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Correias automotivas

CORREIAS
AUTOMOTIVAS

Antenor Vicente

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Correias automotivas

1. CORREIAS:

Na prática, a durabilidade das correias automotivas depende dos hábitos de manutenção


do proprietário do veículo e das condições de rodagem. A inspeção é sempre uma boa
oportunidade de novo serviço

A quantidade de correias no carro não é a única variação que se deve considerar na hora
da vistoria. A vida útil e a aplicabilidade de cada uma delas também mudam dependendo
da marca e do veículo. A quilometragem média recomendada para troca, por exemplo, é
de 40 a 50 mil km, mas existem fabricantes que garantem uma durabilidade de até 120
mil km. O mais importante é checar as correias a cada 20 mil km, mesmo que a
montadora recomende períodos para substituição, expressos no manual do proprietário.
Cada veículo passa por um processo de deterioração diferente, que depende das
condições de piso, quilometragem diária percorrida, cuidados e manutenção.

Algumas diferenças – No geral, quatro tipos de correias podem ser encontradas. As


correias sincronizadoras ou dentadas, como também são conhecidas, servem para
sincronizar o movimento do eixo virabrequim com os pistões e com o comando de
válvulas. A simultaneidade é o que determina o tempo exato das fases de funcionamento
dos motores ciclo Otto – admissão, compressão, combustão e exaustão. 
Nem todos os veículos têm correias dentadas. Alguns modelos e marcas possuem uma
corrente metálica, similar as das bicicletas e motos, como nos motores Zetec Rocam, que
equipam boa parte da nova geração de veículos Ford. Em outros, mais antigos, o
sincronismo ou enquadramento do motor é feito pela própria engrenagem, como no
Fusca e Opala.
Os outros três tipos de correias, chamadas de auxiliares, são utilizados para manter o
funcionamento de alternadores, bomba d’água, direção hidráulica e ar-condicionado. O
que diferencia cada um deles é o formato e a aplicabilidade. O primeiro tipo de correia,
as Duplas, é comumente encontrado em caminhões e ônibus. As Poly-V equipam
exclusivamente automóveis. Já as V atendem toda a frota de veículos, de leve a pesado,
inclusive tratores.
Em alguns carros, apenas uma correia, além da dentada, é responsável por manter em
movimento a maioria dos sistemas, como no caso da Parati 2001 1.6L. Em outros, há
uma correia específica para cada função. O Fiat Tempra SW E Tipo 2.0, por exemplo,
possui quatro correias auxiliares, além da dentada e da correia dos eixos contra-rotantes.

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Inspeção– As correias ficam quase sempre na frente do motor. A


sincronizadora deve estar permanentemente coberta, pois qualquer impureza pode
ocasionar quebra, comprometer o bom funcionamento do sistema e até o empenamento
das válvulas. O rompimento ou falha das outras correias também pode levar a panes de
outros componentes, como o superaquecimento do motor e a descarga da bateria.
A vistoria das correias é quase toda visual. Retire a capa protetora e verifique o espaço
entre as correias e os dentes das engrenagens. Não pode haver folga, trincas ou
rachaduras em toda a sua extensão. A existência de óleo ou qualquer outra impureza nas
correias também compromete a vida útil.

Obs.: o desgaste deve acontecer por igual. A


falta de dentes ou deterioração intensificada em
apenas alguns pontos podem indicar problemas
em outros sistemas ou até montagem irregular
(veja quadro de defeitos).
No caso das correias dentadas, é necessário
vistoriar também os rolamentos esticadores, que
auxiliam na movimentação.
É muito importante realizar a Manutenção
Preventiva. O custo e o tempo de reparação são
bem menores que o trabalho corretivo, que,
dependendo do veículo, pode ter o valor aumentado em 10 vezes e ocupar a oficina pelo
menos por três dias.

Manuseio:

A correia somente deverá ser retirada da embalagem no momento


da sua substituição. Durante o seu manuseio em nenhuma hipótese
a correia deverá ser dobrada/vincada. Tal procedimento danifica
componentes internos da correia, podendo provocar o seu
rompimento durante o funcionamento do motor

Exame do estado das polias:


Dentes desgastados e polias desalinhadas são alguns dos fatores que
podem gerar ruídos em excesso, alem de reduzir prematuramente a
vida útil da correia. Também recomenda-se uma avaliação de selos
mecânicos do girabrequim em relação a possíveis vazamentos de óleo
do motor, fator que diminui a vida da correia

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Tensionamento:
O correto tensionamento é um fator importantíssimo para assegurar a
durabilidade da correia e o bom funcionamento do motor. Com a
correia instalada e tensionada na correta posição do sincronismo,
recomenda-se que após sua instalação o girabrequim seja
movimentado manualmente até que se obtenha duas voltas
completas. Tal procedimento assegura o perfeito assentamento da
correia. Após este procedimento, deve se novamente ser verificada a
tensão e o sincronismo da correia

Ref: Bosch auto peças produtos

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Matéria elaborada com auxílio de Pedro Luiz Scopino, consultor do oficina Brasil, instrutor técnico e proprietário da
Auto Mecânica Scopino, localizada na zona Norte de São Paulo. http://arquivo.oficinabrasil.com.br/noticias/?COD=1246

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2. TENSIONADORES:

Dicas de manutenção para polia da correia de sincronismo


VW (AP 1.6/1.8/2.0); Pólo 1.6 (inclusive Classic); Van 1.6 e Apollo 1.8; Passat e Variant
importados (AP 11/94 > 07/97

Reclamação mais comum, talvez a única: Ruído (assovio), proveniente do contato


irregular da correia na face lateral interna da aba da polia, podendo levar a correia a
desfiar, danificando todo o sistema de sincronismo do motor.
Causa: Deslocamento excessivo da correia, provocado por desalinhamentos entre os
diversos apoios da correia, ou seja, polias de desvio, tensionador e polias de
engrenagem.
Existem diversas causas que podem provocar esses desalinhamentos, por exemplo
podemos citar o desgaste excessivo do virabrequim, que em última análise acaba
provocando um deslocamento das polias de engrenagem, ou outro exemplo, devido à
excessiva tensão da correia, aplicada indevidamente no momento da montagem, o que
provocaria, além de desgastes acentuados nos dentes das polias de engrenagem,
também uma deformação excessiva das polias, deixando-as desalinhadas em relação à
correia.

Uma outra causa possível, são os pequenos impactos frontais sofridos pelo automóvel,
comprometendo desta forma todo o alinhamento original do sistema de sincronismo.
Solução: Observar a melhor centralização possível da correia sobre a polia, em caso de
existência do desalinhamento, pode-se utilizar arruelas a fim de corrigir o desvio angular.
Observações importantes: A cada troca de correia, no período indicado pelo fabricante do
veículo, também é imprescindível a substituição do tensor e da polia do sistema em
questão, embora possa estar aparentando giro suave durante manuseio. Devido ao longo
período de utilização, é normal que a polia apresente liberdade de giro, mesmo estando
com problemas de lubrificação ou de seu sistema de vedação, motivo pelo qual não deve
ser reutilizada, pois pode comprometer todo o trabalho, causando grandes custos de
retrabalho, além de arranhar a imagem da Oficina/Centro Automotivo responsável.
Para atender necessidade de um trabalho tecnicamente correto, já é possível encontrar
no mercado, o Kit de polia e tensionadores acompanhado da correia de sincronismo e de
serviços.
Manutenção Preventiva: O reparador deve, de forma continuada, solicitar a seus clientes,
que façam revisões periódicas a cada 20.000 km, no sentido de diminuir o custo final de
manutenção do veículo,

Segurança!

Cuidado para não prensar os dedos ou parte da mão entre


polia e correias!

Verifique as tensões das


correias com um medidor
de tensão,

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