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Órgãos de Máquinas
Carlos Fernandes
2022/2023
Licenciatura em Engenharia Mecânica
Nota introdutória
Software recomendado:
1
Bibliografia Engrenagens
Principal:
Complementar:
Sugestão de leitura:
2
Normas Engrenagens
3
Normas Engrenagens
4
Normas Engrenagens
5
Hiperligação para aula
Aula 1 Aula 7
Aula 2 Aula 8
Aula 3 Aula 9
Aula 4 Aula 10
Aula 5 Aula 11
Aula 6 Referências
6
Aula 1
Sumário
2. Perfis de Dentado 12
3. Rodas de atrito 16
5. Cremalheira geradora 19
7
Introdução
Engrenagem:
Conjunto de duas rodas dentadas acopladas entre si.
10
Classificação das Engrenagens
11
Perfis de Dentado
Perfil em Cicloide
Aplicações:
• Relógios
• Moinhos de fabrico de papel
• Moinhos de açúcar
(d) (e)
Figura 9: Exemplos de utilização de engrenagens.
(a) Caixa de velocidades de um Porsche 971 Panamera; (b) Motor MAN DF 3876 LF; (c) Impressora Xerox ColorQube 8570; (d) Relógio da
Igreja da Santa Cruz, Dülmen, Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha; (e) Caixa de Engrenagens com Parafuso sem-fim/roda de coroa
15
Rodas de Atrito
Entre-eixo:
r1
O1
O1 O2 = a
1
I (
a = r1 + r2
r2 2 ω1 · r1 = ω2 · r2
O2
16
Conceitos básicos: cı́rculo primitivo, passo e módulo
r raio primitivo
z·p z·m
r= =
ra raio de cabeça (ou addendum) 2π 2
rd raio de pé (ou deddendum)
rb raio de base Outras relações relevantes:
m módulo (normalizado) rd = r − hf = r − 1.25 · m
α ângulo de pressão ra = r + ha = r + m
p passo rb = r · cos α 17
Cremalheira geradora - Processo MAAG
rb
r ra
T
I
reta de referência
da cremalheira
p
v= r
Figura 12: Processo MAAG para geração de dentado.
z·m
r= 2 ra = r + m rb = r · cos α p=π·m
18
Cremalheira geradora
19
Razão de multiplicação
Razão de multiplicação u
representa a razão entre o
z1 número de dentes da roda z2 e o
número de dentes do pinhão z1 :
z2
u=
z1
z2
A razão de multiplicação é
sempre |u| ≥ 1
20
Razão de transmissão
ωa na z
i= = =− b
ωb nb za
A engrenagem é redutora para |i| > 1. A engrenagem é multiplicadora para |i| < 1.
ωb
ωb
z1
z2
ωa
ωa
z2
z1
4. Espessura do dente 31
22
Evolvente de Cı́rculo
23
Geração da Evolvente de Cı́rculo
101 Declive de te
Declive tr
mtr
100 mte
0
100
101
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4
Ângulo / rad
24
Geração de um Flanco em Evolvente de Cı́rculo
O
rb
r ra
Q
T
I
v= r
Figura 18: Perfil de Evolvente Gerado por Cremalheira
25
Geração de um Flanco em Evolvente de Cı́rculo
T
I
25
Passo de Base
O
rb
r ra
Q1
T
I
p M
M1
v= r
Figura 18: Perfil de Evolvente
>
QQ = MM = pb = p · cos α
1 1
26
Geração de Dentado por Cremalheira
Primitivo (x=0)
Primitvo
Círculo de Base
Roda dentada:
z=20.0
m=2.0
x=0.0
Cremalheira:
=20
ha=1.25
hf=1.0
=0.38
27
Geração de Dentado por Cremalheira Geradora
28
Ângulo de incidência e função involuta
Q X tr >
TM = TQ = rb · tan αM
inv M > > >
TQ = TX + XQ
T
rb
M
rb · tan αM = rb · αM + XQ
>
O
Dividindo por rb :
Figura 20: Ângulo de incidência num tan αM = αM + ∡QOM
ponto genérico M
Função Involuta:
Nota: os valores numéricos da inv αM são
bastante pequenos. αM e inv αM devem ser inv αM = tan αM − αM
29
Equações Paramétricas da Evolvente de Cı́rculo
y
pertencente à evolvente de
cı́rculo, tem as seguintes
T
componentes cartesianas:
(
xM = rb · cos ϕ + TM · sin ϕ
yM = rb · sin ϕ − TM · cos ϕ
rb
M
M
Sendo ϕ = αM + inv αM
inv M Podemos ainda considerar a
x
igualdade TM = rb · ϕ:
Figura 21: Sistema cartesiano com
(
xM = rb · cos ϕ + rb · ϕ · sin ϕ
representação da evolvente
yM = rb · sin ϕ − rb · ϕ · cos ϕ
(
Num sistema cartesiano, as xM = rb · (cos ϕ + ϕ · sin ϕ)
sucessivas posições do ponto M, yM = rb · (sin ϕ − ϕ · cos ϕ)
30
Espessura do Dente
ra invα
rb r Num outro ponto M, a espessura
é:
invαM sM = rM · ∡MOM′
= rM · sr − 2 · ∡YOM
Figura 22: Espessura do dente num = rM · sr − 2 · (∡QOM − ∡QOY)
ponto genérico M
= rM · r − 2 · (inv αM − inv α)
s
Relembrar: hs i
r = z·m sM = rM · + 2 · (inv α − inv αM )
2 r
rb = r · cos α
ra = r + m
31
Espessura do dente sobre o cı́rculo de base
hs i
sM = rM · + 2 · (inv α − inv αM )
r
Y Y' Sobre o cı́rculo de base, o
Q Q' ângulo de incidência αM é nulo.
Assim, temos um caso particular
da espessura do dente sobre o
invα
cı́rculo de base ser:
rb r s
sb = rb · + 2 inv α
r
Figura 23: Espessura da base do
dente Relembrar que:
• α é o ângulo de pressão,
A espessura do dente para um
normalmente 20◦ .
ponto genérico M com ângulo de
incidência αM é: • inv α = tan α − α
32
Cota tangencial sobre k dentes
W3 = 2 pb + sb
Wk
|{z} |{z}
passo espessura
de da
base base do dente
T
M M'
Para qualquer k:
Q Q'
>
Wk = QQ’ = (k − 1) · pb + sb
rb
Passo de base:
ra
2π · rb = z · pb
rb = r · cos α
Figura 24: Cota tangencial sobre k=3 2π·r
pb = · cos α = p · cos α
dentes z
W3 = MM′ = QQ’
h s i
Wk = m · cos α · (k − 1) · π + + z · inv α
m
33
Escolha de k
Wk
2 = OM · sin α, com OM = r = z·m
2
wk /2 Wk = 2r · sin α
Como visto anteriormente:
T
Wk = m · cos α · (k − 1) · π + s
M m + z · inv α
Igualando as duas expressões é:
2r · sin α = m · cos α · (k − 1) · π + s
α m + z · inv α
Substituindo r = z·m 2 e s = 2 :
π·m
z · (tan α − inv α) = k − 21 · π
z 1
k= π ·α+ 2
1. Engrenamento 36
2. Caminho de Engrenamento 38
3. Razão de Condução 40
35
Engrenamento
O1
Q1
O1
T1 XY T2
T1
Q1 t1 t2
Q2
X
O2
t1
Figura 27: Contacto das evolventes
(a) sobre a reta de engrenamento
Y
T2
t2
Q2
• Mover a Figura 26a de
maneira a fazer coincidir t1
O2 com t2 da Figura 26b;
(b) • Fazer o Ponto X da Figura
Figura 26: Perfis em evolvente. 26a coincidir com o Ponto Y
da Figura 26b. 36
Engrenamento
O inı́cio do engrenamento
T1 acontece quando:
I
• O raio de cabeça (ra1 ) da
roda dentada 1 contacta
T2
com o flanco da roda
dentada mandante 2;
O inı́cio do engrenamento
T1 acontece quando:
I
A • O raio de cabeça (ra1 ) da
roda dentada 1 contacta
T2
com o flanco da roda
dentada mandante 2;
• o contacto entre os flancos
acontece sempre sobre a
2 linha T1 T2 ;
O2
• Este ponto designa-se por A.
38
Fim do Caminho de Engrenamento
O fim do engrenamento
T1 acontece quando:
B
I
• O raio de cabeça (ra2 ) da
roda dentada 2 deixa de
T2
contactar com o flanco da
roda dentada mandada 1;
• o contacto entre os flancos
acontece sempre sobre a
2 linha T1 T2 ;
O2
• Este ponto designa-se por B.
39
Fim do Caminho de Engrenamento
O fim do engrenamento
T1 acontece quando:
I
• O raio de cabeça (ra2 ) da
roda dentada 2 deixa de
T2
contactar com o flanco da
roda dentada mandada 1;
• o contacto entre os flancos
acontece sempre sobre a
2 linha T1 T2 ;
O2
• Este ponto designa-se por B.
39
Razão de Condução
T1
I
B AB é designado por segmento de
A engrenamento ou caminho de
engrenamento (inglês: “path of
T2 contact”).
ra2
z1 ·m
O 1 I = r1 = 2
2 z2 ·m
O2 I = r2 = 2
O2
O1 ϵα =
AB
1 pb
AB = AI + IB
T1 AI = T1 A − T1 I IB = T2 B − T2 I
pIb
B
A pb
T2
2 2 2
p p 2 2
ra1 − rb1 + ra2 − rb2 − a sin α
ϵα =
O2 pb
O1 O1
r a1 r a1 0
T1 T1
I
B IB
0
A A
T2
T2
0
r a2 r a2
O2
O2
Figura 35: Entre-eixo de corte
Figura 36: Entre-eixo de
funcionamento
z1 +z2
a = r1 + r2 = m · 2 a′ > a
44
Entre-eixo de corte e de funcionamento
O1
a′ > a
r a1 0
T1
No caso da imposição do entre-eixo
r a2 Igualdade de velocidades no
O2 primitivo:
45
Aula 4
Sumário
3. O escorregamento no engrenamento 49
4. Escorregamento especı́fico 58
46
Raio ativo de pé
2
O1 rA 2 = rb2 2 + T2 A
1
T2 A = T2 T1 − T1 A =
(r1 + r2 ) · sin α − ra1 2 − rb1 2
p
T1
Situação aplicável às situações:
I
A
1. Raio ativo de pé rA de
T2 funcionamento: engrenamento
do pinhão z1 com a roda z2 ;
rA
T1
p2 B
I
A p1
T2
Figura 40: Escorregamento no engrenamento
49
O escorregamento no engrenamento
T1
p2 B
I
A a2 ap11
T2
Figura 40: Escorregamento no engrenamento
De A até I:
> >
• o arco a1I sobre o perfil p1 é maior que o arco a2I sobre o perfil
p2 ;
49
O escorregamento no engrenamento
T1
p2 B
I i1
i2 p1
A
T2
Figura 40: Escorregamento no engrenamento
De I até B:
> >
• o arco i1B sobre o perfil p1 é menor que o arco i2B sobre o perfil
p2 ;
49
Caminho de A até ao Primitivo
T1
B
I
A
T2
50
Caminho do Primitivo até B
T1
B
I
A
T2
51
Velocidade linear num ponto M
1
T1
vM1
M vM2 O ponto de contacto M tem as
T2 seguintes velocidades lineares:
2
Perfil p1 :
vM1 = ω1 · O1 M = ω1 · rM1
2
Perfil p2 :
O2
vM2 = ω2 · O2 M = ω2 · rM2
52
Velocidades tangenciais ao cı́rculo de base num ponto M
O1 Velocidades na direção
1 tangencial ao contacto:
vr1 = vM1 · sin α1 = (ω1 · rM1 ) · sin α1
vr2 = vM2 · sin α2 = (ω2 · rM2 ) · sin α2
1
T1
vM1 Também conhecidas por
M vM2 velocidades de rolamento dos
v r1v r2
O1 As velocidades de rolamento no
1 ponto M do pinhão e roda são,
respectivamente:
vr1 = ω1 · rM1 sin α1
T1 vr2 = ω2 · rM2 sin α2
M 1
Os perfis podem ser
v r1v r2
2
aproximados por dois cı́rculos
T2
osculadores na vizinhança do
ponto M:
• centro de curvatura em T1 e
raio T1 M
2 • centro de curvatura em T2 e
O2 raio T2 M
O1 A velocidade de escorregamento
1 relativa num ponto M, é dada
por:
v b2
1
T1
v b1 = vg = vr1 − vr2
vM1
M vM2 É comum representar-se a
v r1v r2
velocidade de escorregamento
T2 2
em módulo:
vg = |vr1 − vr2 |
Quantidade útil para efeitos de
cálculo da perda de potência
2 num ponto M:
O2 M
Pvzp = FNM · vgM · µM
Figura 45: Velocidades num ponto M FNM - força normal
µM - coeficiente de atrito
56
O escorregamento no engrenamento
O1
1
v b2
=
T1 v b1
B
vM2
A vM1 3.0
v r2
T2 2.5
v r1
2.0
1
|vg| / ms
1.5
1.0
2 0.5
O2 0.0
0 1 2 3 4 5 6 7
AM / mm
Play/Pause
57
O escorregamento especı́fico
T1
B
b
d a
A c
T2
Figura 46: Escorregamento especı́fico
58
O escorregamento especı́fico
O1 Sobre o perfil p1 :
1
vr1 − vr2
gs1 =
vr1
T1
M 1
ω1 · T1 M − ω2 · T2 M
v r1v r2
2
gs1 =
T2
ω ·T M
1 1
Sobre o perfil p2 :
vr1 − vr2
gs2 =
2 vr2
O2
ω1 · T1 M − ω2 T2 M
Figura 47: Cı́rculos osculadores e gs2 =
velocidades tangenciais ao contacto ω2 · T2 M 59
O escorregamento especı́fico
O1 gs1 = ω1 ·T1ωM−ω
2 ·T2 M
·T M
1 1
1
Quando o contacto se aproxima
de T2 , o escorregamento
B T1 especı́fico do pinhão,
A I gs1 → 1 porque T2 M → 0
T2 gs2A gs1B
gs2 = ω1 ·T1ωM−ω 2 ·T2 M
·T M
2 2
61
O escorregamento especı́fico
′
ra1 = ra1 + x · m
ra20 a2
r
′
ra2 = ra2 − x · m
Antes da Correção:
2 gs1B > gs2A
O2
Depois da Correção:
Figura 50: Igualar escorregamentos gs1B′ = gs2A′
especı́ficos
63
Determinar correção que equilibra gs
T1
B No caso particular do Ponto B:
I
gs1B = 1 − ωω21 · TT2 BB = 1 − zz21 · TT2 BB
A 1 1
ra1
T1 T2 = T2 T1 = O1 O2 · sin α = a · sin α
T1
I
B T1 A =
√ 2
ra1 − rb1 2
A √ 2
T2 T2 B = ra2 − rb2 2
ra2
√ 2
T2 A = T2 T1 − T1 A = a · sin α − ra1 − rb1 2
2
O2
√ 2
T1 B = T1 T2 − T2 B = a · sin α − ra2 − rb2 2
Figura 52: Caminho de
Engrenamento
√ 2
ra2 − rb2 2
z1 T2 B z1
= 1 − = 1−
gs1B · · √
z2 T1 B z2 a · sin α − ra2 2 − rb2 2
√ 2
ra1 − rb1 2
z 2 T1 A z2
− 1 = · 1
gs2A = · √ 2 −
65
z 1 T2 A z1 a · sin α − ra1 − rb1 2
Determinar correção que equilibra gs
1. Escolher z1 nas
abcissas;
2. Interceptar z1 com a
razão de transmissão
u = zz21 (à direita de
ABA’);
3. Escolher x1 nas
ordenadas;
4. x2 = −x1
x1 + x2 = 0
rb
r ra
T
I
+xm reta de referência
da cremalheira
p
v= r
Figura 54: Cremalheira com correção positiva. 68
Correção de dentado positiva
O
rb
r
ra
T
I reta de referência
xm da cremalheira
p
v= r
Figura 56: Cremalheira com correção negativa.
70
Correção de dentado negativa
1. Escolher z1 nas
abcissas;
2. Interceptar z1 com
z1 + z2 = 60;
3. Escolher x1 nas
ordenadas
4. Interceptar z1 com a
razão de transmissão
u = zz21 (à esquerda de
ABA’);
5. Escolher x2 nas
ordenadas;
Figura 58: Solução gráfica do algoritmo
gs1B′ = gs2A′ [4, 5].
x1 + x2 ̸= 0 – existe
72
variação de entre-eixo
Correção de dentado - z1 + z2 < 60
74
Importância de igualar escorregamento especı́fico
E∗
=
E1
+
E2 velocidade de escorregamento:
σH · vg = σH · (vr1 − vr2 )
76
Importância de igualar escorregamento especı́fico
ω1 · T1 B − ω2 · T2 B ω 2 · T2 A − ω 1 · T1 A
=
ω1 · T1 B ω2 · T2 A
ω2 · T2 A · ω1 · T1 B − ω2 · T2 B = ω1 · T1 B · ω2 · T2 A − ω1 · T1 A
ω2 2 · T2 A · T2 B = ω1 2 · T1 A · T1 B
77
Importância de igualar escorregamento especı́fico
q 21 21
1 1
Fn ·E∗
Lembrar que σH = π·b·R · vg1B = · vg2A
RB RA
A pressão de contacto é
21 21
T1 T2 T1 T2
· ω1 · T1 B − ω2 · T2 B = · ω2 · T2 A − ω1 · T1 A
T1 B · T2 B T1 A · T2 A
Após simplificação: ω2 2 · T2 A · T2 B = ω1 2 · T1 A · T1 B
Assim se conclui que igualar os escorregamentos especı́ficos
corresponde a igualar os fatores de Almen (risco de gripagem). 78
Aula 6
Sumário
1. Dentado corrigido 80
79
Perfil em evolvente com correção
(x ̸= 0) é maquinada com a
mesma ferramenta que a roda
sem correção (x = 0).
O raio de base rb será o mesmo
para ambas as rodas pois
depende apenas do ângulo de
pressão da ferramenta (α).
ra
ra0
x<0
x=0
x>0
círculo primitivo
círculo de base
O O
rb rb
r ra
r ra
T T
I I
reta de referência
da cremalheira +xm reta de referência
da cremalheira
p p
v= r v= r
Figura 62: Roda sem correção. Figura 63: Roda com correção
positiva (x=0.5). 82
Espessura do dente da cremalheira com correção positiva
i s
+xm
reta de referência
da cremalheira
i s
+xm
reta de referência
da cremalheira
scremalheira = π·m
2 − 2 · x · m · tan α icremalheira = π·m
2 + 2 · x · m · tan α
Se a espessura dente do dente da cremalheira sobre a reta tangente
diminui, observa-se um aumento da espessura do dente sobre o
cı́rculo primitivo de referência:
sroda = icremalheira iroda = scremalheira
84
Espessura do dente com correção positiva
s i
ra
r
rb
Figura 66: Roda dentada corrigida.
O1
entre-eixo.
r a1
O1 O2 = r1′ + r2′
r 10
0
T1
0 Os raios primitivos de
I
funcionamento são neste caso
diferentes dos cı́rculos
T2
primitivos de corte, que se
0
mantêm:
r 20
r a2 z·m
r= 2
O2 O raio de base não se altera,
Figura 67: Entre-eixo para uma pois depende apenas do ângulo
correção x1 + x2 ̸= 0 de pressão de corte (α):
rb = r · cos α = r′ · cos α′
Para as situações em que
x1 + x2 ̸= 0 há variação de a′ · cos α′ = a · cos α
86
Passo sobre o cı́rculo primitivo de funcionamento
r0 1
Sobre os cı́rculos primitivos de
funcionamento:
p0 O passo do pinhão:
p0 p′ = s′1 + i′1
O passo da roda:
p′ = s′2 + i′2
r 02
O2
87
Passo sobre o cı́rculo primitivo de funcionamento
r0 1
Sobre os cı́rculos primitivos de
funcionamento:
i 01
s01 O passo do pinhão:
s02 i 02 p′ = s′1 + i′1
O passo da roda:
p′ = s′2 + i′2
r 02
O2
87
Espessura do dente sobre o cı́rculo primitivo de funcionamento
Como determinar r′ ?
s' Não é para já conhecido, mas
s podemos escrever s′1 e s′2 ,
espessura do dente sobre o
cı́rculo primitivo de
funcionamento, como:
rb hs i
s′ = r ′ · + 2 · (inv α − inv α′ )
r
r
r' No entanto, agora devemos
notar que a roda dentada tem
correção:
Figura 69: Espessura do dente com
correção. 2 + 2 · x · m · tan α
s = π·m
i = 2 − 2 · x · m · tan α
π·m
r = z·m
2
88
Passo sobre o cı́rculo primitivo de funcionamento
r0 1
i 01 r1′ e r2′ – Não conhecidos ainda.
s01
s02 i 02 No entanto sabemos que o
passo sobre o cı́rculo primitivo
de funcionamento é igual à
r 02
O2 p′ = s′1 + s′2
s1 s2
p′ = r1′ · + 2 · (inv α − inv α′ ) + r2′ · + 2 · (inv α − inv α′ )
r1 r2
89
Cálculo do entre-eixo de funcionamento
90
Entre-eixo de engrenagens com correção
(
a′ · cos α′ = a · cos α
inv α′ = inv α + 2 · tan α · x1 +x2
z1 +z2
a′ = a
91
Entre-eixo de engrenagens com correção
93
Aula 7
Sumário
1. Interferência de corte 95
94
Interferência de corte
O
rb
r ra
m T
I
m reta de referência
da cremalheira
v= r
Figura 72: Interferência de corte
96
Dentado com interferência de corte
interferência em funcionamento,
mas tem o seu pé de dente
fragilizado.
Formas de evitar a interferência
de corte:
• aumentar o ângulo de
pressão da ferramenta -
reduz o raio de base;
Figura 73: Dentado materializado • diminuir a altura cabeça da
com Interferência de corte cremalheira;
• usar uma correção positiva.
Um dentado materializado com
interferência de corte através de Apenas o uso de uma correção
uma cremalheira não tem positiva é recomendado.
97
Número mı́nimo de dentes para uma roda dentada não corrigida
O
rb
r ra
T
m I
m reta de referência
da cremalheira
p
v= r
Figura 74: Condição limite de interferência de corte
z′ m z′ ·m
OT · cos α + m = OI 2 · cos2 α + m = 2
rb · cos α + m = r z′
· (cos2 α − 1) = −1
2
r · cos α · cos α + m = r
r · cos2 α + m = r 2
z′ = para α = 20◦ , z′ ≈ 17
sin2 α 98
Número mı́nimo de dentes para uma roda dentada não corrigida
99
Correção necessária para evitar interferência de corte
OT · cos α + m − x · m = OI
rb · cos α + m − x · m = r
O
rb r · cos α · cos α + m − x · m = r
r · cos2 α + m − x · m = r
r ra
z·m
2 · cos2 α + m − x · m = z·m
2
T
I
reta de referência
z
2 · (cos2 α − 1) = x − 1
da cremalheira
z
· − sin2 α = x − 1
2
p
z
· sin2 α = 1 − x
v= r 2
Como z′ = 2
sin2 α
Figura 76: Correção positiva para evitar a z
=1−x
z′
interferência de corte
z′ − z
x=
z′ 100
Correção positiva para evitar Interferência
Figura 77: Dentado com interferência Figura 78: Dentado com correção
de corte ′
x = z z−z
′
ra1 I T1
B
T2
A Quando um pinhão com z1
engrena com uma roda z2 e o
ponto de inı́cio de
engrenamento A ou fim de
ra2
engrenamento B encontra-se
fora da linha de ação T1 T2 , existe
2 engrenamento com
O2
interferência.
102
Número mı́nimo de dentes que engrenam sem interferência
2
O2
r
4 · (z2 + 1)
z1 = −z2 + z2 2 +
sin2 α 103
Número mı́nimo de dentes z1 em função de z2
105
Entre-eixo imposto e suas implicações
( ′ ′
a · cos α = a · cos α
′
inv α = inv α + 2 · tan α · x1 +x2
z1 +z2
106
Método DIN 3992
( P
x
x1 = λ · u−1 +
P u+1 u+1
x2 = x − x1
Se u > 5, usar u = 5.
zmandada
A razão de transmissão é calculada como i = ωmandante
ωmandada = zmandante
( P
x
x1 = C · u−1 +
P u u+1
x2 = x − x1
110
Exemplo de Aplicação
Exemplo:
z1 = 20, z2 = 41, α = 20◦ , m = 2 mm
Engrenagem redutora com u = zz21 = |i| = 2.05
z1 + z2 = 61
Consideremos para todos os métodos que não há variação de
entre-eixo: x1 + x2 = 0
Parâmetro Normal Igualar gs Ábaco Henriot DIN 3992 ISO TR 4467 BSI BS PD 6457
111
Backlash
• presença de erros de
fabrico;
• expansão térmica;
• deformação do dentado sob Figura 84: Backlash.
carga;
jt = 2 · ∆a′ · tan α′ → backlash radial
z1 +z2
a′ − ∆a′ = m · 2 · cos α
cos α′
Figura 86: Tip and root relief Figura 87: End relief
116
Engrenagem helicoidal
Ângulo de hélice
O ângulo de hélice é
denominado por β, e
pode ter inclinação à
direita ou à esquerda.
Os valores comuns do
ângulo de hélice estão
compreendidos entre 15 e
45◦ .
O uso de valores
elevados de β introduz
cargas axiais
significativas.
Elementos reais:
medem-se num plano
perpendicular ao dentado e
representam-se pelo ı́ndice n
118
Elementos geométricos no plano aparente
Elementos aparentes:
medem-se num plano
perpendicular aos eixos da
engrenagem e representam-se
pelo ı́ndice t
αt ângulo de pressão aparente
mt módulo aparente
pt passo aparente
pbt passo de base aparente
119
Plano aparente – raios de base, primitivo, cabeça e pé
O1 Raio de base:
rb = r · cos αt
r1b1
r t
Raio primitivo:
T1
2 · π · r = z · pt
I z·pt z·mt
r= 2π = 2
T2 Utilizando um perfil de
referência tipo A (ISO 53)
t
rb2
r2
Raio de cabeça:
ra = r + mn
Raio de pé:
O2
rd = r − 1.25 · mn
Figura 93: Plano aparente ou
transversal - perpendicular ao eixo
da roda dentada.
120
Hélice primitiva e hélice de base
121
Relação entre ângulo de hélice primitiva e de base
pz · tan βb = 2 · π · rb
pz · tan β = 2 · π · r
2·π·r·cos αt 2·π·r
pz = tan βb = tan β
2 rb cos αt
tan βb = 1
tan β
2 r
tan β · cos αt = tan βb
Figura 95: Relação entre ângulos de
hélice. 122
Passo real e aparente
px
pn
pt
No plano real: pn
pt =
pn = π · mn cos β
Mas: mt · cos β = mn
pt ̸= pn mn
mt =
pt · cos β = pn cos β 123
Passo de base real e aparente
pbn
pbt
No plano aparente:
tan αt = ptl/2
k
Então: pn
Figura 98: Corte A-A: plano aparente; tan αt = cos β
pn
corte B-B: plano real [6]. tan αn
tan αn
tan αt =
No plano real: cos β
pn /2
lk = tan αn
125
Número virtual de dentes
2·r 2·r
dn = cos2 β = zv · mn , sendo mn = mt · cos β e mt =z
z
zv =
cos3 β
A'
B'
t
A
t
r
ϕ r·ϕ· rb
ϵβ = pbt /rb = pbt
b · tan β
ϵβ =
πmt
129
Aula 10
Sumário
130
Introdução à capacidade de carga de engrenagens
Análise de forças
Força tangencial (normalmente
conhecida):
Ft = Mr t = Pv
Força normal:
Fn = cosFtαt
Força radial:
Fr = Ft · tan αt
Força axial (apenas helicoidais):
Fa = Ft · tan β
Figura 103: Forças que atuam sobre
uma engrenagem helicoidal de
Força total:
hélice direita [7]. F = cos αFn t·cos β
131
Introdução à capacidade de carga de engrenagens
F altura h:
h = ra − rd = 2.25 · m
s A força tangencial é calculada a
partir do momento torsor Mt :
F = Ft = Mr t
ra O momento fletor no pé de
r dente de raio rd é:
rd rb Mf = Ft · h
s
Figura 105: Modelo simplificado para ymax = 2
a flexão no pé de dente. b·s3
I= 12
s
Ft · h · 2 6 · Ft · h 6 · Ft · 2.25 · m 54 · Ft 5.471 · Ft
σ= b·s3
= 2
= 2 = 2 = ≤ σadm
12
b·s b· 2 π·m π ·b·m b·m
s
5.471 · Ft 5.471 · Ft
≤ σadm ⇔ m ≥
k · m2 k · σadm
134
A Fórmula de Lewis
Considerações:
• inscrever uma parábola de igual resistência à flexão no dente;
• carregamento atua na cabeça do dente;
• toda a carga é suportada por apenas um par de dentes;
135
• não foi considerado o efeito de concentração de tensões.
A Fórmula de Lewis
4·x 1
Definindo y = 6·π·m eY= π·y
136
Flexão no pé do dente
138
Pressão de contacto
r
Fn · E∗
σH =
π·b·R
Força normal:
Fn
Largura da roda dentada:
b
Módulo
de2 Young2
equivalente:
1 1−ν1 1−ν2
E∗ = E1 + E2
Raiode contacto
equivalente:
1 1 1
Figura 110: Pressão de contacto de R = ρ1 + ρ2
Hertz [5].
1.2
1.0
0.8
0.6
p0
0.4
0.2
0.0
A I B
Figura 111: Evolução da pressão de contacto normalizada ao longo do
caminho de engrenamento para uma engrenagem de dentado reto.
q
O1 σH = Fn ·E∗
π·b·RI
1
Força normal sobre o primitivo de
0
funcionamento (1 par de dentes em
1
contacto): Fn = cosFtα′
I T1 Assumindo uma engrenagem de aço:
2
0
E∗ = 115.385 × 109 Pa
Raio
de contacto equivalente:
1 1
RI
= r′ ·sin α′
+ r′ ·sin1 α′
1 2
• Alemanha
• DIN 3990:1987 – “CALCULATION OF LOAD CAPACITY OF CYLINDRICAL
GEARS”
• EUA
• AGMA 2101-D04 – “Fundamental Rating Factors and Calculation
Methods for Involute Spur and Helical Gear Teeth”
• Internacional
• ISO 6336:1996; ISO 6336:2006; ISO 6336:2019 – “Calculation of load
capacity of spur and helical gears”
142
Aula 11
Sumário
143
A norma ISO 6336
A norma ISO 6336 aplica-se às seguintes situações [11, 12, 10]:
• ângulo de pressão entre 15 e 25 ◦ ;
• ângulo de hélice até 30 ◦ ;
• engrenagens de dentado reto ou helicoidal com razão de
condução 1 < ϵα < 2.5;
A norma ISO 6336 não se aplica às seguintes situações [11, 12, 10]:
• engrenagens de dentado reto ou helicoidal com razão de
condução ϵα < 1;
• caso exista interferência entre a cabeça e o pé do dente;
• dentado pontiagudo;
• engrenagens sem “backlash”.
Estas normas são também desaconselhadas para aplicação em
engrenagens não metálicas. Para engrenagens poliméricas, existem
guias de cálculo especı́ficos: VDI 2545 (1981) e VDI 2736 (2016).
145
ISO 6336-1: Considerações Gerais
146
ISO 6336-2 [13]: Pressão de contacto
Pressão de contacto
(“contact stress”):
p
σH = ZB · σH0 · KA · KV · KHβ · KHα
σH ≤ σHP
ZB pinion single pair tooth contact factor
KA application factor
KV dynamic factor
KHβ face load factor for contact stress
KHα transverse load factor for contact stress
Figura 113: Zone factor ZH = Y para
α = 20◦ , escolher nas abcissas
ângulo de hélice β [13]. 147
ISO 6336-2: Pressão de contacto
σHG
SH = ≥ SHmin 148
σH
ISO 6336-3:1996 [14] – Fadiga e flexão no pé do dente
σFG
SF = ≥ SFmin
σF 150
ISO 6336: Resumo do procedimento de cálculo
151
Eficiência em caixas de engrenagens
independentes da carga
dependentes da carga
152
Eficiência em caixas de engrenagens
1 − ϵα + ϵ1 2 + ϵ2 2
π·(u+1)
HVL = z1 ·u·cos βb
z2 AB AI IB
u= z1 ϵα = pbt ϵ1 = pbt ϵ2 = pbt
0.2
F
µmZ = 0.048 · b·
P bt
vr ·Ri
· η −0.05 · Ra 0.25 · XL
i
Mt
Fbt = rb força tangencial ao cı́rculo de base [N]
b largura da engrenagem [mm]
soma da velocidade no ponto primitivo [m/s]
P
vri = vr1 + vr2
−1
Ri = r′ ·sin1 α′ + 1
r2′ ·sin α′
raio equivalente no ponto primitivo [mm]
1
η viscosidade dinâmica do lubrificante [mPa s]
Ra rugosidade média das superfı́cie (valor tı́pico 0.5) [µm]
XL parâmetro dependente do lubrificante [17]:
Mineral sem aditivos: XL = 1 Mineral com aditivos: XL = 0.85 Sintético com aditivos: XL = 0.65
153
Referências
Referências i
154
Referências ii
155
Referências iii
156
Referências iv
157
Referências v
158