Você está na página 1de 26

Redutores, Caixas de

Velocidade e Variadores
Trabalho realizado por:

João Costa

Rui Filipe

Vale de Cambra, 30 de Setembro de 2010


Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Índice

Introdução.............................................................................................................3

Redutores de velocidade......................................................................................4

Os elementos básicos de um redutor são:........................................................4

Partes fundamentais do redutor........................................................................7

Tipos de dentes das engrenagens....................................................................7

Redutores de epicicloidais................................................................................8

Variador de velocidade.........................................................................................9

O que é um variador de velocidade?................................................................9

Quais os motivos para utilizar variadores de velocidade?................................9

Tipos de variadores de velocidade.................................................................11

Caixas de Velocidade.........................................................................................16

Conclusão...........................................................................................................25

Bibliografia..........................................................................................................26

Página 2 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Introdução
O presente trabalho tem como objectivo conhecer o conceito de redutores,
caixas de velocidade e variadores, bem como os seus diferentes tipos.

A partir do estudo destes conceitos, irá ser estudado, os mecanismos de


aplicação, a manutenção e em que situações se aplica cada tipo.

Página 3 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Redutores de velocidade
Um Redutor de velocidade é um dispositivo mecânico que reduz a velocidade
(rotação) de um accionador, estes redutores não são nada mais que um
conjunto de eixos com engrenagens cilíndricas de dentes rectos, helicoidais,
cónicas ou somente com uma coroa com parafuso sem fim, que tem como
função reduzir a velocidade de rotação do sistema de accionamento do
equipamento.

Os elementos básicos de um redutor são:

 Eixos: São maquinados em aço médio carbono temperados e


revenidos para a dureza especificada.

 Engrenagens: São rodas dentadas com módulos padronizados por


normas. Fabricadas em aço liga temperada em óleo e revenida. Tem
formato cilíndrico de dentes rectos, helicoidal ou cónico (pinhão),
conforme o modelo do redutor.

 Rolamentos: Elementos giratórios da máquina que suportam o eixo


com as engrenagens, possibilitando um menor atrito quanto possível ao
girar. Os tipos de rolamentos utilizados são rolamentos radiais, axiais ou
cónicos.

 Retentores: Utiliza-se vedantes de borracha com molas, para reter o


óleo da parte interna e evitar as infiltrações de contaminações
exteriores.

 Tampa de inspecção: Evita a desmontagem do redutor, facilitando


a inspecção das partes internas.

 Níveis de óleo: Sistema para inspecção de nível óleo lubrificante


utilizado dentro do redutor. Os níveis de óleo podem ser do tipo visor,
tubo vertical ou vareta de nível.

Página 4 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

 Respiro: O respiro possibilita a saída e entrada do ar no redutor


durante o trabalho, devido ao aquecimento e resfriamento (mudança de
volume do ar).

 Placa de dados do redutor: Onde estão contidas várias


informações importantes para o seu correcto dimensionamento, tais
como: Relação de transmissão, rotação máxima do eixo de entrada e
saída, tipo de lubrificante, torque no eixo de saída, modelo, fabricante,
etc.

Características dos redutores:

 Os redutores variam sua construção conforme a potência do motor até


3000hp rotações de 1750rpm;

 Relação de transmissão 1:1 até 1:1200

 Transmissão com eixos concêntricos paralelos ou perpendiculares, tanto


na vertical como horizontal.

Página 5 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Figura 1 - Exemplo de um redutor de velocidade com a descrição dos seus vários


componentes.

Os redutores de velocidade são utilizados quando é necessário a adequação


da rotação do accionador para a rotação requerida no dispositivo a ser
accionado. Devido às leis da física, quando há redução da rotação, aumenta-se
o torque disponível. Existem diversos tipos e configurações de redutores de
velocidade, sendo os mais comuns os redutores de velocidade por
engrenagens. Essas engrenagens, por sua vez, podem ser cilíndricas ou
cónicas. Pode-se ainda utilizar o sistema coroa e rosca sem fim.

Página 6 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Partes fundamentais do redutor

A parte fundamental de um redutor é as engrenagens. Através delas reduz-se a


velocidade de rotação da transmissão, pois o contacto entre engrenagens de
menor e maior número de dentes (variação no diâmetro) possibilita a redução
desejada.

A carcaça também é bastante importante, esta é fabricada em chapa de aço


baixo carbono ou ferro fundido, montada com solda ou alumínio, podendo ser
bipartida ou apenas com abertura nas tampas dos mancais. Em alguns casos,
é tratado termicamente para alívio das tensões de solda ou fundição.

Tipos de dentes das engrenagens

Os dentes das engrenagens podem ser rectos ou helicoidais. Quando há


intenção de se reduzir a vibração e ruído utiliza-se, nos redutores, engrenagens
de dentes helicoidais, já que a transmissão de potência, nesse caso, é feita de
maneira mais homogénea. Por outro lado, as engrenagens de dentes rectos
são mais simples de serem fabricadas e por isso apresentam menor custo.
Existe ainda o redutor do tipo epicicloidal. Este tipo de redutor utiliza em sua
configuração, engrenagens comuns de dentes rectos e uma ou mais
engrenagens de dentes internos.

Página 7 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Redutores de epicicloidais

Os redutores epicicloidais são normalmente indicados quando se procura um


sistema mais compacto e com capacidade para trabalhar com altas taxas de
redução.

Os redutores de velocidade trabalham normalmente com apenas uma taxa de


redução. No caso de existir a possibilidade de actuar no dispositivo e alterar a
taxa de redução, este passa a ser chamado de câmbio ou caixa de marchas.

Existem também equipamentos que permitem a alteração gradual da taxa de


redução, sendo estes chamados variadores de velocidade, dos quais falaremos
mais a frente. Um exemplo moderno de variador de velocidade aplicado na
área automóvel é o câmbio CVT - Continuosly Variable Transmission, utilizado
actualmente pela Honda.

Existem também estudos para desenvolvimento de novos tipos de redutores de


velocidade. Um deles é a concepção do redutor de velocidade esférico. Baseia-
se nos mesmos princípios de funcionamento dos rolamentos de esferas e fusos
de esferas, tende a apresentar como principais vantagens menor vibração e
atrito, tamanho reduzido e menores folgas.

Página 8 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Variador de velocidade
O que é um variador de velocidade?

O Variador de Velocidade (Variable Speed Drive) é em um sentido amplo um


dispositivo ou conjunto de dispositivos mecânicos, hidráulicos, eléctricos ou
electrónicos empregados para controlar a velocidade giratória de maquinaria, é
especialmente aplicado em motores. Também é conhecido como
Accionamento de Velocidade Variável (ASD, também por suas siglas em inglês
Adjustable-Speed Drive).

As máquinas industriais geralmente são accionadas através de motores


eléctricos, a velocidades constantes ou variáveis, mas com valores precisos.
Os motores eléctricos geralmente trabalham a velocidades constantes ou
quase constante, e com valores que dependem da alimentação e das
características próprias do motor, os quais não se podem modificar facilmente.
Para conseguir regular a velocidade dos motores, emprega-se um controlador
especial que recebe o nome de variador de velocidade.

Os variadores de velocidade empregam-se em uma ampla gama de


aplicações industriais, como em ventiladores e equipamentos de ar
condicionado, bandas e transportadores industriais, elevadores, tornos,
fresadoras, etc.

Um variador de velocidade pode consistir na combinação de um motor eléctrico


e o controlador que se emprega para regular a velocidade do mesmo. A
combinação de um motor de velocidade constante e de um dispositivo
mecânico que permita mudar a velocidade de forma contínua (sem ser um
motor passo a passo) também pode ser designado como variador de
velocidade.

Página 9 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Quais os motivos para utilizar variadores de velocidade?

O controlo de processos e a poupança da energia são as duas das principais


razões para o emprego de variadores de velocidade. Historicamente, os
variadores de velocidade foram desenvolvidos originalmente para o controlo de
processos, mas a poupança energética tem surgido como um objectivo tão
importante como o primeiro.

Velocidade como uma forma de controlar um processo

Entre as diversas vantagens no controlo do processo proporcionadas pelo


emprego de variadores de velocidade destacam-se:

 Operações mais suaves;

 Controle da aceleração;

 Diferentes velocidades de operação para cada fase do processo;

 Compensação de variáveis em vários processos;

 Permite operações lentas para fins de ajuste ou prova;

 Ajuste da taxa de produção;

 Permitir o posicionamento de alta precisão;

 Controle do torque do motor.

Aumentar a poupança de energia mediante o uso de variadores


de velocidade

Se tivermos uma equipa de motores accionados mediante um variador de


velocidade geralmente vamos ter um menor consumo de energia do que se
tivéssemos a mesma equipa de motores activa a uma velocidade fixa
constante. Os ventiladores e bombas representam as aplicações de maior

Página 10 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

poupança. Exemplo: Quando uma bomba é impulsionada por um motor que


trabalha a uma velocidade fixa, o fluxo produzido pode ser maior ao
necessário. Para isso, o fluxo podia ser regulado mediante uma válvula de
controlo deixando estável a velocidade da bomba, mas resulta melhor regular o

dito fluxo controlando a velocidade do motor, no lugar do restringir por médio


da válvula, já que o motor não terá que consumir uma energia não
aproveitada...

Tipos de variadores de velocidade

Em termos gerais, pode dizer-se que existem três tipos básicos de variadores
de velocidade:

 Mecânicos;

 Hidráulicos;

 Electro-Electónicos.

Os variadores de velocidade mecânicos e hidráulicos geralmente são


conhecidos como transmissões quando se empregam em veículos, equipa
agro-industrial ou alguns outros tipos de maquinaria.

Variadores mecânicos

 Variador de passagem ajustável: estes dispositivos empregam polias e


bandas nas quais o diâmetro de uma ou mais polias pode ser
modificado.

Página 11 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

 Variadores de tracção: transmitem potência através de rodas metálicas.


A relação de velocidades entrada/saída ajusta-se movendo as rodas
para mudar as áreas de contacto entre eles e assim a relação de
transmissão.

Variadores hidráulicos

 Variador hidrostático: consta de uma bomba hidráulica e um motor


hidráulico. Uma revolução da bomba ou o motor corresponde a uma
quantidade bem definida de volume do fluído manejado. Desta
forma a velocidade pode ser controlada mediante a regulação de uma
válvula de controlo, ou bem, mudando a deslocação da bomba ou o
motor.

 Variador hidrodinâmico: emprega azeite hidráulico para transmitir par


mecânico entre um impulsor primeiramente (sobre um eixo de
velocidade constante) e um rotor de saída (sobre um eixo de
velocidade ajustável). Também chamado acoplador hidráulico de
enchido variável.

 Variador hidroviscoso: consta de um ou mais discos ligados com um


eixo primeiramente, os quais estará em contacto físico (mas não ligados
mecanicamente) com um ou mais discos ligados ao eixo de saída. O par
mecânico (torque) transmite-se desde o primeiro eixo ao de saída
através do filme de azeite entre os discos. Desta forma, o par
transmitido é proporcional à pressão exercida pelo cilindro hidráulico que
pressiona os discos.

Variadores eléctrico-electrónicos

Existem quatro categorias de variadores de velocidade eléctrico-electrónicos:

Página 12 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

 Variadores para motores de Corrente Contínua (CC)


 Variadores de velocidade por correntes de Eddy
 Variadores de deslizamento
 Variadores para motores de Corrente alternada (CA) conhecidos como
variadores de frequência.

Variadores de velocidade eléctrico-electrónicos

Os variadores eléctrico-electrónicos incluem tanto o controlador como o motor


eléctrico, no entanto é prática comum empregar o termo variador unicamente
ao controlador eléctrico.

Os primeiros variadores desta categoria empregaram a tecnologia dos tubos de


vazio. Com os anos depois foram-se incorporando dispositivos de estado
sólido, o qual tem reduzido significativamente o volume e custo, melhorando a
eficiência e fiabilidade dos dispositivos.

Variadores para motores de CC

Estes variadores permitem controlar a velocidade de motores de Corrente


contínua série, derivam de um composto e de ímans permanentes. Para o caso
de qualquer das máquinas anteriores se cumpre a seguinte expressão:

(1)

Onde:

Vt = Volt (Volt).

K = Constante da máquina.

FM = Fluxo magnético produzido pelo campo (Weber)

Nm = Velocidade mecânica (rpm).

Despejando a velocidade mecânica, obtém-se:

Página 13 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

(2)

Então, de (2) pode observar-se que a velocidade mecânica de um motor de CC


é directamente proporcional ao volt (VT) e inversamente proporcional ao fluxo

magnético (FM), o qual a sua vez depende da corrente de campo (IF).


Aproveitando esta situação é que este tipo de variadores pode controlar a
velocidade de um motor de CC: controlando seu volt terminal, ou bem,
manipulando o valor da corrente de campo.

Variadores por correntes de Eddy

Um variador de velocidade por correntes de Eddy consta de um motor de


velocidade fixa e uma embraiagem de correntes de Eddy. A embraiagem
contém um rotor de velocidade fixa (acoplado ao motor) e um rotor de
velocidade variável, separados por um pequeno entre-ferro. Conta-se,
ademais, com uma bobina de campo, cuja corrente pode ser regulada, a qual
produz um campo magnético que determinará o par mecânico transmitido do
rotor primeiramente ao rotor de saída. Desta forma, a maior intensidade de
campo magnético, maior par e velocidade transmitidos, e a menor campo
magnético menores serão o par e a velocidade no rotor de saída. O controlo da
velocidade de saída deste tipo de variadores geralmente realiza-se por médio
de laço fechado, utilizando como elemento de retro-alimentação um tacómetro
de corrente alternada (CA).

Variadores de deslizamento

Este tipo de variadores aplica-se unicamente para os motores de indução de


rotor bobinado. Em qualquer motor de indução, a velocidade mecânica (NM)
pode determinar-se mediante a seguinte expressão:

Página 14 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

(3)

Onde s é o deslizamento do motor, cujo valor oscila entre 0 e 1. Desta forma, a


maior deslizamento, menor velocidade mecânica do motor. O deslizamento
pode incrementar-se ao aumentar a resistência do bobinado do rotor, ou bem,

ao reduzir os volts no bobinado do rotor. Desta forma é que pode se conseguir


o controlo da velocidade nos motores de indução de rotor bobinado. No
entanto, este tipo de variadores é de menor eficiência que outros, razão pela
qual na actualidade tem muito pouca aplicação.

Variadores para motores de CA

Os variadores de frequência (siglas AFD ,do inglês Adjustable Frecuency Drive;


ou bem VFD Variable Frecuency Drive) permitem controlar a velocidade tanto
de motores de indução (assíncronos de gaiola de esquilo ou de rotor
bobinado), como dos motores síncronos mediante o ajuste da frequência de
alimentação ao motor.

 Para o caso de um motor síncrono, a velocidade determina-se mediante


a seguinte expressão:

(4)

 Quando se trata de motores de indução, a velocidade determina-se


mediante a seguinte expressão:

(5)

Onde:

Ns = velocidade síncrona (rpm)

Página 15 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Nm = velocidade mecânica (rpm)

f = frequência de alimentação (Hz)

s = deslizamento (adimensional)

P = número de pólos.

Como pode ver nas expressões (4) e (5), a frequência e a velocidade são
directamente proporcionais, de tal maneira que ao aumentar a frequência de
alimentação ao motor, incrementar-se-á a velocidade da seta, e ao reduzir o
valor da frequência diminuirá a velocidade do eixo. Por isso é que este tipo de
variadores manipula a frequência de alimentação ao motor a fim de obter o
controlo da velocidade da máquina

Caixas de Velocidade

A velocidade máxima de um automóvel depende da potência máxima do seu


motor, desenvolvendo-se, está próximo do número máximo de rotações do
motor.
As rodas do tipo médio, porém, apenas necessitam de girar à velocidade de
1000 r. p. m. , para percorrerem 110 km/h. , pelo que não podem ser ligadas
directamente ao motor. Deverá existir, portanto, um sistema que permita às
rodas dar uma rotação completa enquanto o motor efectua quatro, o que se
consegue por meio de uma desmultiplicação, ou redução, no diferencial.

Página 16 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

É comum a relação de transmissão de 4:1 , entre a velocidade de rotação do


motor e das rodas. Enquanto o automóvel se desloca a uma velocidade
constante numa via plana, esta redução é suficiente. Contudo, se o automóvel
tiver de subir uma encosta, a sua velocidade diminuirá e o motor começara a
falhar.
A selecção de uma velocidade mais baixa (relação mais baixa) permite que o

motor trabalhe a um maior número de rotações em relação às rodas,


multiplicando-se assim o torque (binário motor).

Página 17 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Determinação das relações de desmultiplicações, ou redução – A


desmultiplicação, ou redução, mínima numa caixa de câmbio deverá elevar o
torque o suficiente para que um automóvel, com a carga máxima, possa
arrancar numa subida íngreme. Um automóvel de pequenas dimensões
necessita de uma desmultiplicação, em primeira velocidade, de 3,5:1 e,
normalmente, quando apresenta 4 velocidades, de 2:1 em segunda, 1,4:1 em
terceira e 1:1 em Quarta, ou prise. Se estas relações forem multiplicadas por

4;1 , isto é, pela relação de transmissão entre a engrenagem do eixo do motor


e a do trem fixo, as reduções resultantes entre as rotações do motor e as das
rodas motrizes serão, respectivamente, 14:1, 8:1, 5,6:1 e 4:1. O mesmo
automóvel, se for equipado com um motor mais potente, não necessitará de
uma primeira velocidade tão baixa, pelo que as reduções da caixa de cambio
poderão ser reguladas para 2,8:1, 1,8:1, 1,3:1 e 1:1. Quanto mais próximas
forem as reduções numa caixa de câmbio, mais fácil e rapidamente entrarão as
mudanças.
Por outro lado, um motor mais potente poderá estar concebido de modo a
permitir uma condução mais fácil., evitando que se tenham de mudar com
frequência as mudanças. Esse efeito pode ser conseguido com uma caixa de 3
marchas mas não mais utilizado actualmente.

Página 18 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Engrenagem indirecta – Nos automóveis que apresentam o motor e as rodas


motrizes sobre o mesmo eixo, o diferencial situa-se normalmente entre o motor
e a caixa de cambio para poupar espaço. A energia mecânica é transmitida à
caixa de cambio por um eixo que passa acima do diferencial e transmitida a

Página 19 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

este por um eixo paralelo. As engrenagens necessárias para se obterem as


diferentes reduções encontram-se montadas nestes dois eixos.

Como se processa a mudança de marchas –


Numa caixa de câmbio mudanças em que as
engrenagens se encontram permanentemente
engatadas, estas não podem estar todas fixas
aos seus eixos pois, nesse caso, não seria
possível o movimento. Normalmente, todas as
engrenagens de um eixo estão fixas a este,
podendo as engrenagens dos outros eixos
girarem à volta do seu próprio eixo até que se
seleccione uma desmultiplicação. Então, uma
das engrenagens, torna-se solidária com o eixo,
passando a transmitir a energia mecânica.
A fixação das engrenagens a um eixo processa-
se por meio de sincronizadores estriados
existentes neste último. Neste processo, cada
sincronizador gira com o eixo podendo,
contudo, deslizar ao longo deste para fixar as
engrenagens, entre as quais está montado, ou
permanecer solto, permitindo que as
engrenagens girem livremente.

Página 20 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

O engate móvel de dentes facilita a troca de marchas – Os sincronizadores


tornam-se solidários com as rodas dentadas permanentemente engatadas pôr
meio de um mecanismo designado pôr união de dentes.
Quando os dois conjuntos engatam, em consequência do deslizamento do
sincronizador ao longo do eixo estriado, a engrenagem passa a girar solidária
com aquele.

Página 21 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

O sincronizador tem, normalmente uma série de dentes em cada face, de modo


a poder engatar com as engrenagens dispostas de cada um dos seus lados.
Num ponto intermédio o sincronizador não engata com nenhuma das duas
rodas, pelo que estas podem girar livremente sem transmissão do movimento.
Numa caixa de câmbio de prise directa existe ainda uma união de dentes
móvel para ligar o eixo primário e o eixo secundário e permitir a transmissão
directa do movimento às rodas, quando em prise.

Sincronização visando a mudança de velocidade

Página 22 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

No tipo mais simples de caixa de câmbio de engrenagens sempre engatadas –


actualmente já obsoleto – a mudança de velocidades fazia-se ruidosamente
com esticões. Para que esta se processe mais suave e silenciosamente, os
dois conjuntos de dentes devem atingir a mesma velocidade, de modo a
poderem deslizar prontamente e sem se entrechocarem. Esta sincronização
obtinha-se com uma breve parada no ponto morto quando se mudava de
velocidade. Essa pausa em ponto morto permitia que o atrito e a resistência do
óleo igualassem a velocidade de rotação do eixo primário e a da engrenagem
ligada às rodas através da parte restante da transmissão.
Para encaixar uma mudança mais baixa, conseguia-se a sincronização por
meio de uma dupla embriaguem; isto é, passando para o ponto morto,
acelerando o motor a fim de aumentar as rotações da engrenagem e

Página 23 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

desembraiando novamente para engatar a velocidade apropriada.


Actualmente, os motoristas já não precisam de recorrer a uma dupla, graças à
introdução de um dispositivo de sincronização nos colares deslizantes da caixa
de câmbio. Este dispositivo sincronizador existe, normalmente, para todas as
velocidades, excepto a marcha ré. Alguns automóveis, contudo, não o
possuem para a primeira velocidade.
O funcionamento do sistema sincronizador é idêntico ao de uma embriaguem
de fricção. Quando o sincronizador é forçado a deslizar de encontro à
engrenagem na qual deve engrenar, um anel cónico existente na engrenagem,
em frente dos dentes, entra em contacto com a superfície de um orifício cónico
– existente no sincronizador -, à qual se ajusta. O atrito resultante do contacto
das superfícies cónicas eleva ou reduz a velocidade da engrenagem livre até
torna-la igual a velocidade do eixo primário.
Os mecanismos sincronizados actuais incluem um dispositivo que impede o
movimento do sincronizador e não permite que os dentes engatem antes de se
obter uma sincronização perfeita.
Se as peças em rotação não girarem à mesma velocidade, por a embriaguem
não estar devidamente desembraiando, a alavanca de mudanças resistirá aos
esforços do motorista para muda-la de posição.
Actualmente, são utilizados três sistemas diferentes que produzem todos eles
os mesmos efeitos. Um deles recorre a um anel retardador que mantém
separados os dois conjuntos de dentes até que aqueles girem à mesma
velocidade.

Página 24 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Conclusão

A realização deste trabalho, permitiu conhecer o funcionamento dos redutores,


das caixas de velocidade e os variadores, bem com a sua manutenção.

Os diferentes tipos de caixas, redutores e variadores, são aplicados consoante


o tipo de motor em quastão e as situações a que estão irão estar sujeitos bem
com a que fim se sujeitam.

A sua activação pode ser realizada electrónicamente e/ou mecanicamente,


dependendo da sua aplicação.

Página 25 de 25
Redutores, Caixas de velocidade e Variadores

Bibliografia

 www.aviacaoexperimental.pro.br/aero/tecnica/.../redutor.pdf
 www.etepiracicaba.org.br/apostilas/.../projetos_mecanicos.pdf
 www.scribd.com/doc/3909940/Caixa-Redutora

Página 26 de 25

Você também pode gostar