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As peças internas do motor, quando em funcionamento, estão em constante atrito, sujeitas a grandes esforços e
trabalham sempre em alta temperatura.
Todos estes fatores contribuem para o desgaste das peças. É um processo considerado normal e faz com que
após determinada quilometragem de uso do veículo, geralmente acima de 200.000 km, torne-se necessário a
retífica do motor...
Os principais sintomas que apontam para a necessidade de se retificar um motor de combustão interna
(gasolina, álcool ou diesel) de um veículo são...
Outros fatores podem determinar a retífica, antes do tempo, como: motor trabalhando superaquecido; quebra
da correia dentada (em alguns motores); falta de óleo lubrificante, ou com baixo nível, ou ainda, o péssimo
costume de alguns motoristas de apenas completarem o nível do óleo, mantendo o óleo velho por longos
períodos de uso, a mania de "descansar" o pé esquerdo sobre o pedal da embreagem, sair com o motor ainda
frio, e evidentemente, a falta de manutenções preventivas.
A retífica pode ser completa ou parcial. Costuma-se dizer, por exemplo, retificar a parte de baixo, que significa
restaurar a parte do bloco, que inclui camisas dos cilindros, virabrequim, pistões e bielas; ou retificar a parte de
cima, o cabeçote: válvulas, guias, sedes e a substituição do comando de válvulas (na maioria dos motores
atuais o comando de válvulas trabalha no cabeçote, e em outros, no bloco).
Para um melhor entendimento, descrevemos abaixo as etapas do trabalho de uma retífica de um motor:
Cilindros Opostos
Motor em "V"
2 - DESMONTAGEM DO MOTOR
3 - BLOCO DO MOTOR
4 - PISTÕES
São os êmbolos responsáveis pela aspiração da mistura ar/combustível, pela compressão desta mistura, que
recebe a força da explosão da mistura e que expulsa os gases queimados.
Os pistões poderão, após rigoroso exame e medição, serem eventualmente reaproveitados.
No entanto, o mais correto é substituí-los por novos.
Os anéis, que trabalham instalados nos pistões, precisam sempre ser substituídos.
5 - BIELAS
São os braços que transmitem a energia gerada na câmara de combustão para o virabrequim.
As bielas precisam sem testadas em uma máquina chamada Magnaflux(*), para identificar se possuem trincas
externas ou pontos de fadiga que poderão fazê-las quebrar ou entortar.
Também deverão ser verificados os alinhamentos, substituir as buchas e bronzinas.
No caso das bielas serem recusadas no teste de qualidade, deverão ser substituídas.
Deverá ser feito um teste de magnaflux para verificar se não há trincas no virabrequim.
Após aprovado, o virabrequim passará por uma retífica de seus colos de bielas e de mancais (as partes que são
apoiadas no bloco e que receberão as bielas).
Posteriormente, será feito um polimento nestes colos, para um perfeito assentamento das BRONZINAS, que
são pequenas peças, com o formato de semicírculo, e que servirão de pista de rolamento entre as partes,
protegidas por um filme de óleo lubrificante.
8 - CABEÇOTE
Teste hidrostático.
Jato de micro esfera.
Plainar base.
Substituir guias das válvulas de admissão e escape.
Retificar válvulas de admissão e escape.
Esmerilhar válvulas e montar.
Retificar sedes de admissão e escape.
9 - SERVIÇOS DIVERSOS