente, deve ser inspecionado,
quanto a rachaduras, quebraduras,
amassamentos, perfurações e à ação da
corrosão, com a finalidade de manter o seu
funcionamento normal e seguro, por meio da
recuperação ou substituição das partes
afetadas.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Cabeçote... Remover o
material carbonizado
das câmaras...
• Cuidado para não
provocar danos (isso se
aplica às válvulas e
assento de válvulas)
MANUTENÇ
ÃO DO
MOTOR
Verificar empeno do comando:
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Verificar a altura do
came de admissão e
escape e folga dos
munhões:
MANUTENÇÃO DO MOTOR

Inspecionar a parede dos


cilindros quanto a
aspereza, riscos, sulcos,
sinais de engripamento...
Em seguida, proceder à
análise dimensional...
Limite de conicidade e
ovalização: 0,10mm
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir o diâmetro do pistão e


determinar a folga entre pistão e
cilindro.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir a folga entre anel e calha.


MANUTENÇÃO
DO MOTOR

• Medir a folga entre pontas dos


anéis.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir a folga axial da biela.


MANUTENÇÃO
DO MOTOR

• Medir empeno da árvore de


manivelas.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir ovalização, conicidade e


desgaste desigual dos munhões e
moentes.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir folga radial dos munhões e


moentes.
MANUTENÇÃO DO MOTOR

• Medir folga axial da árvore de


manivelas.
MANUTENÇÃO
DO MOTOR

Medir desgaste dos componentes


da bomba de óleo.
Todas as peças a serem
instaladas, devem estar
perfeitamente limpas;
Certifique-se de aplicar óleo
nos munhões da árvore de
MONTAGEM manivelas, bronzina
DO MOTOR axial,bronzinas de biela,
pistões, anéis e diâmetro
interno dos cilindros...
Siga a sequência correta de
montagem e aplique todos os
torques recomendados.

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