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Projeto e Modelagem

Matemática de
Engrenagens
Helicoidais, cônicas e
sem-fim II
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Forças em engrenagens helicoidais
GEOMETRIA DA
ENGRENAGEM HELICOIDAL

Figura 2: Cremalheira helicoidal básica mostrando os planos normal e


transversal e a decomposição das forças.
Forças em engrenagens helicoidais
A força tangencial W no acoplamento pode
t

ser encontrada a partir do torque aplicado à


engrenagem ou ao pinhão, como definido na
Equação 1 para o pinhão.

(equação 01)
Forças em engrenagens helicoidais
GEOMETRIA DA
ENGRENAGEM HELICOIDAL

Figura 2: Cremalheira helicoidal básica mostrando os planos normal e


transversal e a decomposição das forças.
Forças em engrenagens helicoidais

Figura 3: Engrenagens helicoidais duplas

Figura 4: Engrenagens espinha de peixe.


Forças em engrenagens helicoidais
As componentes de força em um
engrenamento helicoidal são:

(equação 01)

(equação 02)

(equação 03)
Razões de contato
RAZÃO DE CONTATO TRANSVERSAL mP

(equação 04)

RAZÃO DE CONTATO AXIAL mF

(equação 05)
Razão de contato axial mf
(equação 05)

• Se a razão de contato m for mantido acima de 1


F

como desejado, as engrenagens são consideradas


helicoidais convencionais.
• Se m < 1, então elas são chamadas de
F

engrenagens de razão de contato axial baixa


(LACR – low axial contact ratio) e o cálculo delas
envolve passos adicionais.
Projeto e Modelagem
Matemática de
Engrenagens Cônicas
ENGRENAGENS CÔNICAS

(a) Engrenagens cônicas retas. (b) engrenagens cônicas espirais.

Figura 5: Engrenagens cônicas.


ENGRENAGENS CÔNICAS

(a) Engrenagens cônicas retas. (b) engrenagens cônicas espirais.


Figura 5: Engrenagens cônicas.

• Engrenagens cônicas são cortadas em cones acoplados em vez


de em cilindros acoplados de engrenagens retas ou helicoidais.
Os eixos delas são não paralelos e interceptam nos vértices de
cones.
• O ângulo entre seus eixos pode ser qualquer valor, mas é
frequentemente 90°.
ENGRENAGENS CÔNICAS

(a) Engrenagens cônicas retas. (b) engrenagens cônicas espirais.


Figura 5: Engrenagens cônicas.

• Se os dentes forem cortados paralelos ao eixo do cone, elas serão


engrenagens cônicas retas [figura 5(a)], análogas às engrenagens
retas.
• Se os dentes forem cortados em um ângulo de espiral ψ com relação
ao eixo do cone, elas serão engrenagens cônicas espirais [figura 5(b)],
análogas às engrenagens helicoidais.
ENGRENAGENS CÔNICAS

(a) Engrenagens cônicas retas. (b) engrenagens cônicas espirais.


Figura 5: Engrenagens cônicas.

• O contato entre os dentes das engrenagens cônicas retas ou


espirais tem os mesmos atributos que as suas contrapartes
cilíndricas, com o resultado que as cônicas espirais trabalham
mais silenciosamente e suavemente que as cônicas retas, e as
espirais podem ter diâmetros menores para a mesma
capacidade de carga.
ENGRENAGEM CÔNICA ZEROL (HIPÓIDE)
ENGRENAGEM CÔNICA ZEROL (HIPÓIDE)
• Uma outra forma é a
engrenagem ZEROL, que tem
dentes curvados como uma
engrenagem espiral, mas tem um
ângulo de espiral zero como uma
engrenagem cônica reta.
• As engrenagens Zerol têm
Figura 6: Engrenagem
Cônica Zerol
algumas das características de
quietude e suavidade de
funcionamento das engrenagens
espirais.
ENGRENAGEM CÔNICA ZEROL (HIPÓIDE)
• As espirais são o máximo em
suavidade e quietude de
funcionamento e são recomendadas
para velocidades de até 8000 rpm (40
m/s). Velocidades maiores requerem
engrenagens de precisão de
acabamento.
Figura 6: Engrenagem • As engrenagens helicoidais retas são
Cônica Zerol limitadas à velocidade de cerca de
1000 rpm (10 m/s). As engrenagens
Zerol podem girar tão rapidamente
quanto as espirais.
ENGRENAGEM CÔNICA ZEROL (HIPÓIDE)
• Como no caso das engrenagens retas e
helicoidais, a redução máxima de 10:1 é
recomendada para qualquer conjunto de
engrenagens cônicas ou espirais. Um
limite de 5:1 é recomendado quando
usado como um aumentador de
velocidade.
• O torque no pinhão é usado como um
parâmetro de classificação. O ângulo de
pressão mais comum para engrenagens
Figura 6: Engrenagem cônicas e espirais é φ = 20°. As espirais
Cônica Zerol
mais frequentemente têm um ângulo de
espiral ψ de 35°. Engrenagens cônicas em
geral não são intercambiáveis: elas são
feitas e trocadas como conjuntos de
pinhão e engrenagem.
GEOMETRIA DAS ENGRENAGENS CÔNICAS E NOMENCLATURA

A Figura 7 mostra uma seção


transversal de duas engrenagens
cônicas acopladas. Seus ângulos de
cone de referência são denotados
Figura 7: Geometria e por αp e αg para o pinhão e a
nomenclatura da
engrenagem cônica. engrenagem, respectivamente.
GEOMETRIA DAS ENGRENAGENS CÔNICAS E NOMENCLATURA

Os diâmetros de referência são


definidos nas extremidades maiores, na
Figura 7: Geometria e
nomenclatura da parte detrás do cone.
engrenagem cônica.
GEOMETRIA DAS ENGRENAGENS CÔNICAS E NOMENCLATURA

O tamanho e o formato do dente


são similares a um dente de
engrenagem reta com um pinhão
Figura 7: Geometria e de adendo longo para minimizar a
nomenclatura da interferência e o adelgaçamento.
engrenagem cônica.
GEOMETRIA DAS ENGRENAGENS CÔNICAS E NOMENCLATURA

A razão de adendos varia com a razão


de engrenamento desde adendos
iguais (dentes de profundidade
completa) para uma razão de
engrenamento 1:1 a adendos de
Figura 7: Geometria e pinhão cerca de 50% mais longos para
nomenclatura da
engrenagem cônica. razões de engrenamento acima de 6:1.
GEOMETRIA DAS ENGRENAGENS CÔNICAS E
NOMENCLATURA
RAZÃO DE ENGRENAMENTO mG

A razão de engrenamento, m , para um par


G

de engrenagens cônicas a 90° pode ser definida


em termos dos ângulos de cones de referência
como:

(equação 07)
FORÇAS EM ENGRENAGENS CÔNICAS
ENGRENAGEM CÔNICA RETA
Como nas engrenagens helicoidais, há componentes de
força tangencial, radial e axial agindo em uma engrenagem
cônica ou espiral. Para uma engrenagem cônica reta temos:
FORÇA AXIAL NO DENTE DA ENGRENAGEM
(equação 08)
FORÇA RADIAL NO DENTE DA ENGRENAGEM
(equação 09)

FORÇA NO DENTE DA ENGRENAGEM


(equação 10)
onde Wt é a força tangencial no dente da engrenagem.
FORÇAS EM ENGRENAGENS CÔNICAS
ENGRENAGEM CÔNICA ESPIRAL
FORÇA AXIAL NO DENTE DA ENGRENAGEM
(equação 11)

FORÇA RADIAL NO DENTE DA ENGRENAGEM


(equação 12)

onde os sinais superiores de e são usados para um pinhão


motor com uma espiral de hélice à direita (RH) rodando no sentido
horário visto desde sua extremidade maior, ou para um pinhão motor
com uma espiral de hélice à esquerda (LH) rodando no sentido anti-
horário vista desde sua extremidade maior, e o sinal inferior usado
para as condições opostas.
FORÇAS EM ENGRENAGENS CÔNICAS
ENGRENAGEM CÔNICA ESPIRAL
FORÇA AXIAL NO DENTE DA
ENGRENAGEM
(equação 11)

FORÇA RADIAL NO DENTE DA


ENGRENAGEM
(equação 12)

CARGA TANGENCIAL Wt
(equação 13)
Projeto e Modelagem
Matemática de
Engrenagens Sem Fim
ENGRENAGENS SEM FIM

Sem- Fim

Engrenagem Sem-
Fim (Coroa)
ENGRENAGENS SEM FIM
A distância que um ponto na engrenagem
acoplada (porca) move axialmente em uma
revolução do sem-fim é chamada de avanço L, e o
avanço dividido pelo comprimento da
circunferência de referência πd do sem-fim é a
tangente do seu ângulo de avanço λ.

(equação 14)
ENGRENAGENS SEM FIM
O passo axial px do sem-fim iguala o passo
circular pc da engrenagem sem-fim e está
relacionado ao avanço L pelo número escolhido de
começo ou pelo número de dentes no sem-fim Nw.

(equação 15)
ENGRENAGENS
SEM FIM

• Outra vantagem dos engrenamentos sem-fim sobre outros


tipos de engrenamentos é sua habilidade de auto
travamento. Se o par sem-fim for auto travante, ele não
retrocederá, isto é, o torque aplicado à engrenagem sem-
fim (coroa) não rodará o sem-fim. Um engrenamento auto
travante pode ser movido somente “para a frente” do
sem-fim para a engrenagem sem-fim. Assim, ele pode ser
usado para suportar uma carga como, por exemplo, no
levantamento de um carro.
ENGRENAGENS
SEM FIM

• Se um engrenamento sem-fim será ou não auto


travante depende de vários fatores, incluindo a
razão entre o tg λ e o coeficiente de atrito μ, o
acabamento da superfície, lubrificação e vibração.
Geralmente, o auto travamento ocorre em ângulos
de avanço abaixo de 6° e pode ocorrer em ângulos
de avanço tão elevados quanto 10°.
ENGRENAGENS SEM FIM
• Ângulos de pressão mais elevados dão maior
resistência ao dente à custa de um atrito mais
elevado, cargas mais elevadas nos mancais e
tensões de flexão mais elevadas no sem-fim.
• Para aplicações de alta potência à alta
velocidade, uma engrenagem sem-fim de passo
relativamente fino deve ser usada. Altos torques
a baixas velocidades necessitam passo áspero e
diâmetros maiores de coroa.
ENGRENAGENS SEM FIM
• As formas de dente para sem-fim e engrenagens
sem-fim não são involutas, e existem
componentes grandes de velocidade de
escorregamento no engrenamento.
• O sem-fim e a coroa não são intercambiáveis,
mas são feitos e trocados aos pares.
• Para aumentar a área de contato entre os dentes,
são usadas formas de dente de envolvimento
simples ou duplo.
FORÇAS EM ENGRENAMENTOS SEM-FIM

• Uma condição tridimensional de carregamento


existe no engrenamento de sem-fim.
Componentes tangencial, radial e axial atuam em
cada membro.
• Com um ângulo típico de 90° entre os eixos do
sem-fim e da engrenagem sem-fim, a magnitude
da componente tangencial na coroa Wtg iguala a
componente axial no sem-fim Waw e vice-versa.
FORÇAS EM ENGRENAMENTOS SEM-FIM
Essas componentes podem ser definidas como:
(equação 16)

Onde: Tg é o torque na coroa e


dg é o diâmetro de referência da coroa.

A força axial WaW na coroa e a força


tangencial no sem-fim WtW são:
(equação 17)

Onde: Tw é o torque no sem-fim e dg é o diâmetro de


referência do sem-fim.
FORÇAS EM ENGRENAMENTOS SEM-FIM

A força radial Wr separando os dois elementos é

(equação 18)

Onde:
φ é o ângulo de pressão e
λ é o ângulo de avanço.

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