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MANUTENÇÃO EM ELEMENTOS AUTOMOTIVOS

MANUTENÇÃO EM
ELEMENTOS DE
AUTOMOTIVOS

Antenor Vicente

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MANUTENÇÃO EM ELEMENTOS AUTOMOTIVOS

Sumario:

APRESENTAÇÃO..................................................................................4

1. CORREIAS.......................................................................................5

2.ELEMENTOS DE VEDAÇÃO...............................................................11

3. ROLAMENTOS................................................................................19

4. ENGRENAGENS .............................................................................27

5. FILTROS .......................................................................................30

6.CABOS DE AÇO...............................................................................34

7. CORRENTES...................................................................................40

8. BOMBAS........................................................................................43

9. ACOPLAMENTOS ...........................................................................49

10. MOTORES ELÉTRICOS..................................................................50

11. LUBRIFICAÇÃO............................................................................55

12. NORMA PARA LUBRIFICANTES....................................................60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................63

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MANUTENÇÃO EM ELEMENTOS AUTOMOTIVOS

Apresentação:

A razão de ser da manutenção está em gerar condições operacionais para que


equipamentos, instalações e serviços funcionem adequadamente, visando atingir
objetivos e metas da empresa atendendo assim, aos clientes, ao mais baixo custo,
sem perda da qualidade.
Para que a Manutenção possa atingir a Produtividade Total de forma eficaz e
reduzir o número de intervenções, atuando preventivamente, de modo a atender a
disponibilidade e confiabilidade operacional dos equipamentos, o planejamento nos
itens abaixo é fundamental:

Controle de custo por manutenção em equipamento;


Estrutura de análise de ocorrências e anormalidades nos equipamentos;
Indicadores de desempenho;
Padronização nos processos da execução de atividades;
Análise no índice de obsolescência de equipamentos;
Históricos atualizados dos equipamentos;
Treinamento específico para o pessoal;
Treinamento nos procedimentos de higiene e segurança no trabalho;
Pessoal específico na área de informática dedicada ao histórico e análise da
manutenção preventiva ou corretiva dos equipamentos;
Circulação das informações interna e externa;
Evidências objetivas.

“Manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas,


incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um equipamento ou
instalação em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida. A
manutenção pode incluir uma modificação de um item ou equipamento”.
Logo, a Manutenção são o conjunto de ações necessárias para que um item seja
conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição
especificada.
Cabe à Manutenção fazer com que seu cliente (operação e fornecedores) atue,
também, de maneira sistêmica para o alcance destes objetivos.
A permanência do equipamento em condições satisfatórias significa vida útil
mais longa e, isto só é conseguido através de um sistema adequado e eficiente de
manutenção. O gasto com métodos, processos, instrumentos e ferramentas
destinadas à manutenção representa um aumento da vida útil do equipamento.
Está se tornando cada vez mais aceito pelas empresas que, para o bom
desempenho da produção em termos mundiais, o gasto em manutenção deve estar ao
redor de 2% ou menos do valor do ativo.
O melhoramento contínuo das práticas de manutenções assim como a redução de
seus custos são resultados da utilização do ciclo da Qualidade Total como base no
processo de gerenciamento.

Engº Lourival Tavares – Ex presidente do COPIMAN

:: Equipe Mundo Mecânico::


(31) 8807-9618
mundomecanico@yahoo.com.br

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Objetivos:

:: Demonstrar as técnicas de manutenção, tais como instalação, limpeza, inspeção


para os diversos elementos de máquinas, tais como correias, retentores, rolamentos,
engrenagens, filtros, cabos de aço, bombas acoplamentos e motores elétricos.

:: Fornecer informações para aplicação dos lubrificantes corretos, segundo as normas


específicas.

:: Conhecer as normas especificas para lubrificantes e conhecer a correspondência entre


elas

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1. CORREIAS:
CORREIA :
2. TENSIONADORES:

Na prática, a durabilidade das correias automotivas depende dos hábitos de manutenção do


proprietário do veículo e das condições de rodagem. A inspeção é sempre uma boa
oportunidade de novo serviço

A quantidade de correias no carro não é a única variação que se deve considerar na hora da
vistoria. A vida útil e a aplicabilidade de cada uma delas também mudam dependendo da
marca e do veículo. A quilometragem média recomendada para troca, por exemplo, é de 40 a
50 mil km, mas existem fabricantes que garantem uma durabilidade de até 120 mil km. O
mais importante é checar as correias a cada 20 mil km, mesmo que a montadora recomende
períodos para substituição, expressos no manual do proprietário. Cada veículo passa por um
processo de deterioração diferente, que depende das condições de piso, quilometragem
diária percorrida, cuidados e manutenção.

Algumas diferenças – No geral, quatro tipos de correias podem ser encontradas. As


correias sincronizadoras ou dentadas, como também são conhecidas, servem para
sincronizar o movimento do eixo virabrequim com os pistões e com o comando de válvulas. A
simultaneidade é o que determina o tempo exato das fases de funcionamento dos motores
ciclo Otto – admissão, compressão, combustão e exaustão. 
Nem todos os veículos têm correias dentadas. Alguns modelos e marcas possuem uma
corrente metálica, similar as das bicicletas e motos, como nos motores Zetec Rocam, que
equipam boa parte da nova geração de veículos Ford. Em outros, mais antigos, o
sincronismo ou enquadramento do motor é feito pela própria engrenagem, como no Fusca e
Opala.
Os outros três tipos de correias, chamadas de auxiliares, são utilizados para manter o
funcionamento de alternadores, bomba d’água, direção hidráulica e ar-condicionado. O que
diferencia cada um deles é o formato e a aplicabilidade. O primeiro tipo de correia, as
Duplas, é comumente encontrado em caminhões e ônibus. As Poly-V equipam
exclusivamente automóveis. Já as V atendem toda a frota de veículos, de leve a pesado,
inclusive tratores.
Em alguns carros, apenas uma correia, além da dentada, é responsável por manter em
movimento a maioria dos sistemas, como no caso da Parati 2001 1.6L. Em outros, há uma
correia específica para cada função. O Fiat Tempra SW E Tipo 2.0, por exemplo, possui
quatro correias auxiliares, além da dentada e da correia dos eixos contra-rotantes.

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Inspeção– As correias ficam quase sempre na frente do motor. A sincronizadora deve estar
permanentemente coberta, pois qualquer impureza pode ocasionar quebra, comprometer o
bom funcionamento do sistema e até o empenamento das válvulas. O rompimento ou falha
das outras correias também pode levar a panes de outros componentes, como o
superaquecimento do motor e a descarga da bateria.
A vistoria das correias é quase toda visual. Retire a capa protetora e verifique o espaço entre
as correias e os dentes das engrenagens. Não pode haver folga, trincas ou rachaduras em
toda a sua extensão. A existência de óleo ou qualquer outra impureza nas correias também
compromete a vida útil.

Obs.: o desgaste deve acontecer por igual. A falta de dentes ou deterioração intensificada
em apenas alguns pontos podem indicar problemas
em outros sistemas ou até montagem irregular (veja
quadro de defeitos).
No caso das correias dentadas, é necessário
vistoriar também os rolamentos esticadores, que
auxiliam na movimentação.
É muito importante realizar a Manutenção
Preventiva. O custo e o tempo de reparação são
bem menores que o trabalho corretivo, que,
dependendo do veículo, pode ter o valor aumentado
em 10 vezes e ocupar a oficina pelo menos por três dias.

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Manuseio:

A correia somente deverá ser retirada da embalagem no momento da


sua substituição. Durante o seu manuseio em nenhuma hipótese a
correia deverá ser dobrada/vincada. Tal procedimento danifica
componentes internos da correia, podendo provocar o seu rompimento
durante o funcionamento do motor

Exame do estado das polias:


Dentes desgastados e polias desalinhadas são alguns dos fatores que
podem gerar ruídos em excesso, alem de reduzir prematuramente a vida
útil da correia. Também recomenda-se uma avaliação de selos
mecânicos do girabrequim em relação a possíveis vazamentos de óleo
do motor, fator que diminui a vida da correia

Tensionamento:
O correto tensionamento é um fator importantíssimo para assegurar a
durabilidade da correia e o bom funcionamento do motor. Com a correia
instalada e tensionada na correta posição do sincronismo, recomenda-se
que após sua instalação o girabrequim seja movimentado manualmente
até que se obtenha duas voltas completas. Tal procedimento assegura o
perfeito assentamento da correia. Após este procedimento, deve se
novamente ser verificada a tensão e o sincronismo da correia

http://www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/correias/dicas.htm

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Matéria elaborada com auxílio de Pedro Luiz Scopino, consultor do oficina Brasil, instrutor técnico e proprietário da
Auto Mecânica Scopino, localizada na zona Norte de São Paulo. http://arquivo.oficinabrasil.com.br/noticias/?COD=1246

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3. TENSIONADORES:

Dicas de manutenção para polia da correia de sincronismo


VW (AP 1.6/1.8/2.0); Pólo 1.6 (inclusive Classic); Van 1.6 e Apollo 1.8; Passat e Variant
importados (AP 11/94 > 07/97

Reclamação mais comum, talvez a única: Ruído (assovio), proveniente do contato irregular
da correia na face lateral interna da aba da polia, podendo levar a correia a desfiar,
danificando todo o sistema de sincronismo do motor.
Causa: Deslocamento excessivo da correia, provocado por desalinhamentos entre os
diversos apoios da correia, ou seja, polias de desvio, tensionador e polias de engrenagem.
Existem diversas causas que podem provocar esses desalinhamentos, por exemplo
podemos citar o desgaste excessivo do virabrequim, que em última análise acaba
provocando um deslocamento das polias de engrenagem, ou outro exemplo, devido à
excessiva tensão da correia, aplicada
indevidamente no momento da montagem, o que provocaria, além de desgastes acentuados
nos dentes das polias de engrenagem, também uma deformação excessiva das polias,
deixando-as desalinhadas em relação à correia.
Uma outra causa possível, são os pequenos impactos frontais sofridos pelo automóvel,
comprometendo desta forma todo o alinhamento original do sistema de sincronismo.
Solução: Observar a melhor centralização possível da correia sobre a polia, em caso de
existência do desalinhamento, pode-se utilizar arruelas a fim de corrigir o desvio angular.
Observações importantes: A cada troca de correia, no período indicado pelo fabricante do
veículo, também é imprescindível a substituição do tensor e da polia do sistema em questão,
embora possa estar aparentando giro suave durante manuseio. Devido ao longo período de
utilização, é normal que a polia apresente liberdade de giro, mesmo estando com problemas
de lubrificação ou de seu sistema de vedação, motivo pelo qual não deve ser reutilizada, pois
pode comprometer todo o trabalho, causando grandes custos de retrabalho, além de
arranhar a imagem da Oficina/Centro Automotivo responsável.
Para atender necessidade de um trabalho tecnicamente correto, já é possível encontrar no
mercado, o Kit de polia e tensionadores acompanhado da correia de sincronismo e de
serviços.
Manutenção Preventiva: O reparador deve, de forma continuada, solicitar a seus clientes,
que façam revisões periódicas a cada 20.000 km, no sentido de diminuir o custo final de
manutenção do veículo,

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Segurança!

Cuidado para não prensar os dedos ou parte da mão entre polia e correias!

Verifique as tensões das


correias com um medidor
de tensão,

Alinhamento:

Fonte:correias Goodyear / mercúrio

Concentrando informações:

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4. ELEMENTOS DE VEDAÇÃO:
VEDAÇÃO
Vedação:

ATENÇÃO!

Nunca utilize lixa de ferro na limpeza, pois poderá causar sulcos ou riscos profundos que
poderão acarretar vazamentos ou queima da junta, principalmente em bases de
alumínio.

Educação entreolhares

Sites e material técnico das seguintes marcas:


Goodyear
Mercurio
NSK
FAG
SKF
CIMAF do Brasil
DAIDO
Teadit do Brasil
Sabó – caderninho
Manual de bombas centrifugas EH
www.tropicalrio.com.br/catalogos/bommanual
escritos técnicos de: José do O’Guedes [CVRD]
WEG motores
Blog da lubrificação

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